TeleSéries
Under the Dome – The Endless Thirst e Imperfect Circles
14/08/2013, 16:26. Matheus Odorisi
Reviews
Under the Dome
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Se a bomba do último episódio serviu para colocar os habitantes de Cherter’s Mill no limite – já que sabíamos que a série não iria perder o motivo de seu título já no quinto episódio – na semana seguinte a tensão aumentou ainda mais.
A cidade está finalmente vivendo o fato de estar presa na redoma, e é no sexto episódio que começa a sofrer consequências do próprio exílio, não problemas recorrentes de qualquer lugar não isolado.
Tudo começa quando a loira lésbica – que eu nunca lembro o nome – começa a passar mal pela falta de insulina. Primeiro eu pensei, “bom, você não quis roubar a insulina do hospital, então sofra as consequências.” Depois eu refleti que se realmente seria roubar, já que estão em uma situação diferente, presos, sem acesso a remédios e outras coisas. As leis valem pra qualquer situação, ou a partir do momento em que algo perturba o normal vira “cada um por si”? Esse tipo de questionamento é que deveria fazer a série ser um ótimo show, mas esse tipo de pensamento passa batido no roteiro, e só aceitamos que a médica não pegou os remédios no outro episódio porque é boazinha demais. O fato é que, fora de si, a diabética sai do carro e fica bem na mira de um caminhão. Ai, a loira vai sem eu decorar seu nome! Mas não tão rápido. O caminhão desvia e bate no reservatório de água que vemos na abertura da série. Sem reservas, a xerife Linda vai até o lago da cidade, só para constatar que este está poluído, possivelmente pelos materiais usados por Big Jim na treta de drogas que ele tinha com o reverendo do cérebro explodido.
Por mea culpa ou só porque ele quer mostrar que pode resolver tudo, Jim vai até Ollie, que possui uma propriedade com poço suficiente para atender a população. O fazendeiro, porém, se mostra um adversário para Jim, e propõe uma troca: o propano pela água para a população. Com um primeiro acordo fechado, já percebemos que Ollie não parará por aqui, sendo outro vilão em potencial.
Já Dodee prova que realmente é necessária para a cidade redomada, conseguindo construir uma máquina capaz de rastrear o sinal da energia do campo de força. A engenheira leva Julia para procurar com ela o sinal, que acaba as levando para o casal adolescente epilético, qu vasculham casas para roubar insulina para a mãe loira lésbica que quase morreu no começo do episódio. A dupla acaba descobrindo que o casal tem algum tipo de relação com a redoma, mas prometem não revelar, uma promessa mais do lado de Julia do que de Dodee, que fez cara de quem guardará o segredo por no máximo dois episódios.
Enquanto isso a cidade está em polvorosa, todo mundo atacando o mercado para pegar água. Barbie, que não aceita o uniforme policial nem a arma dados por Linda, ajuda a controlar a população dando socos como qualquer civil. A situação surreal serve para termos certeza dos problemas dele com violência.
Angie, já livre do bunker e da casa de Junior, se refugia no café de Rose e lhe conta seus últimos dias. Aliviada e confortada pela chefe, se sente segura por dois segundos, que já é de bom tamanho para a única personagem jovem interpretada por uma atriz com capacidade dramática da série, que faz com que a calmaria seja um desperdício. Vamos deixar o resto do elenco incompetente de boa e dar mais drama para Britt Robertson. Daí que Angie e Rose são surpreendidas por dois saqueadores. Ao reagir, Rose acaba morta com um taco de baseball, numa das cenas mais chocantes da série (e olha que vimos vacas partidas ao meio). Uma triste perda para a série, pois eu juro que achei que Rose teria algum envolvimento com Big Jim, e que seria ameaçada por Junior. A ponto de sofrer abuso, Angie é salva por Barbie, e os bandidos fogem.
Na confusão lá fora, no momento em que Linda resolve que não dá mais pra ficar gritando e resolve fazer que nem PM do Rio e sair atirando, começa a chover. Pois é, chove na redoma. A partir daí é uma sequência da galera feliz, em câmera lenta, saudando a chuva que nem carioca faz com o pôr-do-sol no Arpoador.
O episódio não termina antes de vermos a ótima conversa entre Angie e Big Jim, que oferece dinheiro e proteção à garota, em troca de seu silêncio. Demorou, mas a redoma tá apertando!
Já o sétimo episódio vem confirmar o rumo certo que a série está tomando. Assim como o anterior, veio para quebrar a série de infortúnios semanais que o povo de Chester’s Mill sofre, e não nos leva a lugar nenhum da história. Dessa vez, embora haja um desafio do dia, a história do episódio é muito mais descentralizada do que nos anteriores. E isso é muito bom.
Algo que eu reclamos sempre com amigos que assistem também a série é que nos prometeram personagens fortes no piloto, e nos entregaram um monte de gente rasa, cujo carisma não permite nem que gravemos os seus nomes. Isso não é por conta da construção deles – pois todos têm boas histórias e backgrounds sólidos -, mas porque na verdade não temos acesso a eles, já que os diálogos são pobres e as sequências rápidas, em um show que apela mais para o visual, quando na verdade o que importa mesmo, assim como em Lost, são as relações humanas.
Essa foi a primeira vez que tivemos acesso ao que um personagem pensa sobre viver na redoma, se ela continuar a prender todos. Joe revela que acha interessante algo acontecer pela primeira vez em uma cidade em que nada ocorre. Assim, podemos entender melhor a motivação do adolescente, de procurar respostas junto com Norrie, pra fazer parte de uma história grande que acontece numa cidade pequena. E sim, faz sentido. Minha bronca com a série é que quase nenhum personagem tem suas motivações explicadas e baseadas, fazendo parecer que agem por impulso involuntário. Por que Linda age de maneira insegura? Por que Junior tem problemas com a morte da mãe? Por que Barbie não controla a violência? São perguntas que ao invés de serem estimuladas para o telespectador, são deixadas de lado. O drama não é bem distribuído em Under the Dome.
Mas em Imperfect Circles vemos a redoma agir. A vizinha grávida de Julia, que faz sua primeira aparição na série, vê seu marido, que está preso do lado de fora da redoma, na sua frente. Ao tocá-lo percebe que não é real, mas foi “projetado” pela redoma. Logo entra em trabalho de parto, fazendo com que Linda tenha a missão de leva-la pra lésbica loira diabética.
Angie parece ter aceitado a proposta de Big Jim, e chora a morte de Rose. Conta com a ajuda do amigo asiático de Joe para enterrá-la. Já Big Jim sobre uma rasteira que todos nós já esperávamos: Allie, o fazendeiro dono do poço, rouba o propano, colocando um guarda, que dá umas belas porradas no vereador que vai reclamar sua propriedade. Primeiro round: Allie 1, Jim 0.
Na gincana do parto, Julia e sua vizinha são interceptadas pelos irmãos bandidos que mataram Rose e quase estupraram Angie. Em um exemplo de cenas desperdiçadas, vemos os caras roubando gasolina e Julia desperdiçando linhas de diálogos com “Fique parada deixem que levem a gasolina”. Really? Não poderia rolar uma tensãozinha maior, um confronto entre os caras e as mulheres, algo que realmente usasse os cinco minutos de cena?
No percalço dos bandidos está Linda e Junior. A xerife resolve, no caminho, que é sábio contar para Junior que um dos irmãos tentou estuprar sua namorada, e esperar que ele ainda tenha um julgamento equilibrado. Ao encontra-los, trocam tiros e Junior mata um deles a queima-roupa, mesmo estando desarmado.
Jim não desiste, e depois de beber umas volta para o galpão do propano e explode o carro do guarda com ele dentro. Segundo round: Allie 1, Jim 1. Acabou por aí? Nesse episódio sim, mas esperamos que no próximo esse embate se desenvolva.
Ao chegar na casa onde as mães de Norrie estão hospedadas, a grávida, carregada no colo por Barbie e ainda acompanhada por Julia, começa seu parto supervisionado pela lésbica loira diabética, que passa muito mal por sinal. Enquanto isso, Norrie e Joe buscam o centro de energia da redoma. Eu pensei que investigar esse tipo de coisa seria trabalho de Julia, mas os garotos se mostram muito mais eficientes do que a repórter, ou qualquer adulto da série. Acabam achando uma mini redoma, que protege UM OVO. É, um ovo. Não me julguem pela surpresa, porque eu não li o livro. Quando começam a fazer perguntas para o ovo, que por incrível que pareça é a coisa mais razoável que qualquer personagem já fez em relação ao mistério da redoma, Norrie tem uma visão de sua mãe. Corre de volta pra casa, a tempo de ver a médica, após realizar o parto, de cama, nas últimas. E mais um personagem morre na redoma, numa cena que emocionou, apesar do meu desapego com essa personagem cujo nome eu nem lembro.
Apesar de ser a segunda morte consecutiva da série, essa fez sentido. Vemos a redoma agindo, avisando, se comunicando, e começamos a pensar nela como um personagem, assim como fazíamos com a ilha de Lost, ou com a casa de American Horror Story. E o cliffhanger, com o ovo meio que abrindo e brilhando, deu curiosidade, não deu?
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Mesmo não sendo tão bom quanto o anterior, o sexto episódio me deixou satisfeito porque a população de Chester’s Mill finalmente se deu conta da situação desesperadora em que está. Nenhuma maravilha, mas muito melhor que aquela pasmaceira dos episódios 2 a 4, com os personagens tocando a vida como se a redoma fosse sumir a qualquer momento.
Quanto ao sétimo, gostei da revelação da minirredoma, do ovo bizarro com as estrelas cor de rosa e de Norrie dizendo “eu não vou transar com você encostada na redoma”, mas quem presta atenção nos créditos já tinha sacado que Alice estava com os dias contados, pois Samantha Mathis nunca era listada como parte do elenco fixo, diferente de Aisha Hinds (Carolyn, sua esposa).
O nome da loura era Alice.
Agora cá entre nós, “esqueceram” que a bomba destruiu tudo “do lado de fora da redoma”? E a casa da reporter é na beira da redoma? Porque a grávida simplesmente atravessou a rua para ver o marido… e se tocou em algo, ali, significa que a redoma estava ali. E se estava ali, tudo atrás dela deveria estar destruido…
Furo furo furo. Igual LOST.