‘Under the Dome’ e a dieta do apocalipse


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Um inquestionável talento para contos caóticos e impressionantes, Stephen King é a fonte de ouro da nova aposta da CBS, Under the Dome. Há quase quatro semanas no ar, a série, baseada em livro homônimo do autor, renova o crescente mercado do gênero apocalíptico, que, nos últimos quatro anos, fez grandes nomes, como The Walking Dead e Falling Skies. E, como você já viu aqui no Teleséries, tem mais estreia do gênero para 2013.

Apesar das diferenças específicas no enredo de cada série, um ponto bastante comum entre elas é a luta vital pela resistência das comunidades. Como sobreviver sem estabilidade e não temer forças desconhecidas? Após o primeiro estado de choque e mistério, os personagens são obrigados a criar, emergencialmente, uma nova estrutura organizacional. Esse ambiente anárquico é o tema que a coluna de Gastronomia vai falar hoje, pois, é a partir dos cenários de conflito, que aparece um dos principais pontos para a manutenção da vida: a alimentação.

A foto acima é da Segunda Guerra Mundial, período nada ficcional, encerrado há 68 anos. Em meio à destruição de Londres, o homem segue sua rotina, entregando leites. Afinal, o que mais ele poderia fazer? Para viver, era necessário adaptar-se aos seis anos de conflito que, mais do que escombros, deixaram como herança o desespero e diversos problemas sociais para as próximas décadas. Dentre tantas afrontas à dignidade humana, o racionamento de comida estava em seu auge, com poucos alimentos em oferta e uma multidão de famintos em filas para receber uma cota de ‘ração’. Será também esse o destino dos moradores de Chester’s Mill em Under the Dome? Por quanto tempo o aquário vai frear os ânimos sem a volta da energia e a chegada de recursos na cidade? Uma aposta é que os restaurantes fiquem bastante cheios – enquanto ainda houver estoque –, para a sorte de personagens como Rose, que viu seu empreendimento lotar na fala oficial do delegado Shelby.

Mas, voltando ao mundo real, quem mordeu a isca do sucesso em meio à fome do pós-guerra foi o mercado alimentício, em especial o norte-americano. A potente tecnologia  junto aos grandes investimentos e um bloco vencedor de guerras, abriu as portas para uma nova distribuição de alimentos: começava a era da indústria da comida. A meta inicial era suprir a população de forma mais homogênea, utilizando as técnicas de conservação de alimentos e de produção agrícola para aumentar a produção e incentivar a economia. Esses primeiros passos deram origem a diversos produtos que, hoje, são itens quase obrigatórios de uma lista de mercado, como biscoitos e bolachas, vegetais e peixes enlatados, molhos e, até mesmo, leite em pó.

Red Croos Parcel (Kit de Alimentos distribuídos pela Cruz Vermelha durante a guerra)

Uma galera que há tempos está mais do que agradecida por toda essa revolução alimentícia, certamente está refugiada nos elencos de The Walking Dead e Falling Skies. Dá para imaginar a centena de refugiados da ficção sem os salvadores enlatados garimpados em uma prisão abandonada ou em uma investida arriscada aos distribuidores de alimentos locais? Seja o inimigo aquele que ataca com uma dentada pútrida ou com lasers cheios de efeitos visuais, o pessoal liderado por Rick Grimes e Tom Mason sabe que as escolhas são restritas: é viver ou morrer.

Tá, mas e a receita?

Diferente das outras semanas, hoje não teremos um passo a passo. Se estamos no meio de um apocalipse, a última coisa que vamos pensar é em cozinhar, afinal, se tem algo que a gente não sabe, é o que vamos encontrar pelo caminho. Quem entende bem disso é o Carl Grimes – até comida de cachorro o menino estava topando no auge da necessidade. Ainda, no meio da confusão, não há hora nem local certos para comer – fiquem ligados personagens de Under the Dome, já estamos avisando com antecedência para vocês estarem preparados para o restante da temporada (haha)! Mas bem, divagações à parte, voltamos à pergunta: tá, mas e o que vamos comer hoje?

Pode ser que, a primeira vista, o nosso prato não encante os olhos como a tradicional marmita do arroz com feijão, bifes e batatas fritas. Mas, lembre-se: você tem fome e essas comidas super preparadas não existem mais: você vai comer o que der e precisa tirar o melhor proveito disso! De qualquer forma, tentamos fazer um prato minimamente nutritivo, com legumes, fruta, carboidrato e proteínas (vegetais).

Misturamos creme de leite (enlatado) com legumes (enlatados) e biscoitos salgados. Para ajudar na digestão (e fazer as vezes de sobremesa), maçã (uma das frutas mais encontradas por esse Brasil). O creme de leite e os biscoitos, como vocês devem perceber, ainda são um complemento para o rango – no fim das contas, comer só legumes e frutas é bem mais econômico. Em um apocalipse, racionamento é a alma do negócio! E você, se sobrevivesse a uma situação extrema de privação, que alimentos acha que iria ter na sua quentinha?

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  1. Luciano Ferreira - 14/07/2013

    Ainda não vi um episódio da minissérie mas, acabei de terminar o livro e, tenho que dizer, foi o final mais adulto e coerente que já li em qualquer dos livros de Stephen King. Espero que eles sigam, pelo menos, isso.

  2. Mariana - 15/07/2013

    Olá Luciano! Também estamos na expectativa do desenvolvimento da série! Continua acompanhando as novidades aqui no Teleséries ;).

  3. Confira capas especiais com os astros de ‘The Walking Dead’ - 17/07/2013

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