TeleSéries
Um último olhar sobre Commander in Chief
23/05/2006, 00:17. Paulo Serpa Antunes
Opinião
Commander in Chief
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Devo ter sido o primeiro a expressar publicarmente, no Brasil, repúdio a Commander in Chief. Foi um destes casos de desgosto a primeira vista.
Mas agora que a série teve definitivamente seu destino decretado, eu, que tanto sequei, passei a sentir alguma compaixão pela série. Nestes quatro anos que escrevo quase que religiosamente e diariamente sobre televisão nunca vi um seriado ser sacrificado por uma emissora como Commander in Chief foi pela ABC.
Vocês deverão ter no bolso o nome de outras série, que irão alegar que não tiveram chance de vingar (Tru Calling? Milagres? Reunion?) Mas eu repito, nenhuma série foi tão abandonada por uma emissora quando ainda podia vingar como um show de sucesso como Commander in Chief. Vamos lembrar a história.
Até entrar em hiato, no dia 17 de janeiro, a série vinha perdendo audiência semana a semana (começou como o seriado de maior audiência da temporada, com 16,5 milhões, mas deixou de ser exibida quando ainda era o programa novo com maior média de audiência de todos os canais). Curiosamente, o seriado saiu do ar um dia após Geena Davis ganhar o Golden Globe, fator que poderia ter incrementado a publicidade e audiência do seriado.
Depois disto Commander in Chief ficou dois meses e meio fora do ar. Se até o fã de uma série veterana como Everwood ou Smallville demora para retomar o costume de assistir seu show quando ele volta de um hiato, quem dirá o telespectador que está começando a gosta de uma série nova, mas que ainda não fez dela um hábito?
A série também havia trocado, havia pouco tempo, de showrunner. A primeira troca ocorreu sem grandes explicações, alegava-se problemas de cronograma, o que provavelmente era balela. Quem saiu foi o criador do programa, Rod Lurie, que na minha opinião é um produtor de segunda linha – mas ainda assim seu criador.
Lurie saiu em outubro mas nitidamente dá pra perceber que suas idéias para o show segue até o sétimo episódio, quando entra em cena Steven Bochco. Bochco parecia ser o produtor executivo perfeito para a série. Commander no Chief vinha se caracterizando por ser uma série sem grandes ambições de discutir a política americana e Bochco é o rei do politicamente correto, de ficar cima do muro, como bem mostrou em Over There (uma das melhores idéias mais mal aproveitadas da TV americana nos últimos anos).
Mais empurra, empurra, e Bochco saiu do programa meses depois, por desentendimentos. A esta altura Commander in Chief já é assunto pra revista de fofoca e também de piada. E se havia alguma expectativa por parte de algum telespectador pelo retorno da série, não havia mais.
Último ato. Commander in Chief volta do hiato, mas passa a ser exibida nas quintas-feiras à noite, no fogo cruzado entre Without a Trace e ER. Direto para outro hiato, que é a mesma coisa que o cancelamento.
A série retorna agora no final de maio nos Estados Unidos. Mas independente de qualquer audiência, todos Commander in Chief está cancelada. Fala-se agora em fazer um filme para encerrar sua trajetória. Eu apostaria no máximo em um telefilme, desdes que saem direto em DVD no Brasil.
Por piedade ou pena, assisti ao episódio da semana passada na Sony, chamado State of the Unions. E quer saber? Apesar de não gostar, achei que a série ali atingiu seu ponto de maturidade, pelo menos o ponto que Bochco achava que era o certo para ela: um drama familiar, com pinceladas de trama política (mas política for dummies, nada que force demais o cerebelo do telespectador) e uma pitada de sexo entre os assessores – que, convenhamos, é um elemento bem interessante (o que também é um diferencial em comparação com o histórico de The West Wing, que depois da saída de Rob Lowe perdeu juventude e sex-appeal, mas não deixa de ser uma cópia desta última temporada de The West Wing, que investiu nos romances de Josh e Donna, CJ e Danny, Will e Kate e do casal Santos).
Obviamente, no que tange ao tema político, Commander in Chief segue sendo aquele samba do afro-americano doido. Neste episódio, para contrabalancear a vilania republicana (encarnada com perfeição pelo pai do Jack Bauer) retrataram os democratas como sacanas sem caráter, que usam suas estagiárias em suas artimanhas.
No episódio, após ser sacaneada por democratas e republicanos, Mac toma uma decisão heróica para combater as afrontas dos partidos que querem desestabilizá-la: decide não ir ao Congresso fazer o Discurso do Estado da União. Ou seja, no grande momento solente em que os poderes se reúnem e o presidente fala a Nação através de seus representantes, a presidente abre mão deste direito para falar direto com os cidadãos, pela televisão. Atropelar os poderes constituídos, qualquer cientista político sabe, se chama populismo.
Mac deu uma de Castro. Ou Chavez.
Aliás, esta é a única explicação para o entra e sai de produtores, para tanta confusão nos roteiros e até mesmo tanta desconsideração: a ABC não tinha maturidade para peitar um drama político. Commander in Chief deve ter sido alvo de todo o tipo de pressão política nos bastidores, porque devia ser alvo do temor dos políticos. Para uns reforçava o discurso republicano do governo Bush, para outros servia de base de lançamento de uma candidatura democrata de Hillary Clinton. E a verdade é que não foi nenhuma coisa nem outra.
Commander in Chief não serviu nem a um lado, nem a outro. E ao fazer isto mal serviu como entretenimento.
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Completando este trecho do artigo acima:
“Mac deu uma de Castro. Ou Chavez.”
Ou Evo Morales.
Moralez cairia melhor na conjuntura atual.
“vilania republicana (encarnada com perfeição pelo pai do Jack Bauer)”
HAHAHAHAHAHA…muito boa. Lembrando que tanto o Big Sutherland quanto a Davis tem chances razoáveis no Emmy. Quer dizer, tinham, antes da série ser dinamitada pela ABC, como o Paulo explicou.
A idéia era pegar os “órfãos” de The West Wing… pena que não virou, vou sentir falta da Pennsylvania Avenue no horario nobre.
A ABC que vinha`a muito tempo de temporadas sofríveis, mas que na temporada anterior tinha dado um verdadeiro “show”, emplacando três enormes sucessos (Lost, Desperate Housewives e Grey´s Anatomy) deu um “show” de incompetência nesta última temporada, não emplacando nenhum sucesso e culminando com o que fez com Commander in Chief.
De estréia mais assistida da última temporada, sucesso de crítica, ganhadora de prêmios importantes da TV americana, tornou-se … bem, o final encontra-se bem explicado no (ótimo) texto acima.
Se é o retorno aos anos negros, a nova temporada que se aproxima deve dar alguma resposta.
O que eu falei no meu site também acho bom frisar. Eu acho que duas presidências imáginárias é demais pra cabeça de qualquer um, ainda mais com West Wing numa temporada definitiva.
Caramba, como mergulhar na mitologia política de um seriado se tem outro igual, tipo “dimensão paralela?”. Muito bizarro.
So lamento… lamento que a serie tenha comecado com muito hype e terminado dessa maneira.
Eu sempre odiei Commander in chief.. nossa.. muito mesmo.. tipo.. numa me identifiquei e nunca deixaria de assistir minhas ´series por ela! … Mas realmente não entendi pq ela saiu do ar.. foi mto inesperado, já q, ela tinha uma boa populariedade.. além dos golden globs.. poxa.. fikei boba.. mas achei ótimo.. pq eu na verdade acho q peguei antipatia dessa série.. pq eu não gosto da atriz q faz a presidente.. tanto q nem lembro o nome dela.. hehehe
Até!
Eu já gostava de CiC, era interessante…mas acabei abandonando a série por causa das constantes reprises.
É claro…Geena Davis é a MAIOR pé frio do mundo do entretenimento.
Esta série nunca me conquistou totalmente. Até acompanhei , por curiosidade, a “primeira fase” , antes da interrupção .Mas quando ela saiu do ar nem senti falta .POr exemplo , quando The Shield sumiu do AXN fiquei “órfão” . Na volta a inclinação já não era a mesma e nem a série.Além do que há um vazio de idéias , como se fosse um óbvio faz de conta no poder.O único papel realmente legal era de Donald Sutherland, mas era mal e pouco aproveitado.Sei lá, acho que não é uma grande perda.
Bá…….
Naum devia ter cancelado o seriado…..
é otimo…..q sacanagem….
um dos melhores seriados q tem….
primeiro é Sex and the City…..rsrsrs
Gosto muito desta serie. Nao assisto West Wing,
mas procurei assistir a todos os episodios
da Mac. Por mim, nao acabava nunca.
Por que tanta raiva a Commander in Chief? Só agora, durante as reprises, é que eu consegui assistir a série e estou adorando. E pega carona com a minha favorita Desperate Housewives. Gina Davis, pé frio??? Segundo a matéria principal acima, os produtores foram os principais responsáveis pelo cancelamento da série. Claro que ela não ilustrava o que um presidente realmente faz. Só mostrava ela na Casa Branca enfrentando problemas e sendo testada. Houve defeitos de roteiro, sim, como algumas tensões sendo rapidamente solucionadas (como que para acabar logo o episódio), mas não achei ela tão irritante. Tem séries (muitas sitcoms) que são piores e incrivelmente chatas e com enredos forçados e fazem sucesso.
Gostava muito da série. Não falo do seu papel político, da pretensa história política norte-america que a sérei poderia retratar. Neste sentido tem tanta bobagens vendidas nos demais seriados americas… Mas, eu gostava muitíssimo do papel de ver uma mulher na presidência, no poder, com equilíbrio emocional e inteligência. Estou cansada de ver séries onde as mulheres ainda fazem papéis de histérias ou de criaturas frágeis e desprotegidas, a procura de um herói. Pior ainda, são aquelas que encarnam papéis de “Rambo feministas”.
Concordo com a Estela,
o problema da série foi apontado pelo paulo antunes, pode ter sido mal produzida e ter sofrido pressões políticas nos bastidores. Agora, falar da Geena Davis é ruim é forçar um pouco a barra!
Aliás, eu adorava ver a série por causa de duas interpretações que a seguravam: da Geena Davis e do pai do Jack Bauer…rss….fantástico!
Pena que algumas coisas no roteiro realmente atrapalhavam. mas não menos interessante a relação vivenciada ao contrário na casa branca: um homem como primeiro “damo”, tendo que suportar a pressão de não ser o presidente. É um ótimo exemplo para debate de gênero. 😉
Pena q acabou
Flávia
Commander In Chief já chegou a ser meu programa favorito. Era maravilhosa e não estou exagerando. Foi um erro da ABC ao tirá-la do ar e um erro dos próprios americanos em não assistí-la.
Pra quem assiste the OC, friends, two and a half man ter a capacidade de dizer que Commander in chief é ruim é de matar…se houveram erros no roteiro paciencia…acontece..agora que o tema é atual e coloca ”in vogue” muito a se pensar isso é indiscutível…já pararam pra pensar porque o lobby na política aqui no Brasil é proibido e lá é permitido???
Olha nunca me senti tão lesada,quanto em descobrir que o CIC não teria uma 2°temporada,até a ultima hora de um condenado a morte tem ,chance de um indulto de uma defesa , sabe quando algo realmente incomodar ,se arruma qualquer desculpa …
PODE SE DIZER QUE O CIC FEZ O PRETENDIA CUTUCAR!!!!!
PROVOCAR O QUESTIONAMENTO,MAIS E CLARO QUE POUCOS ,TEM INTELIGENCIA O SUFICIENTE PARA APRECIAR UMA SERIE NO CALIBRE DE Commander in Chief , QUER SABER FIQUEM FRIENDS,SMALLVILLE,UGLY BETTY, DENTRE OUTRA QUE SERVEM APENAS E TÃO SOMENTE PARA ALIENAR E COMO SEDATIVO PARA UM POVO IGNORANTE,”PÃO E CIRCO” E POR ISSO QUE INVADEM ESCOLAS ,FACULDADES METRALHANDO TODOS MUNDO ,ATITUDES ALIENADAS, SEM NENHUM RESPEITO COM NINGUEM ………..
MERECE UM POVO ALIENADO……..
AMERICANOS OBRIGADO POR ME PROVAR QUE SÃO TÃO STUPID QUANTO SEMPRE ME PARECERAM