TeleSéries
‘Touch’ – um balanço de temporada
10/06/2012, 11:12. Redação TeleSéries
Especiais, Opinião
Touch
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Tim Kring é um nome que carrega um paradoxo. Uns o temem, outros o glorificam. E o escritor, que tem em seu currículo duas séries com comentários completamente opostos – já que muitos criticam Heroes na mesma proporção que falam bem de Crossing Jordan –, trouxe neste ano uma aposta que pode ter dado certo… ou não? Touch é o nome da série que o criador apresentou para o público, e diria que uns falam bem, e outros falam mal. Mas o que atribui esta característica as obras de Kring? O que Touch traz de diferente de suas outras obras?
Bom, assistindo a um episódio de Touch, você vê referências claras a outras séries do criador. Até mesmo o logotipo da abertura de Touch é praticamente idêntico a da abertura de Heroes. Mas a série tem sua própria bagagem? Sim. Com certeza tem. Talvez o ponto alto da série seja abordar uma área tão pouco explorada no mundos dos seriados, e que de certa forma debate com o preconceito difundido hoje em dia. A série tem como protagonista um menino que apresenta claramente as características de uma pessoa autista. E olha, a série já tem seu mérito por tratar disso. Apenas para nos situarmos, temos como centro dos episódios a luta de Martin Bohm para criar seu filho Jake, que possui esta disfunção. Mas isto que nós qualificamos como “disfunção”, Kring tenta explorar, e mostrar que isto é apenas uma das infinitas visões que temos da situação. Jake pode não ser normal para nós, ao mesmo passo que nós podemos não ser normais para Jake. A série magistralmente mostra isso, e neste aspecto, temos de parabenizar Tim.
O contexto basicamente relata uma lenda que informa que Deus mandou 36 defensores para proteger toda a população e desse modo, acredita-se que Jake seja um deles. O próprio menino apresenta as características fundamentais para receber tal nomenclatura: ele é autista e encontra a solução dos problemas por meio de números ou formas geométricas, além, é claro, de sentir uma dor profunda enquanto as pessoas não conseguem sua paz. Para que esses problemas sejam solucionados, Jake apela para seu pai, Martin, conseguir com que as pessoas certas se encontrem nos momentos certos, para que elas descubram a verdadeira paz interior. Mas como transmitir essas informações para seu pai, já que o próprio filho não diz uma única palavra? Por meio de sequências numéricas que encontramos em cada episódio.
O interessante da série é que nos deparamos com essas sequências no mundo inteiro. Inclusive, houve um episódio, cuja sequência levava para o Brasil. O episódio destacava o número 55124, que relatava a história de um pequeno garoto obrigado a roubar, pois precisava sustentar o seu irmão com problemas físicos, por meio de mandados de um policial mercenário. Enquanto isso, no Brasil, um jovem músico tentava conquistar a dona de um café, que passava por sérios problemas financeiros. Ao se desenrolar da história, descobrimos que na verdade os pais dos meninos haviam sido mortos e a parenta mais próxima é a própria dona do café. O músico vende sua viola original e consegue pagar as dívidas de sua amada. E a conclusão: a dona do café e o músico viajam para Nova York para assumir a guarda dos irmãos e o policial mercenário é preso. E mais uma vez, Jake consegue sua paz.
Outro item a se destacar é a sequencia de Amélia. Existia uma garota chamada Amélia, que da mesma forma que Jake, acreditava-se que ela era um dos 36 defensores. Uma grande empresa financiava os estudos dessa menina para descobrir de fato por que ela era tão especial. Amélia descobriu números fragmentados que juntos formavam uma espécie de sequência. Mas os estudos acabaram indo longe de mais e a própria garota foi elevada ao seu limite, causando um grande dano cerebral. A autópsia mostrou que ela estava morta, mas Martin descobriu que isso era uma farsa a tempo, pois a própria empresa queria iniciar os mesmos estudos com o seu filho. Em um grande episódio cheio de reviravoltas e suspense, finalizamos a temporada com Martin fugindo com Jake para Califórnia e se deparando com um pôr do sol… Ao lado da mãe de Amélia. Touch consegue transmitir um mundo onde tudo é possível, desde que acreditemos nele. Ao repararmos que Jake não é quem pensamos que era, percebemos que seu amor por Martin existe ao colocar seus dedos na mão do pai. Touch quer nos mostrar mais e devemos estar preparados para mais sequências.
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Eu adorei, achei excelente a temporada, os erros são totalmente passáveis diante do tema complexo. e Touch eh maravilhosa
Sim, a série apresenta um tema muito bom, e já tem mérito por inserir no seu contexto um preconceito difundido muito grande. Foi digna de ter ganho sua segunda temporada xD
Vi o primeiro episódio e me desinteressei. Não consigo ver o Kiefer Sutherland interpretando outra coisa que não seja Jack Bauer. Mas estou tentada a dar uma chance à série se houver uma trama subjacente a pai e filho..
Só me esclarece uma coisa Anderson:
O mito dos 36 defensores é explorado ou é pano de fundo para a trama de Jack e seu pai. Na sua opinião a série tem ou terá um pé no gênero fantasia, ou não? Pergunto porque o primeiro episódio me pareceu tão enfadonho, mas se houver uma possibilidade de fugir do corriqueiro, como o seu texto me deu esperança de ser, darei uma chance à série.
No mais gosto de textos como o seu que despertam minha curiosidade onde antes havia só certeza. Parabéns!
Ainda não está explorado ReMonteiro. Temos apenas menções, e os estudos em cima de Amelia … acho que a segunda temporada dará um foco maior nisso. Mas a série cresce bastante, e se sustentou até o final da temporada! Valeu a pena! Muito obrigado pelo comentário. E créditos ao Mario que fez este texto junto comigo 🙂
Obrigado pelos esclarecimentos. Vou assistir à primeira temporada e fazer figa pela segunda.
Uma correção: é autista (com U). O meu medo é só eles não conseguirem sustentar uma trama tão interligada por muito tempo e perderem a mão em algum momento. Eu gostei. Na verdade até me surpreendi, para ser sincera, já que eu não pretendia acompanhar a série, mas mudei de opinião logo no 1º episódio. E uma observação idiota de uma fã de “24”: me dói ver toda vez que “Jack Bauer” apanha…
Opa, obrigado pela correção! Hehehe, sei como é este sentimento de fã … mas surpreendeu sim :))
Eu gostei bastante da primeira temporada, e acho que a trama envolvendo a Amelia é uma das que, se bem desenvolvida pelos roteiristas, promete e mto pra temporada que vem.
Pra quem ainda não viu, eu recomendo. Eu fui ver os primeiros episódios meio com o pé atrás, por causa da lambança que virou Heroes, mas acho que o Tim Kring vem acertando a mão com Touch (pelo menos por enquanto).
No começo é meio difícil separar a imagem do Jack Bauer, mas com o tempo melhora! =)
Ah, só pra não passar em branco, gostei bastante da review!
Obrigado Cakki! O bacana de Touch é a questão de juntar personagens em situações aleatórios em uma conexão contínua. Muito bem bolado. E a lembrança de Jack Bauer é forte, mas com o tempo nos acostumamos. Ele está levando porrada dessa vez.
Não gostei da série. Vi até o terceiro episódio e desisti.
Achei que seria interessante como os numeros estariam ligados a casos que o Jack Bauer teria que resolver, mas achei a série meio sem sentido, forçada e monótona.
[…] Confira o balanço da primeira temporada da série. […]
Amo esse show! e estou muito animado para segunda temporada! Detalhe o músico do “episódio” do Brasil paciência viu já estava sem irritado de tanto escutar ele falar com aquele sotaque horrível!