The Newsroom – Unintended Consequences


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Eu não sei quanto a vocês, mas este episódio renovou a minha confiança em The Newsroom. Até uma pequena esperança de renovação eu passei a ter.

Unintended Consequences não entrega apenas três boas histórias. Unintended Consequences mostra também grandes seres humanos. E numa TV que gosta de incensar monstros e anti-heróis (sim, isto é uma indireta pra quem gosta de Dexter e Ray Donovan), nossa, isto é um oásis.

Finalmente embarcamos na jornada de Maggie e Gary Cooper (que não, não é o galã do cinema) pela África. Eu pensei que esta história fosse se estender por 2 ou 3 semanas e fiquei feliz que não tenha sido. Deu ao episódio um certo desfecho que vinha faltando nas semanas anteriores, todos construídos para conduzir o telespectador em torno destes arcos da temporada. O mais curioso é que achei que Maggie se envolveria num conflito civil e foi algo muito mais simples que isto – um confronto com ladrões, provocado especialmente por problemas de linguagem. Já falei antes aqui, que a impressão que eu tenho é que Maggie é a personagem mais odiada da série (e por razões muitas vezes erradas). Levar consigo a morte de um garotinho, que carregou nas costas e que lutou para não deixar para trás, realmente, é algo capaz de mudar uma vida. E o episódio soube contar esta história muito bem.

Jim sacrifica uma pauta para ajudar uma colega, uma concorrente. É algo meio impensado nesta profissão mas, conhecendo o caráter de Jim, é compreensível. Ele está fora da cobertura da campanha mas, felizmente, recebeu sua recompensa pessoal (gente, o que são estas filhas da Meryl Streep? São a prova definitiva da evolução das espécies!). Mais do que o beijo, é preciso destacar o diálogo entre Jim e Taylor (a personagem da Constance Zimmer) na piscina. É um clássico de Aaron Sorkin, mostrar que nada é preto no branco. Seria muito simples demonizar os assessores parlamentares e os assessores de imprensa: mas eles estão ali para executar um papel difícil (e também ingrata).

The Newsroom - Unintended Consequences

As histórias do Occupy Wall Street e da Operação Genoa acabam se cruzando neste episódio, quando Shelly, que foi humilhada na televisão por Will, se torna a única pessoa que pode tirar a pauta de um beco sem saída, ao introduzir uma nova fonte para a história. O problema: ela exige uma retratação. A trama gera boas cenas cômicas, que revelam a falta de sensibilidade de Sloan e Don com a garota. Mas o melhor aqui é perceber que tanto Sloan, Don e Will se prestam a negociar com ela por uma pauta que eles sequer sabem sobre o que é. Eles o fazem por confiar na Mac, no Neal. Fazem pelo time. Alguém recentemente fez isto por você?

Como eu disse, este episódio renovou a minha confiança na série. E também a minha admiração por estes personagens. E se este tiver sido o ponto alto da temporada de The Newsroom, já estou mais do que satisfeito.

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  1. Lara Lima - 07/08/2013

    Nem sei por onde começar porque não gostei de quase nada neste episódio rs.

    Não gostei da história por trás do trauma da Maggie. Eu estava preparada psicologicamente pra uma violência do tipo estupro ou o assassinato de todas aquelas crianças, ou sei lá, eles se perdendo no meio da estrada no meio de uma guerra de “tribos”, enfim. Alguma coisa nesse sentido. A história do menininho não apresentou metade da carga dramática que eu esperava. E a minha expectativa só era alta por culpa exclusiva da série, afinal, a pessoa vai à Àfrica, quando volta está tomando remédios psiquiátricos pesados, e com esse cabelo – era de se esperar algo muito ruim. Claro que, olhando da perspectiva de que a realidade que ela encontrou lá é completamente diferente da que ela vive, sem falar os problemas de ansiedade que ela já sofria (ou alguém esqueceu da crise que ela teve no terraço porque não tinha o Xanax com ela?), foi compreensivo ela ficar abalada. Mas não achei que foi pra tanto, sabe? Acho que a história, por conta da maneira que foi “prometida”, não comoveu. Eu choro com comercial de margarina, juro! E não me emocionei nenhum um pouco com a Maggie. A medida que o episódio passava eu me perguntava: “cadê a parte que eu choro?”. E ela não aconteceu. E eu to pouco me importando com o trauma da Maggie ou com o seu cabelo de lunática. Justo a Maggie que eu sempre gostei.

    Também não amei o plot do Jim. Já esperava dele aquela postura, e já estou preparada pra Taylor pedir demissão e ir trabalhar com ele, mas achei muito muito surreal. Existem pessoas boas no mundo, mas não existe essa capacidade monumental de se prejudicar pra ajudar outra pessoa que vejo tanto em Newsroom.

    Mas acima disso tudo o que mais me irritou foi todo mundo correndo atrás pra convencer a Shelly. Até crível a reação dela e o pedido de perdão, mas eu simplesmente me irritei com a postura dela, a arrogância, aquela mania de falar e não querer ouvir.

    O que eu gostei? Da cena que o Will vai conversar com a Shelly e diz que acharam o cara, mas ele quis pedir desculpas. Eu amo o Will! rs

    Eu esperava mais do episódio, muito mais. Foi muito bem dirigido, muito bem escrito como sempre, os diálogos afinados e os atores dando um show. Mas não me emocionou, não me comoveu, não me provocou nada. Quando acabou ficou aquela sensação de “só isso?”

  2. Paulo Serpa Antunes - 07/08/2013

    Bom, era esta a tal ingenuidade no texto do Sorkin que eu falava na semana passada. Assim como outras séries estão sujeitas a suspensão de descrença, aqui também acontece. Mas aqui você tem que acreditar que existem pessoas como o Jim, que se prejudica para ajudar alguém com risco real de perder o emprego.

    Sobre a Shelly, eu achei ela petulante na medida certa – o suficiente para irritar a Sloan e o Don e fazer a trama andar. Gostei de tudo ali. Você ouviu alguma entrevista com um articulador de um movimento social, tipo o Bloco de Luta, no mês passado? Perto deles, a cabecice-dura da Shelly não é nada!

    A históra da Maggie foi extremamente simples. Concordo contigo, no final do episódio eu não estava emocionado. Mas eu comprei a ideia, sabe? Ela fazendo uma pauta banal, ficando presa lá, criando uma afeição por um menino (e mentindo para a advogada do afeto pelo menino, porque na verdade ela passou muito mais tempo com ele do que admitiu na entrevista). Eu achei tudo muito genuíno. Mas você tem razão, não comoveu. (Ontem assisti ao piloto de Bradchurch na GNT, aquilo sim me deixou comovido).

  3. Cinthia - 09/08/2013

    Pela primeira vez na série, eu gostei do posicionamento da Maggie e de como as coisas foram relatadas por ela. Fiquei muito triste mesmo por ver tudo o que chegou a acontecer com ela na África, mas agora comecei a gostar dela… de verdade! Não sei se isso vai continuar nos próximos episódios, o que provavelmente deve acontecer… mas eu já fiquei feliz com a segunda temporada só por esse episódio.

    Pontos baixos? Talvez o Jim e a pauta que ele passa para a concorrente (é fofo que ele tenha ganhado um beijo da menina, mas, mesmo assim, eu achei meio sem sentido se você está numa cobertura dessas).

    Sobre o Occupy… lá vem pano pra manga, hehe. Não achei muito bacana o que aconteceu, do Will não levar a sério a moça do grupo durante a entrevista. Também não colou aquela história de ele aparecer na faculdade para pedir desculpas. Se bem que, com a história da Maggie, acho que não teria nada mais que pudesse deixar o episódio melhor ainda x)

  4. Cinthia - 09/08/2013

    *e agora comecei a gostar dela… de verdade!

  5. Saiba mais novidades sobre o quinto episódio de ‘The Newsroom’ - 10/08/2013

    […] REVIEW | ‘The Newsroom’: Unintended Consequences  […]

  6. biancavani - 11/08/2013

    Nossa, que episódio! O trabalho de montagem foi soberbo: a narrativa entremeando o tema central com outras passagens, Maggie contando a parte pertinente àquela entrevista, enquanto outras partes (por exemplo, algo estar começando entre Jim e a jornalista concorrente) estavam a mil em sua cabeça, o impacto dramático final… Maggie fez um excelente trabalho.

    Foi de fato um humor bem refinado: a série de desculpas malogradas àquela ativista do Occupy Wall Street (juro que no princípio pensei que Sloan fosse ser diplomática). A franqueza de Will na conversa com ela também é algo a se destacar. Com disse Paulo, as coisas nesta série não são mostradas apenas como brancas ou pretas, sempre há bons argumentos nos dois lados da questão – não tem nada de torcida Fla X Flu.

    Ah, então a colega concorrente do Jim é filha da Meryl Streep? Estava mesmo intrigada: “de que filme eu conheço essa atriz?”. A personagem que ela está fazendo é muito divertida, sempre com aquela cara amuada e as respostas cortantes.

    Resumo da ópera: maravilha!

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