TeleSéries
The Newsroom – The Genoa Tip
29/07/2013, 13:03. Paulo Serpa Antunes
Reviews
The Newsroom
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Eu desenvolvi uma teoria a respeito de The Newsroom nas últimas semanas. A teoria é: o que impede a série de deslanchar são as viúvas de Studio 60 on the Sunset Strip. Repare, todo mundo que malha The Newsroom geralmente usa o argumento que Studio 60 era melhor.
Não era. Studio 60 era uma série irregular, em alguns momentos confusa, em que Aaron Sorkin seguidamente desviava do tema central para ser panfletário.
Mas Studio 60 tinha, claro, um grande trunfo. Que era ter o Matthew Perry, o Bradley Whitford, a Amanda Peet, a Sarah Paulson, e cia… a série simplesmente tinha um dos melhores elenco que já se juntou numa mesma série de TV.
The Newsroom é uma série muito mais sólida, mais completa. E tem personagens muito ricos (e este episódio é prova disto). Mas de fato, tem problemas de elenco. Quer dizer, em termos. Porque a série tem o Jeff Daniels. E o Jeff Daniels está arrebentando!
Na season premiere, Will está lambendo as feridas. Ele foi contundente demais e agora paga o preço. E agora sabemos porque a cobertura do 11 de setembro é tão importante para ele – foi naquele dia que ele se tornou âncora. E este segundo episódio é o do despertar de Will. É o momento em que ele encontra uma nova motivação, uma nova guerra pra lutar. Pra quem acha que The Newsroom não é realista – gente, são histórias como a de Will que tornam a série tão real! E isto não diz respeito apenas a quem trabalha em comunicação – pensem em quem trabalha com política, imaginem o conflito destes caras que, diariamente, precisam tomar decisões impopulares. Imagine agora que, cada vez que você malha uma figura pública numa rede social, ela está do outro lado, vendo e sendo impactada por aquilo que você disse!
O problema de The Newsroom é que, o que sobra em Jeff Daniels, falta nos demais. Emily Mortimer encontrou o tom da personagem, está menos exagerada nesta temporada e sua personagem até aqui tem desempenho discreto – mas toda vez que a vejo em cena, não consigo não deixar de pensar que seria muito melhor para a série se no lugar estivesse uma atriz americana. John Gallagher Jr. e Thomas Sadoski são bons, mas são caras novas, não agregam muito ao show (sobre o personagem de Sadoski, o Don, achei bacana que no momento que ele terminou com a Maggie, ele simplesmente virou as costas e se jogou no trabalho; é um sinal de que ele realmente não amava ela).
E, bom, temos a Alison Pill.
A Alison Pill executa muito bem o papel da Maggie. É uma personagem ligada em 220 volts, cheia de determinação e energia, focada no trabalho, mas desorganizada na vida pessoal e amorosa, repleta de defeitos e imperfeições e possivelmente muitos problemas familiares. (Gente, acreditem, existem várias jornalistas assim por aí!). Eu comparo muito a Maggie com a Meredith Grey de Grey’s Anatomy. É um personagem-chave da série, mas um personagem de difícil identificação. E como foi com Meredith/Ellen Pompeo na última década, o problema aqui é exatamente definir onde termina a implicância com a personagem Maggie e onde começa a implicância com a atriz Alison Pill. Parece que tudo se confunde.
E o fato dela ser a base do pentágono amoroso que é pano de fundo da série não ajuda nada.
Bom, agora é esperar para ver o que a irresponsabilidade de Maggie na viagem para a África irá provocar. E torcer para que, com o pentágono amoroso desarticulado, a implicância com Allison/Maggie diminua e o telespectador consiga perceber que, apesar do elenco modesto, The Newsroom é melhor que Studio 60.
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Não compartilho dessa antipatia que tanta gente tem por Maggie, e torço genuinamente por ela e Jim. Eu não vou é com a cara de Don, e acho que essa paixonite de Sloan por ele, introduzida bruscamente no fim da primeira temporada, só enfraquece a personagem.
E Sorkin foi bem esperto em usar aqueles flashforwards no começo da temporada, pois acho que sem eles eu estaria bem menos interessado no “escândalo” Genoa e na ida de Maggie à África.
É verdade, a entrada da Sloan nesta história no final da temporada passada soou meio fake.
E as duas linhas de tempo no primeiro episódio funcionaram muito bem, concordo contigo.
Acho que o problema não é com a atriz, e sim com a direção. Em Para Roma, com amor, Allinson está muito bem, parecida com a Maggie desta segunda temporada. Acho que se pretendia aquela coisa afiada, megarrápida, que era com The West Wing (CJ, Donna, etc.), e Studio 60 (Harriet, Danny, Matt…), mas ficou demasiadamente exagerado.
Mas isso é o de menos. A série é esplêndida, desde a primeira temporada, dessas que deixam a cabeça da gente virada. Nossa, até a abertura me deixa encantada. Os dilemas, a tensão da redação, as várias facetas das questões levantadas, sua abordagem que foge ao lugar-comum… (adorei aquele “todos me perguntam por que sou republicano, mas ninguém pergunta por que alguém é democrata”). E como não bastasse, ainda tem o Jeff Daniels, o ator mais que perfeito.
Penso que para a plateia brasileira muitas das citações, dos fatos abordados, das referências a pessoas e eventos históricos se percam. Eu mesma tive de recorrer à minha melhor amiga, a Wikie (pedia), para esclarecer algumas dessas referências. Se Newsroom não deslancha por aqui deve ser por isso. Mesmo nos USA, agradará apenas a uma certa camada – o que não é problema para a HBO. Ou será que é? Bem, pelo menos fomos honrados com uma segunda temporada.
Mas, rapazes, penso que Sloan abrindo o jogo para Don (atração que jamais imaginaríamos) foi algo deliberadamente abrupto justamente para, como segundo a expressão antiga, “cairmos das nuvens”. Foi uma estratégia para nos causar espanto e curiosidade pela próxima temporada (um “cliffhanger secundário”).
Eu tenho uma teoria diferente, que também envolve Studio 60, para explicar o que impede The Newsroom de chegar ao nível Aaron Sorkin que assistimos em TWW.
Mas antes, aviso que ainda não assisti nenhum episódio dessa temporada, a teoria eu pensei no primeiro ano da série mesmo.
S60 era frequentemente alvo de críticas sobre a suposta arrogância de seus personagens. Lembro que na divulgação daquela série Bent, ainda perguntaram pra Amanda Peet algo sobre ela se sentir arrogante fazendo aqueles personagens. Acho que isso pegou pesado pro sorkin, que resolveu não fazer personagens tão cheios de si. Só que talvez ele tenha se esforçado demais, deixando alguns personagens bobos. Pq a parte incrível do sorkin tá ali, nos diálogos, nas discussões, nos debates sobre os assuntos interessantes. Mas eles são ofuscados por uma história romântica que não dá muito certo e por seus personagens caindo vestindo calças ou enviando e-mails por engano para toda a empresa.
Eu estou revendo The West Wing e encontro muito bem o pastelão ali, em personagens caindo ou em um peru largado dentro da sala da CJ. Mas parece um escape cômico que em Newsroom atrapalha. Minha teoria, que pode muito bem estar errada, é essa: de tanto ouvir que seus personagens eram espertos demais, sorkin acabou criando patetas.
Claro que a coesão do elenco também é importante (s60 e tww tem atores impecáveis e é MUITO difícil fazer um ranking elegendo os melhores personagens). Mas o que me incomoda não é o sorkin levantando a bandeira, não é ele caindo em cima dos republicanos ou sendo panfletário. Isso É SORKIN! O que me incomoda em newsroom é esse foco desproporcional para os romances, com uma parte cômica que não funciona e atores que não são apropriados para o papel. Mesmo assim, nos episódios que vi, frequentemente terminava com os olhos brilhando. E isso é o que me motiva a continuar assistindo o que ele faz.
Parabéns pelo texto (e pela ótima teoria), Paulo!
(Agora reli e percebi o quanto repeti a palavra “personagem”. Isso é o que dá postar correndo. Foi mal, pessoal, relevem!
Também não compartilho desa antipatia pela Maggie/Alisson. Acho que a atriz veste muito bem o papel, e gosto demais do romance com o Jim. O que me incomodava nessa história é que eu nunca entendi muito bem porque ela ficava com o Don. O Jim a ama, ela o ama, a Lisa não tinha entrado na equação ainda, então não fazia muito sentido pra mim, e mesmo agora continua não fazendo. Já que ela perdeu o Don, e ele perdeu a Lisa, então porque diabos os dois estão de lados opostos do país? Mas tá, comprei a ideia (porque amo o show). A Maggie tem que ir pra África pra voltar com aquele cabelo ridículo. Acompanhemos.
Adorei Don e Sloan, de verdade. Acho que é porque gosto dos atores, não sei.
Eu não vi Studio 60, mas não consigo apontar nenhum defeito em The Newsroom. A serie é absolutamente fantástica, na minha opinião.