The New Normal – Stay-at-home Dad, Gaydar e Diary Queen


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Ah, os pais de primeira viagem. Querem que tudo seja perfeito, buscam apenas o melhor e sofrem horrores com as incertezas e dúvidas diante do seu preparo para a criação de uma criança. E com Bryan e David não poderia ser diferente.

A poucos meses do nascimento de seu filho, o casal segue nos preparativos e tentando descobrir a melhor forma de criar o bebê. No episódio Stay-at-Home Dad, Bryan e David entram em uma discussão para saber qual dos dois será o pai que vai ficar em casa e cuidar do bebê quando ele nascer. Para tirar a dúvida de quem seria o melhor para o trabalho, Bryan e David mandam Goldie para um spa e ficam incumbidos de tomarem conta da Shania, algo que nem chega a ser uma grande novidade para os dois, já que indiretamente eles já vêm fazendo este serviço por vários episódios. No entanto, sem nunca terem ficado com total responsabilidade sobre a garota, agora eles percebem o quanto é difícil cuidar de uma criança.

No geral, um episódio divertido, com boas cenas e momentos bem engraçados, apesar de extremamente exagerados, claro. Entretanto, o destaque do episódio ficou com Rocky, mais uma vez. Com a possibilidade de ter que deixar de trabalhar para cuidar do bebê, Bryan coloca Rocky como a produtora da sua série de TV, Sing, a paródia de Glee, do próprio produtor de ambas as séries, Ryan Murphy. E com este papel temos momentos impagáveis de Rocky fazendo piadas certeiras sobre o quão surreal e exagerado Sing (Glee) é, como quando ela questiona adolescentes de hoje em dia cantando apaixonadamente músicas que foram sucesso 30 anos atrás. É óbvio que há adolescentes que curtem este tipo de música, mas eles não são a maioria, como ela bem aponta.

O episódio seguinte, Gaydar, deu um tempo nas temáticas “aprendendo a cuidar do bebê” para discutir um pouco sobre pré-conceito, mas sem deixar a criança de fora do contexto. A temática surge quando Jane conhece Bryce (John Stamos), um corretor que trabalha na mesma empresa que Jane e que decide que ela precisa de uma transformação para se encaixar melhor no mercado e se modernizar. De acordo com suas características, Jane acredita que ele é gay, o que desencadeia a discussão sobre saber a orientação sexual de uma pessoa a partir da aparência e do gosto pessoal. Também entra na mistura o novo interesse de Rocky, Chris, com quem ela acredita ter um envolvimento, mas que, segundo Shania e Goldie, é gay.

Diante do impasse, Jane e Rocky concordam em promover um jantar na casa de Bryan e David para que elas, juntos com os dois, Shania e Goldie, tentem descobrir qual a orientação de cada um. Para isso, Shania – que afirma ter um ótimo gaydar – e Bryan desenvolvem um jogo que consiste em procurar nos estereótipos para conseguir desvendar os segredos dos dois. O momento em si resulta em boas piadas, algumas ótimas sacadas com o universo gay e suas características. No entanto, toda a discussão acaba ficando superficial e é resolvida de maneira corrida.

Em relação ao bebê, que eu citei no começo não ficar de fora da discussão, o embate é em relação ao que ele vestirá em seu batizado. Bryan quer que ele use uma espécie de túnica, o que David prontamente se coloca contra. A trama ajuda e revelar um pouco do passado de David, que, quando garoto, não se aceitava e preferia ser preconceituoso com outros garotos para esconder sua própria realidade. É uma trama interessante e que poderia ter sido muito melhor explorada durante o episódio, o que é uma pena.

Por último, tivemos Dairy Queen, um episódio que foi no mínimo estranho. Tratando de amamentação, além de discutir a preocupação de David e Bryan sobre como lidarão com a situação, descobrimos que Goldie nunca amamentou Shania, o que deixa a garota inconformada. O tema é válido e é compreensível a reação de Shania em ficar desapontada por não ter sido amamentada, principalmente diante das provas médicas do quão bem faz para a criança, mas ver Shania tentando beber leite materno comprado pela internet foi um pouco demais para mim. Tudo isso claro, para depois descobrirmos que a maior preocupação da garota é, na verdade, em ficar distante da mãe após o nascimento do bebê, o que torna tudo mais compreensível.

Já Bryan passa todo o episódio fixado em amamentar – ele até compra uma espécie de colete para que homens possam realizar a tarefa. Suas atitudes são divertidas e totalmente exageradas, como sempre. O ponto alto é o flash mob que ele promove para ajudar as mães que querem ter a liberdade de amamentar em qualquer lugar ao som de Milkshake, da Kelis.

A subtrama do episódio diz respeito ao relacionamento de Jane e Brice (John Stamos). Jane está cada vez mais afim do colega de trabalho e ela então resolve investir, com algumas dicas de Rocky. É legal vê-la bem e Brice tem um bom efeito nela, tornando uma pessoa melhor. Vamos ver até onde isso vai.

No mais, The New Normal continua sendo uma série divertidíssima que eu amo, mas tenho sentido falta de um pouco de profundidade, digamos assim. Tá, eu sei que é uma comédia, e tal, mas custa sair um pouco do conforto da fórmula “um tema por episódio” e investir em tramas mais trabalhadas, com um pouco mais de desenvolvimento dos personagens – Goldie, por exemplo, só come, atualmente –, e até um pouco de conflito para o casal protagonista. Seria divertido e faria a série ser imbatível.

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