TeleSéries
The New Normal – Nanagasm e Bryanzilla
14/10/2012, 21:00. Beto Carlomagno
Reviews
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Alguém me explica como The New Normal consegue ser tão fofa? E não é só de momentos “own” que vive a série. Ryan Murphy e Ali Adler produziram uma série que além de ser muito engraçada – foco principal de uma comédia –, ainda toca em temas polêmicos e relevantes e emociona. E os últimos dois episódios não foram diferentes disso.
Nanagasm, apesar de para mim ter sido o episódio menos engraçado até agora, tem foco, como o título do episódio já indica, em um evento um tanto quanto prazeroso para Nana Jane e consequentemente coloca a ótima personagem interpretada brilhantemente por Ellen Barkin no centro da história. O episódio usa as restrições de uma mulher de meia idade que sempre viveu uma vida de restrições e que sente pela primeira vez um orgasmo para fazer humor e ainda discutir de forma divertida e inteligente a necessidade da mulher se impor e buscar sua felicidade sexual, não importando a idade. Em uma ida ao bar do hotel em que está ficando, Jane acaba encontrando um cara mais novo que mostra interesse por ela. Disposta a arriscar e tentar algo novo, Jane se entrega a uma noite de sexo casual que lhe rende um orgasmo, uma sensação que ela mesma não faz ideia do que é e que causa uma confusão de sentimentos na personagem.
Em Nanagasm também conhecemos a figura um tanto quanto estranha que é a mãe de David, Frances, uma mulher super protetora que disputa o amor e atenção do filho com o mega competitivo Bryan. Tudo isso rende ótimos flashbacks com disputas culinárias hilárias entre os dois. No entanto, o problema de Bryan com Frances vai além do ciúmes por ter que dividir a atenção do amado, Bryan na verdade tem um pouco de inveja da relação honesta e de cumplicidade que seu amado tem com sua mãe, algo bem diferente da relação dele com a sua, com quem ele não fala há muito tempo. Mas Frances não está ali apenas para embates épicos com Bryan, ela também serve como espelho de uma mulher da terceira idade bem resolvida e que vive a vida ao máximo, algo que Jane ainda não sabe fazer devido as suas convenções e suas restrições.
Além disso, o episódio ainda dá continuidade na história geral da série, outro ponto positivo de The New Normal. Ao contrário de algumas comédias, em que cada episódio tem um tema único e a história maior fica esquecida por um tempo, The New Normal sempre dá continuidade, mesmo que em pequenos momentos, à linha desenvolvida no episódio anterior. Aqui vemos os reflexos do pedido de custódia do pai de Shania no comportamento da garota, que faz uma lista de tudo que ela sonha em realizar enquanto vive na Califórnia.
Já no episódio Bryanzilla, o foco é a discussão do casamento gay. Os roteiristas utilizam o casamento falso de Shania com Wilbur, o seu namoradinho estranho da escola – algo a lá Batata e Rita em Avenida Brasil, mas sem todo o lixo e com muito mais dinheiro e glamour -, para estabelecer o caminho para debater a liberdade do casamento para qualquer pessoa. No episódio, Wilbur decide pedir Shania em casamento por causa da possibilidade de perdê-la, já que o pai da garota entrou com o pedido por sua custódia. O acontecimento gera a oportunidade que Bryan sempre sonhou de organizar uma festa e mostrar para David o quando ele é louco para que eles se casem. Neste momento, presenciamos outro flashback do passado dos dois em que mostra a época em que eles estavam começando a sair e conversando sobre a possibilidade de se casaram, o que David prontamente se diz contra.
É claro que, como sempre, Nana Jane se mostra totalmente contrária às ideias, tanto do casamento falso de Shania quanto da possibilidade de dois homens se casarem e é aí que o roteiro mais uma vez tira suas boas sacadas. Jane recruta garotinhas da escola de Shania cujos pais votam em Romney e que, segundo ela, são futuras mães integrantes do One Million Moms* para ajudarem a destruir o casamento falso de Shania. A ação, apesar de desnecessária, serviu para mostrar o quanto Jane se preocupa com sua neta e bisneta, além de forçar Goldie a finalmente se impor. Tudo também serve para mostrar para David o quanto um casamento, ou mesmo uma cerimônia de compromisso, é importante para Bryan, o que conduz o episódio a seu ápice da fofura: o pedido de casamento.
Com seu bebê como testemunha, David faz o pedido da forma romântica que parece só acontecer em séries e filmes e com isso nos deixar apenas sonhando se há alguém neste mundo capaz de algo minimamente parecido.
*Grupo real de mulheres conservadoras dos EUA que se posicionaram totalmente contra a exibição da série antes mesmo de sua estreia por lá.
p.s. Tem como não amar Rocky recitando Right Thru Me da Nicki Minaj? E a referência a Single Ladies? E o convite a Willow Smith e a referência às Kardashians? Adoro este uso do mundo pop real no roteiro das séries.
p.s. 2 Continuo achando incríveis as cenas dos créditos finais com Bryan e Shania.
p.s. 3 Totalmente off topic: já estou nostálgico com o fim de Avenida Brasil.
p.s. 4 A nota final é mais ou menos uma média dos dois episódios juntos.
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plmdds um Emmy para Ellen Barkin.
Super concordo com a review em especial com o PS 1 🙂
Concordo Gabi. E ainda continuo com a minha campanha por um Emmy para o Andrew Rannells. Revelação brilhante.
Concordo gente! Sem contar que pela primeira vez o David me chamou atenção. Eu gosto do personagem, mas achava ele meio sem sal, o Bryan sempre roubava a cena. Mas esse episodio foi da Shania e, no final, do David com aquele pedido fofissimo (vieram lagrimas nos meus olhos ta?)