The Crazy Ones – The Monster e The Lighthouse


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É chegada a hora de dizer adeus.

A notícia é triste, mas já esperada: no último fim de semana a CBS anunciou o cancelamento da nossa amada The Crazy Ones. E a hora derradeira do pessoal da Lewis, Roberts & Roberts não deixou a desejar. Muito pelo contrário: deixou um gostinho agridoce, de quero mais.

Os dois últimos episódios da série – The Monster e The Lighthouse – foram exibidos no dia 17 de abril. Antes, portanto, de sabermos qual seria o seu destino. Embora não tenham sido exatamente uma series finale, ambos cumpriram seu papel com louvor, ao surpreendentemente não focarem na comédia, por assim dizer.

Enquanto The Monster girou em torno de um trabalho pro bono de Simon para salvar uma biblioteca em perigo através de uma campanha de queima de livros (oi?), The Lighthouse nos presenteou com uma verdadeira dramédia familiar, trazendo à agência ninguém menos do que Paige, a famigerada mãe de Sydney.

O que ambos os episódios tiveram em comum? O arco da possível venda da Lewis, Roberts & Roberts para a Hamasaki – uma gigante corporação – e, com isso, o embate entre Simon – contra a venda e a “morte” de sua liberdade criativa, e Gordon – a favor da venda e principalmente dos US$ 47 milhões que ela representaria.

“Eles tem uma ótima ética corporativa.” – Gordon

“Isso é como dizer ‘republicano pró-escolha’ ou ‘circuncisão parcial’. Eles não existem!” – Simon

Tudo começa quando, em The Monster, Gordon se desespera com a perda de um grande cliente – a UPS, e suplica a toda a equipe da agência que consigam substituí-la com um cliente à altura, como a indústria do tabaco ou a farmacêutica, ou… a Coreia do Norte (!).

“Lauren, querida, ligue para Kim Jong-Un!” – Gordon

“Não ligue, Lauren. Vai acordar o Dennis Rodman!” – Simon

Simon, como de costume, completamente alheio às questões mais burocráticas e financeiras de seu trabalho, não só não dá a mínima importância para o desespero de Gordon, como pretende salvar a Biblioteca Pública de Naperville em uma grande campanha pro bono.

“Fechem aquele museu de livros estúpido! Quem se importa?” – Gordon

Bom, Simon se importa. Gordon retalia e se recusa a liberar qualquer verba para a realização da campanha. Ah Gordon, você deveria saber que isso não daria certo…

“Você é um vilão. Só falta a maçã envenenada e um espelho mágico!” – Simon

“Você ainda nem começou a ver a Rainha Má que eu posso ser.” – Gordon

E neste conto de fadas às avessas, o pobre Gordon levou a pior, claro. Numa campanha completamente maluca – rabiscada com caneta permanente em um monitor de 5 mil dólares (ouch!), Simon involuntariamente transformou seu sócio desengonçado em um verdadeiro monstro. Já que bibliotecas, aparentemente, são lugares com “internet ruim”, “garotas feias”, “cheiro de livro velho”, e onde os “sem-teto vão para se masturbar”, o jeito foi inventar uma campanha às avessas, que incentivasse o fechamento da biblioteca e ainda o comemorasse com uma grande queima de livros. Whaaat?

Explicando melhor (ou quase isso!): o povo de Naperville está revoltado com o aumento de seus impostos, portanto não se importam com a biblioteca. Sendo assim, o que mais despertaria a sua atenção para a causa do que uma queima de livros? Ah, Simon…

O que faltava para a campanha era um rosto que “as pessoas pudessem odiar”. E é aí que entra Gordon, com seus fotogênicos “traços mediterrâneos suados”…

“Se eu sou o vilão, é porque você precisa que eu seja um vilão. Serve à sua necessidade patológica de ser um herói… Sou só a Bruxa do Mar para a sua Pequena Sereia… Fale com o tentáculo!” – Gordon

Gordon garante que a campanha pro bono de Simon nada tem a ver com a biblioteca, mas como a necessidade que ele sente de ser amado. Mas… Quem se importa? É tarde demais. Gordon já é o grande “queimador de livros” de Naperville, Illinois, e sente na pele a retaliação de sua população – “Meu café tinha um dedo médio desenhado na espuma!”.

Gordon2

Com a promessa de ser transformado no grande herói no grande plot twist planejado por Simon, Gordon não vê outra saída a não ser concordar com toda aquela insanidade. Incêndios e tentativas de linchamento a parte, (quase) tudo sai como o planejado, e, mais uma vez, a Lewis, Roberts & Roberts salva o dia ao revelar que tudo não passava de uma campanha publicitária genial.

“Isso me lembra de alguma coisa!” – Sydney

“Crepúsculo?” – Lauren

“Jogos Vorazes?” – Zach

“Sério?” – Andrew

E tudo termina com “numerosas e excruciantes” feridas de tridentes (!!), e Gordon se transformando em um “vilão da nação, porém um herói da biblioteca.” Ufa!

“Você é a Fera da minha Bela. O Garfunkel do meu Simon.” – Simon

Mas essa declaração de amor (?) não foi suficiente para salvar a LR&R de sua iminente venda, e em The Lighthouse a queda de braços entre Simon e Gordon continuou, levando a decisão final sobre o assunto para a Diretoria da agência.

“Por que Simon tem tanto medo da Diretoria?” – Lauren

“Porque é composta por pessoas que só se preocupam com dinheiro.” – Andrew

“E a minha mãe.” – Sydney

E então somos apresentados à Paige, a mãe ausente e louquinha da nossa Syd:

PaigeSimon

“Não façam movimentos bruscos. Finjam-se de mortos até ela sair com metade de tudo o que vocês tem.” – Simon

“Minha terapeuta se refere a ela como um farol. Quando a luz brilha em você, é ótimo. E quando está longe, você foi apenas deixado no escuro para bater nas rochas das neuroses da sua infância.” – Sydney

Como nada é simples na LR&R, o voto de minerva da Diretoria fica a cargo de Paige. Mas a verdade é que nada disso foi assim tão importante para o desfecho deste episódio – e da série. The Lighthouse se esforçou em nos mostrar a dinâmica familiar entre Simon, Sydney e Paige, suas aventuras, desencontros, brigas e reconciliações, tornando esta series finale uma verdadeira dramédia familiar.

Volúvel ao extremo, Paige promete seu voto tanto para Gordon, quanto para Simon, aproveitando neste meio termo o que de melhor ambos tinham a lhe oferecer: uma noite de sexo, como nos velhos tempos (“lembra quando você queria que eu votasse em Clinton?”), ou uma maratona com os piores filmes já estrelados por grandes divas do cinema e da música (Mariah Carey, Cher e Christina Aguilera, estou olhando para vocês!).

Ao vermos que até hoje Sydney sofre com as promessas vazias de sua mãe, entendemos melhor porque ela venera tanto seu pai excêntrico e atrapalhado, que, by the way, NÃO a esqueceu sozinha num shopping quando ela tinha 5 anos.

Pelo menos Paige prestou para dar um bom – e inédito! – conselho à filha: nós só nos arrependemos por aquilo que não fizemos. Ao colocar este conselho em “uma linguagem que ela seria capaz de entender” – e depois de ler o seu diário no Dropbox (“12345678”, anyone?), Simon deu o seu aval para aquela que talvez tenha sido a atitude mais ousada da vida de Syd.

Pobre menina. Acho que crescer com pais que saltam de carros em movimento enquanto brigam te ensinou a usar cinto de segurança. Apesar de nossas culpas, queria que agora você tivesse um pouco da nossa imprudência.” – Simon 

Syndrew

Mas… E agora? Bom, agora a resposta de Andrew ficará a cargo das nossas imaginações férteis. Obrigada por isso, CBS! Quanta crueldade! O que nos diz o fato de Syd querer acompanhar a mãe pelo Marrocos mesmo depois de ela ter decidido ficar em Chicago? Teria Andrew dado um fora na nossa publicitária favorita? Prefiro acreditar que não. (Até porque, tivemos uma certa insinuação da parte dele de que as coisas não iam assim tão bem com Allie, não é mesmo?)

No fim das contas, Paige fez a coisa certa ao votar a favor de Simon: a Lewis, Roberts & Roberts está a salvo, e a liberdade criativa de Simon, intacta e pronta para atacar novamente!

Em nossas memórias, ficarão os ótimos momentos proporcionados pela equipe mais louca do mundo publicitário. Inclusive os ótimos plots secundários envolvendo o “bromance” de Zandrew. Ver um Zach tão ciumento com “Aandrew” (Andrew + Allie = Aandrew, sério? hahaha) só não foi mais impagável do que o seu quase romance com o vizinho de Syd, e a inversão de papéis com Megan, a amiga-gata-e-ex-ginasta de Allie, que usou e abusou do nosso bonitão justamente quando ele tentava, em conversas imaginárias com Andrew (ou seria Scrooge?), ser um “homem melhor”.

Zandrew

É… Eu já estou com saudades.

Foi um prazer acompanhar as aventuras de The Crazy Ones, e dividir minhas reviews com vocês.

Até logo, Simon!

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