The Crazy Ones – Simon Roberts Was Here


Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/single.php on line 28
thumb image

Ciência x Criatividade.

Qual delas é mais importante no mundo da publicidade? Adicione um gato inglês chamado “Mr. Princess” nesta equação, e aí está a receita para mais um episódio impecável de The Crazy Ones – daqueles que a gente adora e faz questão de assistir de novo.

“Fofo” foi o primeiro adjetivo que me veio à cabeça quando pensei em descrever Simon Roberts Was Here. A campanha publicitária da vez era para a “Gatos da Realeza”, uma ração para os bichanos. Mr. Princess, claro, foi passar uns dias na Lewis, Roberts & Roberts para servir como fonte de inspiração “felina” à nossa amada equipe.

Todo o problema começa quando Simon descobre que Judy Mills – a cliente – escolheu a LR&R para a campanha de sua empresa apenas por sua “ênfase em números concretos e dados”. Por que investir no processo criativo de uma campanha quando números e estatísticas podem fazer todo o trabalho?

“Quem diabos é você?” – Simon

E é aí que conhecemos Colin, o novo “analista quantitativo sênior” – ou “Quant”, como prefere ser chamado – da agência. A ideia de contratá-lo foi do sempre burocrático Gordon, claro (saudade, Mr. Lewis!), e Simon, defensor ferrenho da criatividade, foi voto vencido.

“Uso os dados profundos combinados com algoritmos únicos para monitorar consumidores e aumentar a quota de mercado.” – Colin

Sem opção, Simon é obrigado a tolerar seu novo funcionário contra a sua vontade. O problema fica ainda mais sério quando Colin refuta a campanha idealizada por ele, Zach e Andrew porque “os dados dizem o contrário”. Afinal, não há garantias de que “o humor venda comida de gato”.

“Não há, porque propaganda é arte, não ciência.” – Simon

“Era arte. Mas estatísticos como eu estão transformando-a em ciência.” – Colin

Simon, por sua vez, fica irritado com essa nova maneira “racional” de lidar com a publicidade, e acha todas as sugestões do analista “óbvias” e “irritantes”. “Já há poluição visual o suficiente no mundo”, ele filosofa. Nostálgico, lembra de um outdoor que fez para o “Planetário Adler” que nunca teria existido se tivesse ouvido a tal pesquisa de mercado. Para ele, é isso que faz seu trabalho valer a pena. Não quer apenas vender o produto, mas, através de sua criatividade, quer inspirar. Quer ter orgulho de suas campanhas para poder dizer: “Simon Roberts esteve aqui”, fazendo uma perfeita alusão ao título do episódio.

Confesso que achei esta abordagem tão diferente do que já havia sido apresentado pela série até aqui nada menos que genial, capaz de nos mostrar um lado ainda um pouco desconhecido – e muitas vezes desvalorizado – de todo trabalho criativo (não apenas o publicitário).

Foi uma surpresa extremamente agradável e positiva, e o que se seguiu permitiu que a série exibisse a sua melhor forma. Simon, cabeça-dura que é, jamais entregaria os pontos e fez questão de provar que nem só de números e dados concretos vive o mundo corporativo. Um pouquinho de criatividade não faz mal a ninguém, e a série soube retratar uma questão “polêmica”, por assim dizer, com leveza e humor.

A tristeza e a inquietação de Simon ao perder a aposta que decidiria por qual caminho a campanha seguiria foram, talvez, aquele “empurrãozinho” de que ele tanto precisava para passar a aceitar esta nova realidade do mundo publicitário. Afinal de contas, Colin também provou que seus dados e estatísticas não são assim tão inúteis. Sinal dos tempos modernos, Simon. Keep up!

Ver a lâmpada de sua caricatura na entrada da agência ser substituída por um gráfico cheio de números não poderia ter enviado a mensagem de forma mais clara: Simon entendeu o recado, e este é um sinal de novos tempos na LR&R. (Ok, talvez promover a copiadora à “Chefe do Departamento de Comunicação” tenha sido um pouco radical e demonstrou que ele estava em negação, mas pelo menos Simon ainda não havia recorrido à sua “gaita de foles triste”.)

Isso aconteceu apenas quando Colin apresentou sua desastrosa campanha para a ração de gato, desenvolvida de acordo com seus preciosos números. O outdoor que Andrew e Zach fizeram para homenagear Simon foi um lindo gesto (ah, a fofura desses dois!), e, apesar de ter causado a sua prisão, representou também a salvação do gênio da publicidade… e da campanha.

Por que não combinar ciência e criatividade? Com a ajuda de Anastasia, seu colega de cela (!) – com quem aparentemente divide “o oficial de condicional e o amor por saltos altos” (!!) –, Simon provou para sua cliente que quando juntamos duas coisas que não combinam – como “peitos e bojos” ou “ciência e criatividade” (!!!) –, é possível criar algo único e especial. Obviamente, tudo terminou numa inusitada e divertidíssima dança de can-can.

Simon_Lamp-500x273

Bem-vinda de volta!

“Não gosto muito de gatos.”  – Sydney

Tem certeza disso, Syd? A herdeira da LR&R foi a grande responsável pela enorme dose de fofurice do episódio. Ao som de One Is The Loneliest Number, mais uma vez vimos o roteiro focar em sua vida amorosa. Ou melhor, na quase inexistência dela. Da assinatura da revista “Noivas Mais Velhas”, e do relacionamento com o gatinho (e seus irresistíveis 50 tons de cinza) – da negação até a aceitação de seu amor pelo bichano – ao potencial relacionamento com seu novo vizinho (veterinário, of all things!)… Tudo girou em torno do status amoroso da nossa publicitária favorita.

Se no episódio anterior tivemos uma baita DR entre Syd e Andrew, que deixou bem claro o porquê dela não querer se envolver romanticamente com seu colega e amigo, desta vez o roteiro destacou o medo que Syd tem de terminar sozinha, de nunca encontrar sua “alma gêmea”. E foi Simon que, mais uma vez, veio ao socorro de sua filha e salvou o dia.

Ter um gato, no fim das contas, não é o primeiro passo para morrer “sozinha e mal-amada”. Como bem observado por Simon, algumas coisas na vida simplesmente não são quantificáveis: o futuro é uma delas. Se ela seguir seu coração, quem sabe Syd não contrarie as probabilidades e encontre um amor (mesmo tendo um gatinho de estimação)?

“Vá buscar a sua bola de pelos!” – Simon

PS: Ri alto com a obsessão de Andrew pelos “petiscos felinos”!

PS2: Poxa, Simon! Andrew é o número 14???

PS3: Lauren e seus pertinentes diálogos com Mr. Princess… Como não amá-la?

Dê a sua opinião »

Trackback |
Deprecated: Function comments_rss_link is deprecated since version 2.5.0! Use post_comments_feed_link() instead. in /home1/telese04/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114
RSS 2.0

  1. Paulo Serpa Antunes - 15/02/2014

    Baita episódio. Eu realmente não sei como esta série não está gerando um buzz maior. É tudo muito bom.

  2. Destaques na TV – domingo, 11/05 - 11/05/2014

    […] The Crazy Ones – 13h45 (ep 1×14) – Leia a review Os Simpsons – 21h30 (ep […]

  3. O TeleSéries nasceu em 2002 e fechou as portas em 2015. Temos nos esforçado para manter este conteúdo no ar ao longo dos anos. Infelizmente, por motivo de segurança, os comentários nos posts estão fechados. Obrigado pela compreensão!