‘Wet Hot American Summer: First Day of Camp’: quando a Netflix decepciona

Data/Hora 30/08/2015, 18:22. Autor
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Dizem que é melhor começar a assistir algo sem expectativas, assim a chance de se decepcionar é menor. Eu gostaria, então, de dizer que minha decepção com Wet Hot American Summer não foi por causa disso, já que eu não tinha qualquer expectativa com o que veria.

A grande verdade é que o banner da série estava ali, enorme, na minha frente, no dia da estreia, logo que eu entrei no aplicativo do Netflix em meu tablet e eu cliquei.

O filme

Wet Hot American Summer foi lançado em 2001 e foi um fracasso de bilheteria que, anos depois, virou cult. O roteiro centrava-se no último dia do verão de 81 em um acampamento, mostrando as aventuras dos monitores.

A série

A série repete o roteiro, só que ao invés de apresentar o último dia, estamos chegando ao acampamento – o que adianta a intenção de que as próximas temporadas exibam acontecimentos dos dias seguintes -, com os acontecimentos anteriores a aqueles que vimos no filme, mas apresenta história o bastante para um verão inteiro.

Uma das atrações é que a série reúne novamente um elenco estrelado: Paul Rudd, Amy Poehler, Bradley Cooper, David Hyde Pierce, Janeane Garofalo, Molly Shannon, Jason Schwartzman, Lake Bell, Christopher Meloni, Josh Charles, John Slattery, Chris Pine, Jon Hamm e Michael Cera, só para citar alguns deles.

Além de mostrar a chegada dos monitores e campeiros e do planejamento da peça de teatro e da festa de abertura do verão, a série também traz, como no filme, a luta para que o acampamento sobreviva a uma ameaça ecológica e, depois, as manobras do governo para esconder a verdade.

Tudo parece bom, mas…

Sim, o elenco é excelente e algumas cenas são realmente engraçadas, um humor bem americano, bem besteirol, mas que arranca risadas.

Só que não existe “liga”, apenas uma sequência de situações absurdas ou de exageros sobre situações já exploradas em filmes como Porks. Uma depois da outra.

Uma amiga, que havia gostado muito do filme, disse que ela riu mesmo foi de ficar comparando os atores com eles mesmos na versão original. Bom, eu não tinha esse parâmetro e comparei os atores com eles mesmos em outros trabalhos e o resultado não foi bom.

Sabe o Saturday Night Live em um dia ruim? Bom, são 8 episódios de 30 minutos de um dia ruim de Saturday Night Live, com os atores encarando a câmera e só faltando piscar após a situação que deveria nos causar piada.

O exagero aparece em todas as cenas: os gestos, as falas, o tom usado. Além disso, o formato transparece datado e não como algo dos anos 2000, mas algo dos anos 80 mesmo – o que me faz pensar que se eu quiser ver algo assim, verei algo feito naquela época.

Wet Hot American Summer: First Day of Camp

No meio do quarto episódio eu já havia sido invadida pela sensação de que tinha assistido à série toda, ou seja, foi custoso o passar de tempo, e vocês nem imaginam a surpresa quando vi que ainda existiam quatro episódios para serem vistos.

Christopher Meloni e Jon Hamm acabam por ser o destaque, só que, com um elenco tão grande, aparecem bem menos na tela do que mereciam.

Diversão sem compromisso? Olha, eu acho que a gente já tem tanto compromisso na vida que bom mesmo é quando a gente não vê o tempo passar e a risada corre solta.

E o cátalogo do Netflix tem opções bem melhores para que você tenha essa sensação.

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