TeleSéries

09/11/2006, 11:42. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Quem acusa a TV americana de ser moralista hoje em dia me parece meio desconectado. Os protagonistas de TV hoje todos tem (quase) todos suas imperfeições e seus desvios de comportamento: Vic Mackey, Tony Soprano, Christian Troy, Alan Shore e Denny Crane, Gregory House, Jack Bristow (e agora Ron Turk), Sawyer, Eko, Charlie, Kate, Kara Thrace, Gaius Baltar, Meredith Grey, Ryan Atwood, Seth Cohen, Bill Henrickson, Doug Heffernan, Earl, Charlie Harper, toda a família Fisher e todos os habitantes de Roma e do povoado de Deadwood, entre outros. Até serial killer protagonista de seriado já temos.

Pode-se tudo hoje em TV. Mas há uma coisa que o telespectador americano não admite: falta de personalidade.

É este o único problema de Smith. Por mais talentoso que seja Ray Liotta (e ele está muito bem na série), seu personagem é reservado demais, contido demais, calado demais, reflexivo demais. Séries de TV não perdoam isto, porque exigem fidelização e a fidelização se conquista em grande parte na base da identificação ou do carisma dos protagonistas. (Aliás, não só para TV, para política também, como bem mostrou os resultados das últimas eleições).

É Bobby Stevens que derruba Smith. E só.

Fosse um longa-metragem, Smith daria um filme tão bom como Onze Homens e um Segredo ou Fogo Contra Fogo. O piloto de Smith é brilhante, o roteiro é bom, a direção de Christopher Chulack é precisa (quem não sabe quem é Christopher Chulack deve perguntar para o Thiago Sampaio, nosso colunista de ER), Virginia Madsen está linda e talentosa como sempre, a fotografia é ótima, há algum humor, sensualidade (mais do que isto, só mesmo se a série fosse da HBO) e boas cenas de ação e violência.

Smith fracassou por um detalhe. Uma pena.

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24/10/2006, 18:37. Heitor Albernaz
Notícias

Anne Heche será a substituta de Ray Liotta na Warner Channel a partir de janeiro de 2007. Após a exibição dos oito episódios de Smith, a Warner promete exibir Men in Trees, drama com doses de comédia criado por Jenny Bicks, roteirista de Sex and the City.

Confira a sinopse da série: Marin Frist (Anne Heche) é uma autora de best sellers de auto-ajuda sentimental. Segundo ela, achar um bom partido não é tarefa difícil. Falta às mulheres boa percepção para notar os sinais de relacionamento que os homens emitem. Porém, toda sua teoria vai para o espaço quando ela descobre, às vésperas de seu casamento, que sua vida amorosa é um desastre e que seu noivo a traía.

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