Quarta temporada de ‘Haven’ será exibida em março pelo Syfy Brasil

Data/Hora 26/02/2014, 14:00. Autor
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Estreia no dia 2 de março, às 20h, a quarta temporada de Haven no Syfy Brasil. A nova fase conta com participação recorrente de Emma Lahana (Hellcats, Emily Owens M.D.) e Christian Camargo (Dexter), além de nova participação de Colin Ferguson (Eureka).

O novo ano da série começa seis meses depois de a cidade ter sido devastada por uma tempestade de meteoros no final da terceira temporada. Audrey (Emily Rose) e Duke (Eric Balfour) desapareceram e Nathan (Lucas Bryant) foi abandonado ferido em Haven.

NOTÍCIAS| ‘Haven’ é renovada para a quinta temporada

A série – baseada na obra The Colorado Kid, de Stephen King – mostra o que acontece em Haven, uma pequena cidade em Maine, nos Estados Unidos, aonde a misteriosa agente do FBI, Audrey Parker (Emily Rose), vai para resolver um caso de assassinato. Porém, Audrey, com sua veia de investigadora, percebe que a cidade aparentemente pacata é um refúgio para pessoas com habilidades sobrenaturais.

Com informações da assessoria de imprensa do canal.

‘Haven’ é renovada para a quinta temporada

Data/Hora 28/01/2014, 22:37. Autor
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Quase dois meses se passaram da season finale da 4ª temporada de Haven. Mas a espera dos fãs do seriado foi recompensada pelo Syfy, que anunciou hoje a renovação da série para uma super quinta temporada: serão 26 episódios.

Conforme informações dadas pela protagonista do show, Emily Rose, a temporada será dividida em duas partes de 13 episódios. A primeira delas deve ir ao ar na Fall Season – a partir de setembro – e a segunda apenas em 2015.

 

Com informações do TVLine.

Haven – The Lighthouse

Data/Hora 17/12/2013, 17:06. Autor
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O temporada acabou e as minhas palavras parecem ter se esgotado também. Porque se durante o desenvolvimento da história apresentada este ano, perguntas foram sendo formuladas, hoje me deparo com outras mais simples, mas não menos essenciais: como comentar este episódio evitando a tentação dos superlativos, como já disse uma vez? Ou a facilidade dos comentários simples demais?  Como chegar à essência do que foi esta temporada?

Afinal, quem iria imaginar, lá no começo, quando torcíamos para Lexie lembrar-se de que era Audrey, que no final da temporada Audrey iria se lembrar de que era Mara? De lá até aqui foi uma pequena longa jornada. Longa na intensidade das situações que vivemos pelo caminho. Curta (demais!) no tempo que levamos para trilhá-lo. Velhos e novos personagens surpreenderam. Encontros finalmente aconteceram! E, depois de três anos de introdução, chegamos a um outro capítulo desta história, que se torna mais e mais hipnótica a medida que o tempo passa e os episódios se sucedem.

A identidade de Jennifer foi revelada. Uma boa parte dos mistérios que envolvem os Teagues também. Nathan e Audrey finalmente se entenderam, não somente para sublimar aquilo pelo que ansiávamos desde o primeiro episódio da série, mas também para pontuar a diferença entre brisas e tempestades. Entre a calma e a serenidade do amor-entrega e os ventos avassaladores da paixão obsessiva.

E, finalmente, o óbvio não me pegou desprevenida. Dave não estava na história somente de passagem. Estava claro, desde o momento em que se chegou à conclusão de que a composição do círculo, ao redor do portal, deveria ser feita por pessoas vindas deste “outro mundo”, que ele era a resposta. Estava claro, também, que Duke não iria passar impune pela decisão de recuperar o poder de acabar com as perturbações. Assim como estava claro que algo iria acontecer com Jennifer ao acionar o portal.

E, no final, ficamos ali, sob o Farol. À beira do abismo. Diante do caos. Observando as pessoas que aprendemos a amar desintegrando-se. Apesar de William. Apesar de tudo. E então, a voz de Dave pareceu ecoar vinda de longe, implorando para que não se abrisse a porta que se conectava ao Celeiro. Ele já havia estado do outro lado. Ele sabia. O mal havia começado quando alguém abrira a porta para o outro mundo. Quando teria sido isso afinal? Quem teria feito isso afinal? Essas são algumas perguntas para a próxima temporada!

Se o episódio anterior resumia-se por Tempo, talvez de The Lighthouse defina-se por Revelações. Sobre a série, nas respostas que finalmente vieram. Ou sobre como algumas atitudes podem conquistar pela insanidade da renúncia ou pela obsessão de uma busca secular e, assim, relativizar a essência do mal ou o efeito do caos, para nos desinstalar da comodidade dos raciocínios simplistas e nos lembrar que o espelho tem duas faces. Sempre.

E neste sentido eu vibrei (e talvez eu enfrente a fogueira por isso), mas eu vibrei quando, no final, era Mara quem estava ali e não Audrey e as últimas palavras desta temporada foram uma promessa de um retorno anunciado, porque William encantou-me pela sua renúncia e pela sua obsessão. Pela sua fragilidade e pela sua sedução.

A música de Aidan Knight no início do episódio também era uma migalha, uma pista que conduz a uma encruzilhada, tão ao jeito de Haven!

Dream Team (tradução livre)

(…)

Eu vi você no mundo.
Eu vi você na minha mente.

Será que você vai me deixar à vontade,
Ou fazer com que eu me sinta desconfortável?

Porque eu me sinto diferente
E isso nunca foi assim.

Alguma coisa mudou dentro do meu coração,
E eu tenho certeza de tudo.

Audrey ou Mara. Nathan ou William. Queria a ambos. Mas esta sim é uma impossibilidade!

Que venha a quinta temporada. Que consigamos formular mais perguntas e conseguir mais respostas. Que prevaleça a mitologia da série e que ela nos capture em sua difusa teia, estendida além da tela, além de Haven e além do portal.

Haven – When the Bough Breaks

Data/Hora 11/12/2013, 14:54. Autor
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Tempo. Esta é a palavra para definir When the Bough Breaks. Tanto na sua urgência quanto na sua transcendência.

A premência do tempo nunca esteve tão presente em um episódio de Haven, e isto porque William foi simplesmente genial. Afinal, impossível argumentar com um bebê e explicar-lhe que seu choro pode matar pessoas. Desta vez Audrey não podia argumentar, e a premência do tempo a colocou exatamente aonde William queria: na posição de ter que criar uma perturbação para neutralizar esta outra e experimentar a sensação de poder que este ato continha.

Porque William também estava, ele próprio, preso à premência do tempo. A cada minuto que passava, Jennifer estava mais próxima de encontrar o coração de Haven e a porta que poderia reconduzi-lo à realidade de onde ele conseguira escapar. Ele precisava que Audrey experimentasse o gosto inebriante do poder na esperança de tê-la de volta;  Audrey precisava que cessasse a perturbação produzida por William, antes que mais pessoas morressem; e Jennifer precisava encontrar a porta no coração de Haven, porque não importava que se resolvesse o problema criado momentaneamente por William, amanhã seria outro dia e outra perturbação poderia ser criada.

Mas o tempo não estava presente somente na urgência de cada situação. Ele se fazia sentir também nos ecos de uma história por desvendar. Porque mais uma vez as respostas estavam no passado: na origem dos Guardiões, nas tradições transmitidas de geração a geração, na identidade de algumas pessoas e nos motivos de sua existência, nos enigmas revelados a conta-gotas e decifrados a duras penas.

Por tudo isso, When the Bough Breaks foi o retrato perfeito desta temporada, na qual não se tratou apenas de se resolver mais algumas tantas perturbações que afligem Haven, mas de se perguntar porque elas existem e por qual razão em Haven. Pois Haven se define essencialmente por sua História e a memória – esse ser que, se não cultivado, torna-se nosso próprio algoz – é, no caso de Haven, também a melhor arma contra o caos.

É, na memória de um passado que corre o risco de ser inalcançável, que reside a solução do enigma sobre identidades e propósitos de alguns personagens de Haven e dela própria:

  • de Jennifer, porque, afinal, ela é a filha da ruína, ou não é a ela que o livro faz referência? E o que seria isso, enfim?
  • de Howard, e porque era o protetor de Audrey e de Jennifer?
  • de Vince, e sobre qual o seu papel na solução dos enigmas propostos pelo livro de Jennifer?
  • de Dave, que também foi adotado e, com frequência, é a voz da razão quando se trata de se lidar com o caos;
  • de Duke, porque, se para cada perturbação, há o seu oposto, ele seria o oposto de Audrey e William? Duke poderia atingi-los ou eles são imunes ao poder dos Crockers? Isso não dependeria de quem criou a perturbação dos Crockers?
  • de Nathan, porque, afinal, qual papel ele deve cumprir na vida de Audrey?
  • de Audrey, já que ela e William criaram as perturbações, porque somente a ela foi permitido desfazer o que começou?
  • quatro pessoas devem ocupar seus respectivos lugares junto ao portal encontrado por Jennifer. Quem são essas pessoas?
  • quem criou o livro que, agora, parece ser a única pista sobre como lidar com William?

Tempo, memória, história. Tríade presente em When the Bough Breaks. Tríade que define esta temporada.

Haven – Shot in the Dark

Data/Hora 28/11/2013, 11:20. Autor
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Acho que posso definir Shot in the Dark como uma dupla cortina de fumaça.

Primeiro porque minha expectativa era de que o episódio girasse em torno da conexão que existe entre Audrey e William e o estado em que ambos estariam após o final de The Trouble is the Troubles. Mas Shot in the Dark não foi sobre isso. Na verdade, neste tocante, serviu apenas para reforçar a ligação entre eles e revelar que, se o que acontece a um irá acontecer ao outro, William leva uma vantagem enorme sobre Audrey. Afinal, mesmo baleado e sedado, ele conseguiu sair do hospital e, teoricamente, curar-se a si próprio e, ato contínuo, curar Audrey também. A promessa que William fizera de que iria responder a todas as perguntas sobre Audrey, ele e Haven, foi quebrada quando Nathan o atingiu.

Segundo porque o caso da semana não era sobre um problemático, como parecia em um primeiro momento, mas sobre um artifício utilizado por William para chegar a Jennifer que, de uma tacada, transformou-se na maior ameaça à sua tentativa de despertar em Audrey memórias adormecidas. De certa forma, tem o seu lado poético que a meiga, doce e insegura Jennifer possa ser a resposta para livrar Haven de William, que, em si, parece guardar uma potência apocalíptica.

Descobrimos também que os Guardiões podem não ser apenas uma organização que nasceu em Haven para proteger as pessoas que desenvolvem habilidades especiais, mas uma sociedade que, juntamente com William e Audrey, tenha se originado no universo de onde vieram para proteger aquela que teria o poder de descobrir o ponto onde os mundos se conectam e livrar Haven do caos. Porque se observarmos bem, não foi Jennifer quem ativou a proteção contida no livro, ela já o havia manuseado algumas vezes. A rigor, foi a iminência do perigo que ela corria, em virtude da presença de William, que despertou a proteção contida no livro. E, se pensarmos bem, essa proteção foi, até o momento, a única força comparável ao poder de William.

Outro ponto a ser observado é que Audrey, como Nathan e Duke, também não consegue ler a mensagem contida em Unstake my Heart. Talvez a explicação não seja tão simples como a que encontraram. Quer dizer, talvez o fato de que somente Jennifer possa ver o símbolo dos Guardiões e a mensagem na primeira capa não tenha a ver somente com ser ela sua destinatária, mas diga muito mais a respeito de Audrey. Ela não disse a Nathan que, segundo William, também é responsável pelas perturbações, porque, no fundo, ela sabe que pode se verdade. E, se assim for, talvez Howard, ou as forças que se contrapõem a William, temessem que, ao encontrá-lo, ela poderia ter suas verdadeiras memórias despertadas. Então Audrey poderia se tornar parte do caos e o segredo sobre Jennifer deveria ser preservado.

A dois episódios do final da temporada, é interessante notar que toda ela descolou-se, pela primeira vez em quatro anos, do dia-a-dia de Haven para a sua mitologia.  Nesta temporada trata-se de descobrir as origens deste universo (real ou não). Ou, ao menos, de se começar a se especular sobre ele. E especulações, perguntas e expectativas, foi o que mais resultou destes onze episódios veiculados até o momento.

Interessante notar também que a mitologia da série expandiu-se a tal ponto que, pela primeira vez, dois personagens que não fazem parte do núcleo principal da trama, conseguiram polarizar as expectativas quanto ao desenrolar da história. Nesta temporada não se trata de saber o que acontecerá entre Audrey e Nathan, ou entre Audrey e Duke, ou em como Audrey, Nathan e Duke conseguirão impedir que os “problemáticos” sejam perseguidos por um vingador ensandecido, ou uma entidade secreta empreenda uma cruzada a favor deles. Todos esses conflitos iminentemente intrínsecos ao mundo de Haven, seja ele real ou não, foram relegados a um segundo plano.

Nesta temporada trata-se das origens. De se desvendar os mistérios fundantes da cidade e de seus habitantes.  Mas uma coisa é certa: nem o Reverendo Driscoll, nem Jordan, ou outro personagem qualquer, despertaram tanta simpatia quanto Jennifer e William, e talvez alguns dos fãs da série estejam dispostos a sacrificar as respostas às perguntas que se amontoam a cada episódio da série, em troca da permanência deles por mais algum tempo no universo de Haven, paralelo ou não.

Haven – The Trouble with the Troubles

Data/Hora 19/11/2013, 14:28. Autor
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Uma outra Haven. Uma visão do paraíso. Uma cidadezinha tranqüila no litoral do Maine.

Essa cidadezinha de sonho foi o efeito da perturbação de The Trouble with the Troubles. Um presente de amor de um marido que, na Haven real, em meio ao caos provocado por William, acabara de ver sua esposa morrer. Um desejo motivado por amor incondicional, pois nessa Haven recriada, não há indícios da cidade perdida. Novas memórias são instaladas. A esposa de Cliff já não lhe pertence, ela tem uma nova vida. Nathan já não pertence a Audrey; não se lembra dela.

O amor incondicional pode ser suficientemente generoso para abdicar da própria felicidade em favor do outro. Para Cliff e Audrey, a cidade possível poderia ser a cidade real.

Poderia se não houvesse William. A Haven fictícia não lhe serve. Ainda que não nos fosse explicado o porquê, somente na Haven real ele pode ter Audrey de volta. Então, somente lhe resta eliminar essa Haven possível.

De volta ao caos da Haven real, Nathan, Audrey e Duke confrontam William. E quando pensamos que vamos desvendar os mistérios que envolvem Audrey e Haven, quando ele se dispõe a responder as perguntas dos meninos (perguntas que são as nossas também), Nathan atira nele, somente para descobrir que realmente William e  Audrey estão conectados de uma forma mais concreta do que ele poderia supor. Como efeito colateral, atingida também, Audrey talvez experimente, como nós, a certeza da veracidade do que William afirma: ela criou as perturbações. A Haven real, seus perigos e suas mazelas são obra sua.

Se assim for, em que momento e, principalmente, quem criou o Celeiro e sua dinâmica? Uma prisão?

Se, ao mesmo tempo em que ajuda a cidade, ela traz as perturbações consigo, voltar a Haven a cada vinte e sete anos seria a sua pena, ou ela teria encontrado uma forma de dar vazão ao mal que há em si?

Perguntas para as quais, momentaneamente não haverá respostas. Nathan as tornou inviáveis… novamente.

Por outro lado se um simples desejo pode mudar a realidade da cidade, porque a solução para seus problemas não pode estar em alguma perturbação estratégica? Afinal qual a dinâmica delas? Foram todas criadas no início, ou modificam-se e se proliferam à media em que Audrey volta à cidade? E se Jennifer for o contraponto a Audrey e William? E se ela for a chave para a salvação de Haven?

Mas pode também não ser nada disso. Em Haven, via de regra, já nos acostumamos a descobrir que há o avesso do avesso do avesso…

Mas, supondo que William esteja dizendo a verdade, quem sabe a jornada de séculos que Audrey trilhou, a partir do Celeiro, a tenha mudado no que essencialmente importa? Talvez a punição possa ter sido a própria jornada, como Sísifo ou Prometeu. E (porque não?), em algum momento desta trajetória, ao cruzar com Nathan, sua possibilidade de redenção tenha se tornado concreta.

Em meio a evidências concretas e insinuações instigantes, William torna-se cada vez mais atraente na sua complexidade e a série mais densa na construção de sua mitologia. E, ao fim e ao cabo, The Trouble with the Troubles foi, essencialmente, sinônimo de novas e generosas possibilidades, cujo tempo de treze episódios tem se mostrado curto demais para serem desvendadas.

Haven – William

Data/Hora 11/11/2013, 15:31. Autor
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Ao final de William, nono episódio da série, a pergunta mais insistente, para mim era: por que, afinal, as perturbações existem?

Porque se, em um primeiro momento, descobrir a identidade de Audrey poderia desvendar os mistérios de Haven, depois de William, e supondo que seja verdade que os dois tenham um passado em comum, parece-me que para resolver o mistério das perturbações não bastará saber deste passado.

Confuso?

Até a temporada passada Audrey parecia a salvadora: era a pessoa que melhor compreendia o funcionamento das perturbações e conseguia controlá-las. No final desta mesma temporada, descobrimos que sobre Audrey pairava uma maldição (ou um castigo), já que ela teria que escolher entre salvar a cidade ou Nathan, uma vez que a morte dele resolveria, definitivamente, os problemas de Haven. Portanto, parecia que Haven fora criada em função de Audrey, para que ela, de alguma forma e por algum motivo pudesse compensar seus pecados.  Mas ao final deste episódio, fiquei com a impressão de que Haven, e seus problemas, passaram a existir por causa dela, e não para que ela pudesse se redimir.

Seriam, ela e William, personificação de deuses, de mitos? A referência à cultura Micmac, não pode ser aleatória, nem a fala de William de que gostavam daquele lugar onde ele deixara a caixa. Tanto uma quanto outra referência pressupõe uma ligação histórica com aquele lugar. De que linha temporal ele falava: do mundo ao qual Haven pertence ou daquele para o qual o Celeiro era um portal?

Se Audrey aceitasse a flor, as perturbações iriam embora ou a cidade seria dizimada pela loucura?  Ela se libertaria do ciclo ao qual está presa? Da ausência de memória que torna Haven, aparentemente, indecifrável?

Diante destas perguntas somente uma certeza: Dave estava coberto de razão quando alertou para o perigo que Haven (ou o mundo?) corria se as barreiras que separavam a cidade do Celeiro fossem derrubadas. William me parece a personificação do mal obsessivo. Embora eu sempre tome cuidado ao emitir uma opinião sobre um personagem que, na verdade, pode ser um anti-herói.

A cultura Micmac (tribo indígena nativa da região fronteiriça entre o Maine e o Canadá) fala do Criador (Glooscap), de Luks, um espírito maléfico que se contrapõe ao Criador e Puowini, feiticeira que usa seus poderes contra os Micmacs. Luks e Puowini são elementos desestabilizadores da harmonia que perpassa a criação humana e do elemento vital que contempla todas as criaturas. William e Audrey seriam parte dessa mitologia?  A série estaria flertando com ela?

Possibilidades.

Próximo do final desta temporada, as perguntas vão se acumulando e, sinceramente, espero que algumas delas sejam respondidas nos quatro episódios restantes.

Haven – Crush

Data/Hora 06/11/2013, 13:33. Autor
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Se as perturbações estão mudando, era óbvio supor que a solução para se acabar com elas também poderia ser diferente daquela que até então se considerava como certa. Talvez Vince, por um momento, devesse ter pensado nisso. Talvez Duke devesse ter pensado nisso. E, principalmente, Nathan deveria ter pensado nisso, já que Audrey, mais racional que todos eles juntos, em relação a este caso, não está pensando. Mas entre culpas e ansiedades, somente um caminho parecia possível, mesmo sendo difícil de ser trilhado. Um dos aspectos do caso da semana foi reforçar essas disposições pré-existentes, pois quando alguém está disposto a sacrificar a própria vida para acabar com a maldição de uma única pessoa, é realmente de se pensar, porque uma outra vida não deveria ser sacrificada, em seu lugar, para salvar toda Haven.

Crush foi, do começo ao fim, um argumento para justificar uma ação. Ação que poderia nem estar mais sendo cogitada como solução para os problemas de Haven, bem como toda a paranóia em torno dela se, por um único momento, os irmãos Teagues conseguissem dividir segredos ou o conhecimento que têm da história da cidade. Dave parece estar sempre um passo à frente, quando se trata de perceber aonde uma determinada situação realmente vai levar, mas, via de regra, é impedido de compartilhar o que sabe por Vince que, não fortuitamente, tem uma ligação histórica com os Guardiões. Esperemos que o eco de uma tragédia anunciada, presente no final do episódio, abra, minimamente, os olhos dos irmãos Teagues.

Por outro lado, Crush acrescentou outro ingrediente à trama: qual o significado de Jennifer para a história de Haven e a solução de seus problemas? Pois fica cada vez mais evidente que ela tem uma ligação maior com a história da cidade do que parecia em um primeiro momento, seja qual for a trama por trás dessa história. Óbvio que naquela caixa de tralhas que Jennifer encontrou na casa de seus pais biológicos, deve haver alguma pista de sua ligação com o Celeiro, com o agente Howard, ou com a própria Haven. Esperemos que o detetive de plantão que habita em Duke consiga enxergar essa pista.

Tanto um caso quanto outro (a desnecessária morte de Nathan diante dos novos aspectos que cercam as perturbações e a possível participação de Jennifer em um nível mais amplo do que os primeiros episódios pareciam indicar), levam a um só lugar: as origens… de Haven, de Audrey, de Jennifer, do Celeiro, dos dois indivíduos que vieram pelo portal, do agente Howard, de William…etc…etc…etc…

A resposta, portanto, está no passado e, dessa forma, na memória guardada nos arquivos do Haven Herald ou aprisionada no subconsciente dos atores principais desta trama.

Resta saber o quanto os irmãos Teagues irão compartilhar sobre o que sabem, ou o quanto o impacto do passado que retorna a Haven irá despertar essas memórias adormecidas.

Vejamos o que o próximo episódio nos trará, já que William irá retornar à trama.

Haven – Lay me Down

Data/Hora 29/10/2013, 16:00. Autor
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Poderia começar falando que, depois de quatro longos anos, finalmente pudemos ver Nathan e Audrey juntos. Mas o mais incrível nesta temporada de Haven, é que os episódios são tão envolventes e a série evoluiu tanto que o desejo que uma grande parte de nós, fãs da série, acalentamos, por todo esse tempo, ao se realizar, se não ficou eclipsado pelo conjunto da trama, também não se destacou de forma contumaz do restante do episódio.

Os roteiros tem sido de uma felicidade tão grande que até o momento em que Nathan diz que ama Audrey, sai do apartamento e volta, deixou, por alguns segundos, uma dúvida no ar: ele iria embora ou voltaria? E lá dentro de nós, aquele desejo acalentado por quatro anos, sussurrava baixinho: volta, volta… Mas ao mesmo tempo, as inúmeras idas e vindas do casal, dizia, em alto e bom som: Putz! Não acredito que o cara vai embora de novo!  E, somente por provocar essa reação, uma seqüência que poderia facilmente ser taxada de clichê, deixou de sê-lo.

Primeiro ponto para a equipe criativa que está, episódio após episódio, conseguindo reinventar a roda, ou, para ser menos informal, está conseguindo redefinir o que qualificamos como clichê.

Mas, também é preciso que se diga que, nesta temporada, não é a primeira vez que fico admirada com a facilidade com que os roteiros apresentam episódios compostos por vários fios da história para, no final, conectá-los de forma harmônica e factível. São partes da trama que podem ser apresentadas separadamente mas que, ao final, compõem uma coesa unidade dramática. Lay me down não foi diferente. Tivemos Audrey e Nathan investigando o caso da semana, Duke envolvido com Wade, os Teagues tentando decifrar a identidade de Jennifer que, juntamente com os dois desconhecidos que rondam por Haven, tem uma ligação com o Celeiro. E todos esses fios foram sendo amarrados, no final, para tecer, de forma coerente, a urdidura da história.

Mais um ponto para a equipe criativa, que tem provado em uma boa seqüência de episódios que, em um mundo teledramático dominado por efeitos especiais, rostos bonitos e corpos sarados, uma boa história contada de forma simples consegue ser surpreendente,envolvente e emocionante.

A equipe ganhou outro ponto com a reinvenção do caso da semana, que não ficou limitado à função justificadora da trama: mais uma perturbação que precisava ser contida antes de causar maiores danos. Pela primeira vez a ativação da perturbação teve uma relação direta com a mitologia da série. A mutação que as perturbações estão sofrendo (tanto no caso de Carrie Benson quanto de Duke) parecem estar diretamente ligadas aos dois indivíduos que, no Celeiro, tentaram impedir que William ajudasse Audrey a se lembrar de quem era. Indivíduos estes que agora estão em Haven. Seriam eles parte das tais forças que Dave tentou, inutilmente, impedir que fossem liberadas?

Outro aspecto positivo é que Jennifer também deixou de ser apenas um personagem eventual. Sua participação na trama é mais complexa do que parecia em um primeiro momento. O fato de que tenha sido Howard a cuidar de sua adoção, somado à sua ligação com o Celeiro, sugere que ela e Audrey podem ter uma ligação que extrapola esse encontro casual ditado pela necessidade de trazer Audrey de volta. E a sua ligação com o Celeiro pode significar também uma ligação com seja lá que lugar for de onde Audrey tenha vindo. Ou a própria Jennifer também! Talvez ela seja mais solução para o mistério do que parecia em um primeiro momento. Resta saber até que ponto os irmãos Teagues irão compartilhar as informações que têm. A propósito, é intrigante como eles conseguem as informações mais despropositadas que se possa imaginar!

Se contados até aqui já são cinco pontos para o episódio, então mais uma vez vai faltar nota na escala de 0 a 5, porque ainda falta falar da tensa relação entre Duke e Wade. Outro ponto para a equipe criativa que atraiu os olhares para o confronto entre os irmãos Crocker e para Jennifer atirada no meio dos dois, e foi ampliando a tensão na medida em que a ação se desenvolvia.

E quem diria que o tempo de Wade em Haven seria tão curto! Se um fio da história que ainda poderia render uns bons episódios, foi descartado tão rapidamente, fico imaginando o que ainda vem por aí!

Haven – Countdown

Data/Hora 22/10/2013, 13:25. Autor
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Primeiro uma nota, embora as notas se coloquem no final: não é porque o episódio não foi um 5, que a série não continua ótima!

Dito isso, vamos falar de Countdown, um episódio no qual os personagens deram uma lição de ingenuidade do começo ao fim. Jordan, Nathan, Duke, Audrey, Vince, todos acreditando poder convencer o outro a partir da lógica da sua razão pessoal.  E esse foi exatamente o problema. Lógica depende de isenção emocional como todos eles perceberam. Alguns tarde demais…

O que exatamente Jordan tinha em mente ao cooptar Wade, a não ser uma teoria de que Audrey era a origem do problema e se ela fosse eliminada as perturbações também seriam, é de se perguntar, porque não era necessário ser um gênio para perceber que o sobrenome era a única semelhança entre Duke e seu irmão. Wade é totalmente descompensado, carente e perdido, e Jordan conseguiu transformá-lo em uma bomba relógio em potencial. Lamentavelmente, ela percebeu isso tarde demais.

Nathan descobriu a verdade sobre Audrey, então, segundo sua própria lógica, ela deve atirar nele e acabar com as perturbações. Simples assim! Simples se a ausência fosse uma dor não compartilhada. Se os sentimentos fossem um estado unilateral. E, porque as certezas estavam no que, até esse momento, não havia sido dito, talvez fosse fácil, para ele, pensar desse modo. E foi necessário que somente três palavras fossem, finalmente, ditas, para que ele fosse desinstalado do lugar seguro que havia construído para si.E, verdade seja dita, Audrey precisou de muito mais coragem para dizer essas palavras do que Nathan para pedir-lhe o impossível. Afinal, eu te amo!, quando não é dito de forma leviana, guarda em si a promessa de uma vida ou, no caso, o peso da eternidade!

Se é possível perdoar Jordan por criar um monstro, já que não conhecia Wade suficientemente, perdoar Duke, já pode ser um tanto mais difícil. Afinal ele deveria conhecer o irmão que tem e, deixá-lo à solta, impedindo Nathan de ir atrás dele, foi, no mínimo, descuidado. Mais uma prova de que lógica e sentimentos não fazem um bom par. Agora, teremos que ficar preocupados com o que acontecerá com ele quando finalmente encontrar o irmão. E tenho mais medo do que, no meio do caminho, pode sobrar para Jennifer. Mas, talvez seja apenas excesso de imaginação de minha parte… Espero.

Vince, por seu turno, já deveria ter experiência suficiente para saber que lidar com Jordan, esperando convencê-la com uma argumentação lógica não iria funcionar. Foi preciso um cativeiro para que ele percebesse o quão descontrolada ela estava. E aí, convenhamos, já era tarde demais. Mas dessa situação resultou uma pergunta: qual a perturbação que atinge os irmãos Teagues?

E, ao final, embora Jordan não tenha contado a Wade como ele pode acabar com as perturbações ou qual era o seu plano para ele, o menos sentimental dos irmãos Crocker vai acabar por descobrir. Porque em algum momento ele vai começar a se perguntar o porquê de Duke não acabar com as perturbações, se ele pode fazê-lo. E quando descobrir a verdade, talvez ele comece a se perguntar, também, qual seria o plano de Jordan. E então, talvez ainda, ele consiga juntar os pontos, porque, convenhamos, Wade Crocker é o menos ingênuo de todos aqueles com os quais está convivendo!

Haven – The New Girl

Data/Hora 15/10/2013, 13:21. Autor
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E afinal ela pode escolher ser Audrey, sendo Lexie!

Não sei se credito a surpresa ao final do episódio, à interpretação de Emily Rose, ou se ao trabalho do diretor Rick Bota. Ou ao conjunto da obra. Mais uma vez fui surpreendida pelo óbvio. Parece que, no meu caso, em se tratando de Haven, está se tornando um hábito. Um bom hábito!

Mas, para meu próprio consolo, uma frase de Jeniffer já no início do episódio, parece uma boa maneira de lidar com essas surpresas constantes:

Você está no Maine. Relaxa. Dá um tempo e você se acostuma.

É isso!

Fico curiosa em saber em qual momento, naqueles poucos minutos, Audrey entendeu que aquela reunião de pessoas esperando que ela saísse pela porta que ligava Haven ao celeiro não era apenas um comitê de boas vindas. Em qual minuto ela soube que tinha que, mesmo sendo Audrey, ser Lexie, para poupar Nathan.

A sua Lexie, de tão perfeita, convenceu a todos e, entre todos, Nathan foi quem ficou mais perplexo. Talvez porque, pelo espaço de alguns segundos, ele esperasse rever Audrey e por isso estava disposto a dar sua vida. E, talvez porque ele tenha colocado seu coração na esperança dessa presença fugaz, a decepção tenha tomado proporções não mensuráveis e tenha impedido que ele visse além da máscara que Audrey passou, com maestria, a usar.

Duke foi o único que conseguiu enxergar através dela. Talvez porque um amigo possa enxergar através de nós e, eventualmente, onde um coração apaixonado, momentaneamente, vê somente seu próprio desejo, o amigo consiga decifrar os códigos aparentemente secretos que formam nossa personalidade.Talvez ele consiga perceber nossas pequenas idiossincrasias. Nosso eu.

Depois de um bom tempo, o caso da semana não foi desenvolvido apenas para que o argumento da série fosse confirmado. Ele foi também um meio. Uma ponte através da qual Duke pode perceber a máscara usada por Audrey.

Apesar de as pistas estarem todas lá para quem quisesse ver, somente Duke percebeu. E elas apareceram, jogadas por todo o episódio: Lexie entrou sozinha na casa em que o primeiro menino se suicidou; ela percebeu que a menina estava omitindo o relacionamento com o amigo; ela levou à conclusão de que Tyler poderia ser a origem dos problemas; ela se dispôs a entrar no subsolo do hospital para encontrar Duke; ela sabia que a perturbação de Duke iria salvá-lo.

E somente Duke conseguiu decifrar as pistas. Olhos atentos de um amigo!

Mas The New Girl não foi somente uma coleção de pistas. Foi também uma profusão de detalhes. Novas migalhas. A ligação profunda de Vince e Dave com a história da cidade; a insinuação de que eles estão um passo à frente, em todos os momentos cruciais que envolvem Audrey. Experiência ou conhecimento profundo?

E tanto em uma situação, quanto em outra, o que faz Vince e Dave terem posições tão contrárias, em diversos desses momentos?

Pode-se entrever uma relação histórica entre Vince e os Guardiões, além do fato de ser seu líder momentâneo. Uma relação que transcende de forma tão intensa o presente, que ele, em um primeiro momento, se rende à irracionalidade de Jordan na vã tentativa de levar a cabo o plano inicial, mesmo sabendo que matar Nathan para acabar com as perturbações era função de Audrey, não de Lexie ou dos Guardiões. Por que Vince tem que continuar com os Guardiões? Por que Dave não queria que a porta de comunicação entre Haven e o Celeiro fosse aberta?

E, no final, uma nova teoria que, mesmo tendo nascida da insanidade de Jordan, guarda uma lógica plausível: as perturbações podem ser fruto da perturbação de Audrey.

Real ou não, Jordan irá tentar provar sua teoria. Seu encontro com Wade não foi fortuito. Resta saber se, ao revelar ao lobo seu poder devastador, ele não irá se sentir tentado a usá-lo para sua própria satisfação. De forma geral, Duke recusa-se a usar sua perturbação para ferir as pessoas indiscriminadamente. Wade me parece um tanto mais inescrupuloso, para aceitar sua herança de família.

E que venha Countdown, apesar de já estarmos no meio da temporada, e com a sensação de que o final chegará cedo demais.

E que em Haven, por respeito aos seus fãs, alguém continue zelando pela coerência da história.

Haven – Lost & Found

Data/Hora 08/10/2013, 10:34. Autor
Categorias Reviews


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Como dizer que Haven se superou com este episódio, sem cair na tentação fácil de, a cada meia dúzia de palavras, usar meia dúzia de superlativos?

Vou tentar exprimir o quanto o episódio foi ótimo, sem sucumbir à tentação. Mas, peço licença para fazê-lo apenas uma vez, dizendo que a nota máxima ainda é pouco, Lost & Found merecia mais.

Um resumo.

Lost & Found foi um dilema, plantado deliberadamente, pelo roteiro, para criar aquela expectativa hipnótica que nos leva a esperar pelo final e lamentar quando acaba. Afinal Audrey iria ser ela mesma quando voltasse ou não?

Foi também, depois de quatro anos, um momento de revelações. Ínfimas revelações? Pode ser que sim. Mas nos deram algumas certezas. Finalmente confirmamos aquilo que, lá no íntimo, nós já sabíamos: o celeiro era um portal.

E, como Haven não pode deixar de ser Haven, junto com algumas respostas, vieram umas tantas interrogações: Porque um portal entre Haven e este outro lugar? Quem é Audrey Parker? O que são as perturbações? Por que atingem algumas pessoas e outras não? Quem é William? E as pessoas que tentavam impedir que ele a levasse de volta? O que podem ser os tais poderes incontroláveis, aos quais Dave se referia?”

Tudo isso em apenas 40 minutos de pura genialidade, de Speed Weed (L&O:SVU, NCIS:LA, Eleventh Hour,) um roteirista debutante em Haven, e Lee Rose, responsável por uma das melhores cenas da série.

Uma cena que valeu o episódio.

No momento em que Audrey olhou através da porta do Celeiro pela última vez e ouviu seu nome ser chamado do outro lado daquela ponte invisível que a conduzia de volta a Haven, a possibilidade do reencontro refletida em seus olhos continha uma lembrança: uma recordação apanhada na voz que, ao dizer seu nome, deu forma àquele sentimento que esteve presente sempre, e a despertou para a verdade que seu guardião estava tentando lhe revelar. E por um instante fugaz o tempo não contou. E seus olhos sublimaram a possibilidade da pessoa que seu coração desejava, e refletiram a eternidade desse reencontro no espaço de um instante.

E então, ela praticou o seu ato de fé e voltou, para deixar de ser aquela que, por alguns poucos segundos ela conseguira ser.

Mas afinal, se, como William lhe disse, ao voltar, ela poderia ser quem desejasse ser, porque ela escolheria ser quem iria matar a pessoa que ama? O que nos suscita outras perguntas: Porque o portal foi construído para ela? Penitência? Nathan foi apenas um acidente? Ou não?

Nathan é sua redenção, ou seu castigo?

E a cena final pode ser emblemática: o beijo… ou a arma?

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