Especial: Os 30 melhores episódios da temporada 2013-2014

Data/Hora 31/12/2014, 19:35. Autor
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Demorou, mas saiu! Anualmente, o TeleSéries reúne seu time de colaboradores para uma série de discussões online para eleger os 30 melhores episódios de séries de TV da temporada. Depois de muita discussão e edição segue a seguir a nossa lista dos melhores da temporada 2013-2014.

Pra você que curte listas é importante observar as nossas regras: o top 30 é formado por 30 diferentes séries (ou seja, entra apenas um episódio por série), as séries selecionadas foram ao ar em seus países de origem entre junho de 2013 e junho de 2014 e, claro, as séries e episódios aqui listados são aqueles assistidos e preferidos da maioria dos colaboradores do TeleSéries – infelizmente não acompanhamos todas as séries, por isto eventualmente algum show fica de fora. E, claro, muita coisa bacana acaba ficando de fora do Top 30. O importante é lembrar e discutir! Confira nosso especial e deixe seu comentário:

Agents of S.H.I.E.L.D. - Turn, Turn, Turn
#30
Série:
Marvel´s Agents of S.H.I.E.L.D.
Episódio: Turn, Turn, Turn (1×17)
Data de Exibição nos EUA: 8/4/2014

Os estúdios Marvel redefiniram o conceito de sagas cinematográficas, deram nova amplitude para a palavra transmídia e iniciaram a fall season com uma proposta ousada de expandir a experiência da franquia The Avengers para a televisão. Tudo muito bom, não? Não. Por pouco, esta a incursão dos heróis para a TV não resultando no primeiro fracasso da Marvel. Mas tudo mudou em Turn, Turn, Turn. Com um episódio repleto de reviravoltas, Agents of S.H.I.E.L.D. é literalmente resetada, se transformando em outra série, mas densa e mais sofisticada. O cliffhanger que encerra o episódio, com uma traição surpreendente, colocou a série em outro patamar, premiando o telespectador que chegou até aqui. Pra mim, particularmente, o episódio me remeteu as boas e velhas séries sobrenaturais de Joss Whedon – onde tudo pode acontecer e ninguém está seguro. Pra termos um boa série de ação é preciso correr riscos. (Paulo Serpa Antunes)

Revenge - Execution
#29
Série:
Revenge
Episódio: Execution (3×22)
Data de Exibição nos EUA: 11/5/2014

“Back to basics”, é desta forma que podemos descrever a terceira temporada de Revenge. Depois de um segundo ano um pouco confuso e desinteressante, a série voltou aos trilhos e resolveu focar novamente no que interessa: o embate Emily Thorne/Amanda Clarke e os Graysons. Infelizmente não tivemos uma temporada excelente por completo – com 22 episódios, a história acabou se arrastando um pouco. Mas o bloco final foi de tirar o fôlego: grandes reviravoltas, muita gente bonita e elegante, chantagens sem fim, a morte de alguns personagens que vão deixar saudades e a retorno de uma pessoa que nunca poderíamos imaginar. E a cereja do bolo foi Execution, que com certeza deixou os fãs da série com muitas pulgas atrás da orelha, garantido mais uma vez Revenge na lista dos melhores do ano. (Felipe Ameno)

How I Met Your Mother - Last Forever
#28
Série:
How I Met Your Mother
Episódio: Last Forever (9×23 e 9×24)
Data de Exibição nos EUA: 31/3/2014

Quando assisti pela primeira vez o series finale de How I Met Your Mother e percebi que estava vendo o fim de uma era, uma lágrima escorreu. Foi felicidade, foi tristeza, uma mistura dos dois. Foi como rever todas as temporadas passando diante dos meus olhos enquanto assistia. Não foi apenas uma despedida, foi ao mesmo tempo um grande flashback. Grande parte daquilo que foi criado ao longo dos nove anos está presente naqueles 43 minutos, que não se limitou apenas em nos mostrar o “fim” da história, de como Ted Mosby conheceu sua esposa. Quem é grande fã sabe do que estou falando, de todas as piadas, falas e referências a momentos marcantes da vida de Ted, Marshall, Lily, Robin e Barney. Foi, de fato, uma grande jornada e totalmente valeu a pena. Realmente gostei do último episódio em muitos aspectos e não fiquei decepcionado, como muitos, com o desfecho da história. E digo: “It was a major pleasure, Major Pleasure!”. Ou, se preferirem: “Legen – wait for it – Dary!” (Du Oliveira)

24: Live Another Day
#27
Série:
24: Live Another Day
Episódio: 11:00 A.M.-12:00 P.M. (9×01)
Data de Exibição nos EUA: 5/5/2014

É raríssimo vermos uma série cancelada voltar ao ar e, principalmente, voltar com uma qualidade superior a do encerramento. E a volta dos mortos de 24 foi muito boa pois conseguiu fazer exatamente isso, voltar melhor do que se encerrou. E se as últimas temporadas foram claudicantes e nos fizeram esquecer o brilho dos primeiros anos da criação do mito Jack Bauer, logo no piloto da nona temporada, a série conseguiu trazer todos os elementos do universo “Bauer”, incluindo o retorno dos poucos personagens vivos da “Bauer crew”: James Heller, Audrey Raines e Chloe O’Brian. E a boa sensação que fica ao longo do episódio piloto (e até ao longo da temporada) é que se não conseguiu inovar ou se reinventar, 24 pelo menos conseguiu retornar ao bom e velho ‘mais do mesmo’, ser fiel as suas origens e trazer um entretenimento de altíssima qualidade. (Lucas Leal)

Continuum - Last Minute
#26
Série:
Continuum
Episódio: Last Minute (3×13)
Data de Exibição no Canadá: 22/6/2014

Que temporada fantástica que foi essa 3ª de Continuum. A série se desenvolveu de uma forma inesperada, culminando em um último episódio de tirar o fôlego. Quando esperaríamos ver Kiera trabalhando ao lado do Liber8? E mais importante, parecendo correto? Foi preciso passar muita água embaixo desta ponte para chegarmos até aqui. E o episódio amarrou muito bem a história de Kiera, o Liber8 e Alec Sadler, deixando ainda o mistério do primeiro Viajante. A luta entre os dois Alecs foi memorável e chorei junto com Kiera quando ela abraça o garoto. Impossível não ficar de coração na mão quando Brad aciona o transmissor e temos a sensação de vitória, para então vermos o golpe aplicado por Kellog (que virada!!) e sermos bombardeados pela certeza de que tudo deu muito errado. Foi um episódio grandioso, com ação e sentimento suficientes para se destacar mesmo dentro de uma temporada de episódios impecáveis. (Mica)

Community - App Development and Condiments
#25
Série:
Community
Episódio: App Development and Condiments (5×08)
Data de Exibição nos EUA: 6/3/2014

A quinta temporada de Community, de volta ao comando de Dan Harmon (após uma ano de afastamento em razão de conflitos com os executivos da Sony), foi aguardada com expectativa pelos poucos mas ruidosos fãs da série. O resultado, no entanto, foi desigual, especialmente por conta da ausência de Chevy Chase e Donald Glover. Por outro lado, a anarquia voltou à sala de roteiristas, com novos episódios hilários, com plots absurdos e extremamente originais. O melhor deles foi App Development and Condiments, em que o teste de uma nova rede social transforma totalmente a rotina de Glendale, criando toda uma nova divisão social de classes na Universidade. Parodiando o poder do Facebook, Twitter e Instagram de criar novas celebridades, o episódio tem a força de tratado de sociologia. E ainda tem uma participação especial do cultuado produtor Mitch Hurwitz, numa sátira a um tipinho clichê de Hollywood: o cara que frequenta a Universidade só para fazer festas. Se você não viu App Development and Condiments, assista. Mas antes não deixe de checar seu MeowMeowBeenz! (Paulo Serpa Antunes)

Castle - Veritas
#24
Série:
Castle
Episódio: Veritas (6×22)
Data de Exibição nos EUA: 5/5/2014

Escolher o melhor episódio desta temporada de Castle que foi, para mim, a melhor de todas é uma luta. Mas avaliando a história completa da série, desde o seu piloto até hoje, inevitavelmente Veritas é aquele tipo de episódio que fecha um ciclo e que marca, nos seus poucos minutos, a imagem da série. Foi no penúltimo episódio da temporada que Beckett teve, finalmente, a chance de encerrar o caso da morte de Johanna e prender Bracken como o mandante. Além de eletrizante, Veritas foi totalmente simbólico: Beckett carregando Bracken algemado pelas escadarias honrava sua mãe e saciava a sede da detetive, que nunca foi de vingança, mas de justiça. É claro que um bom episódio não se faz apenas com um bom script. Stana e Nathan deram um show de interpretação, com um louvor maior para Stana que soube me enganar, assim como enganou os capangas de Bracken, na cena em que ela finge estar fora de si. Depois de assistirmos a esses 40 e poucos minutos de episódio fica difícil pensar em outro pra representar Castle nessa lista, né? (Ana Botelho)

Silicon Valley - Optimal Tip-to-Tip Efficiency
#23
Série:
Silicon Valley
Episódio: Optimal Tip-to-Tip Efficiency (1×08)
Data de Exibição nos EUA: 1/6/2014

Silicon Valley chegou de mansinho na HBO, com seu elenco esquisito e assinada por um showrunner que andava sumido da mídia, Mike Judge (o criador de Beavis and Butt-Head e O Rei do Pedaço, que não emplacava nenhum projeto novo em TV desde o fracasso de The Goode Family). Passadas oito semanas, a série cresceu, ganhou corpo e passou até a ser chamada pela crítica especializada como a Entourage dos geeks (aqui, claro, é preciso ter um pé atrás; Girls também foi chamada de a nova Sex and the City e deu no que deu). O ápice da série, que conseguiu captar e debochar das idiossincrasias do universo das empresas pontocom do Vale do Silício como nenhuma outra, foi a season finale, que coloca os garotos da Pied Piper apresentando seu produto no TechCrunch Disrupt. A piada de quantos paus eles conseguiriam masturbar simultaneamente pode ser bem tolinha, mas o desenvolvimento do episódio consegue prender o telespectador na cadeira, empola e controi um belo gancho para a segunda temporada, sedimentando Silicon Valley como uma das surpresas da temporada e um dos shows a serem seguidos em 2015. (Paulo Serpa Antunes)

The Americans - New Car
#22
Série:
The Americans
Episódio: New Car (2×08)
Data de Exibição nos EUA: 16/4/2014

Na primeira temporada de The Americans, o casal russo Phil e Elizabeth realizava ações de espionagem em episódios meio que independentes um do outro. Já em seu segundo ano, a produção tomou o feliz rumo de criar um grande arco. O ponta pé foi a execução de outro casal russo (mais a filha, deixando um garoto órfão) e uma season finale repleta de reviravoltas e um militar rebelde como grande ameaça aos protagonistas. O auge do arco foi o episódio New Car. Nele, Phil é “contaminado” pelo american way of life e compra um Camaro, fruto de inveja até do agente do FBI Stan. Elizabeth, que não gostou disso, inicia com ele um debate sobre o consumismo americano, algo que afetou até o filho deles, que invadia a casa dos vizinhos para jogar o videogame que não ganhou dos pais. E no meio disso tudo temos Larrick, o militar rebelde, matando uma aliada de Elizabeth, meio que com o consentimento dela; Phil se negando a matar uma testemunha, algo que ele parece cansado de fazer; e o choque ao descobrir que um submarino, construído com um plano roubado por eles, afundou com 160 camaradas russos. Conflitos familiares, ideologia socialista versus capitalista, e uma ação legal de ver. E olha que falei só do núcleo dos russos! (Thiago Sampaio)

Penny Dreadful - Closer Than Sisters
#21
Série:
Penny Dreadful
Episódio: Closer Than Sisters (1×05)
Data de Exibição nos EUA: 8/6/2014

Confesso que recebi a chegada de Penny Dreadful com um pé atrás. Já temos séries de terror sobrenaturais demais no ar, não? Especialmente uma série que parece uma apropriação indevida da ótima HQ The League of Extraordinary Gentlemen, de Alan Moore. Mas, semana a semana, Penny Dreadful foi chamando mais e mais atenção, até conquistar de vez o telespectador na quinta semana, com Closer Than Sisters. Com um episódio flashback totalmente voltado à relação de Vanessa Ives (Eva Green) e Mina (Olivia Llewellyn), a série atinge todo um novo nível de perturbação mesclando amor e traição e loucura e possessão demoníaca em altas doses. A trama de Penny Dreadful avança e o roteiro de Jon Logan mostra que ainda é possível surpreender o telespectador e criar momentos de tensão genuína reciclando velhas fórmulas. (Paulo Serpa Antunes)

Grey’s Anatomy - We Are Never Ever Getting Back Together
#20
Série:
Grey’s Anatomy
Episódio: We Are Never Ever Getting Back Together (10×22)
Data de Exibição nos EUA: 1/5/2014

Muita gente já disse que o prazo de validade de Grey’s Anatomy expirou há tempos. Outros reclamavam que a despedida de Cristina Yang não estava apropriada. E We Are Never Ever Getting Back Together foi o episódio que provou que ambos os grupos estavam errados. Nele, Preston Burke voltou para assombrar o presente de Cristina, mas acabou oportunizando o seu futuro. E foi impossível não torcer para que tudo desse certo para Yang quando nos demos conta do que esse retorno representava. Ainda que longe dos nossos olhos. Fear (of the Unknown) foi um episódio nota 10, mas foi em We Are Never Ever Getting Back Together que a fé em Grey’s Anatomy e em Shonda Rhimes foi restaurada. E é por esse motivo que esse emblemático episódio é um dos destaques do ano. (Mariela Assmann)

Nashville - Crazy
#19
Série:
Nashville
Episódio: Crazy (2×19)
Data de Exibição nos EUA: 2/4/2014

Após uma temporada de estreia bastante irregular, Nashville retornou para seu segundo ano disposta a corrigir os erros do passado e a investir em sua essência: os bastidores da indústria da música country. Entram em cena Rayna, Deacon, Juliette, Scarlett; saem Lamar, Peggy e (quase) todo o arco político (e chato) da série. Decisão acertada (ainda que incapaz de aumentar a audiência). Crazy, incontestável ápice da temporada, representa com perfeição a enorme evolução da série desde a sua estreia. Conhecemos a mãe de Scarlett, e fomos presenteados com uma cena belíssima, ao ver a menina dedicar Black Roses à sua mãe, numa performance comovente de Clare Bowen. Mas, acima de tudo, vimos o confronto entre Rayna e Deacon. A hora da verdade, enfim. O momento em que eles conversam honestamente sobre Maddie, sobre a decisão de Rayna de não deixá-lo criar sua própria filha, sobre o passado, sobre tudo aquilo que sempre incomodou a ambos, mas que eles nunca tiveram a coragem – ou a vontade, talvez – de falar a respeito. Inesquecível. (Gabriela Guimarães)

Orphan Black  - Governed as It Were by Chance
#18
Série:
Orphan Black
Episódio: Governed as It Were by Chance (2×04)
Data de Exibição no Canadá e nos EUA: 1/5/2014

Todos os episódios da segunda temporada de Orphan Black foram primorosos, mas Governed as It Were by Chance teve uma vantagem que o distinguiu dos demais: sua cena final, uma das mais bonitas da última temporada, entre séries de qualquer gênero. O reencontro entre Helena e Sarah mostrou, mais uma vez, que nada é o que parece, e que Orphan Black veio para derrubar, uma a uma, ideias pré-concebidas. O costumeiro show de Tatiana Maslany ganhou tons mais vermelhos e o ritmo da temporada – já insano – se intensificou a partir desse episódio em mais uma prova de que os roteiristas da série sci-fi tem ideias em abundância e não temem gastar plot. Governed as It Were by Chance é uma das razões pelas quais 2015 precisa chegar bem rápido: tempo, dá pra colaborar? (Mariela Assmann)

The Blacklist - Anslo Garrick
#17
Série:
The Blacklist
Episódio: Anslo Garrick (1×09 e 1×10)
Data de Exibição nos EUA: 25/11 e 2/12/2013

Não é a toa que The Blacklist foi a estreante queridinha da temporada passada. A série combina todos os elementos que uma produção de sucesso precisa: um bom elenco, personagens dúbios e carismáticos, ação, bom roteiro, uma trilha sonora de tirar o fôlego e uma direção competente. E Anslo Garrick, um episódio dividido em duas partes, foi a síntese do que a temporada de estreia da série representou. A história eletrizante e cheia de plots twist de Anslo foi emotiva sem ser piegas, foi atrativa sem ser inverossímil. E James Spader, como sempre, deu um show de atuação. Os episódios finalizaram a primeira metade da temporada de The Blacklist e abriram espaço pra uma trama ainda mais carregada nos episódios finais. Vida longa e próspera à The Blacklist, a melhor série nova da fall season de 2013. (Mariela Assmann)

Bates Motel - The Box
#16
Série:
Bates Motel
Episódio: The Box (2×09)
Data de Exibição nos EUA: 28/4/2013

Durante todo o episódio tivemos muita tensão nas cenas em que se encontrava o ator Freddie Highmore. Afinal, não é todo dia em que podemos ver o “inocente” Norman Bates preso em uma caixa injustamente. O little baby da Norma passou por uma situação desumana e bastante angustiante. Dividimos uma angustia quase sem fim ao lado dele e de sua família com muito frio, baratas, insetos e sujeira no local. Outro ponto forte do episódio foi a revelação do misterioso assassino da professora Miss Watson, que na minha opinião, quase todos nós sabíamos quem seria o anfitrião da festa. Esse foi o penúltimo episódio da temporada mas, com certeza, se fosse o último, não deixaria a desejar, sendo o melhor episódio da série nestes dois anos. Para finalizar não posso deixar de mencionar a excelente interpretação da atriz Vera Farmiga, que me leva a crises de risos a cada ataque de histeria de Norma, a mãe mais louca de todas do universo. (Arthur Barbosa)

Orange is the New Black - Bora Bora Bora
#15
Série:
Orange is the New Black
Episódio: Bora Bora Bora (1×10)
Data de Estreia: 11/7/2013

Quando definimos que Orange is the New Black estaria no nosso top 30 eu fiquei imensamente feliz, mas também bastante preocupada: é ingrata a tarefa de escolher UM dentre os 26 magníficos episódios exibidos no período de um ano. Bora Bora Bora foi o escolhido, mas não precisava ter sido: os seus outros 25 irmãos cumpririam bem o papel. Mas também não foi de graça que o episódio merece estar na lista. É nele que as tintas que colorem OITNB ficaram mais escuras, já que foi nele que vimos uma protagonista mais endurecida e nos despedimos de uma personagem de uma forma bastante trágica. Isso sem mencionar o fato de que os acontecimentos da série, depois de Bora Bora Bora, carregaram com eles essa herança. O episódio é ainda uma síntese do que a série é: um misto de comédia com drama e uma reflexão sobre a natureza humana. Da melhor qualidade. (Mariela Assmann)

Scandal - Kiss Kiss Bang Bang
#14
Série:
Scandal
Episódio: Kiss Kiss Bang Bang (3×14)
Data de Exibição nos EUA: 20/3/2014

O melhor episódio de Scandal desta temporada não teve como protagonista Olivia Pope, os escândalos não foram tão importantes e o Presidente não passou de um mero coadjuvante. MAs foi ainda um dos mais tristes da série, fez muita gente chorar. As estrelas fora James e Cyrus. Logo no início descobrimos que o marido de Cyrus foi assassinado por Jake e com isso somos convidados a viajar no tempo, testemunhando como o relacionamento entre essas duas pessoas tão diferentes começou. O primeiro encontro e beijo e quando Cyrus decide sair do armário para todos e principalmente Fitz, convidando James para ser seu acompanhante no baile. Voltando a realidade, muito culpado, já que envolveu James nos seus planos mais obscuros, Cyrus evita a todo custo lidar com a morte de seu companheiro e decide mergulhar de cabeça no trabalho. Contudo ele acaba desmoronando em uma coletiva de impressa e é Fitz quem vai consolá-lo. Se o episódio em si já não tivesse sido triste o suficiente, a cena final veio para mostrar que essa tal de B613 realmente não está para brincadeira. Ela mostra Jake friamente ao lado de James, justificando seus atos, narrando o sofrimento e o acompanhando até o seu último suspiro. Shonda Rhymes e sua esquisita capacidade de matar os personagens da forma mais maquiavélica possível e com requintes de crueldade. Mas como negar que é isso que amamos odiar em suas séries! (Felipe Ameno)

Modern Family - Las Vegas
#13
Série:
Modern Family
Episódio: Las Vegas (5×18)
Data de Exibição nos EUA: 26/3/2014

Numa temporada marcada pelos preparativos do casamento de Cam e Mitchell, foi a viagem para Las Vegas que se destacou. O 18º episódio do quinto ano da série foi premiado com o Emmy de melhor direção e mostrou para todos que uma trama relativamente simples pode ser a receita do sucesso. O episódio causa estranheza em um primeiro momento, já que o núcleo infantil é excluído durante a viagem dos adultos, mas nem por isso ele deixa de ser genial. Aliás, talvez esse tenha sido um dos fatores primordiais para que a trama se tornasse inesquecível. Os acontecimentos isolados tomam forma durante a noite, quando os personagens se encontram e aí, bem, só vendo mesmo o episódio pra confirmar a genialidade dessa viagem inesquecível. (Maísa França)

House of Cards - Chapter 14
#12
Série:
House of Cards
Episódio: Chapter 14 (2×01)
Data de Estreia: 14/2/2014

Hoje temos alguns seriados que você deve assistir de uma maneira “nova”, com binge watching. Fazer mini-maratonas de uma série em particular, passar uma tarde inteira vendo mais de 5 episódios, já caracteriza o tal do binge, que em nosso bom português seria algo como “um atrás do outro”. Fãs de seriados já fazem isso há anos, mas o Netflix passou a popularizar esse estilo, que tem House of Cards como carro chefe. Em House of Cards acompanhamos a ascensão do sociopata (?) e então deputado Frank Underwood (Kevin Spacey) nos bastidores da politica americana. Vale dizer que a série é mais do que seu protagonista, possuindo um ótimo elenco e situações de conspiração e maniqueísmo puro, entre os que querem subir ao poder, com um roteiro bem amarrado. Daí, quando paramos para analisar um episódio em particular, sua enraizada característica binge (o Netflix libera toda a temporada no mesmo dia) dificulta a tarefa. Sendo assim, escolho a premiere do 2º ano, Chapter 14, por encerrar o que começou na temporada de estreia e preparar terreno para essa 2ª que demorou, mas engrenou. Agora como vice-presidente dos EUA, Frank escolhe Jackie Sharp como sua substituta na liderança do Congresso, suja as mãos de maneira literal ao eliminar um importante personagem da 1ª temporada (!) e ainda tem tempo para nós. Admita: depois de um episódio inteiro sem a narração sulista de Kevin Spacey, você sorriu de alegria quando F.U., fitando seus olhos, disse que não tinha te esquecido. House of Cards não é só o Frank Underwoord de Kevin Spacey, mas… depende muito dele sim. (Thiago Sampaio)

The Walking Dead - The Grove
#11
Série:
The Walking Dead
Episódio: The Grove (4×14)
Data de Exibição nos EUA: 16/3/2014

Carol chega ao ápice da sua transformação em The Grove, quando definitivamente deixa de ser uma dona de casa submissa, que apanhava do marido, para se transformar numa das maiores defensoras daquele grupo de sobreviventes. Lizzie por sua vez, veio mostrando um comportamento estranho ao longo da temporada e uma simpatia fora do comum com os walkers. Simpatia essa que culmina neste episódio, quando ela decide assassinar a própria irmã, Mika, para transformá-la. Com isso, Carol precisa tomar duas decisões muito importantes que poderiam mudar o rumo da história: matar a psicopata mirim Lizzie e contar a verdade sobre Karen para Tyreese. Definitivamente The Walking Dead deixou de ser uma série que trata única e exclusivamente de um apocalipse zumbi para ser um drama psicológico que mostra como as pessoas lidam quando se encontram em situações-limite. Demorei um pouco para embarcar nessa nova leitura da série, contudo The Grove resume de forma magistral essa mudança. (Felipe Ameno)

Parks and Recreation - Moving Up
#10
Série:
Parks and Recreation
Episódio: Moving Up (6×21 e 6×22)
Data de Exibição nos EUA: 24/4/2014

Se Parks and Recreation tivesse acabado no dia 24 de abril, com a exibição do episódio duplo Moving Up, poucos fãs da série teriam ficado chateados. Claro, é muito melhor aguardar por um merecido sétimo ano da série, mas a verdade é que o episódio foi tão perfeito e teve um desfeito tão redondinho, que parecia uma series finale, e uma series finale apaixonante! Tivemos externas gravadas em San Francisco, a inauguração do Bistrô do Tom, o Unity Concert selando a união de Pawnee e Eagleton, muitos retornos (entre eles os de Megan Mullally e Lucy Lawless), convidados musicais como Kay Hanley e Jeff Tweedy, a participação mais do que especial de Michelle Obama e ainda um salto no tempo na última cena. O melhor da temporada realmente ficou para o fim. E agora resta a curiosidade para saber como Amy Poehler e sua turma vão superar este episódio em 2015. (Paulo Serpa Antunes)

Fargo - The Crocodile's Dilemma
#9
Série:
Fargo
Episódio: The Crocodile’s Dilemma (1×01)
Data de Exibição nos EUA: 15/4/2014

A ideia de adaptar Fargo, o mais premiado dos filmes dos irmãos Coen, para a televisão não é nova. Em 1997, a NBC chegou a constratar roteiristas para escrever uma adaptação. Em 2003, Edie Falco fez o papel de Marge Gunderson, a policial eternizada por Frances McDormand no filme, em um piloto para a CBS. Por sorte a série não foi ao ar: do contrário, talvez The Sopranos tivesse acabado mais cedo e talvez não tivessemos tido, agora em 2013, esta tão fresca adaptação. Numa época em que nove a cada dez projetos pra TV americana são adaptações, Fargo se destaca e se justifica. Tudo na série assinada por Noah Hawley remete ao filme original. E ainda assim tudo é tão fresco e tão original como se estivessemos vendo pela primeira. E o elenco formado por Martin Freeman, Billy Bob Thornton, Colin Hanks e a atriz revelação Allison Tolman é absolutamente incrível. Fargo funciona especialmente porque séries policiais temos aos montes por aí: mas não com este humor negro, este grau de violência tão chocante e este cenário tão gélido de Minnesota. Fargo foi a grande surpresa da temporada. (Paulo Serpa Antunes)

The Big Bang Theory - The Romance Resonance
#8
Série:
The Big Bang Theory
Episódio: The Romance Resonance (7×06)
Data de Exibição nos EUA: 24/10/2013

Em um episódio sobre romance, todos os tipos de amor aparecem para o grupo de amigos de The Big Bang Theory: Sheldon pela Física, Bernadette pelo trabalho, Raj pelos filmes românticos e, claro, o amor que une os casais Leonard/Penny e Howard/Bernadette. Dessa vez, Bernadette revela aos seus amigos que está trabalhando com um vírus de guaxinim que pode infectar pessoas. Enquanto isso, Sheldon acha que descobriu um elemento estável superpesado e se vangloria sobre esse acontecimento. Já Howard percebe a aproximação do aniversário do 1º encontro com sua esposa e pretende fazer uma homenagem com uma música especial. Mas, ao comentar sobre o aniversário, Leonard começa a questionar Penny sobre suas atitudes nada românticas. O que ninguém esperava é que a descoberta de Sheldon foi baseada em um erro de consulta. Além disso, depois de sete anos de história, Penny guardava uma caixa repleta de lembranças das situações vividas ao lado de Leonard. Para coroar o episódio, mesmo com a quarentena de Bernie devido a uma suspeita de contágio com o vírus, Howard e seus amigos conseguem fazer a homenagem à moça com uma música doce e, ao mesmo tempo, muito divertida. (Cinthia Quadrado)

Sherlock - His Last Vow
#7
Série:
Sherlock
Episódio: His Last Vow (3×03)
Data de Exibição no Reino Unido: 12/1/2014

A terceira temporada de Sherlock é sem dúvida uma das melhores coisas feitas para a televisão nos últimos tempos, e His Last Vow foi o fechamento perfeito para esse evento televisivo. Tudo que a série oferece de melhor desde sua estreia foi representado nesse episódio com honra ao mérito. O roteiro brilhantemente escrito e livre de furos de Steven Moffat, a direção suprema de Nick Hurran (menção especial à cena em que Mary atira em Sherlock, uma verdadeira aula de direção) que também dirigiu alguns dos melhores episódios de Doctor Who e as melhores performances possíveis dos atores (destaque para Lars Mikkelsen, que fez de Charles Magnussen um vilão puramente mal e repugnante, sem nenhum resquício de simpatia ou carisma). E se não bastasse tudo isso: Moriarty retorna. Moriarty! Quando você pensa que não pode mais se surpreender, Steven Moffat puxa sua cadeira e te “trolla” mais uma vez com esse cliffhanger de tirar o fôlego. E você? Sentiu falta dele? (Lucas Victor)

The Good Wife - The Last Call
#6
Série:
The Good Wife
Episódio: The Last Call (5×16)
Data de Exibição nos EUA: 30/3/2014

Impecável. Assim podemos descrever a quinta temporada de The Good Wife. Escolher o melhor episódio desta temporada foi uma missão quase impossível. Como o extraordinário Hitting the Fan já foi exaustiva e merecidamente celebrado, discutido e premiado, era a hora, talvez, de destacarmos The Last Call, a hora ao mesmo tempo mais bela e mais cruel de toda a série. Revivemos a trágica morte de Will, desta vez na companhia de Alicia, que teve a difícil missão de dizer adeus àquele que foi muito mais do que o seu amor. E ela estava em busca de respostas. Que diabos Will queria ter dito em sua derradeira mensagem? A dúvida corroeu Alicia por todo o episódio. E a nós todos também. A possibilidade de ele ter morrido decepcionado com ela não seria algo que Alicia conseguiria suportar. Tristeza, angústia, dor, luto. Um episódio escrito, dirigido e atuado com maestria. Adeus, Will. (Gabriela Guimarães)

The Newsroom - News Night with Will McAvoy
#5
Série:
The Newsroom
Episódio: News Night with Will McAvoy (2×5)
Data de Exibição nos EUA: 11/8/2013

News Night with Will McAvoy é um daqueles episódios que faz com que os espectadores se envolvam ainda mais com o jornalismo televisivo. Em meio à construção do jornal, as tumultuadas histórias dos personagens preenchem um ambiente que está a mil por hora. Sloan se envergonha devido ao vazamento de suas fotos íntimas, Maggie sofre de estresse pós-traumático, Charlie percebe que a Operação Genoa é uma realidade e Will tenta confrontar seus sentimentos quanto ao seu pai. A redação do News Night lida com pautas que surgem, outras que caem, além de tratar de fake news, dos erros em meio ao trabalho e tantos outros temas típicos da profissão. O episódio mostra como um ambiente agitado pode funcionar de pano de fundo para o trabalho. E, no final, um telejornal vai ao ar de maneira brilhante. Alguns consideram-no confuso, mas, no final das contas, o News Night with Will McAvoy é um episódio completo para aqueles que não apenas o assistem, mas o sentem. (Cinthia Quadrado)

True Detective - The Long Bright Dark
#4
Série:
True Detective
Episódio: The Long Bright Dark (1×01)
Data de Exibição nos EUA: 12/1/2014

Se você é um fã de série exigente e chato a esta altura já deve ter percebido: a temporada 2013-2014 não foi boa em estreias. O oásis criativo no meio do período acabou sendo o lançamento, no dia 12 de janeiro, de True Detective. A estreia do ano foi era um thriller policial ousado, com um roteiro impecável assinado por um roteirista praticamente desconhecido (Nic Pizzolatto, em seu primeiro trabalho como produtor executivo), que recuperava um grande ator (Woody Harrelson, longe da TV desde uma série de participações em Will & Grace, em 2001) e tinha como protagonista outro ator vivendo seu grande momento profissional (Matthew McConaughey, poucos meses após arrebentar nos cinemas norte-americanos com Clube de Compras Dallas). Ao longo de oito semanas True Detective capturou a atentação de todos os telespectadores – uma série sem episódios ruins, sem deslizes. Justamente por isto, The Long Bright Dark merece o destaque: foi ela que nos marcou pela primeira vez com as imagens da ritualística morte de uma jovem prostituta, a excentricidade do detetive Rust Cohle (McConaughey), a vida-clichê do detetive Martin Hart (Woody Harrelson) e a reabertura, 17 anos depois, do caso que marco para sempre a vida dos dois. (Paulo Serpa Antunes)

Hannibal - Mizumono
#3
Série:
Hannibal
Episódio: Mizumono (2×13)
Data de Exibição nos EUA: 23/5/2014

Nada é o que parece ser. Depois de passarmos duas temporadas em busca de pistas que nos permitissem enxergar através da pretensa loucura de Will, por aquele acontecimento que permitiria que o vilão, ainda que inteligente demais para que não gostássemos dele, fosse pego, qualquer coisa que tivéssemos conseguido foi jogada fora e uma nova história começou. Para os fãs dos livros e filmes originais a perseguição da dúvida do quanto os roteiristas arriscariam. Para os fãs da série a questão de quem eles deixariam de pé para uma terceira temporada. A luta incrível entre Jack e Hannibal, pela qual esperamos a temporada toda, estava lá, e os dilemas morais de Will também. Mas o que fica é o choque de ver Hannibal em fuga na companhia de sua psiquiatra, aquela com quem nos preocupamos e por quem torcemos. Cenas cruas, de beleza gráfica, mas carregadas de significado. Um relógio marcando segundo a segundo. Uma chuva torrencial do tipo que leva tudo que puder pelo caminho. Os produtores conseguiram, como Mizumono, encerrar a segunda temporada de Hannibal de forma exemplar: lhe dou um tanto de respostas, mas tem coisas que você só descobrirá quando a série voltar. (Simone Miletic)

Game of Thrones - The Mountain and the Viper
#2
Série:
Game of Thrones
Episódio: The Mountain and the Viper (4×08)
Data de Exibição nos EUA: 1/6/2014

O maior choque visual da temporada de Game of Thrones foi um dos momentos mais aguardados pelos leitores dos livros, e também uma das grandes surpresas do ano para os telespectadores que chegaram até aqui sem cruzar com spoilers. The Mountain and the Viper mostra o desfecho da vingança de Oberyn Martell contra os crimes sofridos por sua irmã Elia. No entanto, muito mais do que um simples combate de espada contra lança, a Montanha contra a Víbora decidia o futuro de um dos personagens mais populares e importantes da série, Tyrion Lannister. Muito lembrado por seu final sangrento, The Mountain and the Viper conseguiu construir os laços envolvidos para o seu clímax, dando o peso necessário para que a cena final fosse incrivelmente marcante e lembrada até hoje. (João Freitas)

Breaking Bad - Ozymandias
#1
Série:
Breaking Bad
Episódio: Ozymandias (5×14)
Data de Exibição nos EUA: 15/9/2013

Não teve pra mais ninguém na temporada 2013-2014. Breaking Bad, que um dia foi uma série apenas para iniciados, começou setembro dominando as rodas de conversa no mundo todo. Virou até mesmo fenômeno de massa no Brasil – com a exibição na TV aberta, piadinhas no Twitter que viralizaram na internet e gerando uma corrida por DVDs, assinaturas na Netflix e torrents de novos fãs buscando colocar a série em dia. A reta fina da série foi particularmente angustiante, tensa do início ao fim. Mas nada se compara a Ozymandias. Aqui, um a um os personagens da série caem de joelhos, em desespero. Alguns para sempre. Um episódio de deixar o estômago revirado, repleto de confrontos, atuações espetaculares e alta carga de violência. Não foi à toa que Ozymandias venceu o Emmy AWards de Melhor Roteiro em Drama e se tornou indispensável na lista dos melhores episódios não só da ano e não só da série, mas da história da TV mundial. (Paulo Serpa Antunes)

Até 2014-2015!

Veja também:

  • Os melhores da temporada 2012-2013
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  • Cross-genre, trocadilhos e… Memória afetiva! Esse é o estilo do “FULLERVERSE”


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    MINHA MEMÓRIA AFETIVA

    Sempre achei que o que faz a vida valer a pena são as memórias afetivas que a gente carrega. Não é dinheiro, não é o emprego que a gente tem e muito menos quem a gente conhece. São as coisas que a gente viveu.  Por isso, quando vejo alguém dizer que quem olha para trás tem medo do futuro, sinto pena e penso que essa pessoa não deve ter vivido coisas incríveis no passado. O futuro, sem dúvidas, é instigante. Pensar na página em branco que podemos preencher com absolutamente qualquer coisa é a melhor sensação do mundo! O presente, ora é um sufoco, ora é pura alegria… Mas “é o que a gente tem para hoje”. Já o passado… Aaaah, o passado! Como é bom relembrar todas as coisas que foram tão importantes em nossas vidas e que definiram o que somos agora.

    No último sábado, o escritor Pedro Bandeira esteve em minha cidade, no interior de São Paulo. Um velhinho com um bigode engraçado, de fala enérgica – e apaixonada. Foi lendo a série de livros Os Karas, no ensino fundamental, que eu descobri um carinho pela leitura. Com ela, veio uma paixão avassaladora pela escrita, que foi determinante para que eu fizesse a faculdade de Jornalismo.

    Na faculdade, pensando em um dia me especializar em Moda, fui fisgada, quase sem querer, por outra paixão: as narrativas audiovisuais. Aí, o Jornalismo, simplesmente por não ser ficção, perdeu seu charme; a Moda, puramente, eu deixei para lá… a escrita e o cinema, nunca! Sempre gostei de ver filmes e séries, mas, nos últimos cinco anos, virou uma verdadeira dependência. Se meu dia começa com uma xícara de café bem quente, ele termina com um episódio da(ssss) minha(sssss) série(sssss) preferida(sssss). E se, na literatura, Pedro Bandeira sempre teve um cantinho especial no meu coração, no audiovisual esse posto é ocupado pelo Bryan Fuller. Você deve estar se perguntando: okay, mas o que tem a ver isso? É que foi de todas essas relações, desses pequenos acontecimentos na minha semana e de sentimentos rebuliços aqui dentro, que saiu a coluna de hoje; da minha memória afetiva, de todas as coisas guardadas com carinho no meu passado.

    UMA DÉCADA DE BRYAN FULLER NA TV

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    Coincidentemente, no último dia 31 de outubro, fez dez anos que o último episódio de Dead Like Me foi exibido. Em dezembro, será a vez de Wonderfalls completar uma década desde seu último episódio. As duas séries foram os primeiros projetos de Fuller na TV americana e, embora não tenham tido um enorme sucesso de público, foram aclamadas pela crítica, tornando-se, agora, um clássico cult… Uma memória afetiva para um grupo específico – incluindo esta pessoa que vos escreve! 🙂

    Mesmo que você não tenha assistido às séries, provavelmente, já teve contato com o trabalho de Bryan Fuller. Ele é conhecido por ter escrito alguns dos melhores episódios da série Heroes, ainda como colaborador, além de capítulos de Star Trek: Deep Space Nine, e também foi responsável pelo roteiro do filme Carrie, a estranha, que passava toda semana, no SBT, até poucos anos.

    Depois de Dead Like Me e Wonderfalls, ele continuou a criar clássicos cult televisivos. Pushing Daisies, de 2008, também não conseguiu grande sucesso de público, mas é ovacionada pela crítica até hoje. Mockingbird Lane, que só teve o episódio piloto produzido e exibido, sequer chegou a virar série por falta de audiência. Hannibal, que vai para a terceira temporada depois de muito sufoco, é um recorde para Bryan, que parece lutar para encontrar seu público. Não por acaso, ele é conhecido como gênio incompreendido. E se as séries dele são especiais, mesmo diante de tantas dificuldades, é exatamente por se tratarem de memória afetiva.

    Primeiro, porque elas falam de sonhos, de sensações comuns às crianças. Quem nunca fingiu falar com um animal, como a carismática protagonista de Wonderfalls? Ou quis trazer um ente querido de volta à vida, como podia o confeiteiro Ned de Pushing Daisies? E as tortas feitas por ele, hmmmm. Tem coisa mais casa da vó do que tortas com frutas? Não bastasse isso, os seriados criados por Fuller estão cheios de referências uns aos outros. Ele utiliza atores repetidos, nomes de personagens repetidos e até lugares repetidos. Eu falei: é pura memória afetiva! É tanto afeto que os fãs dessas séries até apelidaram essa “nuvem” de referências como FULLERVERSE (algo como “Universo Fuller”).

    Por estratégia, vou começar com WONDERFALLS, o segundo seriado dele. Outro dia, estava lendo um texto acadêmico sobre conteúdo televisivo e o autor citava a série como exemplo de atração que não teve tempo suficiente para ficar no ar e conquistar espectadores – ela foi cancelada ainda na primeira temporada, com menos da metade dos episódios exibidos na TV. Segundo o autor, a série requeria tempo para que os espectadores pudessem compreendê-la, adaptar-se a ela e, assim, conquistar seu público, tamanha a originalidade criativa que propunha. Em outras palavras, as séries de Bryan Fuller não são feitas sob medida para a enorme massa, mas nada impede que essa massa goste delas. As séries exigem abertura por parte do espectador, doses fartas de sensibilidade. Não estou dizendo aqui que ninguém é mais ou menos inteligente por assistir a uma série dele. Mas elas falam, sim, para um público específico.

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    Wonderfalls é a série mais fácil de ser assistida dentre as criações desse gênio da televisão. Jaye (Caroline Dhavernas) é uma menina de 24 anos, formada em Brown, uma das melhores universidades dos Estados Unidos, que volta para a cidade natal e vai morar em um trailer depois de fracassar em conseguir um emprego. Agora, ela trabalha em uma lojinha de souvenirs em frente à Niagara Falls, catarata localizada na fronteira americana com o Canadá. Para tornar tudo ainda mais dramático, ela começa a conversar com os bonecos de animais vendidos ali e, depois, de todos os lugares.

    A atração tinha ares de comédia romântica e passava longe de ser infantil, como uma leitura da sinopse à primeira vista pudesse sugerir. Wonderfalls, na verdade, ousava justamente ao BRINCAR COM OS SONHOS E FANTASIAS DE CRIANÇAS, ao resgatar esses sentimentos inocentes nos adultos. A série pode ter falhado em conseguir esse sucesso diante de seu público-alvo, mas não foi por falta de bom conteúdo.

    Bryan Fuller disse que a história se inspirava em Joana d’Arc (que alegava ouvir vozes divinas e foi condenada à fogueira) e, num balde de realismo, revelou que Jaye poderia, sim, se tratar de uma personagem com problemas mentais. Sem romantismo. Não que ele tenha dito isso como veredicto final. Existe uma coisa sobre o Fullerverse que você precisa saber: as perguntas nunca são respondidas de fato, fica tudo no ar, vez ou outra Bryan Fuller até dá umas entrevistas bombásticas para deixar a gente com “a pulga atrás da orelha”. Mas as respostas ficam sempre à mercê da nossa própria imaginação.

    Uma coisa interessante nos trabalhos de Fuller é o CROSS-GENRE, ou mistura de gênero. Isto é, quando dois gêneros opostos – humor e terror, por exemplo – são usados ao mesmo tempo em cena. Comédia, musical, terror e suspense andam juntos no Fullerverse. Não raramente, no meio de uma passagem cômica, uma situação de perigo nos é apresentada e, a partir daí, a iluminação e o tom de voz dos personagens ganham ares obscuros repentinamente, tudo de forma meio pasteurizada, sem deixar o humor para trás. Beira o trash mesmo. O cross-genre ocorria principalmente em Wonderfalls e Pushing Daisies – a última, até tinha cenas musicais.

    A comédia Wonderfalls em uma cena estilo noir.

    A comédia Wonderfalls em uma cena estilo noir.

    DEAD LIKE ME deu mais trabalho para eu acompanhar. O seriado narrava o cotidiano de ceifadores – popularmente conhecidos como “a morte” – que viviam entre os humanos roubando-lhes as almas.

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    A atração era protagonizada por Ellen Muth, que interpretava Georgia, uma adolescente que morria depois que o assento de um vaso sanitário de uma estação espacial caía sobre a cabeça dela – você riu, eu sei. Desde então, ela virou uma ceifadora. O grande problema para mim é que a Georgia me parecia uma personagem arrastada, mórbida, sem energia… sem vida. Fiquei extremamente incomodada com a aparente falta de carisma da Ellen Muth no papel principal. Só depois percebi que estava sendo incoerente. Como é que eu queria que uma personagem morta fosse, na verdade, cheia de vida? Desde o primeiro instante, Muth acertou o tom do personagem, que não poderia ser outra coisa senão moribundo. E quando, finalmente, me dei conta disso, percebi o quanto essa série era genial. E, aí, pronto, vi em uma sentada só! Com o perdão do trocadilho, é claro.

    Dead Like Me tinha um HUMOR NEGRO, em que o politicamente incorreto era explorado de forma escrachada. E isso é recorrente nas séries do Bryan Fuller. Todos os personagens se utilizam de meios moralmente questionáveis para conseguir o que querem, para ganhar a vida (ou a pós-vida, no caso). E o mais legal é que não precisa ser o vilão da história para agir imoralmente. Por exemplo: na série seguinte, Pushing Daisies, o Ned explorava os mortos para ganhar dinheiro….

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    ….e nem ouse pensar mal dele! Ned era um chameguinho em forma de personagem.

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    Fuller o escreveu especialmente para o ator Lee Pace, com quem ele tinha trabalhado em Wonderfalls (e quem ele quer, loucamente, que participe de Hannibal). Lee Pace é desses atores ultra fofos, que fala baixinho e sorri com as sobrancelhas (a-ham!). Na história, ele interpretava um confeiteiro cujas habilidades iam muito além do preparo das deliciosas tortas vendidas na Pie Hole. Ele tinha um poder especial: sempre que ele tocasse em algo que estivesse morto, essa coisa – podendo ser uma fruta, uma pessoa, um besouro – voltava à vida. Se ele tocasse de novo, então essa coisa morreria para sempre. E ele tinha um minuto para realizar o ritual, uma vez que, passado um minuto e ele não tocasse o indivíduo novamente, outra pessoa próxima morreria no lugar do, agora, ex-cadáver.

    Ele, então, conhece o detetive Emerson Cod e, juntos, eles lançam um plano. Sempre que uma pessoa morresse e fosse oferecida uma recompensa para solucionar o caso, Ned traria a vítima de volta à vida e perguntaria o que aconteceu com ela. Em um minuto, ela estaria morta novamente e eles, mais ricos. Bem imoral. Mas fica pior.

    No primeiro episódio, Chuck (Anna Friel), o amor de infância de Ned, morre. Ele a traz de volta e nunca mais a toca novamente, colocando a vida de Emerson, que estava próximo ao caixão dela, em risco. A partir daí, Ned e Chuck, completamente apaixonados, nunca poderão estabelecer qualquer contato físico, senão ela morre para sempre. Meio Romeu e Julieta.

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    Por falar em outras histórias, Pushing Daisies estava repleta de referências a outros clássicos do cinema. A primeira inspiração a ser notada é O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. Bem como no filme francês, PD tem um NARRADOR que, logo nas primeiras cenas, nos conta que Ned descobriu seu poder especial aos “9 anos, 27 semanas, 6 dias e 3 minutos de vida” “por ressuscitar o seu Golden Retriever, Digby”. E, aí, eu quase tive um treco. Detesto o enfadonho destino da desocupada Amélia e quando vi que a série teria ares do filme, quase desisti. Não era apenas o narrador que fazia lembrar o clássico, mas as cores da série, a fantasia em demasia. Mas, depois de acompanhar um pouco mais, percebi que PD se parecia com Amelie apenas esteticamente – e nesse quesito, não há o que falar, o filme é GENIAL. A história, em si, mais se parece com A Fantástica Fábrica de Chocolate. É que Amelie, embora seja fantasioso, tenta nos vender uma ideia de que aquilo seria possível, é uma ideia romantizada da vida e que nos é vendida como podendo ser real – quando não é. Já A Fantástica Fábrica de Chocolate segue o mesmo roteiro, mas deixando claro se tratar puramente de fantasia. E é aí que PD reside.

    LEIA MAIS: ‘PUSHING DAISIES’: REVISITE OS CENÁRIOS DA SÉRIE INSPIRADA POR AMÉLIE POULAIN

    Outra referência memorável foi um capítulo que homenageou Alfred Hitchcock.  Primeiro, aconteceu um assassinato em que golpes de faca eram dados no ar, com uma música parecidíssima com a de Psicose e sua famosa cena do chuveiro. Depois, houve uma referência ao filme Vertigo e a cabeça de Emerson flutuando. Compare:

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    O piloto de MOCKINGBIRD LANE foi exibido em 2012, na NBC, e se conseguisse audiência seria transformada em série. Não deu. Bryan Fuller esperneou, dizendo que a data escolhida para a transmissão não o beneficiou, e o canal exibiu o piloto mais uma vez, como especial de Halloween. Falhou de novo. A série seria uma remontagem de The Munsters, clássico da CBS nos 1960, parecido com A Família Addams. Eu assisti ao episódio e com muita, mas muita dor no coração, devo dizer: não gostei. Embora esteticamente fosse interessante, os diálogos e situações simplesmente não prenderam. Apesar do humor negro e da família de mortos-vivos, marcas de Fuller, estava abaixo daquilo que ele já apresentou.

    Como já deu para perceber, a MORTE sempre foi o tema principal das séries desenvolvidas por Fuller. Desde os ceifadores de Dead Like Me, passando pela volta à vida em Pushing Daisies, até a família de mortos-vivos de Mockingbird Lane. Dá para dizer que a única exceção foi Wonderfalls, que narrava uma jovem com o poder de falar com os animais. Mesmo que Hannibal não trate a morte diretamente – todos os personagens, a princípio, estão vivos – a gente pode dizer, sim, que se centra no tema, já que o protagonista é um assassino serial.

    Hannibal é a série mais madura de Fuller. É um enredo mais denso, em que o humor é menos explorado e nosso psicológico é pressionado a todo instante. Nos primeiros episódios, a gente tem até alguma dificuldade em entender a história, cheia de complexidades e quebra-cabeças.

    LEIA MAIS: TERAPIA ELEGANTE: VEJA, EM DETALHES, O LUXUOSO ESCRITÓRIO DE ‘HANNIBAL’

    Esteticamente, Fuller vive seu auge. Hannibal é sempre mencionada como um exemplo de série visual, em que verdadeiras metáforas – tanto em palavras, quanto em objetos – nos são jogadas de forma constante.

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    As cores na tela sempre nos dão pistas e indicam quem está a salvo ou corre perigo na série. Verde e marrom são as cores de Lecter e Will Graham.

    Como eu disse, não é apenas visualmente. Os trocadilhos e as dicas também estão nos inteligentes diálogos da atração – Fuller até ganhou um troféu pelos trocadilhos em uma premiação promovida por um blog americano.

    Por exemplo, na segunda temporada da série, Will (Hugh Dancy) está preso porque o FBI acredita que ele cometeu os crimes. Em um diálogo com o agente Jack Crawford (Laurence Fishburne), Will dispara:

    – You don’t believe me now.

    Ele, então, faz uma pausa dramática e diz enfaticamente:

    – You WILL.

    “You will” não quer dizer apenas que Jack VAI acreditar, mas “Will” é o nome do próprio personagem que disse a frase. Além disso, “will” ainda significa “desejo”, “vontade”, “determinação” em inglês. Tudo isso, e não apenas a tradução “você vai”, reforçava ainda mais a ideia de que o agente Crawford iria acreditar em Will Graham – ao mesmo tempo, remetia à cena inicial do episódio, que se passava alguns meses depois dessa narrada, e que mostrava o agente em uma luta corporal épica com Hannibal Lecter, o verdadeiro assassino.

    A cena de luta, aliás, teve cada detalhe milimetricamente pensado, para que tudo ficasse criativo – e visual – na tela:

    Alguns episódios mais tarde, quando Will quer que Hannibal pense que ele matou uma jornalista, Will diz que “ela não irá se levantar das cinzas, mas o assassino dela irá”. Tudo em duplo sentido, é claro:

    – She won’t rise from the ashes… but her killer will. (but her killer Will Graham).

    Dr. Lecter pegou essa, com certeza.

    Dr. Lecter pegou essa, com certeza.

    Lecter é interpretado pelo renomado Mads Mikkelsen. A pronúncia correta é “Més quelsen”, mas o ator dinamarquês não se incomoda em ser chamado de “Méds” – inclusive pelos colegas de elenco. Finesse!

    Embrace the Mads… Não, pera.

    Diversidade

    Por último, mas não menos importante: Bryan Fuller, que é homossexual, gosta de colocar personagens gays em todas as suas séries. Em Wonderfalls, ela era Sharon, a irmã da protagonista Jaye.  Inicialmente, em Dead Like Me, era para o pai de Georgia ser homossexual, mas quando Fuller deixou a série – ainda na primeira temporada por diferenças criativas com o Showtime -, os roteiristas mudaram isso e deixaram Fuller bastante chateado. Em Pushing Daisies, o legista do necrotério Coroner, interpretado por Sy Richardson, também era homossexual e tinha uma quedinha por Emerson. Em Hannibal, há um burburinho sobre a relação do Dr. Lecter e Will e muita gente torce para que eles tenham um caso amoroso. Fuller diz que se diverte com as teorias criadas pelos seguidores do seriado, mas não revela muito. Para ele, Hannibal poderia, sim, querer algo mais com Will, mas, segundo ele, Will é definitivamente hetero.

     POR DENTRO DO FULLERVERSE

     

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    Ellen Muth interpretou Georgia Lass, uma ceifadora em Dead Like Me. Em Hannibal, ela foi Georgia Madchen. Lass é uma expressão que significa menina em inglês; Madchen quer dizer a mesma coisa em alemão. Além disso, em Hannibal, a personagem dela sofria de uma síndrome que a fazia acreditar estar morta e ainda matava outras pessoas.

    Ellen Muth interpretou Georgia Lass, uma ceifadora em Dead Like Me. Em Hannibal, ela foi Georgia Madchen. Lass é uma expressão que significa menina em inglês; Madchen quer dizer a mesma coisa em alemão. Além disso, em Hannibal, a personagem dela sofria de uma síndrome que a fazia acreditar estar morta e ainda matava outras pessoas.

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    Em Dead Like Me, a irmã de Georgia se chamava Reggie Lass. Miriam Regina Lass era o nome da personagem de Anna Chlumsky em alguns episódios de Hannibal.

    A veterana Beth Grant interpretou a personagem Marianne Marie Beetle em três ocasiões: Wonderfalls, Pushing Daisies e Mockingbird Lane.

    A veterana Beth Grant interpretou a personagem Marianne Marie Beetle em três ocasiões: Wonderfalls, Pushing Daisies e Mockingbird Lane.

    O mesmo aconteceu com Chelan Simmons, que viveu Gretchen Speck-Horowitz tanto em Wonderfalls quanto em Hannibal.

    O mesmo aconteceu com Chelan Simmons, que viveu Gretchen Speck-Horowitz tanto em Wonderfalls quanto em Hannibal.

    Em Pushing Daisies, Gina Torres interpretou a esposa do detetive Emerson Cod. Em Hannibal, ela é casada com outro detetive, o agente Jack Crawford.

    Em Pushing Daisies, Gina Torres interpretou a esposa do detetive Emerson Cod. Em Hannibal, ela é casada com outro detetive, o agente Jack Crawford.

    Raul Esparza integrou o elenco de Pushing Daisies como Alfredo, um homem que vendia ervas que tratavam a agorafobia. Em Hannibal, seu psiquiatra Frederick Chilton tenta manipular seus pacientes, num tratamento questionável.

    Raul Esparza integrou o elenco de Pushing Daisies como Alfredo, um homem que vendia ervas que tratavam a agorafobia. Em Hannibal, seu psiquiatra Frederick Chilton tenta manipular seus pacientes, num tratamento questionável.

    O cachorro de Reggie, em Dead Like Me, foi o mesmo que fez Digby, o cachorro do Ned em Pushing Daisies.

    O cachorro de Reggie, em Dead Like Me, foi o mesmo que fez Digby, o cachorro do Ned em Pushing Daisies.

    E mais:

    – No quarto episódio da segunda temporada de Hannibal, uma das investigadas pelo FBI se chama Katherine Pimms, nome que Chuck usava como disfarce em Pushing Daisies.

    – Em Dead Like Me, Georgia trabalhava na Happy Time Temp Agency, mesmo lugar que Ned finge trabalhar no episódio Bzzzzzzzzz!, de Pushing Daisies.
    //

    Genial, não? Por isso, tenho certeza que, daqui dez anos, verei todas essas séries com a mesma empolgação que vejo hoje. Ou talvez até mais. Graças a minha memória afetiva!

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    Gillian Anderson é promovida ao elenco regular de ‘Hannibal’

    Data/Hora 11/09/2014, 15:41. Autor
    Categorias Notícias


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    Gillian Anderson, que interpreta Bedelia du Maurier em Hannibal, será parte do elenco regular da série na 3ª temporada da mesma.

    A season finale da 2ª temporada da série já havia deixado indicado que o papel de Anderson ganharia mais destaque na próxima temporada — o que foi confirmado pelo produtor executivo Bryan Fuller na Comic Con.

    Na época, Fuller relatou que a próxima temporada começa cerca de um ano após Hannibal e Bedelia partirem para a Europa, e que é como “um piloto de uma nova série estrelada por Mads Mikkelsen e Gillian Anderson”.

    Além de Hannibal – que volta em 2015 -, Anderson também está envolvida com The Fall, cuja segunda temporada está sendo produzida pela BBC.

    Com informações do TVLine.

     

    Terapia elegante II: a charmosa sala do Theo, de ‘Sessão de Terapia’


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    Imagine acompanhar, literalmente, uma sessão de terapia por vinte minutos. Assim mesmo, de forma orgânica. O personagem senta no sofá e começa a falar, falar, falar e falar. O que poderia parecer insuportável é, na verdade, a fórmula de uma das séries mais bem sucedidas dos últimos anos. Uma série, não; várias. É que, no próximo dia 4 de agosto, o canal GNT estreia a terceira temporada de Sessão de Terapia. O seriado dirigido por Selton Mello é adaptação de uma série israelita, Be Tipul, que tem diversas versões espalhadas pelos quatro cantos do planeta, incluindo a americana In Treatment.

    E como muita gente está ansiosa para a reestreia de Sessão de Terapia na próxima segunda-feira (me incluam nessa!), acho que faz todo sentido falar do seriado na edição de agosto da coluna Estilo. Até porque, em março, quando Hannibal voltou a ser exibida no AXN Brasil, a gente falou da sala de terapia do Dr. Lecter (está aqui). Então, vamos falar da sala tupiniquim também! Uma coisa eu posso assegurar: o gosto para decoração do Dr. Theo Cecatto (Zécarlos Machado) não fica atrás, no quesito charme, em comparação ao refinado Dr. Lecter! Afinal, se vamos passar uma temporada inteira dentro de uma mesma sala, que ela seja aconchegante…

    Na primeira temporada de Sessão de Terapia, o Theo tinha o consultório em um cômodo anexado à casa em que morava com a esposa e os filhos. O que eu mais adorava no lugar eram as paredes com tijolinhos aparentes, bem no estilo londrino, que é um charme só! Se, na sala do Hannibal, o que eu mais amava era o mezanino, no consultório do Theo minha paixão eram os tijolinhos, definitivamente! Quando eu tiver minha casa, com certeza, a sala vai ser assim, nem que eu tenha que sair destruindo a parede! E os tijolos aparentes dão um ar rústico ao ambiente, que pode ser equilibrado ou contrastado com os móveis, com o tipo de sofá, mesas que você escolher. A sala também era cheia de janelas enormes e portas, que fortaleciam ainda mais essa ideia de arquitetura londrina, nova iorquina. A moldura das portas, aliás, eram grossas e de gesso, bem acabadas, que iam ao oposto da impressão de “incompletude” causada pelos tijolinhos. Uma luminária pendente no teto também dava ideia de inacabado – afinal, as pessoas estavam ali justamente para tratar as pendências da vida, assuntos não concluídos.

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    O Dr. Theo não usava aquele famoso divã e os pacientes se acomodavam em um sofá que, dependendo da iluminação, parecia avermelhado, cor de tijolo ou burgundy. E se em Hannibal as cores davam informações ao espectador, em Sessão de Terapia não é diferente. Nas fotos promocionais da primeira temporada, por exemplo, Theo aparecia com uma camisa no mesmo tom do sofá e das paredes, afinal, a sala e os personagens pertenciam a ele, de alguma forma.  Outra coisa legal é que a mulher dele, Clarice, aparece com um trench coach xadrez. Tem coisa mais londrina?

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    Assim como o Dr. Hannibal Lecter, o Dr. Theo tem muitos livros, que se dividem na sala entre prateleiras, cômodas e estantes. Até o trilho da porta de correr serviu para guardar algumas obras. A sala é bastante ampla e, por isso, tem muitos móveis dispostos (sofás, prateleiras, escadas, mesas de canto, abajures, mais de um tapete, etc.). Pequenos quadros também estão por toda parte (e não apenas nas paredes) e confirmam essa ideia de “bagunça organizada” do consultório.

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    Por falar em objetos espalhados, uma coisa interessante é que o Theo tem várias miniaturas de “alguma coisa” sobre os móveis. Os barquinhos são, provavelmente, os mais recorrentes e não é para menos: na primeira temporada, a gente ainda não sabia, mas o barco e o mar significariam algo importante para o Theo no futuro.

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    A roda-gigante e uma ampulheta (metáforas da vida?) e um corpo nu, como o próprio paciente em uma sessão de terapia, dão poesia ao lugar sob a perspectiva dos espectadores mais atentos. Outra coisa que chama a atenção é quantidade de luminárias e abajures em um mesmo cômodo!

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    E, agora, meu cantinho preferido da sala do Theo: a mesa do café. E não pense que era um cantinho qualquer, não. Como constatou o Breno, um dos personagens mais marcantes de toda a série, “seu café revela muito sobre você.” Se você assistiu ao seriado, aposto que nunca mais preparou um café do mesmo jeito…

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    Já no segundo ano da série, o terapeuta se mudou de casa e fomos levados a um novo consultório. O lugar é levemente mais elegante que o da primeira temporada, na minha opinião. Até porque, a essência continuou igual – a sala pode ser diferente, mas o dono é o mesmo, não é?

    O novo consultório também tem paredes com tijolos aparentes, mas dessa vez eles foram pintados de branco, dando um visual mais “limpo” ao lugar (e à nova fase na vida do psicólogo). As cômodas de canto e os barquinhos também vieram na mudança do Dr. Theo. A maioria dos móveis, aliás, foram mantidos. O sofá é a exceção mais evidente, já que, agora, é mais discreto no ambiente, acinzentado. Há, ainda, uma pequena copa ao fundo, com armários embutidos.

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    Um aparador atrás do sofá dá elegância à sala e serviu para acomodar alguns livros (algo útil quando se tem vááários):

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    A nova sala do Theo também tem janelas grandes e cortinas que lembram bastante as da sala do Hannibal (não quero ficar comparando, mas os dois ambientes têm muito em comum).

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    Sessão de Terapia

    Hannibal

    Hannibal

    Para a terceira temporada, que estreia dia 4, pouquíssimas mudanças devem ser feitas, já que Theo vai ficar no mesmo endereço.  O GNT inclusive liberou um vídeo com os bastidores da construção do cenário para esse novo ano. Está bem legal!

     

    A terceira temporada de Sessão de Terapia irá ao ar de segunda a sexta, às 22h30, no GNT. Uma novidade desse ano é que, pela primeira vez, a série irá apresentar histórias e personagens inéditas (e não adaptadas do seriado original).

    Veja outras versões de Be Tipul:

    Novos personagens e detalhes sobre a 3ª temporada são foco do painel de ‘Hannibal’ na Comic Con 2014

    Data/Hora 25/07/2014, 22:20. Autor
    Categorias Comic Con, Notícias


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    No painel de Hannibal na Comic Con 2014, o trio Hugh Dancy, Mads Mikkelsen e Laurence Fishburne não esteve presente, mas o produtor executivo Bryan Fuller e os atores Aaron Abrams e Caroline Dhavernas – além dos produtores executivos Steven Lightfoot e Martha DeLaurentis e o diretor David Slade – trouxeram informações importantes (e alguns spoilers) aos fãs famintos por novidades.

    Como um aperitivo, Fuller revelou quem será a estrela convidada que fará “uma grande parte da 3ª temporada de Hannibal“. O escolhido foi Raul Esparza, que interpretou o supostamente morto, Dr. Frederick Chilton. “Eu não acredito em quantas pessoas se apaixonaram por Chilton nessa temporada”, disse Esparza. “Eu amo interpretá-lo porque ele é um babaca”, brincou.

    Sobre as receitas tema da próxima temporada, foi anunciado que o foco será na comida italiana, assim, os nomes dos episódios farão referência aos pratos italianos. A temporada estreará um ano após o sangrento término da 2ª temporada. O quarto episódio servirá como um flashback para os fãs entenderem o que aconteceu durante todo esse período e terá como foco Mads Mikkelsen e Gillian Anderson. “A primeira metade da temporada é relativamente mais leve. Ela é sobre a procura de Hannibal”, conta Fuller.

    Finale da 2ª temporada
    “Hugh e Mads fizeram a cena inteira em todas as tomadas para conseguir a emoção certa em todas elas”, disse Slade ao comentar a finale da 2ª temporada. Para ele, “nós passamos por uma montanha-russa emocional o tempo todo”.

    Will e Hannibal
    Para o Fuller, eles têm amor um pelo outro, mas não é necessariamente um amor sexual. “Eles têm absolutamente um amor puro, genuíno, e é por isso que a situação se torna complicada”.

    Personagens
    O showrunner do seriado afirma que Kacey Rohl voltará novamente como Abigail. Ele brinca e também surgere que seria divertido fazer um episódio explicando exatamente onde ela esteve durante a 2ª temporada. “É mais provável que ela volte em um dos sonhos de Will”, conta. Outro personagem que também voltará em flashbacks é Eddie Izzard, no papel de Abel Gideon.

    Fuller disse que o seriado contará com diversos personagens das histórias de Hannibal na nova temporada, incluindo Commander Pazzi (no episódio 2), Lady Murasaki (no episódio 3) e Cordell (no episódio 4).

    Dormindo com o inimigo
    Se você está se perguntando sobre como Alana pode dormir com Hannibal, isto é simples: “Quando eu estou de frente com Mads Mikkelsen, tudo é mais fácil”, explicou Caroline Dhavernas. “A confiança e confidência é muito forte entre [Alana e Hannibal]. Todos que estão em volta dela estão agindo de uma forma estranha. Ele é o que ela quer. É por isso que ela não consegue perceber [sua traição]”.

    Por fim, quando perguntado se a série contaria um pedaço da história de O Silêncio dos Inocentes (que pertence a MGM), Fuller afirmou que os produtores estão em negociação para conseguir os direitos.

    Com informações do TV Line.

    Destaques na TV – segunda, 9/06

    Data/Hora 09/06/2014, 01:11. Autor
    Categorias TV Brasil


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    Outra semana com muitos finais de temporada acontecendo, então confira o que tem na programação da TV hoje.

    O episódio final de Hannibal promete tirar o fôlego. A segunda temporada de Hannibal foi ainda mais sombria e assustadora, com revelações chocantes e jogos psicológicos de gato e rato. No episódio final da série voltamos ao ponto de partida da temporada, com o confronto violento entre Hannibal (Mads Mikkelsen) e Jack (Laurence Fishburne). Will Graham (Hugh Dancy) está se preparando para que a justiça seja feita, porém seu plano de capturar o psiquiatra canibal em flagrante é arriscado demais. Hannibal nunca fica sem cartas na manga, e deixará os espectadores sem fôlego. A season finale recebeu a pontuação máxima no site IMDB.

    O Universal Channel exibe a partir das 17h30, uma maratona especial com os três últimos episódios da terceira temporada de Grimm que antecedem o último inédito do terceiro ano da série.

    A terceira temporada de Veep está chegando ao fim e a HBO traz um final especial, com a exibição de dois episódios. Assim, os episódios 9 e 10 vão ao ar um após o outro, às 22h e 22h30, respectivamente. Na reta final desta temporada, Selina – interpretada pela vencedora do Emmy® Julia Louis-Dreyfus – e sua equipe discutem sobre o que fazer para torná-la mais popular e conhecida. Além disso, precisam conciliar os diversos compromissos oficiais e aparições para sua campanha nos dias que antecedem as Primárias de New Hampshire.

    E mais duas séries chegam ao final, Spartacus exibe seu último episódio da série e Hell on Wheels chega ao final da sua 3ª temporada.

    A coprodução da MTV e Cine Group, Copa do Caos chega à tela da Cultura. Seus 12 episódios serão exibidos três vezes por semana, com direito a maratona aos domingos. A trama gira em torno de dois amigos argentinos – Pipo (Hernán Franco) e Charly (Juan Isola) – que, de tão fanáticos pela seleção e por Messi, resolvem viajar de última hora ao Brasil para a Copa do Mundo.

    No GNT, The Tonight Show retorna com inéditos, e tem os convidados Ricky Gervais, Ansel Elgort e Miranda Lambert.

    Confira as demais destaques dos canais de TV para esta noite.

    GNT
    As Canalhas – 22h30 – 2ª temporada
    Surtadas na Yoga – 23h – 2ª temporada
    The Tonight Show com Jimmy Fallon – 23h30

    UNIVERSAL
    Beauty and the Beast – 22h Reprise
    Grimm – maratona dos ep 3×19 / 3×20 e 3×21 a partir das 17h30
    Grimm – 23h (ep 3×22) – Leia a reviewSEASON FINALE

    WARNER
    Supernatural – 22h30 (ep 9×19)

    SONY
    Parks and Recreation – 12h (6×04) – Reprise
    The Neighbors – 12h30 (ep 2×04)
    CSI – 21 h (14×21) SERÁ ?
    Grey’s Anatomy – 22h – Reprise

    FX
    Spartacus : A Guerra dos Condenados – 23h15 (ep 3×10)-  SERIES FINALE

    AXN
    Hannibal – 23h (ep 2×13) – SEASON FINALE

    TBS
    Tratamento de Choque – 20h15 (ep 2×56)
    Brooklyn 9-9 – 21 h (ep 1×08)

    TCM
    Elas – 21h

    HBO
    Veep – 22h (ep 3×09) / 22h30 (ep 3×10) – SEASON FINALE

    MAX PRIME
    Hell on Wheels : Inferno sobre Rodas – 21h (ep 3×10) – SEASON FINALE

    +GLOBOSAT 
    Cidade em Alerta – Zone City – 21h

    MTV
    The Vampire Diaries – 15h (exibição de segunda a sexta reprise 3ª temporada)
    Smallville – 15h45 (exibição de segunda a sexta reprise 3ª temporada)
    The Vampire Diaries – 21h (ep 5×13)
    The Originals – 21h45 (ep 1×13)

    GLOBO
    Revenge – 1h25 – 3ª temporada – ESTREIA

    SBT
    Chaves – 18h30

    RECORD
    Heróis Contra o Fogo – 0h15 (ep 1×12)

    TV CULTURA
    Copa do Caos – 20h30 – ESTREIA

    VIVA
    Malhação – 13h (de segunda a sexta)
    A Próxima Vítima – 14h30 (de segunda a sexta)
    Dancin’ Days – 0h (de segunda a sábado)

    Encontro vocês amanhã !

    O estilo “apaixonado”


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    Para quem não tem namorado, junho é o mês das festas juninas, tempo de enfiar o pé na jaca – digo, no pé de moleque, quentão, pipoca, bolo de fubá, chocolate quente… – e aproveitar as guloseimas do mês mais  gostoso do ano. Para quem namora, entretanto, esse mês tem um gostinho ainda mais especial: no próximo dia 12, é Dia dos Namorados. Aaaaaaah! E como não dá para deixar a data passar em branco vermelho é a cor da paixão, a coluna Estilo desse mês está toda… sentimental.

    Nessa edição, a gente não só quer agradar o coração dos shippers de plantão – existe coisa mais emocionante do que shippar um casal da telinha? -, como também quer mostrar que, quando se ama alguém, nada mais importa. Quem ama de verdade não não liga para cor, tipo de tecido, preço de grife… e muito menos para idade, raça, religião ou opção sexual. Como diria Mario Quintana, “Tão bom morrer de amor! E continuar vivendo…”

    Blair e Chuck – Gossip Girl

    blair e chuck

    Não adianta! A série Gossip Girl é uma constante nas edições dessa coluna, mas não dá para evitar. O seriado da CW foi um dos mais fashionistas de todos os tempos e ditou tendências que sobrevivem até hoje, depois do cancelamento da atração. No Upper East Side de nova Iorque, onde a série se passava, o casal Chuck e Blair sempre foi um dos preferidos do público. O casalzinho, de início, era bem improvável, já que eles começaram a primeira temporada fazendo mais uma parceria de vilanias do que de amor, propriamente dito. Mas, ao longo dos anos, os dois tiveram idas e vindas e o amor acabou prevalecendo, no final de tudo.

    Além de terem personalidades cool, eles também eram os mais estilosos dentre os personagens da série! Blair não tinha um estilo definido – ela ia desde o visual romântico, passava pelo “lolita” e aparecia até em looks com pegada rock ‘n’ roll – e era a maior inspiradora de tendências do programa. Os vestidos florais prevaleciam, assim como as meias-calças (quem não se lembra da moda das meias-calças coloridas?). Chuck fazia o mesmo estilo da namorada – moderno, sem perder a linha. Era comum ver o personagem em camisas com estampa xadrez e suspensórios, já que, embora ele fosse jovem e usasse visuais divertidos, ele também era herdeiro de uma das famílias mais importantes da Big Apple, não podendo, portanto, perder o equilíbrio.

    Rachel e Finn – Glee

    rachel finn

    Outro casal improvável foi Rachel e Finn. Ela, menina romântica e sonhadora que queria ser uma diva da música, suspirava pelo esportista Finn, o bonitão popular da escola. E foi no palco do teatro do colégio que o amor deles cantou e encantou espectadores do mundo inteiro na aclamada série da Fox – mesmos espectadores que ficaram emudecidos com a morte prematura e inesperada do ator Cory Monteith, que interpretava o Finn, aos 31 anos. O amor de Rachel e Finn era tão especial que transcendeu as telinhas e foi parar no mundo real. Lea Michele e Monteith formavam um dos casais mais queridos e talentosos de Hollywood.

    Na série, a Rachel, como eu disse antes, era uma jovem romântica e cheia de sonhos. Isso se refletia no figurino da personagem, que usava estampa de poá (ou bolinhas), babados, aconchegantes cardigãs e cabelos escovados. Finn parecia um verdadeiro príncipe encantado: era alto, tinha o cabelo bem cortado e alinhado e usava suéteres que caiam com perfeição em seu corpo atlético. Era impossível não suspirar por esse casal!

     

    Ned e Chuck – Pushing Daisies

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    Está para existir casal mais chameguinho do que Ned e Chuck, de Pushing Daisies. E se tem um amor que pode ser chamado de “improvável” é o deles! Na série cult criada por Bryan Fuller (Hannibal, Dead Like Me), Ned era um confeiteiro que tinha dedos mágicos. Não, não estou dizendo que ele tinha um talento único para preparar as tortas vendidas no Pie Hole. É que o personagem interpretado por Lee Pace tinha um talento especial: ao tocar uma coisa morta, ela viveria novamente. Se ele a tocasse mais uma vez, então, essa “coisa” (que poderia ser desde uma pessoa até uma planta) morreria para sempre. No primeiro episódio, Chuck – o amor de infância de Ned – é assassinada e ele decide trazê-la de volta à vida. A partir de então, eles nunca mais devem se tocar – ainda que sejam apaixonados e vivam sob o mesmo teto. Dizem que o amor tem desses sacrifícios…

    Ned fazia a linha “certinho e tímido”, por isso, suas roupas nunca chamavam muita atenção. Ele usava camisas e casacos em tom neutro, cabelo desgrenhado – como quem não liga para isso – e, claro, o tradicional avental branco, de confeiteiro. Chuck também era uma moça romântica, apaixonada por abelhas. O figurino dela tinha tons pastéis – como o próprio amarelo -, e vermelho, mostrando que, apesar da meiguice, Chuck sabia muito bem o que queria da vida – afinal, ela já havia a perdido uma vez.

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    Alana Bloom e Hannibal Lecter – Hannibal

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    Apesar de exercerem a mesma profissão – a Psiquiatria -, não dá para dizer que a Dra. Alana Bloom e o Dr. Hannibal Lecter são exatamente um casal com grandes probabilidades. Desde o começo da série, Alana deixava claro que não concordava com a metodologia de tratamento adotada por Hannibal e se preocupava com a influência que ele exercia sobre Will Graham, o agente especial do FBI por quem ela arrastava um bonde inteiro! Mas como Will se tornou, cada vez mais, um homem problemático e cuja sanidade mental era mais do que questionada, a Dra. Bloom, arrasada, foi buscar consolo logo nos braços do “melhor amigo” dele. É de se compreender: apesar de o personagem ser ultra engomadinho, Mads Mikkelsen, que interpreta o famoso serial killer, é um dos atores mais charmosos da atualidade.

    Alana é uma mulher bem-sucedida de trinta e poucos anos, trabalha para o FBI e tem sempre um semblante sério. O figurino dela, portanto, é composto majoritariamente por cores sóbrias – verde e azul escuro, por exemplo. Como a série é gravada no Canadá, uma região bastante fria do planeta, a personagem está sempre vestindo um trench coat, que garante toda a seriedade e elegância que uma agente federal precisa ter. Hannibal não fica distante disso. O personagem criado pelo escritor Thomas Harris é um homem refinado, conhecedor da cultura erudita, e não tem um fio de cabelo fora do lugar. O Dr. Lecter da série tem uma coleção de ternos (e gravatas) de fazer inveja a qualquer homem e o de estampa xadrez é um must have.

    Mas, se na série da NBC, Hannibal é todo alinhadinho, o mesmo a gente não pode dizer sobre os bastidores…

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    Ned e Felix – The Normal Heart

    ned felix

    Nos anos 80, período em que o telefilme The Normal Heart se passa, a história de amor entre Ned (Mark Ruffalo) e Felix (Matt Bomer) era bastante improvável – e eles tiveram que não só lutar pelos direitos dos homossexuais, como pela própria vida, já que o filme conta a história do surgimento da AIDS. Hoje, mais de trinta anos depois, felizmente, essa história parece bem mais provável (embora haja, sim, muito o que se conquistar pelos direitos dos homossexuais). O telefilme da HBO, dirigido por RYan Murphy (criador de Glee) e que estreou no mês passado na grade da emissora, vem recebendo a aclamação crítica que merece e, também, vem comovendo audiências no mundo inteiro. Taylor Kistch, Jonathan Gross, Jim Parsons e Julia Roberts completam o elenco.

    Na trama, Ruffalo dá vida ao polêmico escritor Ned Weeks, inspirado no ativista Larry Kramer. Ned não tem vergonha nenhuma de sair gritando por aí que é gay e luta, com todas as forças, para salvar homens e mulheres do vírus da AIDS, que já matou centenas de milhares. Ele não liga para a aparência, não tem corpo atlético e ostenta um estilo de se vestir bastante básico. Nada disso impede que ele se apaixone – e seja intensamente correspondido – pelo jornalista Felix Turner, um homem lindo e bem vestido, que trabalho no prestigiado The New York Times.

    O telefilme é inspirado na peça da Broadway que já havia comovido os nova-iorquinos alguns anos atrás. Se você ainda não viu, fica a dica: é um filme lindo para ver com o namorado ou a namorada.

     

    E muito amor para todo mundo! =]

    ‘Hannibal’ garante terceira temporada na NBC; ‘About a Boy’ também é renovada

    Data/Hora 09/05/2014, 14:43. Autor
    Categorias Notícias


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    Mais um ano de canibalismo garantido: a NBC anunciou a renovação de Hannibal para a 3ª temporada.

    A série vem conquistando índices satisfatórios de audiência, e a crítica e os fãs elogiaram muito a segunda temporada do drama, que encerra no próximo dia 23.

    A comédia (româtinca) estreante About a Boy também foi renovada pela emissora, e garantiu uma segunda temporada.

    Growing Up Fisher continua com o destino incerto, e mais próxima do cancelamento do que da renovação.

    Com informações do Deadline e do TVLine.

    NBC anuncia datas das finales de suas principais atrações

    Data/Hora 12/03/2014, 10:00. Autor
    Categorias Notícias


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    A NBC dibulgou a data de encerramento das atuais temporadas de suas atrações.

    As primeiras a se despedirem são Community e Parenthood, no dia 17 de abril. Uma semana depois, no dia 24, Parks and Recreation encerra sua temporada.

    A próxima série a se despedir da Fall Season 2013-2014, na NBC, é The Blacklist, no dia 12 de maio. Na sequência, Chicago Fire (13) e Revolution (14) também colocam um ponto final em suas temporadas.

    No dia 16 de maio Grimm encerra sua trama, seguida pelo reality The Voice, no dia 20. No dia seguinte, Law & Order: SVU e a novata Chicago P.D. também colcam um final nas atuais temporadas.

    A última série a se despedir da Fall Season 2013-2014 é Hannibal, no dia 23 de maio.

    Vale lembrar que de todas as atrações citadas, apenas The Blacklist foi oficialmente renovada para uma próxima temporada. Parks and Recreation foi renovada informalmente, e todas as outras séries ainda aguardam um posicionamento da NBC.

    Com informações do TVLine.

    Destaques na TV – segunda, 10/03

    Data/Hora 10/03/2014, 08:00. Autor
    Categorias TV Brasil


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    Confira as atrações dos canais de TV nesta segunda.

    Março traz a segunda temporada de Hannibal. A série baseada em uma adaptação feita por Bryan Fuller da obra de Thomas Harris, retrata a relação entre o Dr. Hannibal Lecter e Will Graham; um jovem agente do FBI que procura o especialista para traçar o perfil de um assassino em série que ele vem perseguindo. No elenco estão Mads Mikkelsen, Hugh Dancy, Laurence Fishburne, Gillian Anderson, Caroline Dhavernas, Aaron Abrams, Lara Jean Chorostecki, Hettienne Park, dentre outros. Na segunda temporada, Will está na prisão e todos acreditam que ele é um serial killer. Ele não é mais uma pessoa confiável aos olhos do FBI, por mais que seja inocente. Obviamente, tudo culpa de Lecter, que continua seu jogo de manipulação. Will torna-se mais focado e proativo agora que sabe que não é maluco. Ele ativamente tentará ser libertado ou, pelo menos, derrubar Hannibal.

    Mudanças na grade da Sony, Scandal muda de dia passando para as 4ª feiras e Grey’s Anatomy passa para 2ª feira.

    Super Fun Night chega ao final da temporada com a Kimmie num dilema.

    Com a participação de Jack Coleman (Heroes) hoje em CSI, Nick e Greg investigam a morte de uma jovem num bordel.

    No The Tonight Show desta noite, os convidados de Jimmy Fallon são a Tina Fey e Randy Newman.

    No canal MTV temos a estreia de Smallville que será exibida de segunda a sexta, começando a sua 1ª temporada, outra que rebobina para a 1ª temporada é The Vampire Diaries.

    Confira as demais destaques dos canais de TV para esta noite.

    AXN
    Criminal Minds – 22h (ep 9×15)
    Hannibal – 23h (ep 2×01) ESTREIA

    WARNER
    Super Fun Night – 20h (ep 1×17) SEASON FINALE
    Two And Half Man – 20h30 – Reprise
    Supernatural – 22h30 (ep 9×07)

    SONY
    CSI – 21h (ep 14×15)
    Grey’s Anatomy – 22h – Reprise
    Especial The Voice – 23h

    MAX PRIME
    Banshee – 21h (ep 2×07)

    GNT
    Parenthood – 15h – 3a. temporada (exibição de segunda a sexta)
    The Tonight Show com Jimmy Fallon – 23h30

    TCM
    Elas – 21 h

    UNIVERSAL
    Beauty and the Beast – 22h (ep 2×12)
    Grimm – 23h – Reprise

    +GLOBOSAT
    Godforsaken – Assassinos Verdadeiros – 21h (ep 2×04)

    BAND
    How I Met Your Mother – Como Conheci sua Mãe – 21h25

    SBT
    Chaves – 18h30
    Pretty Little Liars : As Malvadas – 2h45 (na madrugada de 2a. para 3a. feira)

    RECORD
    Era Uma Vez – 22h15 (ep 1×20)
    Breaking Bad – 23h15 (ep 4×05)

    BOOMERANG
    A Vida Secreta de Uma Adolescente Americana – 20h (exibição de segunda a sexta)

    MTV
    The Vampire Diaries – 15h (exibição de segunda a sexta)
    Smallville – 15h45 – (exibição de segunda a sexta)
    Awkward – 22h (ep 3×09) / 23h (ep 3×10)

    VIVA
    Malhação – 13h
    A Próxima Vítima – 14h30
    O Quinto dos Infernos – 23h10 (de segunda a sexta)
    Agua Viva – 0h (de segunda a sábado)

    SPACE (programação para amanhã terça – 11/03)
    Continuum – 8h17 (ep 2×09) Inédito

    Encontro vocês amanhã !

    Destaques na TV – sábado, 8/03

    Data/Hora 08/03/2014, 09:27. Autor
    Categorias TV Brasil


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    Olá. Seguem os destaques dos canais de TV neste sábado.

    Carismático e dedicado, o xerife Longmire é conhecido por seu humor, sua força e seu estilo que evoca épocas passadas. Sua dedicação à lei e à ordem e sua paixão pelo distante Oeste o transformam no agente perfeito da ordem. Na primeira temporada, de Longmire, ele tentava se recuperar psicologicamente da perda da esposa, dor que ocultava sob o jeito sério e o semblante grave. Com a ajuda de Vic (Kate Sackhoff), uma policial recém-chegada ao departamento, e de seu melhor amigo e confidente, Henry Standing Bear (Lou Diamnd Philips), Longmire tentava reconstruir sua vida. Na segunda temporada, Walter Longmire (Robert Taylor) vai ter muito o que enfrentar: uma reeleição concorrida ao cargo de xerife da cidade de Absaroka, a acusação de um detetive, que o culpa de ter assassinado o homem que anos antes matou sua esposa, e problemas com a filha Cady (Cassidy Freeman), que se envolveu numa relação complicada com Branch (Bailey Chase), seu assistente e oponente. No episódio de estreia da 2ª temporada, Longmire arrisca sua vida ao atravessar uma montanha a pé durante uma nevasca, para resgatar um grupo de prisioneiros e seus reféns.

    Os fãs de Hannibal podem brindar! Neste sábado e domingo, a partir das 14h, será exibido uma maratona com todos os episódios da 1a. temporada em versão legendada.

    Semana passada dei a notícia de que O Último Policial (The Last Cop) teria a 4a. temporada exibida no canal +Globosat, porém não foi isso que aconteceu. Na grade da NET consta o segundo episódio mas no site consta a reprise de Amber.

    Confira os demais destaques de hoje.

    A&E
    Longmire – 20h (ep 2×01) ESTREIA

    FX
    Wilfred – 8h15 (ep 3×06)

    SONY
    America’s Got Talent – 15h
    Royal Pains – Não terá exibição
    Saturday Night Live – Não terá exibição
    The Neighbors – Não terá exibição
    Parks and Recreation – Não terá exibição
    Trophy Wife – Não terá exibição

    FOX
    White Collar – 12h25 (ep 5×05) – leia a review
    Sleep Hollow – 13h (ep 1×05) reprise
    The Walking Dead – 14h – maratona ep 4×09 à 4×12
    New Girl – 18h (ep 3×06) – leia a review
    Glee – 18h30 – Reprise
    Futurama – 19h35 (ep 7×23)

    AXN
    Hannibal – maratona com os 7 primeiros episódios – 14h

    VIVA
    Agua Viva – 0h – Não terá exibição

    Até amanhã !

    Terapia elegante: veja, em detalhes, o luxuoso escritório de ‘Hannibal’


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    Quem frequentou as noites do canal AXN Brasil, no último ano, sabe que o escritório do Dr. Hannibal Lecter (Mads Mikkelsen), o psicólogo e canibal que dá nome à série original da americana NBC, é enorme e de muito bom gosto – com o perdão do trocadilho. Livros, esculturas de gesso e muitos quadros estão espalhados pelo lugar, reafirmando todo o charme do escritório gigante. Não é para menos. O Dr. Lecter, tradicionalmente, é conhecido como um personagem de muita elegância e refinamento.

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    Por isso mesmo, a gente decidiu entrar e fuçar, sem nenhum constrangimento, nos quatro cantos da sala de terapia mais “chiquetosa” e cara da televisão. A não ser que você queira virar jantar do dono do recinto, feche a porta atrás de você…

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    O centro da sala do Dr. Lecter é demarcado por um tapete estampado retangular. Uma grande mesa de madeira divide espaço com duas poltronas de couro preto, dessas com cara de que custaram uma fortuna e super aconchegantes, que foram colocadas frente à frente para as sessões de terapia. Sobre a mesa estão poucos objetos, organizados, que confirmam o caráter metódico de Hannibal. Uma luminária também está ali e nos dá a ideia de que o psicólogo é um homem estudioso. E não precisa ir muito longe para se ter certeza disso.

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    É interessante observar a importância das cores nesse contexto. Tudo na sala tem um tom esverdeado e, também, amarronzado (desde madeira até um vermelho bem escuro, quase tijolo, como veremos em imagens a seguir). Para mim, o verde remete às veias, aos vasos sanguíneos, enquanto o vermelho parece sangue envelhecido. E a importância dos tons inclui os figurinos. Na foto acima, o Hannibal veste um terno verde e a gravata é justamente avermelhada. A camisa do Will também é esverdeada e a calça não chega a se destoar, vindo, provavelmente, de uma palheta de cores semelhante. Ou seja, tanto o Will quanto o Hannibal pertencem a esse lugar, a essa sala, eles não são estranhos ali. Afinal, alguns dos diálogos mais significativos entre os dois personagens, de cumplicidade e manipulação, ocorrem nessas cadeiras. Em uma série visual como Hannibal, as cores sempre estão nos avisando algo.

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    Mas algumas coisas podem ser mera ilusão de ótica. Nem sempre as cores que a gente vê na tela condizem com as cores dos objetos, de fato. Ao criar os móveis da sala, por exemplo, os designers precisam ter em mente a iluminação e os filtros que serão utilizados na montagem da cena. Elementos como a luz artificial acabam por alterar a percepção que a gente tem na tevê.

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    A parede vermelha tem quadros com cores sóbrias, dando frieza e nenhuma vida ao ambiente – afinal, Hannibal é morte. Até mesmo as cortinas nas janelas verticais possuem o mesmo tom da parede, como se fossem manchas de sangue. O divã, nunca utilizado, está logo abaixo dela.

    O sofá não é verde, mas é de um azul claro, que não chama a atenção. As figuras na parede são orientais e não sei exatamente o que elas significam. Mas quando penso em culinária japonesa, logo lembro dos cortes de carne, do sushi. E também demonstram algum repertório cultural. Além disso, no filme Hannibal – A Origem do Mal, o personagem central (então interpretado pelo jovem Gaspard Ulliel) vivia com a tia de descendência oriental, a Lady Murasaki (inspirada na escritora japonesa de mesmo nome). Cada um interprete como sentir. Ainda sobre a imagem abaixo, o fato de a jornalista estar vestida de vermelho – harmonizando com a parede atrás dela; um mar de sangue? – nos deixa alerta: ela está em perigo!

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    Na parte superior da sala, um mezanino, que se estende por quase todas as paredes, organiza a vasta biblioteca do Dr. Lecter. E, na minha opinião, é o que o escritório tem de mais charmoso. Eu adoro mezaninos! Já disse para minha melhor amiga, que é arquiteta, que minha casa terá um desses quando eu for ryca… Eles são uma opção criativa para dividir os ambientes e podem servir como biblioteca, ateliê (na novela Cobras & Lagartos, a personagem da Mariana Ximenes, que era perfumista, tinha um na casa dela) e já vi sendo utilizado até como espaço para as crianças brincarem. E também adoro tudo que tem escada! Acho elegante.

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    Uma escada comum, de madeira, dá acesso à biblioteca no alto.

    Já na lateral da sala, próxima à porta, há uma estante antiga com mais livros e jarros. Mas o que chama a atenção mesmo é o alce sobre a mesa ao lado. Quem acompanha a série sabe que o animal trata-se de um motif, um elemento visual utilizado com frequência para nos mostrar que, toda vez que ele aparece, significa que o agente Will Graham (Hugh Dancy) atribui a autoria do crime ao serial killer que o FBI investiga – mesmo que durante as alucinações do genial personagem.

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    Mas nem sempre foi assim:

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    O Bryan Fuller, que é criador da série e tem um escritório de design de interiores com o namorado, liberou algumas fotos do projeto do escritório do Hannibal Lecter.

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    As paredes vermelhas e o chão de madeira estão indicados na figura.

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    O projeto da sala do Hannibal também foi inspirado no John Soane Museum, que fica em Londres, na Inglaterra. É possível notar a mesma estrutura de pilares e os arcos nos dois lugares.

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    Sir John Soane's museum, London, England, Great Britain

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    Com uma sala dessas, fica até difícil conversar sobre outra coisa senão perguntar ao Dr. Lecter onde foi que ele comprou os móveis, não?

    A segunda temporada de Hannibal estreia no dia 10 de março, às 23h, no AXN Brasil.

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