Doctor Who – Dark Water/Death in Heaven

Data/Hora 19/11/2014, 15:06. Autor
Categorias Reviews


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Série: Doctor Who
Episódios: Dark Water/Death in Heaven
Número dos episódios: 8×11 e 8×12
Exibição no Reino Unido: 1°/11 e 08/11/2014

Passados alguns dias desde a exibição do final desta temporada de Doctor Who eu esperava ter uma opinião um pouco mais consistente sobre os episódios, mas a verdade é que ainda não sei muito bem se gostei ou não do que vi. Para ser sincera, o mesmo pode ser dito para a temporada como um todo. Doze episódios se passaram e, embora eu tenha vibrado a cada sábado e tenha amado o novo Doctor, faltou alguma coisa que me fizesse me importar com o que estava sendo desenvolvido. Doze semanas é um tempo longo demais para não se criar vínculos e esse foi o meu maior problema com a temporada: tirando o Doctor, que simplesmente não sei não amar, todo o restante para mim não importou. Gostei muitíssimo de alguns episódios, nem tanto de outros, mas faltou vínculo entre a temporada e eu.

E Dark Water e Death in Heaven nada fizeram para mudar a minha impressão desta jornada. Tiveram alguns momentos emocionantes e meus olhos até se encheram de lágrimas em algumas ocasiões, mas ainda assim não terminei os episódios com aquela sensação de dever cumprido e de tristeza porque só teríamos mais no Natal (a propósito, viram o especial que saiu no Children in Need? Ansiosíssima pelo Natal).

Dark Water começou com uma declaração de amor e uma morte que me deixou chocada. Não porque eu tenha grandes paixões pelo personagem, mas porque foi tão repentina que meu inconsciente se sentiu obrigado a sentir. A morte é sempre um choque e não há como evitar a dor que as pessoas que ficam vivas irão sentir. Por isso dá para entender um pouco a forma como Clara manipula o Doctor para conseguir voltar no tempo e reviver Danny. Quero dizer, eu consigo compreender a dor que ela estava sentindo (principalmente porque todo o tempo em que esteve com Danny Clara mentiu e o excluiu tanto de uma parte tão importante de sua vida, que ela com certeza estava sendo corroída pelo remorso e sentimento de culpa) e o fato de ter uma nave que viaja no tempo é uma tentação grande demais (é só lembrarmos de Rose e do seu esforço para manter o pai vivo). Mas ainda assim não consigo simpatizar com a traição de Clara, principalmente porque a série não conseguiu vender para mim o amor da garota pelo ex-soldado. Os episódios tentavam me dizer que eles eram um casal, mas as cenas não passavam nem uma gota de sentimento entre os dois, o que tornou o desespero de Clara e a sua capacidade de destruir a vida do Doctor muito mais difícil de aceitar e perdoar. Sorte dela que o amor e respeito do Doctor pela companion é muito maior do que o dela por ele…

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E já que toquei no assunto, ao mesmo tempo em que fiquei feliz do Doctor ser um amigo leal e tentar o impossível para trazer a felicidade à Clara, mesmo após o que ela fez, eu também fiquei muito irritada por ele ter cogitado a ideia de trazer Danny de volta à vida fazendo uma visita ao ‘inferno’. Tudo bem que a Nethersphere (como ficou a tradução em português? Esfera Inferior?) acabou se mostrando uma criação Gallifreyana e aquela não era a alma verdadeira das pessoas, apenas uma cópia de suas personalidades guardadas em um grande banco de dados, mas isso não muda o fato de que o Doctor cogitou ir até o inferno para trazer Danny de volta.

Tirando este detalhe (que não é pequeno e estragou boa parte da diversão para mim), eu gostei da maior parte de Dark Water, principalmente a revelação de que Missy era o Mestre. Não chegou a ser um choque, muita gente já vinha cantando a pedra, mas ainda assim foi muito legal perceber que o Mestre não apenas está vivo, mas regenerou em uma Time Lady e, mais importante do que qualquer outra coisa: continua a mesma pessoa – bom, tanto quanto uma regeneração permita.

Michelle Gomez fez um trabalho fabuloso como Mestre, captando toda a essência dos seus predecessores e adaptando ao Décimo Segundo Doctor, tornando ainda mais crível o laço que une os dois Time Lords (bom, Time Lord e Time Lady agora).

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Ao término de Dark Water eu não havia aceitado muito bem a utilização de mortos na construção de Cybermen, já que há uma quantidade gigantesca de humanos vivos para serem convertidos e, para mim, é muito mais complicado trazer de volta mortos e reanimá-los, principalmente os que já viraram pó há muito tempo, do que converter os bilhões que andam sobre esta Terra. Mas após a chuva que fecundou a terra e a explicação de que Missy voltou no tempo – por toda a história da humanidade – para capturar a personalidade de todos os que já morreram até hoje, eu acabei aquiescendo. Ainda acho absurda a ideia, mas um pouco menos ridícula.

Death in Heaven teve um clima um pouco diferente. Alguns momentos mais interessantes e empolgantes e outros quase tolos.

Uma das melhores cenas do episódio foi a forma como Clara enfrentou os Cyberman assumindo a identidade do Doctor. E não há como dizer que ela não o conhece bem. Clara e o Doctor podem ter seus problemas, mas que ela foi a companion que mais esteve integrada no todo da vida do Doctor não dá para negar. Então, quem melhor do que ela para se passar por ele? Uma pena que a frase de efeito mostrada no trailer (“Clara Oswald não existe”) era apenas isso, uma frase de efeito. Tanto potencial… Mas foi uma boa sacada terem colocado o nome de Jenna Coleman por primeiro nos créditos e serem os olhos dela e não os de Peter Capaldi a aparecerem na abertura.

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Se achei chocante a morte de Danny, a conversão do professor em um Cyberman foi ainda mais impactante. É bem verdade que a produção deve achar os fãs meio incapacitados, já que precisaram mostrar o prontuário onde estava escrito Danny Pink a todo o momento, como se precisássemos da folhinha para entender que aquele Cyberman agindo diferente de todos os outros e salvando Clara era Danny, mas tentarei relevar a situação num ato de boa vontade com a série.

Eu não gosto do Danny. Quando conheci o personagem eu o achei bem simpático e estava cheia de expectativas, esperando grandes coisas para ele. Mas com o tempo ele se tornou alguém bem cansativo, com sua falta de curiosidade pelo universo, sua acomodação com o lugar-comum e a forma autoritária com a qual tratava Clara, embora disfarçado em preocupação e carinho. Mas nada me desiludiu mais com o personagem do que as suas atitudes em relação ao Doctor e como se recusou a conhecer de verdade o Time Lord, preferindo manter a sua visão preconceituosa com o alienígena.

Certo, o Doctor também não foi muito melhor no seu relacionamento com Danny, mas ele tinha a vantagem de eu conhecê-lo já de longa data, o que não era o caso de Danny. O professor sofreu gravemente de falta de desenvolvimento. Outra história de potencial mal desenvolvido… E, para piorar, tinha química zero com a personagem que, supostamente, era o grande amor da sua vida.

Mas Danny teve a sua quase-redenção neste final de temporada ao se manter fiel às suas emoções (ainda que tenha acontecido sem querer, em uma falha na hora da conversão), salvar Clara e, principalmente, pelo modo como abre o seu coração e expõe o seu desespero pedindo para que ela desligue as suas emoções. Nesse momento eu sofri com Danny.  Fico imaginando a dor que ele sentia, preso em um corpo morto e convertido em uma máquina, enquanto sofria as dores físicas e os traumas emocionais deste procedimento.

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É claro que eu também entendo Clara e a sua dificuldade em desligar as emoções de Danny. Eu também teria a sensação de estar matando-o pela segunda vez. Era uma situação de escolhas impossíveis e toda a cena entre os dois (e depois com o Doctor) foi muito bonita e emocional. O que estragou foi a forma como Danny tratou o Doctor com preconceito mais uma vez. E não importa que ele estivesse conduzindo o Time Lord à desligar as suas emoções, o desprezo pelo alienígena estava tão vivo em sua voz quanto sempre esteve e isso matou  um pouco o carinho que eu vinha sentindo pelo personagem em decorrência das cenas anteriores.

E por falar em carinho e emoções, confesso que a aparição do Brigadeiro em sua cyber forma me deixou com lágrimas nos olhos. Fiquei muito tocada com a cena. Vê-lo salvando a filha (bom, ouvindo sobre a possibilidade e conjecturando que fora isso o que acontecera), recebendo o reconhecimento do Doctor e mostrando que mesmo morto ele continua amando esta Terra e protegendo-a foi o bastante para despertar vários sentimentos. Por outro lado, é um pouco triste (para não dizer desrespeitoso) que o Brigadeiro, um personagem tão amado por tantos anos, termine os seus dias como um Cyberman, sofrendo as dores da conversão e sendo transformado em um dos maiores inimigos da humanidade. Sem falar que não deram qualquer explicação para ele não ter uma conversão completa. Danny teve o procedimento de supressão de emoções interrompido ao ver o reflexo do garoto que matou e que marcou a sua vida de forma tão profunda, mas e o Brigadeiro? Ele já estava morto há tempos, seu corpo nem mais existia, então o que manteve as suas emoções a despeito do corpo cibernético?

Mas fico feliz que pelo menos Kate tenha sido salva, embora a cena em que o Doctor está caindo e chama a TARDIS para si eu dispensaria.

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E mais uma vez quem brilhou no episódio foi Missy, fugindo da aeronave, aparecendo no cemitério como uma Mary Poppins do mal e entregando o exército de cybermen para o Doctor como um presente. Resta saber como ela sobrevive ao raio do Cyber-Brigadeiro, porque, afinal, o Mestre sempre sobrevive.

Só não consigo perdoá-la por ter matado Osgood. Eu sonhava em termos Osgood em vários episódios e eles matam a garota assim, sem mais nem menos, quando eu menos esperava… É para compensar por todos os outros que Moffat não permitiu que ficassem mortos no decorrer da temporada?

O final do episódio foi agridoce, com o Doctor e Clara mentindo um para o outro mais uma vez. Não entendo que melhores amigos são esses (mesmo entendendo os motivos de cada um). Fico feliz por saber que Clara voltará para o especial de Natal, pois eu ficaria inconsolável se os dois se separassem sem abrirem completamente o coração um para o outro.

É triste saber que Danny não voltará. Saber que o garoto que ele matou reviveu é um conforto – como Clara explicará para os pais do garoto que o filho que estava morto há anos está na verdade vivo, só ela sabe! – mas ainda assim ele desperdiçou a sua única chance de voltar para Clara. Outra decisão impossível. Trazer um garoto inocente de volta à vida (de onde saiu o corpo que ele está usando é uma coisa que nem tento explicar) motivado por um remorso pessoal, ou voltar para a mulher que o ama e que sofreu tanto com sua morte que chegou a trair o seu melhor amigo para que o tivesse de volta? Em favor de Danny está o fato dele não saber o que Clara aprontou para que ele revivesse (ele só lembra dela dizendo que confia no Doctor mais do que em qualquer outra pessoa) e tampouco que ela provavelmente está grávida (bom, o descendente tem que vir de algum lugar, não é? Mas eu não coloco minha mão no fogo por teoria alguma).

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E onde estará Gallifrey? O Mestre mentiu? Algo aconteceu? Teremos Gallifrey de volta em breve? Por ora, tudo o que eu sei, é que o Papai Noel apareceu para ajudar o Doctor a ter o que ele quer para o Natal.

…e que ninguém gosta de Tangerinas.

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Observações:

1) Nem comentei sobre o Doctor ser eleito o Presidente do Mundo, não é? É que eu achei a ideia tão ridícula que tinha até apagado da memória.
2) Outra coisa não tão interessante foi a conclusão do caso Missy e os Cybermen. Ainda não consegui aceitar muito bem o Mestre entregar todo um exército para o Doctor, e menos ainda todo o drama da temporada ser resolvido com o Doctor tendo uma epifania e descobrindo que não é um homem bom ou mau, é apenas um idiota em uma caixa, viajando pelo universo e ajudando como pode (o que todo mundo, ele inclusive, sempre soube).
3) Só quando fui selecionar as imagens para o texto é que eu percebi o quanto esses dois episódios foram azulados. Tudo é frio e cinzento, bastante deprimente até.
4) Esta é a minha última review de Doctor Who para o TeleSéries. Bom, pelo menos review regular…sempre há espaço para algum especial de quando em quando. Mas cheguei em um ponto onde não sei mais o que dizer sobre a série. Ainda amo Doctor Who, a série tem um lugar cativo e especial no meu coração, fico empolgada e emocionada para assistir, discutir, ler, ouvir audio dramas e todo o restante, mas não me anima mais a escrever resenhas e todo autor de resenhas precisa saber o seu momento de parar.
Foi um prazer dividir minhas emoções e pensamentos com todos até aqui. Sentirei falta dos textos semanais, mas ao mesmo tempo tenho certeza que olharei para a série com novos olhos, o que, talvez, seja uma ótima ideia afinal de contas.

BBC divulga foto promocional do especial de Natal de ‘Doctor Who’

Data/Hora 14/11/2014, 11:13. Autor
Categorias Notícias


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A BBC divulgou esta semana a primeira foto promocional do episódio especial de Natal deste ano de Doctor Who.

A foto, acima, mostra o Doutor (Peter Capaldi) discutindo com o Papai Noel. No papel aparece o ator britânico Nick Frost – que tem no currículo participações em filmes como Todo Mundo Quase Morto e fez parte do elenco do programa humorístico Man Stroke Woman.

Mais informações sobre o episódio devem vir a público ainda nesta sexta-feira (dia 14). A BBC One promete exibir um preview do episódio esta noite, durante a transmissão do especial BBC Children in Need.

O episódio de Natal de Doctor Who vai ao ar em dezembro, em data ainda não definida.

Com informações do site Digital Spy.

Doctor Who – In the Forest of the Night

Data/Hora 02/11/2014, 10:00. Autor
Categorias Reviews


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Série: Doctor Who
Episódio: In the Forest of the Night
Número do episódio: 8×10
Exibição no Reino Unido: 25/10/2014

O que dizer desse episódio?

Depois de dois episódios muito bons, com um roteirista estreante, mas que, pelo visto, conhece mais de Doctor Who do que todo o povo que está na casa nos últimos anos, a série nos presenteou com um episódio no mínimo bastante falho. O que é estranho, pois o roteirista de In the Forest of the Night é um renomado autor de livros infantis e conhece o seu público.

Eu esperava bem mais coerência em um episódio feito obviamente com as crianças em mente. Pelo menos o ‘jeitão’ de história infantil permeou o episodio inteiro e, talvez,  o público infantil tenha apreciado mais, já que tínhamos várias crianças em cena e o episódio todo foi em clima de aventura com baboseira científica impossível e trapalhadas correndo soltas sem muitas explicações. Em minha opinião faltou bom senso e coerência, mas eu não sou criança há muito tempo e nunca um episódio deixou mais claro do que esse de que eu não era o público alvo. Mas não posso deixar de lembrar que The Sarah Jane Adventures tinha uma porção de absurdos científicos e todo o jeito de programa infanto-juvenil e mesmo assim eu adorava a série. A minha opinião é que qualidade se vê quando uma história para crianças atinge o público adulto e consegue divertir, ainda que não da mesma forma que aos pequeninos.

Mas vamos lá. Como não consegui me colocar no lugar dos pequeninos espectadores, resta-me olhar o episódio sob a ótica da adulta exigente que sou na maior parte do tempo. Para mim os problemas foram muitos:

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– Uma floresta gigantesca tomou conta do planeta e todas as pessoas que víamos agiam como se estivessem dando um passeio no parque. Cadê o terror? O medo? Ou pelo menos a surpresa e as expressões maravilhadas? Um pouco de reação emocional de verdade não mataria, não é?

Eu tinha achado tão legal o início com Maebh correndo e as primeiras impressões das árvores por toda a cidade. Foi bem decepcionante ver o quanto as pessoas reagiram com tranqüilidade ao fenômeno.

– A ação ocorre no coração Londrino e não vemos viva alma! De quando em vez aparecia a mãe de Maebh e os funcionários da COBR tentando criar um caminho em meio às árvores (sem sucesso), mas, fora eles, é como se Londres fosse habitada apenas por aquele grupo de estudantes e árvores. E, é claro, um grupo providencial de animais fugidos do zoológico.

– A reação de Danny Pink foi a mais sem graça de toda a história da série (não conheço a série clássica inteira, mas duvido que alguém tenha reagido com um ar de desdém tão grande diante de um fato tão estranho quanto Danny nesse episodio). Não basta ele não ter o mínimo interesse em viajar uma vez sequer na TARDIS, ele ainda age como se uma floresta surgindo do nada e cobrindo o planeta inteiro fosse comum e apenas mais uma forma de passar uma tarde feliz com meus alunos problemáticos. Não houve uma única expressão de maravilha ou de terror no rosto dele. Que homem mais sem graça!! E o pior é que eu super simpatizo com o ator, mas não estou conseguindo mais aguentar a personalidade de Danny Pink. Ele destoa demais de tudo.

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– Se mais alguém disser que a Srta. Oswald e o Sr. Pink estão apaixonados eu terei um ataque de nervos. Todos os alunos ficam repetindo isso à exaustão sempre que aparecem em algum episódio. Só pode ser uma tentativa dos roteiristas nos fazerem comprar esse casal que não tem nem sequer um dedinho de química quando estão juntos.

– De quem foi a idéia de fazer a irmã de Maebh voltar para casa miraculosamente no final do episódio? Essas coisas providenciais dos roteiros ultimamente – e o medo de consequências drásticas e definitivas – têm me tirado do sério.

– E por falar em Maebh, quem é que coloca uma criança a dar um recado a todas as pessoas da Terra via celular para impedir a desfolhagem das árvores? De tantas idéias que o Doctor já teve nesta vida, esta com certeza foi uma das piores.

– Por que Clara ainda não contou a Danny que continua viajando com o Doctor? Está com vergonha por ter feito todo aquele discurso, rompido com ele e depois voltado atrás? Não consigo entender esses dois, não consigo mesmo. Tenho a sensação de que Danny tenta colocar um cabresto em Clara e ela, por algum motivo inexplicável (porque não pode ser amor) permite.

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– Desculpa esfarrapada de Clara para salvar apenas o Doctor e não aceitar que ela, Danny e as crianças fossem salvas pela TARDIS. Sim, toda criança quer sua mãe, mas melhor uma criança viva para contar a história do que uma criança torrada por explosões solares. Sem falar que, se pensarmos friamente, uma floresta nascer do nada e cobrir o globo terrestre implicaria em destruição de boa parte das ruas, casas, prédios…todo aquele concreto rachando, pessoas morrendo ou se machucando. Mas como em Doctor Who ultimamente a ordem é ser ‘leve e inconsequente’, é claro que nada ocorreu e as árvores desapareceram tão rápida e indolor quanto como apareceram.

Mas apesar dos pesares as crianças tiveram umas tiradas legais em alguns momentos e Maebh era uma gracinha. Uma pena que tenham tratado os problemas psicológicos da garota com tamanha leviandade. Era uma oportunidade de ouro para discutir o excesso (ou não) de medicação de mudanças de comportamento em crianças, mas a forma como trataram, com o desdém do Doctor e só um comentário aqui e outro ali dos colegas e de Clara acabou sendo um desserviço aos jovens que realmente sofrem com distúrbios psicológicos.

E agora faltam apenas dois episódios. O mistério da Terra Prometida ficou realmente para o final e o trailer do próximo episódio promete. Quanto a mim, estou aqui na torcida para que a temporada termine com chave de ouro.

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OBS: Eu peço desculpas por ter falhado nos reviews por duas semanas consecutivas. Devido a uma tempestade o roteador aqui de casa queimou, compramos outro e veio com defeito e o resultado foi que ficamos vários dias sem internet. Uma pena, pois Mummy on the Orient Express e Flatline (ambos do James Mathieson) foram episódios deliciosos e com mais ‘cara de Doctor Who’ do que todo o restante da temporada.

Destaques na TV – sábado, 25/10 e domingo, 26/10

Data/Hora 25/10/2014, 02:18. Autor
Categorias TV Brasil


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Vamos curtir o final de semana, confira aqui o que tem na programação da TV.

Ninguém está a salvo no final da segunda temporada de The Americans, quando Philip (Matthew Rhys) e Elizabeth (Keri Russel) levam seus filhos enquanto tentam completar sua missão. Stan (Noah Emmerich) tem o futuro de Nina em suas mãos.

O canal BBC HD volta a exibir episódio inédito de Doctor Who. O Doutor (Peter Capaldi) e Clara (Jenna Coleman) acabam encontrando um terrível dilema ao pararem em uma base abandonada na superfície da Lua.

Os mosqueteiros devem escoltar um mercador para Paris para ser julgado, mas são surpreendidos pela enorme quantidade de inimigos que o persegue. Participação especial de James Callis (Batlestar Galactica, Eureka) no episódio de The Musketeers.

No Graham Norton Show, as atrações são John Cleese (Monty Phyton), Taylor Swift, Kevin Pietersen e Neil Diamond. Já o The Jonathan Ross Show tem as presenças de Harry Redknapp, Gordon Ramsay, Frank Lampard, Julie Walters e Dizzee Rascal.

Agora confira todos os destaques.

Destaques de sábado, 25/10

UNIVERSAL
Rookie Blue – 19h (ep 4×12) – Leia a review

FX
Dads – 10h30 (ep 1×13)

ID
Hawaii 5-O – 11h54 no ID SD (canal 139 na NET) e às 14h54 no ID HD (canal 639 na NET) – (ep 4×02)

Destaques de domingo, 26/10

BBC HD
Doctor Who – 21h (ep 8×07) INÉDITO – Leia a review
The Musketeers – 22h (ep 1×03)
The Graham Norton Show – 23h – 16ª temporada

+GLOBOSAT
Jonathan Ross Show – 21h

FOX
Modern Family – 12h20 (ep 5×20)  – Leia a review

SONY
The Voice – 22h30 – 7ª Temporada

FX
Crisis – 9h30 (ep 1×08)
The Americans – 23h (ep 2×13) SEASON FINALE

ID
Hawaii 5-O – 11h54 no ID SD (canal 139 na NET) e às 14h54 no ID HD (canal 639 na NET) – (ep 4×03)

SYFY
Bitten – 21h (ep 1×03)

STUDIO UNIVERSAL
Nurse Jack – 23h45 (ep 6×03)

HBO
O Negócio – 21h (ep 2×10)
Sr Ávila – 22h (ep 2×04)
Boardwalk Empire – 23h (ep 5×04)

FILMS & ARTS
Padre Brown – 21h – (ep 2×07)

SBT
Nikita – 1h

Bom final de semana!

Destaques na TV – sábado, 11/10 e domingo, 12/10

Data/Hora 11/10/2014, 02:51. Autor
Categorias TV Brasil


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Vamos curtir o final de semana, confira aqui o que tem na programação da tv.

Peter Capaldi é um dos grandes atores da atualidade. Neste domingo, ele participa de três programas da BBC HD: Doctor Who, The Musketeers e The Graham Norton Show. A BBC HD se prepara para uma noite cheia de novidades neste domingo com duas estreias espetaculares. Logo após a reprise de Doctor Who, o canal exibe no Brasil o primeiro episódio da série épica The Musketeers, imediatamente seguida pela nova temporada do programa de entrevistas The Graham Norton Show.

Inspirada pelo romance clássico de Alexandre Dumas, que lida com paixão, lealdade, heroísmo e fraternidade, a série The Musketeers situa-se nas ruas de Paris do século XVII, quando a lei e a ordem eram mais um ideal do que uma verdade. Os três mosqueteiros, Athos (Tom Burke), Aramis (Santiago Cabrera) e Porthos (Charles Howard), vão muito além de ser apenas guarda-costas do rei Luís XIII; eles são inseparáveis?, fiéis até a morte, e estão empenhados em manter a justiça. Com a sua atuação em The Musketeers, o ator chileno-venezuelano, Santiago Cabrera, torna-se o primeiro artista latino a participar do elenco principal de uma produção da BBC.

Após o lançamento de The Musketeers, a BBC HD exibe também a nova temporada de The Graham Norton Show. Na estreia, o carismático Graham Norton recebe em sua cadeira vermelha o ator americano ganhador de dois prêmios Oscar, Denzel Washington (O Gângster, Dia de Treinamento), que fala sobre o filme The Equalizer, sobre a chegada iminente de seu aniversário de 60 anos e como manter a condição física adequada por seus papéis em filmes de ação. Graham também conversa com Peter Capaldi, o décimo segundo Doctor, que conta a história de como ele assumiu o papel de protagonista da icônica série Doctor Who.

Agora confira todos os destaques.

Destaques de sábado, 11/10

UNIVERSAL
Rookie Blue – 19h (ep 4×10) – Leia a review

FX
Dads – 11h (ep 1×11)

ID
Hawaii 5-O – 11h54 no ID SD (canal 139 na NET) e às 13h54 no ID HD (canal 639 na NET) – reprise da 3ª temporada diariamente

Destaques de domingo, 12/10

BBC HD
Doctor Who – 21h (ep 8×05) Reprise
The Musketeers – 22h (ep 1×01) ESTREIA
The Graham Norton Show – 23h – 16ª temporada – ESTREIA

FOX
Modern Family – 13h05 (ep 5×18)

SONY
Top Chef – 19h30 (ep 11×16)
The Voice – 22h30 – 7ª Temporada

FX
Crisis – 9h30 (ep 1×06)
The Americans – 23h30 (ep 2×11)

ID
Hawaii 5-O – 11h54 no ID SD (canal 139 na NET) e às 13h54 no ID HD (canal 639 na NET) – reprise da 3ª temporada diariamente

HBO
O Negócio – 21h (ep 2×08)
Sr Ávila – 22h (ep 2×02)
Boardwalk Empire – 23h (ep 5×02)

FILMS & ARTS
Padre Brown – 21h – (ep 2×05)

SBT
Nikita – 1h

Bom final de semana!

Doctor Who – The Caretaker e Kill the Moon

Data/Hora 09/10/2014, 09:28. Autor
Categorias Reviews


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Série: Doctor Who
Episódios: The Caretaker / Kill the Moon
Número dos Episódios: 8×06 / 8×07
Exibição no Reino Unido: 27/09 e 04/10/2014

Esta semana o texto é duplo porque a minha rotina mudou nas últimas duas semanas e o tempo para escrever sumiu. E, admito, nenhum dos dois episódios inspirou em mim aquele desejo insano de colocar no papel tudo o que senti enquanto assistia. Gostei dos episódios, porém algumas coisas em ambos me deixaram irritada e sem muita disposição para discussão, o que é fatal quando a pessoa precisa escrever um texto sobre série.

Com The Caretaker eu tive sentimentos conflitantes, entre o gostar muito e querer dar uma surra nos roteiristas. A cena antes dos créditos de abertura foi a parte mais interessante de todo o episódio. É incrível como poucos minutos fizeram mais por Clara como personagem do que uma temporada e meia. Vê-la ao lado do Doctor em aventuras que nós não presenciamos e como ela se empenhava para continuar se desdobrando entre suas duas vidas (embora eu ainda preferisse que ela fosse companion em tempo integral), deu mais realismo a pessoa que ela é. Ficou mais crível todo o seu envolvimento com o Doctor e como ela o conhece tão bem e ainda mostrou porque ele em geral anseia pela companhia da garota.

Eu gosto da forma como Clara sempre faz o que o Doctor manda. É instintivo e bem diferente de outras companions. E não é por falta de personalidade, e sim porque ela confia nele e no julgamento que ele faz das situações, mesmo quando não concorda muito. Eu sinceramente acredito que em uma situação como a que eles vivem, indo para lugares e tempos estranhos, dos quais ela nada conhece, o melhor negócio é confiar na pessoa mais experiente. Isso não quer dizer que Clara não tenha voz ativa ou que não imponha sua vontade quando preciso, mas ela sabe ouvir e obedecer nas horas certas e isso é uma característica que eu prezo muito. E particularmente gostei de ouvi-la dizendo que confiava no Doctor e que por isso ela não tinha medo e sempre agia com segurança. De certa forma, explica muito das atitudes da personagem.

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Por outro lado, fiquei desconfortável com a forma como Clara agiu ao descobrir que o Doctor se disfarçou de zelador. Ela vigiando-o a todo instante era irritante ao extremo e dava tanta bandeira que o conhecia e não o achava saudável para o ambiente escolar que eu me pergunto como ninguém a questionou sobre a integridade moral do zelador. Não que o Doctor tenha ajudado muito com suas esquisitices. Mas afinal, por que ele não a informou logo de início quais eram os seus planos? Por que trabalhar sozinho? Não fazia o menor sentido!

Todo o motivo do disfarce e a missão eram tão despropositados que fica difícil levar o episódio a sério. E para piorar tivemos que aguentar o preconceito absurdo do Doctor em relação a Danny. Não há qualquer desculpa para as atitudes do Doctor. Não há porque ele ter tanta ojeriza ao exército – nenhuma regeneração anterior tinha. Talvez um ou outro tenha demonstrado um descontentamento com os militares e suas atitudes, mas esta rejeição total? Esse desprezo tamanho que chegou a humilhar um ex-soldado sem qualquer motivo além de ter sido um soldado em um momento da vida? Alguém que cumpriu seu dever com a pátria, mas voltou a vida civil quando percebeu que estavam cobrando um preço alto demais, e que, mais importante de tudo, tenha decidido dedicar a vida a ensinar jovens a serem pessoas melhores e mais instruídas? Inaceitável. Se há alguma característica dessa regeneração que eu não consigo engolir (e até agora é a única mesmo) é este preconceito desmedido com os militares a ponto de humilhá-los ou menosprezá-los.

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Tudo bem que o Doctor precisou lutar na guerra do seu próprio planeta e, depois, enquanto agia como protetor de Trenzalore era basicamente um guerreiro, mas seja qual for o trauma que carregue ou mesmo o desprezo por suas próprias atitudes passadas, não justifica o preconceito descarado desta regeneração.

Em contrapartida, Danny caiu muitíssimo em meu conceito pela forma como reagiu ao Doctor. A cena em que ele fala com o Doctor pela primeira vez dentro da TARDIS e o provoca até que este resposta com o autoritarismo ao qual estava sendo forçado a externar, embora tenha sido forte e impactante de se ver, foi de um mau gosto sem tamanho. Tão preconceituoso quanto o próprio Doctor. O que Danny sabe de ser um alienígena? Um Senhor do Tempo? Até então ele nem ao menos acreditava direito em vida fora da Terra! O que ele sabe das coisas que o Doctor já enfrentou, ou mesmo o que Clara vivencia ao lado dele?  Ele julgou o Doctor por suas próprias experiências e, pior, semeou a dúvida no coração de Clara.

E por falar em Danny e Clara, este é sem dúvida alguma o casal mais sem sal de toda a história de Doctor Who. Eles não têm química! Chega a ser cansativo vê-los juntos. E o que ele tem na cabeça para perguntar o motivo de Clara viajar com o Doctor!? Quem, em sã consciência, deixaria a oportunidade de conhecer o universo passar em branco? Certa foi a aluna (Courtney) que deu um jeito de ser levada em uma voltinha na TARDIS. Reação mais normal impossível, inclusive o enjôo (acho que eu também ficaria mareada). Inclusive, mesmo que eu esteja me adiantando, a atitude de Courtney no episódio seguinte, Kill the Moon, também foi perfeita para uma adolescente diante de uma viagem para a Lua que está se desintegrando.

Enfim, esse foi um episódio atípico e, talvez, um pouco infantil, mas ainda assim divertido. Levantou pontos interessantes sobre a forma como Clara age quando está com o Doctor, o motivo pelo qual ela o segue e como Danny transfere para Clara a preocupação advinda de sua própria experiência no exército, mas para um episódio que se esforçou tanto em desenvolver os personagens e dar alguma vida à Clara, ele falhou miseravelmente quando precisou colocar em foco a interação entre o Doctor e Danny e o relacionamento Doctor x Clara x Danny.

Sem falar que o vilão foi mais uma vez um robô…

E quase esqueci! Tivemos uma nova aparição da Terra Prometida, com inclusive a adição de um novo personagem na administração do lugar. Eu sei que tem muita gente torcendo o nariz para este mistério, mas eu estou adorando. Tenho particular predileção por este tipo de ideia que vai se desenvolvendo aos pouquinhos, com apenas migalhas espalhadas aqui e ali. Instiga a minha curiosidade, mas sem me cansar.

dw 8x07_0256Kill the Moon conseguiu ser ainda mais estranho que The Caretaker. Já começou mal com Clara exigindo que o Doctor dissesse à Courtney que ela é especial. Ora, o Doctor sempre achou que toda vida – humana ou não – é especial e que mesmo os pequenos gestos valem a pena. Mas isso não significa que ele não acha os humanos inferiores de vez em quando. Nem sempre, mas as vezes ele acha sim. E mesmo que não fosse esse o caso com Courtney – eu tenho a sensação de que ele sabia quem Courtney seria e faria no futuro desde o princípio –passar a mão na cabeça de uma garota rebelde não faz o tipo do Doctor.

Ainda assim ele levou Courtney para mais uma viagem e, não creio que o ato fosse para fazer dela alguém especial – porque ninguém precisa de outra pessoa, mesmo que seja o Doctor, para ser especial – e sim uma forma de se livrar da reclamação de Clara.

A trama na Lua teve seus altos e baixos. Não aceitei muito bem a história da Lua ser um ovo e de todos aqueles germes por lá, e o fracasso das viagens espaciais em 2049, ainda mais que a população tomou conhecimento da existência de aliens e outros mundos ainda no início do século. Só se a humanidade fosse estúpida para abandonar todos os seus programas espaciais bem quando descobrem que há vida lá fora.

Mas às vezes é preciso lembrar que Doctor Who é um programa primariamente para um público infantil/infanto-juvenil, então algumas coisas terão que ser relevadas para o bom desenrolar da história.

dw 8x07_2577Eu gosto de Hermione Norris e ela estava muito bem no episódio. Achei super plausível os seus argumentos para destruir o ovo. Sim, ela estaria destruindo uma vida, mas o que era uma vida em troca de toda a humanidade? E interessante ela mencionar que Clara não tem filhos, caso contrário a garota não conseguiria suportar a ideia de seus filhos na Terra sendo ameaçados pela ruptura do ovo/lua.

Ainda assim, eles estavam prestes a destruir uma vida que esteve sendo chocada durante milhões de anos e que agora está plenamente desenvolvida para vir ao mundo e já deixando sua casca. Uma criatura que pode ser maligna ou benigna. Qual é a atitude correta a tomar?

Achei corretíssima a atitude do Doctor, embora a sua habitual falta de tato pegou Clara desprevenida. Ela – e a humanidade de forma geral – está acostumada a deixar que o Doctor solucione os problemas que não são dele, e sim de outros povos. Dessa vez não foi a intervenção do Doctor que principiou o caos, o que justificaria a sua intervenção, mas era apenas um acontecimento natural. É a nossa Lua. É a nossa Terra. É nossa escolha. O Doctor não é um déspota. Ele já caiu no erro de tomar para si a decisão sobre a vida e morte de quem não lhe pertencia em outra ocasião e não quer incorrer no mesmo erro de novo. Deixar para Clara, Lundvik e Courtney a oportunidade de escolha foi a maior forma de respeito à Terra e seus habitantes que ele poderia demonstrar. O problema é que Clara não viu dessa forma.

Clara não sabe sobre todo o passado do Doctor. Ela tem vagas lembranças de seus encontros anteriores, então não tem ideia do preço que o Décimo pagou por seus atos de intromissão. Para Clara, o que aconteceu foi que a pessoa que ela mais confiava no mundo a traiu. Deixou-a na mão no momento que ela mais precisava. Clara é apenas uma jovem, não tem como recair sobre ela a responsabilidade do destino da humanidade. Da vida da Terra ou da morte de uma criatura que pode muito bem ser a última do universo, sem falar na vida de sua aluna, que nem sequer deveria estar ali. E o Doctor foi embora sem maiores informações, simplesmente saiu e a deixou com o problema nas mãos justamente na hora que para ela mais importava, pois se tratava do destino do seu próprio planeta.

dw 8x07_3852É compreensível a explosão de Clara ao final, mas igualmente é a expressão de confusão do Doctor, que não entende o motivo da garota o acusar de traição justamente na hora em que ele mais se colocou vulnerável, lutando contra o próprio instinto de intromissão para dar a ela e aos humanos a honra de decidir o próprio futuro.

Foi de partir o coração.

Mas gostei da criatura ter nascido e eliminado seus detritos, permitindo que uma nova lua nascesse e, ainda melhor, que a humanidade olhasse novamente para o céu e passasse a explorar o universo.

Por algum motivo lembrei da voz do Capitão Jack Harkness na abertura de Torchwood: “O Século XXI é quando tudo muda”.

Destaques na TV – quarta, 8/10

Data/Hora 08/10/2014, 02:55. Autor
Categorias TV Brasil


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Confiram a programação da TV e tenham uma boa noite.

Toneladas de seguidores online, mas nenhum amigo na vida real? O que fazer? De Emily Kapnek, de Suburgatory, e inspirada em My Fair Lady, Selfie é uma nova série de comédia com meia hora de duração que narra as desventuras de Eliza Dooley (Karen Gillan, de Doctor Who), uma narcisista viciada em redes sociais que, após perceber que sua vida é somente permeada por relacionamentos superficiais, pede ajuda ao especialista em marketing da sua empresa, Henry (John Cho, Go On), para repaginá-la. De início, Henry torce o nariz para Eliza, que é o exemplo máximo de tudo que ele considera errado no mundo viciado por aplicativos. Mas ele logo fica sensibilizado e, com algumas dicas de expert, consegue domá-la, ensinar-lhe alguns traquejos sociais e ajudá-la a dosar os relacionamentos virtuais e reais. Mas o que Henry não imaginava, no entanto, é o quanto iria aprender. Como um workaholic que raramente tem tempo para socializar, ele começa a perceber que seu pequeno “projeto” pode ter algo a lhe ensinar. Afinal, manter a vida até onde seu braço pode alcançar é ótimo para tirar uma selfie, mas não para manter a pessoa da foto ao seu lado.

O quarto ano de Revenge retoma os emocionantes lances vividos ao final da terceira temporada. Internada em uma instituição psiquiátrica, Victoria Grayson (Madeleine Stowe) irá mover suas peças para se vingar da protagonista Emily Thorne (Emily VanCamp). O passado de Amanda Clarke, morta durante a explosão do barco de Jack na segunda temporada, também será explorado com novos segredos vindo à tona e interferindo na trama atual.

Apesar da grade na programação do Comedy Central não indicar hoje teremos (ou não ?) o final de temporadas para The Goldberg e The Michael J. Fox Show. No final da primeira temporada de The Goldbergs, Murray (Jeff Garlin) descobre que seu recorde de arremesso livre de basquete no colégio foi quebrado, e ele é convidado a participar de uma celebração na instituição. Enquanto isso, Barry (Troy Gentile) decide dar uma festa em casa, e logo precisa da ajuda da amiga de Erica (Hayley Orrantia). Mudanças é o último episódio de The Michael J. Fox Show, enquanto Annie (Besty Brandt) e Eve (Juliette Goglia) discordam dos planos de Ian (Conor Romero) de se mudar, o pedido de casamento de Harris (Wendell Pierce) para Leigh (Katie Finneran) chega a um impasse.

Se não errei, hoje será também o final para Crossbones no canal Space.

E para quem perdeu os últimos episódios da temporada de Unforgettable o canal oferece hoje a exibição dos três últimos episódios do final da terceira temporada.

E temos outra mudança na grade, desta vez na BBC HD: Doctor Who agora será exibido aos domingos com reprises nas segundas-feiras.

No The Ellen Degeneres Show, os convidados são as a comediante Wanda Sykes, a atriz Alison Sweeney (Days of Our Lives) e o músico country Jason Aldean. Já no The Tonight Show desta noite, o ator e comediante Jimmy Fallon recebe a atriz Jennifer Garner (Alias), o comediante John Mulaney (Saturday Night Live) e a banda country Lady Antebellum.

Confira os demais destaques.

GNT
The Ellen Degeneres Show – 14h
Chegadas & Partidas – 21h – 6ª temporada
Lili, a Ex – 22h30 (ep 1×03)
Animal – 23h (ep 1×10)
The Tonight Show com Jimmy Fallon – 0h

+GLOBOSAT
Pablo Escobar – O Senhor do Tráfico – 21h

WARNER
Nikita – 13h12 (ep 3×03)
Selfie – 20h (ep 1×01) ESTREIA Leia a review
S.O.S. Pé na Bunda – 22h30
Bipolar – 22h59

SONY
How I Met Your Mother – 12h30 – exibição diária
Franklin & Bash – 13h – exibição diária
Baby Daddy – 14h (ep 2×13) – exibição diária
Revenge – 21h30 (ep 4×01) ESTREIA Leia a review
The X Factor UK – 22h30

AXN
Unforgettable – a partir das 22h (ep 3×11 / 3×12 / 3×13) SEASON FINALE

ID
Hawaii 5-O – 11h54 no ID SD (canal 139 na NET) e às 13h54 no ID HD (canal 639 na NET) – reprise da 3ª temporada diariamente

COMEDY CENTRAL
The Goldbergs – 20h30 (ep 1×23) SEASON FINALE
The Michael J. Fox Show – 21h (ep 1×22) SERIES FINALE

A&E
Orphan Black – 22h (ep 1×06)

SPACE
Crossbones – 20h56 (ep 1×09) SERIES FINALE

MAX*e
Borgia – 22h (ep 3×10)

MTV
Gilmore Girls – 11h (exibição de segunda a sexta)
The Vampire Diaries – 15h (exibição de segunda a sexta reprise 2ª temporada)
Smallville – 16h (exibição de segunda a sexta reprise 7ª temporada)

RECORD
Plano Alto – 23h30 – minissérie
Alphas – 0h30 – (ep 1×05)

VIVA
Malhação – 13h (de segunda a sexta)
Meu Amigo Encosto – 21h
Mulher – 23h10
Dancin’ Days – 0h (de segunda a sábado)

Podem comentar.

Doctor Who – Time Heist

Data/Hora 25/09/2014, 17:31. Autor
Categorias Reviews


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Série: Doctor Who
Episódio: Time Heist
Número do Episódio: 8×05
Exibição no Reino Unido: 20/09/2014

Time Heist foi, sem dúvida alguma o melhor episódio da temporada até agora. Em minha opinião, é claro, sintam-se à vontade para discordar. Mas assisti ao episódio duas vezes e o prazer foi o mesmo, não é sempre que isso acontece.

O quinto episódio dessa temporada foi o episódio menos conexo com os demais e, talvez por isso, tenha se assemelhado tanto com uma outra época de Doctor Who, na qual os fãs apenas esperavam uma aventura empolgante, personagens interessantes e saber o que estava acontecendo na tela, sem ficar teorizando para o futuro ou esperando ansiosos para que os roteiristas saibam o que estão fazendo e em algum episódio expliquem os ganchos deixados em aberto e façam tudo ficar coerente.

Praticamente tudo funcionou em Time Heist. É incrível como a adição de companheiros certos dá uma renovada positiva na série. Até agora nenhum dos personagens adicionais apresentados tinham me cativado e eu fico muito feliz se nenhum reaparecer. Porém, isso não aconteceu dessa vez. Psi e Saibra tinham carisma, conteúdo e funcionaram muito bem com Clara e o Doctor. Arrisco-me a dizer que Psi tem muito mais química com Clara do que Danny. E aqui não estou falando de relacionamento amoroso, porque não foi isso o que o episódio quis implicar, e sim de se encaixarem em cena, amizade pura e simples. Seria ótimo se Psi e Saibra pudessem estender sua temporada na TARDIS, eu creio que a série teria muito a ganhar com uma tripulação de quatro e não apenas de um (o Doctor) e uma companheira eventual (Clara) que trata as aventuras no tempo/espaço como um estorvo à sua vida de verdade.

y9LrV2TInclusive, isso é algo que já comentei outras vezes. Eu sinto falta de companheiros que fiquem em tempo integral na TARDIS. Não gosto desta sensação de que o Doctor precisa mendigar migalhas do tempo de Clara e que ela o trata como um hobby, quase um incômodo. Sem falar que o Décimo Segundo parece ser bem mais preciso quando se trata de levar a TARDIS para algum lugar ou tempo específico. Seria muito mais producente se Clara o acompanhasse por um tempo e depois ele a deixasse exatamente em um ponto X da vida dela para que continuasse como se nunca tivesse saído. A menos que ela ficasse viajando com o Doctor por mais de, sei lá, sete anos (o que não é comum nos acompanhantes, principalmente nos que estão noite e dia com o Doctor), acho pouco provável que as pessoas notassem uma diferença tão grande na aparência física dela. Esse vai e volta para a vida e a TARDIS me enlouquece.

Apesar disso, gostei da cena inicial. É incrível como não tem uma única peça de roupa que não fique linda em Jenna Coleman. Esta garota não é real!!! E a forma como o Doctor se fazia de desentendido para o encontro que Clara teria era simplesmente hilária. O que me traz ao último comentário que o Doctor faz no episódio, de que seria difícil alguém superar um assalto a banco em um mero encontro romântico. Não creio que isso signifique que o Décimo Segundo ainda se enxergue como namorado de Clara, muito pelo contrário. Porém, ele com certeza briga por um espaço na vida da garota, por importância no dia a dia dela e não gosta de ser deixado de lado. O Doctor, apesar dos pesares, sempre foi bastante orgulhoso e centrado em si mesmo e ter que aceitar que alguém preferiria a vida comum a passar tempo com ele desvendando o espaço não é uma coisa que ele aceite muito bem.

Seja como for, mesmo um pouco forçada, Clara embarcou na história do assalto. E o episódio foi perfeito em nos esconder como eles chegaram até o banco, pois se fosse uma história linear ela não teria a menor graça.

Achei ótimo que eles apagassem suas memórias quando já estivessem no planeta e como o Doctor assumiu a liderança naturalmente. Os questionamentos de Saibra e Psi também eram muito apropriados, e as desculpas que o Doctor dava para manter-se no comando eram as melhores. E a verdade é que ele está tão acostumado à posição que ela vem naturalmente, pois ele não tem a menor dúvida de que ninguém ao redor é mais adequado ao papel e isso acaba contagiando as pessoas. No fundo acho que esse é o motivo de todos o seguirem, e não exatamente o seu intelecto.

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Gostei bastante da interação da equipe durante o assalto e criei um vínculo muito rápido com Psi e Saibra. Fiquei incrivelmente angustiada quando Saibra foi capturada pelo Teller e quando decidiu acabar com a própria vida para não virar ‘sopa’. Ainda que a série tenha ‘revivido’ a personagem, é de uma força sem tamanho a cena em que o Doctor dá a ela a possibilidade de escolher o suicídio para não sofrer um destino muito pior. E não foi com menos emoção que eu senti a morte de Psi. Pensar que ele deu a vida por Clara, alguém que ele tinha acabado de conhecer, e o quanto doía nele não ter lembrança de pessoa alguma que possa ter amado algum dia. Foi uma cena impactante e descobrirmos que os dois estavam vivos não diminuiu a força do sacrifício.

E quando temos a confirmação que o Arquiteto é o próprio Doctor percebemos que não faria o menor sentido que ele tivesse enviado aqueles dois para a própria morte. Aceitar o fim da vida durante o percurso é algo natural e necessário em algumas ocasiões, mas forçar alguém à morte conscientemente nunca encaixaria na personalidade do Doctor, mesmo o Décimo Segundo, que não se esforça para ganhar o amor e a aprovação dos que o cercam.

Desde o início eu imaginei que o Teller não fosse mau. As correntes, a caixa onde ficava hibernando, tudo indicava que o alienígena era manipulado por Delphox. E é interessante pensar que a própria Delphox não era uma vilã. Ela apenas era uma funcionária fazendo o seu trabalho. Karabraxos sim era uma pessoa sem muito caráter e amor à vida alheia, mas ainda assim é difícil classificá-la como vilã.

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Sinto por Delphox/Karabraxos ter uma participação tão pequena. Keeley Hawes é uma grande atriz e esteve ótimo no papel, mas ela pode muito mais e foi, de certa forma, desperdiçada, ainda que tenha sido Karabraxos a responsável por toda a trama, afinal.

Observações:

1) Só tenho uma perguntinha: o Doctor sempre teve um telefone dentro da TARDIS, para onde alguns ligavam e pediam ajuda, então por que ele instalou (ou ativou) o telefone de fora da TARDIS (que até agora apenas a tal mulher de The Bells of Saint John e Clara tinham o número)?

2) Achei legal que o Doctor falou para Clara trocar os sapatos quando iam assaltar o banco.

3) O banco de dados acessado por Psi para chamar o Teller para si trouxe imagens de vários criminosos que já passaram pelo universo de Doctor Who, seja na própria série, seja nos seus spin off (como John Hart, de Torchwood e O Trickster, de The Sarah Jane Adventures).

Nick Frost participará do episódio especial de Natal de ‘Doctor Who’

Data/Hora 24/09/2014, 14:30. Autor
Categorias Notícias


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A produção do episódio especial de Natal de 2014 de Doctor Who já começou. O episódio, considerado o ponto alto no calendário da temporada, promete ser uma aventura imperdível, repleta de ação.

E Nick Frost é o convidado especial da atração. Ator e roteirista, ele estrelou inúmeros filmes de grande sucesso e papeis na televisão, incluindo Spaced, The World’s End, Shaun of The Dead, Hot Fuzz, Cuban Fury e Paul, que ele também escreveu.

“Estou muito emocionado por ter sido convidado para atuar no especial de Natal do Doctor Who, sou um grande fã da série. A leitura preliminar do texto foi muito difícil para mim; eu queria manter meus dedos tapando meus ouvidos e gritar ‘Sem Spoilers’! Tive de silenciar meu ímpeto de fã todos os dias no set de filmagem!”, comenta Nick.

Michael Troughton (Breathless, The New Statesman), que retornou recentemente a atuar, seguirá os passos de seu pai aparecendo em Doctor Who. Seu pai, Patrick Troughton, interpretou a segunda encarnação do Doctor.

Eles serão acompanhados por Natalie Gumede (Coronation Street, Ideal, Strictly Come Dancing), Faye Marsay (Pride, The White Queen, Fresh Meat) e Nathan McMullen (Misfits, Casualty).

Steven Moffat, escritor chefe e produtor executivo, afirma que “Frost no especial de Natal – faz todo o sentido! Eu trabalhei com Nick em Tintin – o filme- muitos anos atrás e é um verdadeiro prazer trazê-lo de volta à televisão para um passeio na TARDIS.”

O especial de Natal do Doctor Who irá ao ar na BBC One. Escrito por Steven Moffat e dirigido por Paul Wilmshurt (Strike Back, Combat Kids), será gravado em Cardiff, nos estúdios da BBC no País de Gales, em Roath Lock.

Com informações repassadas pela assessoria de imprensa da BBC.

Doctor Who – Listen

Data/Hora 18/09/2014, 15:05. Autor
Categorias Reviews


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Série: Doctor Who
Episódio: Listen
Número do Episódio: 8×04
Exibição no Reino Unido: 13/09/2014

Terminei Listen sem ter muita certeza se foi um bom episódio ou apenas um episódio mediano, feito com as características certas para impressionar. Toda a experiência de assistir a Listen foi bem interessante, e senti na pele o clima de suspense que Moffat criou, tanto na incerteza do monstro sob a cama, quanto na trilha sonora pesada e tensa. Mas eu só me senti emocionalmente conectada à história ao final, porque a cena entre a Clara e o garoto foi pensada exclusivamente para mexer com o fã.

Listen foi mais um dos episódios aterrorizantes de Moffat, para fazer parceria com Blink, The Empty Child/The Doctor Dances e Silence in the Library/Forest of the Dead, porém, ao contrário dos demais episódios, eu tenho a impressão que Listen ficará marcado pela intromissão gigantesca de Clara na linha do tempo do Doctor e não tanto pela qualidade narrativa da história. Confesso que não reassisti ao episódio, então não tenho muita certeza de quanto do mistério e ‘frio na barriga’ (e a qualidade da coisa como um todo) se sustenta diante de uma segunda experiência.

O episódio começa com um Doctor transtornado fazendo um monólogo sobre evolução, não estarmos sozinhos, o perfeito ser capaz de se esconder de outros e por aí vai, entrando em uma obsessão tentando descobrir o tal ser que vive a espiar os demais seres do universo, nunca sendo encontrado. Não sei se entendi corretamente a cena, mas o Doctor teve um desses famigerados sonhos com alguém embaixo da cama e por isso entrou nessa súbita caça ao “monstro que ninguém vê ou acredita na existência”, foi isso?

Bom, seja qual for o motivo que o levou à obsessão, o fato é que o Doctor retirou Clara do seu primeiro (e mal sucedido) encontro com Danny para ir à caça da tal criatura que poderia ou não existir.

dw 8x04_0602Aqui eu preciso abrir um parêntese para falar de Clara e Danny. Que casal mais sem noção! Eles simplesmente não têm química juntos. E Clara agiu tão mal com o colega que me pergunto como ela pode ter tanto tato para lidar com crianças e ser tão preconceituosa ao lidar com um adulto. Sim, porque a forma como falava com Danny e sua experiência na guerra foi, no mínimo, vergonhosa. Ela não consegue enxergar que ele claramente sofre de stress pós-traumático? (Cá entre nós eu creio que o próprio Doctor tem sofrido do mesmo mal) E tenho até vergonha de lembrar o quão ela foi infantil (e petulante) ao sair do restaurante daquele jeito, quando a errada era ela.

Mas é claro que o episódio tratou de consertar esse começo ruim entre os dois ao levar a TARDIS para o passado de Danny, de forma que a garota conseguiu compreender um pouco mais o colega.

E antes de falar sobre a experiência de Clara e do Doctor no passado, abrirei um novo parêntese para falar sobre a teoria do Doctor de que as pessoas não falam sozinhas, mas sim com alguém que está ali escondido. Isso não faz muito sentido. Quero dizer, ter sempre alguém por ali não é o problema da coisa toda (embora, admito, quando ele começou a falar sobre uma criatura que ninguém percebe e não sabe que está ali, eu pensei nos Silents), pois as pessoas falam sozinhas por vários motivos: gostam do som da própria voz, organizam melhor os pensamentos em voz alta, algumas têm esquizofrenia, as crianças têm seus amigos imaginários… Todo esse discurso do Doctor me soou tão estranho e o desejo de impactar a audiência com uma ideia assustadora ficou muito evidente.

Mas, de volta à viagem, a interface telepática da TARDIS é coisa do Décimo Segundo, não? Foi ele quem arrumou a nave para permitir esses agrados aos que normalmente não saberiam como pilotá-la. Eu achei legal, mas tira um pouco toda a grandiosidade que era apenas o Doctor saber pilotá-la (e River) e a dificuldade que ele tinha para ensinar a outros. Mas a TARDIS continua levando o povo para onde ela quer levar, ainda que a mente de Clara tenha ajudado um pouquinho na escolha.

dw 8x04_1749As cenas no passado de Danny foram as mais assustadoras e também as mais divertidas. Como não rir com o Doctor perguntando ao vigia noturno se o café não desaparecia, apenas para sumir logo em seguida levando o café do pobre homem? E depois tentando achar Wally em um livro onde não tem o Wally?

De toda a interação no quarto de Danny três coisas se destacaram:

1) Foi Clara (e o Doctor, de certa forma) a responsável por Danny ingressar no exército;
2) O discurso do Doctor sobre o medo ser um superpoder (e fez todo o sentido);
3) A criatura embaixo da colcha. Eu tenho quase certeza de que era uma criança, pois a tal criatura que é perfeita na arte de se esconder não apareceria assim de repente, sentaria na cama (e faria um peso perceptível) e ainda seria visível sob a colcha. Por outro lado, o Doctor estava sentado naquela cadeira no canto do quarto quando a tal criatura apareceu. Ainda que estivesse escuro ele teria percebido se fosse uma criança, não? Ou agiu daquela forma para dar coragem a Danny e também para não desmascarar o amigo que estava pregando uma peça? (nunca dá para ter certeza com o Doctor, em especial este aqui)

Já a segunda interação de Clara com Danny, pós-visita ao passado, foi um pouco melhor da parte dela, mas em contrapartida a reação dele ao perceber que ela sabia o verdadeiro nome dele foi meio exagerada. E mais exagerado ainda foi Orson aparecendo em pleno restaurante vestido com a roupa de astronauta, com escafandro e tudo.

dw 8x04_2543Não gostei de toda esta conexão de Clara com Orson. Não é apenas por ele ser um descendente dela e de Danny – spoilers! – mas toda a história dele, a confusão de Clara, a recusa em falar ao Doctor toda a situação, e, principalmente, a viagem para o fim dos tempos. Achei tão desnecessária. Sem falar que deixa uma certa confusão em relação a Utopia, quando o Décimo Doctor viajou para o fim do universo. Este planeta é outro, depois da destruição que houve em Utopia? Não sei se é um erro de continuidade, se Moffat simplesmente ignorou a trinca de episódios da era Davies e nem pensou no planeta de Utopia, ou se é possível a coexistência pacífica entre os dois planetas: um habitado e morrendo e outro ainda inteiro, mas já sem qualquer forma de vida no universo em si.

Toda a confusão neste planeta, os sons, o medo, o possível inimigo, ganha uma nova perspectiva após a visita da TARDIS ao próximo local. Nada menos que Gallifrey – possivelmente a Casa de Lungbarrow.

Como a TARDIS conseguiu ir a Gallifrey, que supostamente está em uma bolha temporal, eu não sei, mas imagino que em algum momento da temporada isso será explicado (ou foi um grande furo de roteiro, o que também é possível. Mas nesse caso, após todo mundo se perguntar o óbvio, acredito que Moffat dará um jeito de criar uma explicação, mesmo que tenha que tirar um coelho da cartola, como tem feito de quando em vez ao longo das temporadas).

E se antes o episódio estava interessante e assustador (pelo menos na primeira vez que se assiste), em Gallifrey ele se tornou belo e reconfortante. Tivemos o prazer de revisitar a infância do Doctor (óbvio que era o Doctor, afinal, era o mesmo celeiro que o War Doctor escolheu para por fim à Guerra do Tempo) e descobrirmos que ele já foi um garotinho assustado, o qual ninguém acreditava que seria capaz de ingressar (e permanecer) na Academia e se tornar um Time Lord, e, por isso, estava destinado a ingressar no Exército.

dw 8x04_3973A cena em que Clara segura o tornozelo do garoto, saída debaixo da cama, criando assim um medo que se posterga no tempo e no espaço já há mais de 2000 anos (como o medo dele passou para outros eu não sei), foi surpreendentemente bonita e se encaixou muito bem na história. Clara tem inúmeros defeitos – o maior deles é ser tão vazia de personalidade e carente de desenvolvimento real – mas se tem uma qualidade que persiste ao longo dos episódios é sua capacidade de falar com crianças e compreendê-las. E, assim como influenciou o jovem Rupert Pink, foi Clara a responsável por toda a filosofia de vida do Doctor.

 “Escute. Isto é só um sonho. Mas pessoas muito inteligentes podem ouvir sonhos. Então, por favor, apenas escute. Sei que você está com medo, mas tudo bem sentir medo. Nunca te disseram? Medo é um superpoder. O medo pode te fazer mais veloz, inteligente e forte. E um dia você irá voltar para este celeiro e naquele dia você estará com muito medo. Mas tudo bem. Porque, se você é muito sábio e muito forte, o medo não tem que fazê-lo cruel ou covarde. O medo pode fazê-lo gentil.

Não importa se não há algo embaixo da cama, ou no escuro, desde que você saiba que está tudo bem sentir medo. Então escute. Se não escutar mais nada, pelo menos escute isso. Você sempre terá medo, mesmo que aprenda a esconder o medo é como um companheiro, um companheiro constante, que está sempre ali. Mas tudo bem, porque o medo pode nos aproximar, o medo pode levá-lo para casa. Vou deixar uma coisa para você para que sempre possa lembrar: o medo faz companhia a todos nós. ”

 

Foi muito legal ouvir as palavras do próprio Doctor saindo da boca de Clara. E ao deixar o pequeno soldado sem arma que um dia pertenceu a Danny Pink, ela deu ao pequeno Doctor a inspiração para a pessoa que ele seria dali para frente e que mudaria os rumos do universo e da própria vida dela.

A cena foi linda – o abraço que ela depois dá no Doctor já dentro da TARDIS também foi especial – mas ainda assim é um pouco incômodo ver o quanto Moffat transformou Clara em alguém essencial na vida do Doctor. Ela era a garota impossível e que esteve presente em toda a timeline do Time Lord, influenciando-o e corrigindo os erros introduzidos pela Grande Inteligência, e agora ela mesclou-se na timeline do Doctor de tal forma que se tornou a responsável por toda a existência dele como nós a conhecemos, ou seja, mais do que a garota impossível, ela se tornou o pilar de toda a série. Para uma personagem que sofre de falta de caracterização e que vem sendo tratada como um plot twist desde o início, esse tipo de coisa, embora bonita e emocionante, não é saudável. Sem falar que Clara transita perigosamente no limiar de se tornar uma Mary Sue, ou seja, uma personagem que, de tão perfeita, torna-se irritante e irreal.

dw 8x04_4358Agora resta-nos saber qual o papel de Danny no futuro de Clara. Porque os dois se acertaram (apesar da química zero entre eles) e os boatos dizem que Jenna Louise Coleman deixa a série no final da temporada. É quase certo que Danny terá algum envolvimento no motivo da saída de Clara. E eu fico me remoendo para saber como ele se tornará um viajante da TARDIS também.

E só para finalizar… eu perdi ou realmente não teve nenhuma referência à Terra Prometida neste episódio?

Doctor Who – Robot of Sherwood

Data/Hora 10/09/2014, 22:38. Autor
Categorias Reviews


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Série: Doctor Who
Episódio: Robot of Sherwood
Número do Episódio: 8×03
Exibição no Reino Unido: 06/09/2014

Quando vi o trailer de Robot of Sherwood eu não esperava muita coisa, por isso foi com  uma agradável surpresa que eu percebi que me diverti horrores assistindo a esse episódio. Ele foi leve, divertido e eu me encantei pelas atuações. Nunca pensei que fosse gostar tanto assim de um episódio escrito pelo Mark Gatiss (sempre fico com o pé atrás quando é ele o roteirista). É bem verdade que o episódio tem alguns defeitos, mas a maior parte deles eu só percebi quando comecei a ver os comentários alheios que me forçaram a pensar um pouco mais no que foi apresentado em tela, mas a verdade é que, enquanto eu assistia, a única coisa que eu fazia era me divertir.

O clima do início do episódio, com o Doctor e Clara na TARDIS teve todo um ar de fantasia que eu gostei muitíssimo. A forma como eles conversavam, a música de fundo, tudo contribuiu para dar um toque de conto de fadas. Eu só gostaria de saber o que tanto o Doctor tem escrito aqui e acolá desde a premiere. Está tentando achar Gallifrey? Ou é algo que ele faz inconscientemente? Será que tem a ver com a tal Terra Prometida? Ou nada tem a ver com nada e todos esses cálculos com giz só estão ali para distraírem o espectador?

Toda a interação do Doctor com Robin Hood foi hilária. Sim, eram situações tolas e até infantis, mas nem por isso menos divertidas. Eu entendia perfeitamente a incredulidade do Doctor em relação a Robin Hood. Eu confesso que passei o episódio inteiro esperando alguém desmascarar Robin e seu bando, e fiquei um pouco desapontada por tudo ser real. Não sei explicar, mas eu sempre espero que, quando o Doctor se aventura no passado da Terra, ele se atenha à verdade. Bom, o mais próximo da verdade possível. Algumas alterações são necessárias pelo bem do desenrolar dos episódios, mas tornar uma lenda e todos os seus pormenores em algo real me incomodou. Tudo bem que teve todo o diálogo no final falando sobre os mitos (que foi muito pertinente e, talvez, o diálogo mais bem escrito e emocionante do episódio inteiro), mas ainda assim tudo foi perfeito demais para encaixar com o que é conhecido como a lenda de Robin Hood, o que me deixou ainda mais irritada com isso.

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Mas foi ótimo ver um outro lado do Doctor, após todo o drama pelo qual ele passou nos dois primeiros episódios. A rabugice dele foi ótima, ao mesmo tempo em que eu me divertia ao vê-lo testando todo o bando de Robin. E, não dá para negar, Robin ri demais para ser real, quem é que consegue acreditar naquela alegria toda!?

Eu preciso aproveitar o momento para elogiar a atuação de Peter Capaldi, que trouxe uma leveza muito própria para a comédia do Doctor e me lembrou tanto de alguns Doctors antigos que eu só conseguia sorrir.

Sim, eu sei que estou me repetindo ao falar do quanto me diverti com o episódio, mas é que fazia muito tempo que eu não assistia a um episódio e me sentia tão bem durante o processo. E eles escolheram atores perfeitos para darem vida a Robin Hood e o Xerife de Nottingham.  Tom Riley tem todo esse ar de anti-herói sorridente e safado em quem você quer confiar. Já Ben Miller é o avesso. Ele sempre parece o vilão, mas ainda assim é difícil odiá-lo (ou levá-lo muito a sério), porque algo nas suas expressões facial e corporal o faz carismático.

A única decepção foi Marian que, a meu ver, não fez muito coisa. Certo, ela ajudou na rebelião que libertou o Doctor e se impunha contra os desmandos loucos do Xerife, mas tenho a sensação de que ela não tinha uma função real além de simplesmente existir e ser a Marian de Robin.

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Uma coisa que me impressionou foi como o Doctor não foi exclusivamente o salvador da humanidade, solucionador de todos os problemas e detentor de todas as respostas como ele vinha sendo há um bom tempo. Ele reclamou e aproveitou a situação, pensou um pouco, analisou as coisas e chegou a conclusões, mas Clara e o próprio Robin tiveram participações bem mais ativas. De certa forma me lembrou um pouco o Primeiro Doctor, que sempre deixava os companions se virarem, pois se achava superior demais para se intrometer em pequenas querelas, e quando se intrometia sempre acabava arrumando mais confusão (embora fosse sim o responsável final pela solução). Eu vi muito disso no Doctor nesse episódio, apesar de que o sentimento nessa situação em particular era que ele não acreditava na veracidade do que vivenciava, o que o levou a agir como um maluco meio perdido o episódio inteiro.

Quanto a Clara eu tenho sentimentos conflitantes. Ela foi um pouco contraditória e em algumas situações eu tinha a sensação de que faltava realismo à personagem. Eu entendo a sua felicidade por conhecer Robin Hood e perceber que tudo era exatamente igual às lendas, mas o que eles estavam vivendo era real e eu esperava dela uma reação à altura do perigo que enfrentaram, do Xerife e dos robôs (saídos do nada, mas, na verdade, eles eram o menos importante, o que se destacava no episódio era justamente a jornada que levaria o Doctor a perceber que ele era sim um herói, mesmo que não visse a si mesmo desta forma. E não é interessante que ele passou os últimos encontros com Clara perguntando se era um homem bom só para descobrir que no fundo ele é o herói dela? Ela passou a acreditar no impossível por causa dele?). Durante todo o tempo Clara agiu como se fosse tudo uma peça de teatro, uma brincadeira, um livro de histórias, o que, devo admitir, aumentava em mim a sensação de que nada daquilo fosse real e, por fim, me deixasse tão injuriada ao mostrarem que era tudo verdade.

Eu sei que Clara é forte, destemida, inteligente e muito capaz. Foram ótimas as atitudes dela ao longo do episódio, como colocou o Doctor e Robin nos seus devidos lugares e como lidou com toda a situação com o Xerife, mas ainda assim faltou a ela um toque de realidade. Isso me incomodou um pouco.

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Já a respeito da história em si, não há muito o que falar. Era claro que o objetivo de Gatiss nunca foi fazer um roteiro brilhante e extremamente inteligente, com um caso difícil de ser solucionado e com situações complicadas e plausíveis. Os acontecimentos pouco importavam e muito menos o Xerife e os robôs (caso contrário não teria contado sobre o que era a história logo no título), o que estava sendo mostrado era a interação daqueles personagens, era a outra faceta deste novo Doctor que ainda está se descobrindo e que continua a surpreender com suas atitudes e comentários quase sempre inesperados. Como não adorar um episódio desses?

Robot of Sherwood provou que é possível fazer um episódio descontraído e ainda assim cheio de reflexões e profundidade.

Observações:

– Que coisa mais linda aquele vestido da Clara! Mas poderiam ter maneirado no cabelo, que estava lindo, mas era impossível arrumá-lo daquele jeito nos segundos que ficou dentro da TARDIS.

– Excelente a luta de espada x colher entre Robin e o Doctor. Sorte do Doctor que estava comendo iogurte um pouco antes de desembarcarem.

– Eu lembrei muito do Primeiro Doctor porque foi o que eu mais conheci da era clássica, mas vi muita gente lembrando do Segundo e do Quarto com esse episódio.

– Sentido nenhum alguém que está atrás de ouro para fazer a nave funcionar oferecer como prêmio uma flecha de ouro, mas tudo bem.

– Ao que parece o Xerife era um humano que ficou ferido na ocasião da queda da nave espacial e foi reconstruído como um cyborg, mas a cena, que envolvia decapitação, foi deletada em respeito às mortes ocorridas no Reino Unido recentemente.

– Uma das imagens do banco de dados de Robin Hood era ninguém menos que Patrick Troughton, o Segundo Doctor, que interpretou Hood em 1953.

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Destaques na TV – quarta, 10/09

Data/Hora 10/09/2014, 02:21. Autor
Categorias TV Brasil


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Confiram a programação da tv e tenham uma boa noite.

No episódio final da única temporada de Intelligence, Gabriel (Josh Holloway) e Riley (Meghan Ory) ficam sabendo que ex-agentes estão infiltrados dentro do governo americano e ficam surpresos quando descobrem suas identidades reveladas.

Uma cena foi cortada do terceiro episódio da oitava temporada de Doctor Who. A decisão foi tomada pela BBC após a divulgação de vídeos em que dois jornalistas americanos são mortos por integrantes do Estado Islâmico. “Frente aos recentes acontecimentos, editamos o terceiro episódio por uma questão de respeito”, diz o comunicado oficial da emissora. Intitulado Robot of Sherwood, ele irá mostrar o encontro dos protagonista, Doctor (Peter Capaldi), e sua amiga Clara (Jenna Coleman) com Robin Hood (Tom Riley, Da Vinci’s Demons) após uma viagem no tempo.

No The Tonight Show desta noite, o ator e comediante Jimmy Fallon recebe o cantor Blake Shelton, o comediante Tim Heidecker e o ator Eric Wareheim.

Confira os demais destaques.

GNT
Chegadas & Partidas – 21h – 6ª temporada
Sessão de Terapia – 22h30 (ep 3×28)
Animal – 23h (ep 1×06)
The Tonight Show com Jimmy Fallon – 0h

+GLOBOSAT
Hatufim / Prisioneiros de Guerra – 21h (ep 2×12)

BBC HD
Doctor Who – 22h (ep 8×03)

WARNER
Nikita – 12h52 (ep 2×06) – exibição diária
Undateable – 20h (ep 1×08)
Suburgatory – 20h25 (ep 3×08)
Bipolar – 22h25

SONY
Baby Daddy – 12h30 (ep 1×03) – exibição diária
How I Met Your Mother – 19h30 – 2 episódios seguidos de segunda à sexta – 2ª temporada
The X Factor UK – 22h30

AXN
Intelligence – 22h (ep 1×13) SERIES FINALE
Castle – 23h (ep 6×19)

COMEDY CENTRAL
The Goldbergs – 20h30 (ep 1×19)
The Michael J. Fox Show – 21h (ep 1×18)

A&E
Orphan Black – 22h (ep 1×02)

SPACE
Crossbones – 20h53 (ep 1×05)

MAX*e
Borgia – 22h (ep 3×06)

MTV
The Vampire Diaries – 15h (exibição de segunda a sexta reprise 1ª temporada)
Smallville – 16h (exibição de segunda a sexta reprise 6ª temporada)

SBT
Chaves – 18h

VIVA
Malhação – 13h (de segunda a sexta)
Mulher – 23h10
Dancin’ Days – 0h (de segunda a sábado)

Podem comentar.

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