TeleSéries
Primeiras impressões – Agora Sim!
28/09/2013, 12:06. Paulo Serpa Antunes
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Agora sim?
A lei 12.485, feita para fomentar a produção audiovisual na TV por assinatura no Brasil, teve um efeito colateral imediato: serviu pra expor o quão frágil é o setor no país. Ao exigir que os canais de variedades reservassem três horas e trinta minutos por semana em sua grade para programação brasileira no horário nobre, a lei expôs que não existia uma produção nacional rica o suficiente para preencher este espaço e que canais e produtores precisariam dominar diversas técnicas para emplacar uma nova programação. O resultado foi o que vimos nos últimos dois anos: Fox, Warner e Sony reprisando filmes nacionais, muitos de qualidade duvidosa, pra cumprir a cota.
O mercado não estava pronto pra atender a demanda.
Agora sim.
Ao contrário de outros formatos, a teledramaturgia exige muito de seus realizadores. Em outras palavras, fazer uma boa série é difícil. TV é indústria, não é arte. Uma série exige um padrão de qualidade maior que o da telenovela, a especialidade da nossa indústria. Fazer uma série exige regularidade, e depende de encontrar a melhor solução para a equação qualidade x velocidade.
A indústria da televisão funciona na base do acerto e do erro. Nos EUA, onde temos a produção mais consolidada do mundo, estão estreando nos próximos 40 dias (pouco mais, pouco menos) cerca de 25 séries (só nas cinco grandes redes). Mais da metade delas não estarão no ar em maio de 2014. Da linha de produção americana saem joias e também grandes fracassos, na mesma proporção.
Pra um canal de TV por assinatura no Brasil, com escassos recursos financeiros e a obrigação legal de colocar três horas e trinta minutos de programação no ar, não existe a possibilidade da tentativa e erro. Ou você encomenda e exibe um programa novo que todos queiram assistir ou encomenda e exibe um programa novo que ninguém vai querer ver.
É neste cenário que a Sony está entrando no ar com a sua primeira série nacional: a comédia Agora Sim! Inteligente, o canal buscou um show que ficasse em sua zona de conforto – ainda que há tempos tenha desistido de exibir comédias no primetime (decisão questionável, com certeza), este é o canal de Seinfeld, de Will & Grace e o canal que exibiu Friends pela primeira vez no Brasil. Agora Sim! vai combina com o DNA da Sony e – no que pode ser o maior elogio que eu poderia fazer a série – ela realmente lembra as sitcoms que a Sony exibia às pencas no primetime no início dos anos 90.
Agora sim!
Conceitualmente, Agora Sim! é uma sitcom, sem tirar nem por. Os personagens transitam num mesmo ambiente (no caso, uma agência de publicidade de medíocre), tem uma boa premissa funcional (as tentativas do dono da agência de reinventar seu negócio), tem personagens com personalidades e defeitos facilmente distinguíveis e o roteiro tenta impor um ritmo constante de piadas. A Mixer (a mesma produtora de A Vida de Rafinha Bastos, Descolados e O Negócio) fez o tema de casa.
Do ponto de vista técnico, no entanto, os produtores decidiram não arriscar. O show se apropria dos recursos das sitcoms americanas (gravada em estúdio, com cenários fixo e a tradicional quarta parede) mas evita gravar com múltiplas câmeras (reposicionando a câmera dentro do cenário), dispensa a plateia, e até mesmo as criticadas trilhas com risadas ao fundo para marcar os momentos cômicos. Uma pena. Porque Agora Sim! tem um texto razoavelmente bom, um elenco afiado e se beneficiaria se fosse produzida neste formato (vale ressaltar que o grande sucesso da TV paga na atualidade é Vai que Cola, que é uma sitcom).
O fã de comédias americanas provavelmente não se sentirá confortável com Agora Sim! É difícil ignorar o abismo de qualidade entre ela e uma sitcom do Chuck Lorre. Mas a verdade é que a série é realmente autêntica e simpática e tem um elenco esforçado e veterano – você provavelmente já viu todos eles em comerciais, filmes ou mesmo em outras séries, como Augusto Madeira (com passagem por A Grande família), Rodrigo Pandolfo (de Mulher de Fases e A Menina sem Qualidades), Thiago Pinheiro (Descolados) e Mayara Constantino (de Tudo o Que é Sólido pode Derreter, que não está no episódio piloto).
Agora Sim! é um primeiro bom passo da Sony. Que venham os próximos porque, agora sim, parece que lei 12.485 começa a cumprir sua função.
* * *
Agora Sim! estreou nesta quinta-feira, dia 26/9, às 22h, na Sony Entertainment Television. O episódio piloto pode ser assistido gratuitamente no site do canal, clicando aqui.
As primeiras impressões de ‘O Negócio’
20/08/2013, 11:02. Paulo Serpa Antunes
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Destes 11 anos de TeleSéries vi vários canais de TV por assinatura investirem em produções nacionais de ficção. Alguns foram bem (a maioria não tão bem). Mas mesmo aqueles programas que surpreenderam, eles acabaram bem sucedidos apenas parcialmente.
A minha percepção é de que estas séries nacionais não conseguiram transcender os limites da tela de canal. As séries não repercutem. Elas não viram tema de discussão nas redes sociais. Não se fala delas nas conversas de bar e no papo de bebedouro. Elas até ganham lá uma meia página no dia da estreia nos suplementos culturais dos jornais ou nas revistas semanais, mas depois nunca mais ganham a atenção da imprensa.
Acho que isto acontece um pouco porque não existia uma massa de assinantes de TV paga grande o bastante pra reverberar este tipo de conteúdo. Mas hoje já somos 17 milhões de famílias assinantes de Net, Sky e cia. Sem contar os Netgatos. Já deveria ser diferente.
Acho que o primeiro seriado nacional de TV paga a romper um pouco esta barreira foi Sessão de Terapia da GNT. O que é particularmente triste: além do texto ser estrangeiro, a série tem formato de telenovela.
A HBO, apesar de investir constantemente no gênero, parece que tem obtido resultados cada vez mais tímidos. O grande sucesso ainda é Mandrake, a primeira aposta, lá de 2005. Talvez por ter um ator Global (Marcos Palmeira), ou por apostar num texto consagrado (Rubem Fonseca) ou simplesmente por ter ousado num programa de episódios fechados – quando a maioria das produções latinas acabam caindo no formato do drama serializado.
Falta uma grande ideia para estas séries brasileiras que estão cada vez mais aparecendo na TV. Mas falta também marketing. Falta investimento dos canais na promoção ou canalizar este investimento para que os shows repercutam mais.
Blogueiros que normalmente são convidados a promover séries estrangeiras raramente recebem DVDs de para divulgação de alguma série nacional (aliás, as séries da HBO sequer são lançadas me DVD, o que impede que o programa se perpetue). Não conheço também nenhum jornalista que tenha sido convidado pra visitar um set de gravação ou tenha recebido um convite pra uma exclusiva com a Natália Klein ou a Denise Fraga ou a Fernanda Young.
Mas eis que temos uma série sobre marketing. E marketing de sexo! Agora tudo vai mudar.
O Negócio, a nova série da HBO, produzida pela Mixer (que tem no portfólio a infantil Julie e os Fantasmas e a adolescente Descolados), é direta no ponto: aborda o universo da prostituição de luxo, apresentando um grupo de mulheres que se unem para propor uma nova forma de monetizar, dispensando os cafetões. Rafaela Mandelli e Juliana Schalch são as protagonistas (ainda há uma terceira atriz, Michelle Batista, que não aparece no primeiro episódio, o que comprova a minha tese que roteirista brasileiro não sabe escrever piloto), e são lindas, atraentes e talentosas – com texto bem ensaiado, na maior parte do tempo elas soam naturais.
Com um tema provocador desses, um elenco pouco conhecido, mas promissor, e finalmente uma forte divulgação por parte da HBO – amplamente promovida em promos provocativos, com eventos de lançamento na imprensa e um press kit bacana -, parece que O Negócio tem tudo para deslanchar. Agora vai?
Parece que não. O Negócio não faz feio na primeira visualização, mas também não prende, nem diz a que veio.
O roteiro nos coloca na posição de quem está dentro do negócio (prostituição) e descobre um novo olhar sobre ele (o marketing). É um plot curioso, porque o natural seria o contrário – acredito que os telespectadores da HBO tenham mais curiosidade pela prostituição do que pelo marketing! Mas é uma escolha e só ao longo das semanas será possível ver se ela rende ou não.
A série também não perde tempo em fazer julgamentos morais. O que é uma faca de dois gumes. Quando os dramas adultos estouraram na TV, nos anos 2000, ainda existia esta preocupação – as dificuldades financeiras que levam Nancy a se tornar traficante em Weeds; o código de honra que leva Dexter a se tornar um assassino de assassinos e por aí vai. Aqui as mulheres querem é ganhar dinheiro. Com isto se tem um show direto, mas com uma premissa superficial.
Outra curiosidade sobre O Negócio é que, apesar da temática, não temos nenhuma cena de nudez no primeiro episódio. Sério, nada. Achei curioso, porque isto justamente foge do padrão HBO. (E a série foi ao ar justamente no mesmo dia que o Alexander Skarsgård tomou banho de sol peladão em True Blood). Não acho que uma série adulta precise de nudez, longe disto. E entendi rapidamente porque não teve. Assistindo ao piloto me dei por conta do “negócio” arriscado que é esta série: ela quer ser um drama adulto da HBO, mas basta uma escorregadinha pra virar um soft porn do Cinemax ou do Multishow.
Em resumo, pra ficar na linguagem da série: a HBO acertou em 3 dos 4 Ps. A praça é a melhor, o preço é justo, a promoção foi ótima. Mas O Negócio ficou devendo no produto.
* * *
O Negócio estreou neste domingo, 18 de agosto na HBO. Os episódio inéditos irão ao ar nas noites de domingo, às 21h. O episódio piloto pode ser assistido gratuitamente pela internet, na página www.hbomax.tv/o-negocio.
Destaques da terça-feira, 6/10/2009
06/10/2009, 00:50. Redação TeleSéries
TV Brasil
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A Vida Secreta de uma Adolescente Americana – Boomerang, 21h
O Boomerang já foi canal de desenhos antigos, de programação infanto-juvenil e agora parece que começa a busca o público teen, trazendo para o Brasil a série A Vida Secreta de uma Adolescente Americana (The Secret Life of the American Teenager). O seriado estreia com o episódio Falling In Love, onde conheceremos a história de Amy (Shailene Woodley), uma garota de 15 anos que engravidou do namorado.
Burn Notice – Fox, 21h
A série de ação Burn Notice retorna esta noite com novo episódios na Fox, assumindo o posto de 24 Horas na grade do canal. O seriado retorna com Do No Harm, em que Michael (Jeffrey Donovan) ajuda um homem a recuperar dinheiro perdido para um grupo de trapaceiros que fazem fraudes com medicamentos.
Descolados – MTV, 23h30
Chega ao fim nesta terça-feira a primeira temporada de Descolados, série nacional da MTV.
Late Show – GNT, 1h de quarta-feira
O Late Show with David Letterman recebe nesta quarta-feira a visita de dois astros de sitcons. Kelsey Grammer, ex-Frasier, vai ao programa promover a nova série Hank. E Alyson Hannigan divulga a quinta temporada de How I Met Your Mother. Clique aqui para continuar a leitura »
Descolados: finalmente uma série para jovens brasileiros
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Excelente o primeiro episódio de Descolados, que estreou na últimas terça-feira (14/7) na MTV Brasil.
O piloto atendeu minhas expectativas, que eram altas. Afinal, a atração é realizada em parceria com a Mixer, a mesma produtora da excelente Mothern, duas vezes indicada ao International Emmy Awards.
Descobrir, logo no primeiro episódio, que Descolados não tem nada a ver com a gíria foi ótimo. Eu ando cansado de hypes e de todas as coisas mais bacanas de todos os tempos da última semana.
Descolados mostra três jovens de 20 e poucos anos arrancados a fórceps de suas rotinas e que despencam, sem pára-quedas, na vida adulta. Clique aqui para continuar a leitura »
Nuvem de Séries
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