Breaking Bad – Ozymandias

Data/Hora 22/09/2013, 16:24. Autor
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Palavras não fazem justiça a uma das horas mais emocionalmente destrutivas, dramáticas e ainda satisfatórias que eu já tive a oportunidade de assistir. Não houve apenas uma cena de destaque, ou alguns picos de tensão insuportável. Este foi um episódio onde tudo e todos os envolvidos no seriado se uniram pra criar uma obra que George Martin nenhum conseguiria colocar defeito. Bryan Cranston e Anna Gunn criaram juntos uma das melhores cenas (provavelmente a melhor) como Walter e Skyler White. Betsy Brandt e RJ Mitte não ficaram atrás, bem como, Dean Norris em uma sequência quase que perfeita na atuação.

O episódio começa outra vez com uma narrativa não linear, agora tão familiar em Breaking Bad. Um salto, e somos remetidos a um prólogo longe da saraivada de tiros e a angústia do final de To’Hajiilee. Assim como em Box Cutter, o primeiro episódio da quarta temporada, que usa a mesma técnica a fim de mostrar ao público o primeiro dominó caído, e as razões que, nesse caso, geraram a morte de Gale. A abertura de Ozymandias enfatiza o mesmo sentimento, em uma cena onde Walter e Jesse trabalham juntos pela primeira vez. Onde ainda havia inocência em ambos os lados, onde a primeira mentira de Walter foi encenada em um lugar chamado To’ Hajiilee, o grande palco do seriado.

E nesse mesmo local, Gomie e Hank encontram seu destino fatídico. O episódio anterior não terminou bem para esses personagens, as chances não eram boas. Mesmo assim, mesmo que esse destino fosse insinuado, ver a maneira tragicamente simples como os personagens foram “despachados” chocou. A primeira vez que vemos Gomez, ele já estava morto, e Hank tem uma bala na perna, olhando para a arma como sua última linha de defesa, impotente e se arrastando pelo chão – em uma sutil referência ao episódio One Minute.

O impressionante nessa cena foi ver Walter lutando pela vida de Hank, como se estivesse lutando por si mesmo, pelo último suspiro de uma humanidade que há tanto tempo está em um estado terminal. O genial e manipulativo Walter White não é capaz de convencer os nazistas a pouparem a vida de seu cunhado. Em lágrimas e desespero, Walter pede ajuda a Hank, o que gerou um dos melhores momentos do seriado. Em um último ato repleto de dignidade, orgulho e coragem, Hank finalmente fala a Walter: “Você é o cara mais inteligente que já conheci, e estúpido demais para entender que ele já decidiu (me matar) dez minutos atrás”. Assim, o personagem com o maior apelo heroico do seriado tem sua vida ceifada por um tiro na cabeça, e agora jaz em uma cova rasa, indiretamente, cavada por Walter.

Todas as tramas que foram aos poucos desenvolvidas na segunda parte da quinta temporada avançaram em ritmo inacreditável. Em 20 minutos de episódio Walter perde todo o controle, permanece fraco, ele não é mais o ”imperador” Heisenberg. Como o soneto de Shelley, que deu nome ao episódio, diz “nada mais resta: em redor a decadência, daquele destroço colossal, sem limite e vazio. As areias solitárias e planas espalham-se para longe”.

Não há dúvida que Jesse está no inferno. Preste a morrer, Todd intervém como uma questão de segurança “empresarial”, mas mais como um meio de tortura. E Walter se entregando a seu ódio rancoroso, torcendo a faca da culpa, confessa a verdade sobre a morte de Jane. Em um episódio cheio de monólogos, brigas, morte e destruição, eis o discurso concebido para infligir o máximo de dor: “Eu assisti Jane morrer. Eu estava lá. E a vi morrer e sufocar até a morte. Eu poderia ter salvado. Mas eu não fiz.” É apenas selvagem e emocional, com a única função de antecipar a morte de Jesse, que agora voltou a ser um homem abatido e vazio, já sem forças de lutar. O cão raivoso agora está na coleira, mantido em um poço, arrastado para fora apenas para ser forçado a cozinhar metanfetamina, com uma foto de Andrea e Brock posta como lembrete e uma ameaça.

Walter ainda está sob a impressão equivocada de que ele tem um mínimo de controle sobre a situação. Mas depois de outro ataque verbal de seu filho, Skyler chega a seu limite. Skyler finalmente decide ser aquela que protege a família do homem que a “protege”, ela vê que os motivos de Walter são os mais egoístas e novamente volta a se impor. O foco da câmera nas facas vem como um presságio da violência que está por vir. Walt e Skyler brigam, até que Júnior intervém parar defender sua mãe e chama a polícia (Vai, Flynn!); Holly gritando no fundo; Walt insistindo que eles ainda eram uma família. E em um ato final, egoísta e pretendendo castigar Skyler, Walter foge com a bebê Holly. E como uma mãe desesperada correndo pelas ruas, coberta de sangue, gritando por sua filha, Anna Gunn nunca foi tão empática em seu desempenho com atriz.

“Ozymandias”, o soneto escrito por  Percy Bysshe Shelley, descreve temas como a arrogância, a transitoriedade do poder, a permanência da arte e a relação entre o artista e sua obra. Não acredito que melhor figura de linguagem pudesse ser utilizada para escrever de maneira tão sublime a condição de nosso protagonista. Heisenberg, “aquele que bate”, nunca se viu tão impotente, e tudo que sua “arte”, sua obra deixou foi um legado de dor. Walt acaba na mesma interseção que Jesse, em frente a mesma estrutura que lembra um cemitério, à espera de que a minivan vermelho para levá-lo para uma outra vida.

O episódio, em suma, foi sobre perda e luto. Foi sobre como os atos ecoaram desde o primeiro momento em que Walter e Jesse dirigiram pela primeira vez até To’Hajiilee. Tudo o que Walter tocou uma vez se inflamou até apodrecer. Sua família foi irremediavelmente destruída pela própria ação que tinha o intuito de garantir o seu futuro. Jesse está preso em um tipo de morte em vida. E Walter White finalmente sucumbiu à arrogância de sua outra metade, Heisenberg.

Os oito episódios finais estão amarrando a trama aos poucos sem deixar pontas soltas. Logo teremos as respostas para as perguntas levantadas no primeiro episódio desse arco final (Pra que ricina? E quem terá o destino decidido por uma M60?). As teorias são muitas, mas depois de um episódio do calibre de Ozymandias, minha única expectativa aos episódios finais de Breaking Bad, que terão 70 minutos, é sobreviver. Alguém aí quer assistir Rains of Castemare pra animar o dia?

– “Mama!” Holly White.

Quem vai ganhar? Confira as nossas apostas para o Emmy 2013!

Data/Hora 22/09/2013, 15:17. Autor
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Fizemos uma lista com as nossas apostas para o 65ª edição do Emmy, que vai ao ar hoje na Warner, ao vivo, às 21h. Enquanto a festa não começa, que tal dar a sua opinião também?

Vamos lá!

Melhor ator em série dramática
Kevin Spacey (“House of cards”)
Hugh Bonneville (“Downton abbey”)
Jon Hamm (“Mad men”)
Damian Lewis (“Homeland”)
Bryan Cranston (“Breaking bad”)
Jeff Daniels (“The Newsroom”)

Melhor atriz em série dramática
Michelle Dockery (“Downton abbey”)
Elizabeth Moss (“Mad men”)
Claire Danes (“Homeland”)
Vera Farmiga (“Bates Motel”)
Kerry Washington (“Scandal”)
Robin Wright (“House of cards”)
Connie Britton (“Nashville”)

Melhor atriz coadjuvante em série dramática
Emilia Clarke (“Game of thrones”)
Anna Gunn (“Breaking bad”)
Maggie Smith (“Downton abbey”)
Morena Baccarin (“Homeland”)
Christina Hendricks (“Mad men”)
Christine Baranski (“The good wife”)

Melhor ator coadjuvante em série dramática
Aaron Paul (“Breaking bad”)
Bobby Cannavale (“Boardwalk Empire”)
Jim Carter (“Downton abbey”)
Peter Dinklage (“Game of thrones”)
Jonathan Banks (“Breaking bad”)
Mandy Patinkin (“Homeland”)

Melhor série de comédia
“Louie”
“Girls”
“30 rock”
“Veep”
“Modern family”
“The big bang theory”

Melhor série dramática
“Breaking bad”
“Game of thrones”
“Mad men”
“Downton abbey”
“Homeland”
“House of cards”

Melhor ator em série de comédia
Alec Baldwin (“30 Rock”)
Jason Bateman (“Arrested Development”)
Louis C.K. (“Louie”)
Don Cheadle (“House of lies”)
Matt Leblanc (“Episodes”)
Jim Parsons (“The big bang theory”)

Melhor atriz em série de comédia
Laura Dern (“Enlightened”)
Lena Dunham (“Girls”)
Edie Falco (“Nurse Jackie”)
Tina Fey (“30 Rock”)
Julia Louis-Dreyfus (“Veep”)
Amy Poehler (“Parks And Recreation”)

Melhor atriz coadjuvante em série de comédia
Mayim Bialik (“The big bang theory”)
Merritt Wever (“Nurse Jackie”)
Julie Bowen (“Modern family”)
Sofía Vergara (“Modern family”)
Jane Krakowski (“30 Rock”)
Jane Lynch (“Glee”)
Anna Chlumsky (“Veep”)

Melhor ator coadjuvante em série de comédia
Ed O’Neill (“Modern family”)
Jesse Tyler Ferguson (“Modern family”)
Ty Burrell (“Modern family”)
Tony Hale (“Veep”)
Adam Driver (“Girls”)
Bill Hader (“Saturday night live”)

Melhor minissérie ou filme
“American Horror Story”
“Behind the candelabra”
“The Bible”
“Phil Spector”
“Political animals”
“Top of the lake”

Melhor ator em minissérie ou filme
Benedict Cumberbatch (“Parade’s end”)
Matt Damon (“Behind the candelabra”)
Michael Douglas (“Behind the candelabra”)
Toby Jones (“The girl”)
Al Pacino (“Phil Spector”)

Melhor atriz em minissérie ou filme
Jessica Lange (“American horror story”)
Laura Linney (“The Big C”)
Helen Mirren (“Phil Spector”)
Elizabeth Moss (“Top of the lake”)
Sigourney Weaver (“Political animals”)

Melhor ator coadjuvante em minissérie ou filme
James Cromwell (“American horror story”)
Zachary Quinto (“American horror story”)
Scott Bakula (“Behind the candelabra”)
John Benjamin Hickey (“The Big C”)
Peter Mullan (“Top of the lake”)

Melhor atriz coadjuvante em minissérie ou filme
Sarah Paulson (“American horror story”)
Imelda Staunton (“The girl”)
Ellen Burstyn (“Political animals”)
Charlotte Rampling (“Restless”)
Alfre Woodard (“Steel Magnolias”)

Melhor reality show de competição
“The amazing race”
“Dancing with the stars”
“Project runaway”
“So you think you can dance”
“Top chef”
“The voice”

Melhor série de variedades
“The Colbert report”
“The daily show”
“Jimmy Kimmel live”
“Late night with Jimmy Fallon”
“Real time with Bill Maher”
“Saturday night live”

Autor de ‘Game of Thrones’ diz ter ficado surpreso com episódio de ‘Breaking Bad’

Data/Hora 20/09/2013, 10:11. Autor
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George R.R Martin, autor de Game of Thrones (HBO), foi uma das pessoas que ficou surpreendidas com Ozymandias, episódio de Breaking Bad que foi exibido no último domingo (15). O episódio, que teve uma marca de 6.4 milhões de espectadores, mostrou Walter White (Bryan Cranston) em seu estado mais cruel. E isso fez com que Martin ficasse refletindo sobre ele.

NOTÍCIAS | Episódios finais de ‘Breaking Bad’ terão duração extendida 

“É uma série incrível. E o último episódio também foi incrível”, disse Martin em um post do seu blog. “Walter White é um monstro muito maior do que os que existem em Westeros. Eu preciso fazer algo sobre isso”, complementou o autor que fez uma referência a Westeros, um dos três continentes em que a história das Crônicas de Gelo e Fogo se passa.

O autor também falou sobre as chances de Game of Thrones na categoria Melhor Série de Drama no Emmy – que será realizado no dia 22 de setembro. “Essa é a última temporada de Breaking Bad. Eu acho que Game of Thrones pode ter uma chance nesse ano no Emmy (mas apenas uma chance, já que eu sei que Breaking Bad é o favorito)”, disse Martin. Para ele, “o nosso perfil é tão alto quanto ele jamais poderia ser. Nós tivemos uma temporada muito boa”. A série vai competir contra Breaking Bad, além de Downton Abbey, Homeland e House of Cards.

George R.R Martin ainda comentou que, se a Academia for premiar alguém no quesito de série de fantasia, isso deverá acontecer nesse ano e o prêmio será para Game of Thrones.

Com informações do The Hollywood Reporter.

Episódios finais de ‘Breaking Bad’ terão duração estendida

Data/Hora 19/09/2013, 20:05. Autor
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O fim está próximo para Breaking Bad mas se depender da AMC, a série deixará a grade do canal em grande estilo. Os episódios finais da história de Walter White e Jesse Pinkman terão 15 minutos a mais, totalizando 75 minutos – com comerciais.

A notícia foi dada pelo roteirista e co-produtor executivo da série, Peter Gold.

A audiência da série vem aumentando a cada episódio e a atração já conseguiu abocanhar uma quantia de 6,4 milhões de telespectadores em um único episódio.

Os episódios finais de Breaking Bad irão ao ar nos dias 22 e 29 de setembro, às 21h, no canal americano AMC.

Com informações do Inside TV e The Hollywood Reporter 

Os 30 melhores episódios da temporada 2012-2013: #10-1

Data/Hora 18/09/2013, 10:49. Autor
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E chegou ao fim nosso especial dos dos 30 melhores episódios da temporada 2012-2013. Depois de conhecermos os número de 30 a 21 da lista (que abriu com Dexter e foi até Grey’s Anatomy) e de 20 a 11 (de Rectify a The Good Wife), encerramos com os tops dos tops.

Breaking Bad, Doctor Who, Elementary, House of Cards, Orphan Black, Parks and Recreation, Scandal, The Big Bang Theory, The Walking Dead estão entre as séries que tiveram episódios exibidos entre junho de 2012 e junho de 2013 que mais empolgaram o time de colaboradores do TeleSéries. E, claro, no topo da lista está a série que deixou todo mundo de queixo caído e se tornou o centro da discussões nas redes sociais ao exibir o maior massacre de protagonistas da história da TV.

Concorda conosco? Veja a lista completo, leia as nossas resenhas e deixe seu comentário. Ano que vem tem mais!

#10
Série:
Orphan Black
Episódio: Parts Developed in an Unusual Manner (1×07)

Todos os dez capítulos de Orphan Black poderiam entrar na lista de melhores episódios recentes de uma série de TV. O primeiro tem um suicídio violento sob circunstâncias suspeitíssimas, algo que faz com que a gente entre no clima da história logo de cara. No terceiro, vários clones (todos interpretados por Tatiana Maslany) se encontram na sala de Alison. Mas, se é para escolher um único episódio, que ele seja o sétimo, Parts Developed in an Unusual Manner. Nesse dia, Paul é levado à organização que criou os clones e pressionado a entregar a Sarah, que estava se passando pela policial Beth. Foi um momento de tensão, porque, até aí, não tínhamos certeza se o Paul estava realmente querendo protegê-la ou estava fingindo. Depois, numa passagem fofa e, mais uma vez, emocionante, a Sarah – em parceria com a Shakira, digo, Helena – bolou um plano e conseguiu tirar o Paul de lá. A Helena ainda cortou o rabo do vilão Olivier; sim, ele tinha um rabo! Hilário! É nesse episódio, também, que a equipe da polícia começa a desconfiar que Beth (na verdade Sarah) esteja manipulando as evidências de alguns crimes (que estavam ligados à clonagem). Já Cosima investia em um romance homoafetivo que, claramente, poderia acabar com a vida dela. Muita emoção para 42 minutos! (Gabriela Pagano)

Doctor Who - The Name of the Doctor

#9
Série:
Doctor Who
Episódio: The Name of the Doctor (7×14)

A 7ª temporada de Doctor Who teve alguns acontecimentos que por certo ficarão marcados na memória dos fãs, mas nenhum episódio foi tão marcante quanto The Name of the Doctor. Ele já levantou polêmica meses antes da exibição, tamanho o medo que os fãs tinham de que Steven Moffat acabasse pro revelar assim, sem mais nem menos, o maior segredo da série. E é claro que os fãs ficaram preocupados a toa. O nome não foi revelado, mas algo muito mais importante aconteceu: o público ficou estarrecido ao ver John Hurt na tela e descobrir que havia uma regeneração perdida no meio do caminho. Uma parte do Doutor da qual ele se envergonhava tanto que apagou completamente de sua existência. E não foi tudo! Ainda tivemos a confirmação dos sentimentos do Doutor por River, na cena mais linda protagonizada pelos dois desde a morte de River Song, que coincidentemente foi quando o 10° Doutor a conheceu. E como se não fosse o bastante, Clara se infiltrou na linha do tempo do Doutor para salvá-lo, dando a todos nós a chance de rever cada Doutor desde o momento que o 1° furta a TARDIS e inicia suas aventuras até a famigerada regeneração renegada. Um episódio para ficar na memória. (Mica)

Scandal - White Hat's Back On

#8
Série:
Scandal
Episódio: White Hat’s Back On (2×22)

Shonda Rhimes simplesmente calou os que apostavam que Scandal não passaria desta temporada – ela não só se tornou uma das séries mais comentadas nos Estados Unidos nesta última fall season, como também se tornou uma das mais assistidas da ABC. E a season finale deste sucesso não poderia ter outro sinônimo do que “escandalosa”. No episódio que fechou a temporada, vimos o desfecho sobre a história do espião no governo do presidente Fitz, que todos pensavam ser mesmo David Rosen, mas que acabou sendo Billy Chambers, em uma incrível reviravolta. E depois que praticamente todos os plots da série abertos até aqui estavam resolvidos – inclusive o romance entre a protagonista e Fitz -, Olivia se prepara para sua caminhada matinal, quando ao abrir a porta se deparada com dezenas de jornalistas, questionando se ela é a amante do presidente. Quando Olivia é praticamente colocada a força dentro de um carro, nós descobrimos que o líder da B-613, Rowan, é nada mais, nada mesmo que o pai da nossa gladiadora chefe. Como não perder o ar depois dessa finale? Estamos dormindo com essa deste maio, e loucos para chegar outubro para descobrirmos o que vai acontecer depois de uma das mais sensacionais season finales deste ano. (Anderson Narciso, do blog Box de Séries).

The Big Bang Theory - The Love Spell Potential

#7
Série:
The Big Bang Theory
Episódio: The Love Spell Potential (6×23)

“No husband, no boyfriends, some rules” disse Bernadette antes de embarcar no táxi para Las Vegas. É assim que começa o episódio The Love Spell Potential, da sexta temporada de Big Bang Theory. Enquanto as meninas planejam se aventurar por Las Vegas, o grupo de Sheldon Cooper se prepara para jogar o clássico dos role-playing games Dungeons & Dragons. Mas os planos das garotas mudam quando Amy tem problemas no aeroporto. O episódio é um dos mais engraçados da série, pois Howard é nomeado o mestre do jogo e imita as vozes de vários atores: Nicolas Cage, Al Pacino, Christopher Walken. Cada imitação de Howard faz o episódio valer a pena. E enquanto a maioria dos episódios da série terminam com finais engraçacados, o final deste exibe uma cena doce do casal Shamy (Sheldon & Amy), que faz a gente se lembrar do motivo de gostarmos tanto desta série. (Cinthia Quadrado)

Breaking Bad  - Gliding Over All

#6
Série:
Breaking Bad
Episódio Gliding Over All (5×08)

Particularmente, a primeira metade da quinta temporada de Breaking Bad não me empolgou muito. Mas Breaking Bad, no seu pior dia, é melhor do que 95% do que se vê na TV. E Gliding Over All, o episódio que marcou a despedida do verão de 2012, veio para apagar qualquer crítica, recolocar Breaking Bad na posição de uma das séries mais importantes da atualidade e finalmente encaminhar a trama para sua despedida definitiva – mostrando o momento em que verdade sobre Walt viria à tona (ironicamente no momento em que ele decidiu abandonar o crime). O episódio tem algumas cenas antológicas, como a grande queima de arquivo promovida à mando de Walt; ou o momento em que Skylar mostra para ele as pilhas de dinheiro que não consegue lavar (numa cena que remeteu a saudosa The Shield). Mas nada é tão marcante que a cena final: quando Hank, sentado no vaso sanitário, descobre ao acaso que seu cunhado é o traficante de metanfetamina que vem procurando nos últimos anos (Paulo Serpa Antunes)

The Walking Dead - This Sorrowful Life

#5
Série:
The Walking Dead
Episódio: This Sorrowful Life (3×15)

Após diversas mudanças na produção da série, The Walking Dead voltou para sua terceira temporada com um ritmo alucinante, em episódios que dosavam muito bem cenas de ação e o desenvolvimento dos personagens. Mas na volta do hiato o ritmo da série caiu e tivemos pelo menos uns três episódios com tramas arrastadas e diálogos que não acrescentavam grande coisa ao desenvolvimento do arco central da temporada. Quando os fãs começaram a desanimar, o episódio This Sorrowful Life, penúltimo da temporada, veio trazer de volta a boa e velha The Walking Dead. O episódio conseguiu equilibrar cenas de ação bem feitas com diálogos que emocionaram e trouxe ainda a morte de um personagem que, apesar de meio canastrão, só estava tentando sobreviver em um mundo diferente de tudo que era antes conhecido, encontrando pouco antes de sua morte a redenção de seus atos falhos. Memorável e um dos melhores episódios da série de zumbis do AMC. (Samuel Sales)

House of Cards - Chapter 1

#4
Série:
House of Cards
Episódio: Chapter 1 (1×01)

Quem assistiu House of Cards sabia que a série tinha tudo para ser um dos maiores destaques da temporada de 2012. O episódio piloto da série tinha tudo: um bom roteiro, ótimos atores e uma produção de primeiro mundo. Não foi à toa que o drama do Netflix foi indicado ao Emmy – e mereceu em cada categoria. Um político ganancioso, um presidente esperto, uma repórter ambiciosa, e todas as peças necessárias para um jogo perigoso de poder. Essa é a fórmula, a aposta que deu muito certo. A série já nasceu com cheirinho de inovação. Tratar de intrigas na Casa Branca pode lá não ser uma novidade, ainda mais sendo a série um remake de outra história. Mesmo assim, os diálogos em primeira pessoa com o telespectador fogem do tipo de narrativa na qual estamos acostumados na TV. Se o recurso já foi visto em algumas séries, em House of Cards deixamos de ser apenas um ouvinte, para ser um parceiro, amigo íntimo, quase um cúmplice. A série tem também uma bela fotografia, mostrando o jogo de sombras e cores que há na cidade mais poderosa do mundo. (Maria Clara Lima)

Parks and Recreation - Leslie and Ben

#3
Série:
Parks and Recreation
Episódio: Leslie and Ben (5×14)

Parks and Recreation é sem dúvida alguma, uma das melhores comédias da atualidade e, apesar de um pouco irregular, a quinta temporada da série da NBC também nos apresentou excelentes episódios. Entre eles, se destaca Leslie and Ben, por seu valor sentimental. O episódio teve ótimos momentos de humor, claro, mas quando acompanhamos uma série há um bom tempo como é o caso de Parks, tendemos a nos envolver com cada um dos personagens – de Leslie, que conhecemos na primeira cena do piloto, até Ben, que só conhecemos um pouco mais tarde, mas com o qual nos importamos do mesmo modo. E por esse fator emotivo, que permeou o episódio, é que ele figura entre o preferido de muita gente. Afinal tivemos todo o elenco envolto em um único arco em constantes demonstrações de afeto entre todos, já que todo mundo – cada um a seu modo – fez o que pode pra ajudar o casal a realizar seu tão aguardado sonho de se casar. Pelo equilíbrio perfeito entre a comédia e a emoção, e pelo que esses personagens representam na vida de quem acompanha Parks , esse é um episodio memorável, com certeza. (Samuel Sales)

Elementary - The Woman

#2
Série:
Elementary
Episódio: The Woman / Heroine (1×23 e 1×24)

Não é difícil encontrar razões pelas quais o finale da primeira temporada de Elementary foi excelente, mas se uma tiver de ser apontada, acho que o fato de ter sido um episódio (na verdade, dois) surpreendente seria a principal. Sherlock não só encontrou sua amada viva – detalhe importante, visto que Holmes pensava que ela estava morta – como descobriu que ela era, além de sua musa, seu maior inimigo. Acho que só esses dois plot twists seriam o suficiente para justificar a presença do episódio duplo na lista, mas existem outras coisas, como, por exemplo, a participação de Natalie Dormer, que, odeiem-me, esteve muito melhor de Irene Adler/Moriarty do que de Margaery Tyrell em Game of Thrones. Dormer foi um furacão, não só pela importância de sua personagem, mas porque se encaixou muito bem nos dois extremos do papel: a moça vai de uma Adler quebrada e assustada para uma Moriarty manipuladora, poderosa e no controle em um segundo, sem falhas. Dá quase pra ver a máscara da personagem caindo. Fora isso, o padrão de qualidade usual da série – elenco, roteiros, parte técnica – foi uma base forte para a sustentação da bomba que fechou a temporada da série com chave de platina. (Carol Cadinelli Mauler)

Game of Thrones - The Rains of Castamere

#1
Série:
Game of Thrones
Episódio: The Rains of Castamere (3×09)

Ah, os nonos episódios de Game Of Thrones. Sempre eles a elevar o nível das temporadas. A nos fazer vibrar, chorar e sofrer. Dessa vez não foi diferente. Todos morremos um pouquinho quando Frey determinou que as portas fossem fechadas e Rains of Castamere começou a ecoar pelos salões. Em um episódio centrado nos amados Stark, ninguém ficou imune às emoções. Seja a alegria pela fuga de Snow, seja a excitação pelo reencontro iminente de Arya com a mãe e o irmão, seja a pena pela separação de Bran e Rickon. Ou, mais provavelmente, a dor profunda causada pelo extermínio de Robb, Catelyn e, porque não, Vento Cinzento; e a vontade de colocar a espada nas costas e sair matando Lannisters. Direção e roteiros competentes. Ação e emoção na mesma medida. E um nono episódio perfeito, daqueles que só Game Of Thrones costuma nos proporcionar. (Mariela Assmann)

Leia também:
Os 30 melhores episódios da temporada 2012-2013: #30-21
Os 30 melhores episódios da temporada 2012-2013: #20-11

‘Breaking Bad’ bate mais um recorde de audiência

Data/Hora 16/09/2013, 20:09. Autor
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Breaking Bad conseguiu bater mais um recorde de audiência. Segundo o EW, um dos melhores episódios da série – e talvez um dos melhores da TV – também foi o mais assistido.

REVIEW | ‘Breaking Bad’ – To’Hajiilee

O episódio do último domingo (15) – intitulado Ozymandias – teve um total de 6.4 milhões de espectadores. O número ainda inclui 4.1 milhões de adultos entre 18 e 49 anos. No horário da exibição, o episódio também fez com que 604,765 mensagens fossem tuitadas.

Esses números superam o recorde recente que Breaking Bad teve em sua season premiere. Além disso, as médias de audiência também sugerem que a série consiga bater outro recorde com a sua series finale – que vai ao ar em 29 de setembro. No geral, Breaking Bad teve uma média de 5.2 milhões de espectadores.

A série também entrou para o Guiness World Records – o Livro dos Recordes – como a série mais bem avaliada de todos os tempos. O programa da emissora norte-americana AMC conquistou o título por ter alcançado o melhor índice entre os usuários do MetaCritic.com – site que serve como um tipo de central no qual são postadas avaliações de críticos especializados.

A última temporada de Breaking Bad vai ao ar aos domingos, pela AMC.

Com informações do EW.

Breaking Bad – To’hajiilee

Data/Hora 15/09/2013, 15:07. Autor
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Não houve erros – menos que você conte as centenas ou talvez milhares de cartuchos de munição que não conseguiram atingir ninguém. O episódio pode ser facilmente separado em duas partes, a primeira mais calma, porém sem deixar de ser tensa e a segunda completamente alucinante. Aquela foi, em uma palavra, genial. Vince Gilligan utiliza de pura inteligência para desenvolver a trama, enquanto na segunda, não menos genial, se utiliza de velhas artimanhas de seriados, deixando o público saber que a história não acabaria ali, e surpreendendo completamente terminando o episódio da maneira mais agonizante que poderia ter imaginado (essa semana parece ter durado duas, mas domingo está chegando).

A maioria das séries policiais retrata aquela velha metodologia de pular de pista em pista, uma testemunha a outra, até que se tem o suficiente para se prender o suspeito, os episódios acabam sendo mais uma caça ao tesouro. E tão acostumados ao esquema, mesmo que a série não seja policial, era de se esperar que isso acontecesse em Breaking Bad. Mas Hank Schrader usou a inteligência para criar um grande plano ao lado de Jesse.

Uma imagem, e num instante o mundo de Walter gira, com sua ganância, e sua recusa de ainda não ver Jesse como uma ameaça viável, então começa a ação. Enquanto Walt atravessa as ruas de Albuquerque, acelerando através de sinais vermelhas, gritando ao telefone, ele não pensa por um segundo que tudo poderia ser o maior plano de Jesse, descobrindo uma maneira de explorar sua fraqueza forçando – o para fora de seu buraco e levá-los direito de seu esconderijo no deserto.

Durante a segunda metade da quinta temporada pode se ver quase que uma briga interna entre Walter White e Heisenberg. Depois de passar alguns episódios com Walter sendo apenas o proprietário do lava rápido e traficante aposentado (zzz…), Heisenberg voltou com força total. Mesmo quando, ele ainda estava defendendo seu ex-parceiro – deixando claro que Jesse não era um rato – crente que seu antigo pupilo nunca o trairia, não havia dúvidas que aquele diante de nossos olhos era o nosso “querido” psicopata manipulador. O homem que não tem medo de envolver inocentes em sua trama, que tem “coragem” de envenenar uma criança e ainda ter um sorriso plástico em seu rosto ao falar com a mesma mais tarde.

No final do Gliding Over All, Walt se aposentou, pensando que ele teria colhido todos os benefícios de seu império. Muito diferente das primeiras temporadas, quando Walt mostra sua inexperiência ao lidar com um submundo que ele não conhece e nem entende. Ele escolhe um lugar de encontro com Tuco em um ferro-velho, porque ele assume, a partir de clichês culturais, que é o tipo de lugar que as pessoas se encontram para o tráfico de drogas. Ele incita Jesse em expandir seus negócios em um território mais vasto, porque isso é o que as empresas de sucesso fazem.

Todd, Jack, Kenny, e o resto do White Power Biker Gang são o maior e mais destrutivo exemplo de quanto Walter afundou ao chegar aos limites do mundo do tráfico de drogas. E como ele estoicamente sai do esconderijo, caminha para Hank, resistindo os sorrisos brilhantes de conquista nos rostos de seus inimigos. Sua única resposta é chamar Jesse um covarde, para insultar insensivelmente Jesse, sua (ex) marionete, quando este finalmente conseguiu tirar das mãos – de um homem que só se preocupava com ele até o momento que o convinha – a cruzeta que o manipulava.

Vemos Heisenberg derrotado, com algemas frias em volta de seus pulsos. Mesmo que seus inimigos pareçam triunfantes, ainda havia tanto tempo para algo mais acontecer. Uma vez que Hank ligou para Marie, um sentimento ruim invadiu feito uma onda, como se o ato fosse um convite para a maré de azar tomar conta da situação. Mesmo antes, quando Walter tentou cancelar o ataque – que havia ordenado segundos antes – que permaneceu sem resposta. Mas, para seu próprio horror, os carros chegam de qualquer forma, para tomar medidas contra as suas ordens, porque Walt não é todo-poderoso, ele é apenas o químico para os nazistas capazes de realizar uma chacina em questão de minutos.

Vince Gilligan inúmeras vezes já declarou que Breaking Bad só é o que é devida a excelente equipe de co-autores do seriado, sempre elogiando-os com louvor. Na maioria das vezes, fica atribuída a sua imagem uma humildade genuína, visto que sua genialidade é conhecida desde a época em que era co-produtor em Arquivo X. Mas To’Hajiilee é mais uma declaração definitiva que Gilligan não é apenas um cara humilde: Breaking Bad tem alguns dos mais talentosos escritores e diretores no meio. Este foi o último e mais um episódio brilhantemente dirigido por Michelle MacLaren, assim como o último roteiro de George Mastras, ambos merecem uma enorme quantidade de crédito para a elaboração de mais um episódio magnífico. To’Hajiilee com certeza entra para o Hall da Fama, não só do seriado, mas de toda história da televisão.

‘Breaking Bad’: AMC fecha contrato para produção do spin-off centrado em Saul Goodman


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O AMC, em parceria com a Sony Pictures Television, fechou o contrato para a criação do spin-off de Breaking Bad. É isso mesmo! Parece que a história de Saul Goodman (Bob Odenkirk), o advogado de Walter White, terá muito o que mostrar.

NOTÍCIAS | ‘Breaking Bad’ pode ganhar série derivada centrada em Saul Goodman

Até julho deste ano, a produção do novo projeto ainda não estava confirmada. Apesar disto, Vince Gilligan (criador de Breaking Bad), já havia comentado várias vezes que a nova série tinha grandes possibilidades de ser produzida.

O canal anunciou que o projeto “será focado na evolução” da moral de Goodman, antes de ele se tornar o advogado de Heisenberg. Ainda não se sabe se o ator Bob Odenkirk continuará com seu papel, o que dá a entender que, o Goodman poderá ser representado quando era jovem.

Não deixe de conferir a series finale de Breaking Bad, que vai ao ar em 29 de setembro pela AMC. 

Com informações do TV Line.

‘Breaking Bad’ conquista recorde de série mais bem avaliada no Guinness Book

Data/Hora 06/09/2013, 17:39. Autor
Categorias Notícias


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A série Breaking Bad entrou para o Guiness World Records – o Livro dos Recordes – como a série mais bem avaliada de todos os tempos. O programa da emissora norte-americana AMC conquistou o título por ter alcançado o melhor índice entre os usuários do MetaCritic.com – site que serve como um tipo de central no qual são postadas avaliações de críticos especializados.

Quatro episódios da série ainda não foram avaliados, mas Breaking Bad já conseguiu a melhor marca de todas: 99 dos 100 pontos possíveis. Veja abaixo o tuíte da página oficial do Guinness Book que parabenizou a produção da série:

 

Betty White também entrará no livro dos recordes como a entretainer que tem a carreira de televisão mais longa, homenageando seus 74 anos na TV. Betty fez a sua estreia na televisão em 1939 e já atuou em séries como The Golden Girls, The Mary Tyler Moore Show e The Carol Burnett Show. Ela atualmente está em Hot in Cleveland (TV Land).

“Fiquei surpresa quando os responsáveis pelo Guinness me ligaram para dizer que eu entraria para a história. É uma honra e o livro sempre foi fascinante para mim. Eu não posso acreditar que eu estou agora associada a ele”, exclamou White.

Outras celebridades também estarão no Guinness, como Taylor Swift, Justin Bieber e o One Direction.

O livro Guinness World Records será lançado oficialmente no dia 12 de setembro de 2014.

Com informações do Hollywood Reporter.

Breaking Bad – Rabid Dog

Data/Hora 03/09/2013, 23:01. Autor
Categorias Reviews


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Uma Guerra Fria acontece entre Walter e Hank. Como coadjuvantes, Marie, Skyler, Saul e Jesse. E entre cenas dramáticas em garagens, surtos completos com um bebê a chorar na potência total de seus pequenos pulmões, e o jantar mais embaraçoso da história, Breaking Bad vinha mantendo uma qualidade quase perfeita nas storylines de seus episódios. Até Rabid Dog. A expectativa era por um episódio em ritmo mais calmo – já que ainda são mais quatro até o final – porém a artimanha não foi muito bem utilizada. Assim, acabamos vendo um episódio maçante e, por vezes, até mesmo incoerente.

Rabid Dog começa com Walter encontrando sua casa vazia e ensopada de gasolina. Logo ele assume que Jesse tenha mudado de ideia, e acredita que pode consertar as coisas com seu pupilo (marionete). Ele quer justificar seu ato com Brock com uma lógica maquiavélica – ou de Grindelvald se você preferir. Walter mostrou, ao longo da série, que ele vai recorrer à violência quando perceber um cenário em sua mente – justificado ou fabricado -, no qual a única opção é eliminar seu oponente. As mortes de Krazy 8, Gus e até mesmo de Gale podem ser colocadas na seção das “justificáveis”. Porém, Mike é, talvez, o exemplo perfeito de como Walter é capaz fabricar justificativas psicóticas para matar alguém.

Apesar de todo o trauma causado em Jesse, os roteiristas ainda querem fazer o público engolir que Walter realmente se importa com o parceiro. Essa história de Jesse ser o último fio de humanidade de Walter somente passa a impressão que querem criar um ponto fraco para um homem extremamente frio e meticuloso. Ora, deve ser difícil ser um traficante de drogas, assassino, psicopata e ainda ter uma bússola moral como defeito.

Talvez tenha sido uma tentativa (falha) de fazer a simpatia crescer em relação a Walter. Enquanto o fizeram visitar seu velho eu nesse episódio, outros personagens foram jogados na área amoral dessa guerra toda. Primeiramente, seguindo a mesma lógica maquiavélica, Hank praticamente se gaba sobre a possibilidade de que ele estaria mandando Jesse para uma armadilha que poderia causar sua morte. Pior ainda, admitindo que a morte de Jesse na verdade seria benéfica para sua causa.

Em seguida, vemos a amoralidade de Skyler. Como dito na review de Buried, talvez Síndrome Estocolmo consiga explicar as suas razões para repentinamente apoiar o marido. Porém, em Rabid Dog, Skyler – ao sugerir que a morte de Jesse é única solução para o problema – pode ser facilmente comparada a Lady Macbeth. Será que ela terá o mesmo fim shakespeariano?

Metástase (do grego metastatis – mudanças de lugar, transferência), em uma explicação simplória, é quando o câncer se espalha. Ou seja, as células cancerosas podem se espalhar a partir do câncer primário e entrar na corrente sanguínea e sistema linfático. Assim, o câncer se espalha a outras partes do corpo. Vince Gilligan já apontou que Breaking Bad é a história de como Walter White foi de Mr. Chips para Scarface. Mas Breaking Bad não conta apenas essa história. Ela também conta a história dos atos de Walter, que como um câncer em metástase, atingiram todos à sua volta. E nessa altura da história, não se sabe se qualquer medida será capaz de salvar os órgãos comprometidos. O organismo está a beira de um colapso total.

Breaking Bad – Confessions

Data/Hora 30/08/2013, 21:02. Autor
Categorias Reviews


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Os dois últimos anos (pelo menos) de Breaking Bad fazem pensar sobre as ações de Walter White. E assim como no episódio Fly, da terceira temporada, (no qual Walter tenta descobrir o momento certo em que deveria ter morrido), somos levados a tentar imaginar um momento no qual ele tenha se tornado o monstro que hoje é. Talvez, o primeiro dominó tenha caído quando vendeu sua parte da empresa Grey Matter – claramente lamenta isso semanalmente quando verifica o preço das ações.

Durante alguns momentos se tem a certeza que Walter está manipulando as pessoas ao seu redor, e em outros há pelo menos a incerteza se suas palavras são verdadeiras ou não. Por exemplo, a terceira temporada passa a impressão que a preocupação paternal de Walter com Jesse é verdadeira. Porém, Confessions talvez tenha tirado qualquer dúvida quanto ainda restar um fio de humanidade em Walter White, ou se Heisenberg reina soberano sobre o homem.

Em um monólogo diabólico, tecendo uma teia através de eventos passados – desde o primeiro passeio juntamente com Hank, sua tentativa de assassinato, Hector Salamanca e a bomba na casa de repouso -, Walter chantageia Hank e Marie ligando-os, circunstancialmente, aos seus crimes. Concomitante à chantagem há a ameaça (além de liberar o DVD) contra suas vidas, ao passo que Walter confessa, indiretamente, todos seus crimes e lhes mostra tudo o que é capaz de fazer.

Ainda, assim como Hank em Blood Money e Skyler em Buried, Jesse foi o personagem de maior destaque nesse episódio. Como o público, Jesse sempre soube que algo estava acontecendo, mas a incerteza ainda era presente em sua mente. Até o momento que semente da dúvida se inflamou e implodiu na psique de Jesse, finalmente (finalmente!), que passa a ver através do véu criado pelas manipulações de Walter.

E em um episódio de grandes monólogos, a dor é o sentimento que guia o monólogo de um Jesse em pânico no deserto, que afasta de si a atuação pseudo paternal de Walter. Depois de quebrar a imagem pomposa que tinha de Heisenberg, Jesse não mais é controlado por ele, e agora encara um dilema: ir embora – e com isso tornar as coisas mais fáceis para Walter -, ou morrer, como Mike.

Prestes a sumir para sempre, uma epifania atinge Jesse como um golpe traiçoeiro pelas costas (voadora). A mágoa e a raiva dentro de Jesse – que confirmou sua crença de que Walt estava por trás do envenenamento de Brock -, o levam a loucura. O vemos quando ele está prestes a queimar o símbolo familiar de Walter, que, ignorante sobre as ações de Jesse, já está amedrontado e prestar a recorrer à violência. Temo, porque sabemos que Walter está vivo no flashforward, mas ainda não vimos nada sobre Jesse.

Confessions teve todos os elementos que tornaram Breaking Bad uma das melhores e mais influentes séries da atualidade. Possivelmente tenha feito isso melhor que qualquer um dos episódios anteriores. Usou humor em um timing correto – na cena do restaurante -, chocou com a genialidade de Walter e o DVD, e emocionou com a storyline de Jesse – e a tremenda atuação de Aaron Paul.

Com cinco episódios para o final, a expectativa está alta, mas não há dúvidas que os produtores vão conseguir realizar o sonho de todos (possivelmente) os showrunners: manter a qualidade e deixar os fãs alucinados do começo ao fim.

Breaking Bad – Buried

Data/Hora 23/08/2013, 16:23. Autor
Categorias Reviews


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Buried foi um ótimo episódio do começo ao fim, não foi completamente calmo (primeiro banho de sangue da temporada), mas também não foi tão explosivo. Na quantia certa de tensão, foi um daqueles episódios necessários para definir o caminho que o final de seriado vai tomar. É hora de encontrar os aliados definir as estratégias de guerra.

E como toda guerra é composta de no mínimo dois lados, vale sempre se lembrar dos marechais em questão, Hank e Walter, que permaneceram parados se encarando quase que em uma briga de quem pisca primeiro, ambos esperando por um pequeno deslize, uma vantagem. E essa vantagem é Skyler, em uma cena clássica do estilo melhor tipo Western, na qual ficamos quase que esperando que alguém sacasse a arma.

E em uma das cenas mais brilhantes de Breaking Bad, Hank – desesperado para conseguir provar que Walter é o monstro que é – busca inocentemente à Skyler, e assim como grande parte do público, ele a subestim,a acreditando que ela é apenas mais uma vítima. Se alguém nesse episódio seguiu o conselho de Walter em Blood Money foi Skyler, ela é inteligente, e apesar de aparentemente estar abalada, calmamente ela descobre até onde vai o conhecimento de Hank, e se existem provas concretas contra ela ou Walter. Percebendo que não, ela escolhe proteger a Walter e a si mesma.

Talvez a Síndrome de Estocolmo consiga explicar os motivos pelos quais Skyler agora permanece ao lado de Walter. Ela, apesar de suas últimas ações, ainda é uma vítima, todos que assistiram ao seriado viram que raiva, jogos de poder e até mesmo agressões sexuais já ocorreram entre o casal. Ainda, se antes Skyler servia como um lembrete de moral dentro do seriado, agora ela está tão manchada quanto Walter (tudo bem, nem tanto). Afinal de contas, além de aceitar as atividades do marido, e ainda teve a ideia de lavagem. Então, neste exato momento, as provas físicas estariam apenas em Skyler. Anna Gunn teve a chance de mostrar nesse episódio uma mulher confusa, iludida, insegura e extremamente ciente dos perigos à sua volta, exatamente como Skyler está agora. E sua cena com Hank foi perfeita para mostrar isso.

Lydia talvez tenha sido a personagem mais consistente da temporada e é impossível não traçar alguns paralelos entre ela e Walter no começo da série. Uma imagem de desespero e ainda a frieza para apagar quem estiver no caminho e ainda uma obsessão pela qualidade do produto. Parece familiar, não é?

Mesmo que todos saibam para onde essa história está indo – flashforwards quase pós-apocalípticos – ainda se tem a questão de como se chega lá e o que acontece depois, portanto é importante esclarecer a história para o público e Breaking Bad fez isso muito bem. Nesse episódio foi possível observar os arcos principais se desenvolvendo paralelamente: Lydia tomando o poder, Hank na sua busca e as decisões de Skyler. Essas porções de transição dos arcos da história são interessantes, mantêm o público sempre atento e não deixam ficar maçante. Os escritores, produtores e a direção fizeram um trabalho brilhante ao manter muito interessante um episódio de pausa entre episódios de tirar o fôlego de qualquer um.  Definitivamente, todo mundo está pronto para mais.

OBS:

– Betsy Brandt foi fantástica nesse episódio.

– Enquanto Jesse – mesmo que sem sair do lugar – olha para o céu, Walter está literalmente de cara no chão.

– Lydia, ao tomar o poder, estava vestida de azul, que também é a cor da metanfetamina. Que por coincidência (é mesmo?) também é a cor de Skyler.

– +34° 59? 20.00?, -106° 36? 52”, se alguém já olhou no Google Maps (eu), deu pra ver que as coordenadas são da Albuquerque Studios, onde grande parte de Breaking Bad foi gravada.

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