TeleSéries
Até logo, Teleséries! Foi uma delícia cozinhar com você!
04/12/2015, 22:23. Mariana Cervi Soares
Gastronomia
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Minha história com o TeleSéries iniciou em 2013 e juntou o amor antigo por séries de TV a uma das coisas que mais gosto de fazer: cozinhar. Sabendo da minha ligação com as panelas, a Gabriela Assmann me convidou para um desafio: que tal preparar receitas para um site especializado em séries de tv?
E foi assim que se passaram mais de dois anos de testes de cozinha. Teve muita nostalgia na hora de escrever e recordar delícias de séries queridas da minha infância e adolescência, como Mundo da Lua, Sabrina, Full House, Friends, Fresh Prince of Bel-Air e Gilmore Girls. Teve empolgação em falar dos pratos das séries que eu estava acompanhando e esperava por novidades, como Once Upon a Time, How I Met Your Mother, House of Cards, Suits e Homeland. Clique aqui para continuar a leitura »
Entreatos: cultura pop levada a sério – O rompimento da dicotomia de ‘Mad Men’
09/04/2015, 19:52. Leticia Genesini
Colunas e Seções, Entreatos
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Enquanto Mad Men se aproxima do fim, eu só tenho um pensamento: por favor, que não seja horrível. Sim, eu estou com medo deste fim, evitando até a começar a ver a sétima temporada. Porém, não pelos mesmos motivos que me impedem de ver o último episódio de Parks & Rec, mas porque, para mim, Mad Men veio decaindo tanto que eu temo um fim decepcionante.
Eu, como muitos, me apaixonei por Mad Men desde o primeiro episódio. A reconstrução da época, o contexto das histórias, as tramas, as personagens, Jon Hamm… (Ah, Jon Hamm)… Eu, como muitos, vi a série ficar cada vez melhor, as personagens se desenvolverem brilhantemente, os episódios mostrarem o desenrolar do enredo com um impressionante apreço ao detalhe e à cinematografia. E eu, no entanto, como muitos, também vi a Betty virar Fat Betty, vi a Linda Cardellini entrar no elenco, vi o roteiro tornar-se um tanto quanto repetitivo e, o pior de todos, vi Don Draper, inicialmente uma das melhores personagens que já criadas na TV, perder sua tridimensionalidade.
Mad Men começou como uma história de dualidades. A começar pela escolha de época, os anos 60, uma década em que a revolução cultural, os movimentos sociais, e o ganho de voz juvenil iniciou uma era de transição. A passagem de um mundo em que todas as relações e âmbitos eram rígidos, em que a vida no trabalho era completamente separada da vida em casa, e que o papel do homem e da mulher estavam claramente definidos, para outro em em que todas estas instâncias se tornaram fluidas — o mundo que estamos hoje. E Don Draper é uma personagem presa nestes entreatos.
Don é um homem de sua época, e mais um pouco. Com uma vida dupla divida não só entre a casa e o trabalho, o subúrbio e Manhattan, as mulher e as amantes, mas também entre seu passado e presente. O segredo de seu passado funcionava dentro do enredo como a metáfora para a época histórica e vice-versa. Don assistia o seu entorno ser transformado, novas relações se tornando possíveis, e ele ao mesmo tempo que desejava esta liberdade, e até brincava de explora-la, estava ainda preso no homem dos anos 50 que ele é, incapaz de ver sua esposa como uma mulher de verdade, incapaz de introduzir seus outros amores na sua vida quotidiana, e, apesar de todas suas conquistas, com constante medo de ser descoberto como uma fraude, seja pelo chefe, pela mulher ou pela pupila. Até que esta dicotomia se rompeu.
Pouco a pouco, os maiores segredos de Draper foram se tornando públicos, e ele enfim foi capaz de amar uma mulher que fazia parte de todas as esferas da sua vida, fundar a própria empresa, e até revelar seu passado. O nó semântico teria sido desatado. Mas os roteiristas teimaram em continuar a pintar um Draper assombrado pelo seu passado e tecendo segredos, mas agora por quê?
Não me entendam mal, eu adorava o anti-heroismo de Don Draper, e não há nada que eu queira menos do que transformá-lo em uma personagem politicamente correta. Mas isto é ficção, e não vida real, é uma coerência interna é preciso, é preciso verossimilhança. Traçou-se uma longa linha de paralelos semânticos para compor a complexa personagem que ele é, e de um momento para o outro, este paralelos ruíram. Por que ele então continuaria agindo como o anti-heroi atormentado?
Em Breaking Bad, que também temos um anti-herói que vive uma vida dupla, há uma coerência interna do porquê Walter White torna-se cada vez pior mesmo quando há chances dele tomar o caminho contrário: White é, e sempre foi, um lobo em pele de cordeiro. E quando enfim descobrimos isto, o indício torna-se um fato lógico, pois sua história foi desde o começo construída sobre esta teia semântica. Já em Mad Men, não. A todo momento temos uma personagem que se mostra boa, sentimental e até piegas, mas que estava presa nos dilemas de seu passado e de sua complexa época, no entanto ao passo que tudo isso se resolve, ele, ao invés de desatar seus nós, torna-se mais inexplicavelmente canalha, criando um choque de verossimilhança.
Eu não tenho como explicar isso a não ser pelo que eu chamo de síndrome de Lost. Os roteiristas começaram a desenvolver o percurso da personagem e da história sem saber aonde tudo iria parar ou o que eles queriam dizer com tudo isso, afinal, nunca se sabia se haveria uma segunda temporada, e agora estamos na sétima.
Meu desejo para esta última temporada? Um spin off da Peggy Olsen, a personagem que melhor continua sendo desenvolvida à altura das primeiras temporadas da série.
Better Call Chuck: Teleséries entrevista Michael Mckean, de ‘Better Call Saul’
10/03/2015, 09:31. Lucas Victor
Notícias
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Better Call Saul estreou no dia 8 de fevereiro e em pouco mais de um mês de exibição já se tornou um sucesso instantâneo, muito desse sucesso derivado de sua série-mãe Breaking Bad . E na semana passada o Teleséries participou de uma teleconferência com ninguém menos que Michael Mckean, que interpreta Chuck, irmão do ilustre protagonista Saul Goodman. Confira na matéria abaixo os highlights da entrevista.
Trabalhos prévios e influências
Mckean foi perguntado durante a conferência sobre sua extensa carreira na comédia (que inclui o cultuado filme This Is Spinal Tap) e como isso influencia seu personagem na série. Respondendo ele evidenciou o fato de Chuck ser um personagem com um viés cômico (e que a série em si também possui) e que assim foi chegar ao melhor modo de interpretá-lo foi relativamente fácil, apesar de que ele se denomina um ator que gosta de desafios, que não tenta se prender a um tipo de personagem ou gênero específico. Ele também salientou que não gosta de se vangloriar, de se levar muito a sério, por isto tenta se manter pé no chão o máximo possível e não deixar o sucesso ou elogios subirem a cabeça.
Chuck McGill
Perguntado sobre seu personagem, Mckean o descreveu como o bom e velho irmão mais velho, que tenta sempre estar lá por seu irmão caçula Jimmy (a.k.a Saul Goodman, interpretado por Bob Odenkirk) e também comentou sobre sua condição médica, denominada “eletromagnetic hypersensitivity” que o forçou a deixar seu emprego na Hamlin, Hamlin e McGill e passar a trabalhar em casa, obrigando as pessoas a deixarem seus celulares antes de entrar. Apesar de ser uma doença real, Mckean comentou que isso reflete um pouco a personalidade do próprio Chuck, no seu modo de lidar com as coisas.
Breaking Bad
Mckean também falou sobre seu fascínio com Breaking Bad e como isso o influenciou a aceitar um papel em Better Call Saul. Ele elogiou múltiplas vezes o trabalho dos criadores da série, Vince Gilligan e Peter Gould, e também elogiou o elenco da série, em especial Anna Gunn. Ele também disse que seu personagem preferido na série era Jesse (Aaron Paul), com o qual ele se identificava fortemente, por entender seus motivos na hora de tomar as decisões que ele tomava.
Além da educação e simpatia, Mckean também se mostrou bastante bem humorado, fazendo inclusive uma brincadeira comigo (o que me deixou extremamente lisonjeado). E também extremamente paciente pois haviam vários problemas com sua conexão.
Foi pouco tempo de conversa mas foi o suficiente para se admirar ainda mais esse grande ator e mais motivos para prestigiar seu trabalho em Better Call Saul. Se você ainda não conferiu a série pode acompanhá-la tranquilamente no Netflix.
* * *
Lucas Victor entrevistou Michael Mckean a convite da Netflix.
Entreatos: cultura pop levada a sério – É melhor chamar o Saul
09/03/2015, 19:37. Leticia Genesini
Colunas e Seções, Entreatos
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O Paulo, fãzaço de Breaking Bad, já falou sobre Better Call Saul, dando uma verdadeira aula sobre prequels. Agora, falaremos sobre a série sobre outro enfoque: o do spin off, e sobre a necessidade de coerência entre
Eu sempre achei que spin offs eram algo muito melhor na teoria do que na prática. Lógico, nós nos apaixonamos por certas personagens e não queremos que elas desapareçam das nossas vidas, mas quando enfim elas ficam nós vemos seus defeitos e incompletudes. São, digamos, o equivalente televisivo ao tentar transformar um one night stand em uma relação: algumas coisas é melhor deixar como estava. E até agora eu tinha vários exemplos que sustentavam minha teoria, como Joey e Private Practice – desastres que não requerem muitas explicações. Mas daí veio Better Call Saul…
Bem, para quem não está acompanhando, Better Caul Saul é o spin off de Breaking Bad, que vai contar a história do advogado de morais um tanto quanto flexíveis, Saul Goodman. A série está sendo produzida pela Netflix e, diferentemente do seu formato usual de ‘binge watching’, ela está sendo lançada do modo tradicional: um episódio por semana (toda terça). 5 episódios já foram lançados, e por enquanto eu posso dizer que esse spin off é viciante.
Não tão dramática como a série mãe, afinal este não é o perfil de sua personagem principal, e nem tão cinematográfica, Better Caul Saul traz algumas estruturas herdadas de Breaking Bad. Assim como a série original, ela usa é um twist do clássico ‘romance de formação’ que, ao invés de mostrar a formação do herói (como seria o tradicional), ela mostra como esse anti-herói foi se corrompendo. Ambas também tem traços de uma ‘comédia de erros’, onde as coisas vão dando aflitivamente cada vez mais errado a ponto de você estar envolvido até o pescoço e sem saída.
Essa coerência de estilo já é um passo muito a frente dos spin offs citados anteriormente, que tentaram se desvincular das séries mães, mudando não só o formato dos roteiros, mas também transportando personagens já conhecidas e amadas para um mundo que não parecia existir na história delas — não há pacto ficcional que sobreviva a uma viagem dessas! O que Joey e Private Practice tentaram fazer é compreensível, se afastar ao máximo de Friends e Grey’s Anatomy para evitar comparações e poderem ter sua própria vida e autonomia, mas o fato é que isto é impossível. Não há como evitar a comparação, e para fazer isso você teria que sacrificar a verossimilhança da história e das personagens. Além do mais, estes foram por estes mundos que nos apaixonamos! É melhor, como Better Call Saul está fazendo, construir em cima do que já existe e aceitar que haverão comparações entre as duas séries, pelo menos no começo, até que a nova história conquiste seu público do que forçar uma realidade que o público não vai aceitar.
Mas o mérito deste spin off não está apenas na coerência de estilo, mas também na capacidade dos roteirista — e do ator, Bob Odenkirk — de saber como criar uma backstory para Saul Goodman a posteriori. Normalmente quando as personagens são criadas os roteiristas traçam um pouco de sua backstory para criar uma fundação para essas novas personalidade, dar tridimensionalidade a elas, e evitar incoerências na história caso algo não previsto deva ser revelado mais a frente. Mas Saul Goodman não era pra ser uma personagem tridimensional, ela foi criada para ser o estereótipo do advogado charlatão e participar de Breaking Bad por apenas alguns episódios. No entanto, Odenkirk deu tanto carisma a Goodman que os roteiristas pegaram sua deixa e o incluíram na série. Esta capacidade adaptação e extensão do ator e dos roteiristas (algo que faltou aos roteiristas de lost por exemplo) é o que está, impressionantemente, criando um spin off de qualidade. Vamos aguardar os próximos capítulos.
Cansei de prequels: as primeiras impressões de ‘Better Call Saul’
15/02/2015, 18:17. Paulo Serpa Antunes
Preview
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A primeira vez que eu ouvi falar a palavra prequel foi em um comentário em alguma rede social ou fórum. Alguém criticava o filme Quarteto Fantástico, de 2005, dizendo que ele era apena um prequel. O filme, que é muito ruim, parece mesmo um grande prólogo. Quando parece que o filme vai finalmente começar, ele termina.
Mas o neologismo prequel se popularizou alguns anos antes, eu é que não tinha prestado a atenção. Foi quando George Lucas decidiu forrar os bolsos filmando a segunda trilogia (ou seria primeira?) de Guerra nas Estrelas. Star Wars Episódio I: A Ameaça Fantasma era um prequel – um filme anterior à sequência, voltando na ordem cronológica natural de narração da saga.
Prequels não são invenções narrativas do cinema. Na literatura são muitos os exemplos de autores que criaram histórias em torno de acontecimentos passados com personagens e universos que criaram: gente do calibre de J. R. R. Tolkien, C. S. Lewis e mais recentemente George R. R. Martin fizeram isto.
Na TV americana, o recurso narrativo vem ganhando corpo nas últimas décadas. O tradicional recurso de narrar acontecimentos em flashbacks ao longo do episódio deu lugar a episódios completos ambientados no passado. O recurso funciona incrivelmente bem com dramas, mas até em comédias aparece. Friends possui um episódio assim, The One With The Flashback. Frasier também possui parte de um episódio narrado assim, The Big Bang Theory e Desperate Housewives também.
Meu episódio favorito nesta linha é um da segunda temporada do drama policial The Shield, que ganhou o ótimo nome de Co-Pilot (co-piloto, mostrando justamente os acontecimentos que antecederam ao chocante primeiro episódio da série, em que Vic Mackey mata o seu colega Terry Crowley).
A partir de 2004, Lost mexeu com a linha narrativa das séries de TV, misturando flashbacks e flashforwards, às vezes no mesmo episódio. Mas Lost também em alguns momentos usou prequels para alinhar a narrativa. Em The Other 48 Days, por exemplo, descobrimos como foram os primeiros dias de Mr. Eko, Ana Lucia e dos demais sobreviventes voo 815 que se perderam dos demais. O recurso também vai ser usado para narrar a desastrada passagem de Rodrigo Santoro pela ilha em Exposé, enxertando a dupla Nikki e Paulo em vários momentos da trajetória da série.
Em seu melhor momento, Heroes surpreendeu com o episódio Six Months Ago – um prequel impecável posicionando todos os personagens da série seis meses antes dos acontecimentos do episódio piloto. De lá para cá, virou comum que serial dramas façam episódios prequels: Jericho teve um, Fringe teve dois (!!), recentemente Penny Dreadful teve um também.
E séries inteiras estão sendo desenvolvidas a partir da premissa do prequel: The Young Indiana Jones Chronicles mostrava as origens do arqueólogo criado por George Lucas. Smallville é o prequel do nascimento de Superman. A fracassada The Carrie Diaries tentou beber da fonte de Sex and the City. Caprica em Battlestar Galactica. Atualmente temos Gotham, Hannibal e, de forma meio torta, Bates Motel.
E projetos não faltam nesta linha: a segunda temporada de Fargo será ambientada no passado e terá como protagonista um versão jovem de Lou Solverson, o personagem de Keith Carradine no primeiro ano da série. O produtor Kurt Sutter trabalha numa minissérie prequel de Sons of Anarchy. Julian Fellowes afirmou estar interessado em narrar os primeiros dias de Downton Abbey.
Better Call Saul é, portanto, mais uma série a explorar este recurso: premiar os fãs de Breaking Bad com mais um pouquinho do universo extraordinário desta que é provavelmente a série televisiva mais influente do século XXI. Vamos embarcar nos primeiros dias da carreira do advogado de porta de cadeia Saul Goodman.
A série abre com um bela sequência em preto e branco, onde vemos Saul (Bob Odenkirk) escondido da polícia, trabalhando com outra identidade, como gerente de uma rede de fast food. Este é o vislumbre de seu destino. O que veremos em Better Call Saul é a sua origem: como Jimmy McGill, um advogado medíocre, que se sustenta trabalhando como frelance para a defensoria pública, vai fazer fortuna lavando dinheiro e representando organizações criminosas.
Em seu primeiro episódio, Better Call Saul consegue ser tão empolgante e bizarra e sofisticada como nos melhores episódios do segundo e terceiro ano de Breaking Bad, antes da série se tornar o fenômeno de massa que se tornou. Já no segundo episódio, que coloca com Saul prestes a ser assassinado no deserto, a série consegue se igualmente empolgante e tensa e desconfortável como foi durante todo o ano final de Breaking Bad.
Ou seja, Better Call Saul consegue ser tão fresca como sua antecessora e tão dramática como ela, o que a torna uma atração obrigatória para os fãs da obra de Vince Gilligan. E o que é melhor: Saul não está sozinho. Mike Ehrmantraut (Jonathan Banks) está na série, desde o piloto. E Tuco (Raymond Cruz). E sua gangue. E a simples possibilidade de que, em algum momento, possamos ter uma cameo de Jesse Pinkman (Aaron Paul) ou de Gus Fring (Giancarlo Esposito) já é motivo de sobra pra acompanharmos a série.
Mais do que tudo, Vince Gilligan é um grande contador de histórias e um grande cineasta, com uma equipe criativa afinada para fazer belos enquadramentos, grandes cenas e tirar mesmo de atores pouco conhecidos atuações grandiosas.
Mas Better Call Saul é um prequel.
É uma história que você sabe aonde irá, aonde termina, como termina. Você sabe que Saul não morrerá no deserto. Você sabe o destino de Mike. E de Tuco.
Este é o problema do prequel. Você sabe qual é o destino e só resta relaxar e curtir a paisagem durante a jornada.
Ou seja, Better Call Saul é bacana, certamente a melhor estreia destes primeiros dois meses do ano. Mas ela não tem, absolutamente não tem, como te surpreender.
* * *
Better Call Saul estreou no dia 8 de fevereiro nos Estados Unidos no canal AMC. A distribuição no Brasil é feita pela Netflix. Os dois primeiros episódios já estão disponíveis para os assinantes do serviço de streaming.
Ligado no Streaming – Cristal azul e manobras jurídicas
15/02/2015, 14:40. Mariela Assmann
Colunas e Seções, Ligado no Streaming
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Fevereiro é mês de super-estreias na Netflix. E antes de voltarmos para o sujo mundo da política, nos vimos às voltas com o tão questionável quanto mundo jurídico.
Quando Breaking Bad estreou, em 2008, ninguém imaginava o quão longe a série da AMC iria. Aaron Paul, Anna Gunn e, obviamente, Bryan Cranston, foram alçados ao estrelato e colecionaram prêmios e elogios.
Ao longo de cinco fabulosos anos, a série envolveu a audiência e fez muita gente torcer por um anti-herói complexo e simpático antes de chegar em um épico encerramento. Porque todas as coisas boas caminham para um final.
Ou não… a AMC ainda não estava pronta para perder sua mina de ouro, e assim nasceu Better Call Saul.
Na série derivada da queridinha de público e crítica, acompanhamos a trajetória de Jimmy McGill, um advogado ambicioso mas quase sem clientes, que decide subir na vida e para isso constrói a persona de Saul Goodman.
A série estreou em fevereiro com ótimos índices de audiência. Não que o futuro da série dependa intrinsecamente de índices de audiência. Longe disso, já que uma segunda temporada, de 13 episódios, foi encomendada em junho de 2014, meses antes da estreia da atração.
E a Netflix, em uma estratégia inteligente, está disponibilizando os episódios semanalmente, todas as terças-feiras, um dia depois da exibição pela AMC. Um prêmio para os assinantes, que antes mesmo de conferir a série e ver se ela entrega tudo aquilo que prometeu, já estavam ansiosos pela aparição de um certo duo na telinha.
What’s streaming? – as novidades da quinzena
Tem novidade para crianças e adolescentes no catálogo da Netflix. Ever After High:DePrimavera conta a história dos filhos adolescentes de personagens dos contos de fadas, que devem decidir se desejam seguir os passos de seus pais ou seguir seu próprio caminho. E no meio desse embate de vontades estão os Royals e os Rebels, que prometem agitar a vida da meninada.
A segunda temporada do documentário O Mundo Segundo os Brasileiros já está disponível para os assinantes do serviço de TV por internet. E para os cinéfilos de plantão, as sequências de Sharknado e Miss Simpatia são boas pedidas para se divertir no carnaval.
Nos vemos no final do mês, com uma coluna todinha… política. Porque um certo figurão está retornando às nossas vidas no final do mês. Até lá!
Anna Gunn, de ‘Breaking Bad’, será protagonista do spin-off de ‘Criminal Minds’
30/01/2015, 23:33. Arthur Barbosa
Notícias
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Anna Gunn, estrela do cultuado drama Breaking Bad, está escalada para a nova série derivada de Criminal Minds, da rede CBS.
O spin-off, que ainda não tem um nome oficial, será focado em uma divisão do FBI que ajuda cidadãos norte-americanos que enfrentam problemas no exterior. A personagem de Gunn é descrita como uma mulher inteligente, indispensável na equipe de investigação internacional.
A atriz, que já venceu o Emmy duas vezes, se juntará a Gary Sinise (CSI: NY) e Tyler James Williams (Everybody Hates Chris), que já foram confirmados na nova atração.
O projeto da série, cujo piloto está sendo escrito pela showrunner de Criminal Minds, Erica Messer, vai focar em outra divisão do FBI que ajuda cidadãos americanos que estão enfrentando problemas fora do país.
O piloto vai ser filmado em fevereiro, indo ao ar como um episódio de Criminal Minds em sua atual 10ª temporada.
Desde o término de Breaking Bad, Gunn fez uma participação especial em The Mindy Project e atuou como protagonista de Gracepoint, uma adaptação de Broadchurch pela Fox.
Entreatos: Cultura Pop levada a sério – Resoluções literárias
08/01/2015, 20:02. Leticia Genesini
Colunas e Seções, Entreatos
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2015 começou, e ao invés de resoluções sua lista tem as novas séries que entraram no Netflix, admita. Bem, se serve de consolo, você não está sozinho. Mas por isso mesmo eu venho aqui propor uma nova lista para nós: os livros sobre TV para ler (ou reler) este ano – porque não é só Mark Zuckerberg que pode começar um clube do livro!
A grande maioria dos livros dessa lista são autobiografias, já que desde que o livro “Bossypants” da Tina Fey virou (merecidamente) um best-seller, muitas editoras comissionaram autobiografias a outros comediantes — mas a gente só tem a ganhar com esta nova moda!
Bem, sem mais delongas aí vai, a lista de livros sobre TV para ler (e reler) em 2015:
01. Bossypants – Tina Fey
Como eu já disse, Bossypants foi merecidamente um best-beller (por mais de dois anos) nas listas americanas e é até hoje minha autobiografia preferida. Aqui vemos que Tina Fey é uma ótima comediante, mas antes de tudo uma incrível escritora — não é a toa que ela foi a primeira mulher head-writer de Saturday Night Live. O livro contém narrativas hilárias de uma garota obediente e neurótica dos subúrbios da Filadélfia, que levou vida sem paralelos no mundo da TV, isto é: sem escândalos, aventuras sexuais ou drogas — seu nerd interior vai se identificar.
Passagem favorita: Tina Fey falando sobre seu pai. Deveriam fazer um super-herói desse homem. Marvel, #ficaadica.
02. Yes, Please – Amy Poehler
Eu já dediquei um artigo assim que acabei de ler este livro, mas estou aqui para recomendá-lo novamente. Diferentemente de sua amiga Tina Fey, Amy tem muitas histórias de drogas (mas nada escandaloso), e até um date com John Stamos.
A grande surpresa aqui é seu audiobook – cheio de convidados ilustres que vêm narrar o livro com Amy – definitivamente vale mais a pena do que o livro em papel!
Passagem Favorita: O capítulo final lido ao vivo. A narrativa e as piadas de Amy Poehler ganham vida quando lidas ao vivo para uma platéia reagir. Ela é definitivamente uma atriz performática.
03. A girl walks into a bar – Rachel Dratch
Fechando o trio de garotas que foram do grupo de improvisação Second City para Saturday Night Live, Rachel Dratch conta uma história um pouco diferente. Após deixar SNL, Dratch viu seus colegas começarem seus próprios Talk Shows, Sitcoms e filmes, enquanto ela não conseguia nenhum papel que não fosse a amiga lésbica. Ao contrário do que ela esperava, ao invés de viver a segunda fase de sua carreira, Dratch acaba mãe em tempo integral aos 44 anos.
O que ela narra poderia muito bem ser o roteiro de um filme de Woody Allen: uma protagonista judia e neurótica, com um talento para o humor negro das coisas cotidianas. Surpreendentemente bom.
Passagem Favorita: Rachel chorando/rindo em um bar ao cantar “Piano Man”.
Dica: Ouvir em Audiobook, assim como Amy Poehler, Rachel Dratch é uma comediante e improvisadora mais do que uma escritora, e sua interpretação vale muito a pena.
COLUNA| SÉRIES & EU – A PULSEIRINHA E A NATALIE PORTMAN
04. Paddle Your Own Canoe – Nick Offerman
Este é o audiobook que atualmente me acompanha durante meu dia, e devo dizer Nick Offerman é uma ótima companhia. Dono de uma personalidade única, Offerman conta como um menino que cresceu na fazenda, que nem conhecia os Beatles, decidiu cursar artes dramáticas e ser ator de teatro. E para aqueles que acham que ele é a sua personagem Ron Swanson (Parks and Recreation), vocês vão descobrir que ele é ainda mais doce, mas também com opiniões incorrigíveis.
Passagem Favorita (até agora): Nick sendo preso por roubar fitas cassetes de uma loja no dia que ele deveria estrear em uma peça.
05. Live From New York – Tom Shales and James A. Miller
Saturday Night Live completa 40 anos na TV esse ano (preparem-se para o meu artigo sobre ele!), e nada melhor do que comemorar com um livro que conta os bastidores deste show que já virou uma instituição cultural. Praticamente todos os grandes comediantes da TV americana passaram por esse palco (ou backstage) – Chevy Chase, Bill Murray, Will Ferrell, Cheri Oteri, Billy Cristal, Eddie Murphy, e por aí vai.
E se você quer achar seu trabalho fácil e não estressante, dê uma pesquisada em como Saturday Night Live é montado e você nunca mais vai achar uma deadline aterrorizante.
Passagem Favorita: ainda não o li! Aguardem!
06. Homens Difíceis – Brett Martin
O livro que eu mais estou esperando para ler! Eles faz um paralelo entre The Sopranos, Breaking Bad, Mad Men e The Wire criando ensaios sobre o lugar do anti-herói da TV americana. Definitivamente um livro que leva cultura pop a sério.
Passagem Favorita: ainda não o li! Aguardem!
Dica: O livro tem spoilers, então eu sugiro ver as séries antes de lê-lo.
Especial: Os 30 melhores episódios da temporada 2013-2014
31/12/2014, 19:35. Redação TeleSéries
Especiais
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Demorou, mas saiu! Anualmente, o TeleSéries reúne seu time de colaboradores para uma série de discussões online para eleger os 30 melhores episódios de séries de TV da temporada. Depois de muita discussão e edição segue a seguir a nossa lista dos melhores da temporada 2013-2014.
Pra você que curte listas é importante observar as nossas regras: o top 30 é formado por 30 diferentes séries (ou seja, entra apenas um episódio por série), as séries selecionadas foram ao ar em seus países de origem entre junho de 2013 e junho de 2014 e, claro, as séries e episódios aqui listados são aqueles assistidos e preferidos da maioria dos colaboradores do TeleSéries – infelizmente não acompanhamos todas as séries, por isto eventualmente algum show fica de fora. E, claro, muita coisa bacana acaba ficando de fora do Top 30. O importante é lembrar e discutir! Confira nosso especial e deixe seu comentário:
#30
Série: Marvel´s Agents of S.H.I.E.L.D.
Episódio: Turn, Turn, Turn (1×17)
Data de Exibição nos EUA: 8/4/2014
Os estúdios Marvel redefiniram o conceito de sagas cinematográficas, deram nova amplitude para a palavra transmídia e iniciaram a fall season com uma proposta ousada de expandir a experiência da franquia The Avengers para a televisão. Tudo muito bom, não? Não. Por pouco, esta a incursão dos heróis para a TV não resultando no primeiro fracasso da Marvel. Mas tudo mudou em Turn, Turn, Turn. Com um episódio repleto de reviravoltas, Agents of S.H.I.E.L.D. é literalmente resetada, se transformando em outra série, mas densa e mais sofisticada. O cliffhanger que encerra o episódio, com uma traição surpreendente, colocou a série em outro patamar, premiando o telespectador que chegou até aqui. Pra mim, particularmente, o episódio me remeteu as boas e velhas séries sobrenaturais de Joss Whedon – onde tudo pode acontecer e ninguém está seguro. Pra termos um boa série de ação é preciso correr riscos. (Paulo Serpa Antunes)
#29
Série: Revenge
Episódio: Execution (3×22)
Data de Exibição nos EUA: 11/5/2014
“Back to basics”, é desta forma que podemos descrever a terceira temporada de Revenge. Depois de um segundo ano um pouco confuso e desinteressante, a série voltou aos trilhos e resolveu focar novamente no que interessa: o embate Emily Thorne/Amanda Clarke e os Graysons. Infelizmente não tivemos uma temporada excelente por completo – com 22 episódios, a história acabou se arrastando um pouco. Mas o bloco final foi de tirar o fôlego: grandes reviravoltas, muita gente bonita e elegante, chantagens sem fim, a morte de alguns personagens que vão deixar saudades e a retorno de uma pessoa que nunca poderíamos imaginar. E a cereja do bolo foi Execution, que com certeza deixou os fãs da série com muitas pulgas atrás da orelha, garantido mais uma vez Revenge na lista dos melhores do ano. (Felipe Ameno)
#28
Série: How I Met Your Mother
Episódio: Last Forever (9×23 e 9×24)
Data de Exibição nos EUA: 31/3/2014
Quando assisti pela primeira vez o series finale de How I Met Your Mother e percebi que estava vendo o fim de uma era, uma lágrima escorreu. Foi felicidade, foi tristeza, uma mistura dos dois. Foi como rever todas as temporadas passando diante dos meus olhos enquanto assistia. Não foi apenas uma despedida, foi ao mesmo tempo um grande flashback. Grande parte daquilo que foi criado ao longo dos nove anos está presente naqueles 43 minutos, que não se limitou apenas em nos mostrar o “fim” da história, de como Ted Mosby conheceu sua esposa. Quem é grande fã sabe do que estou falando, de todas as piadas, falas e referências a momentos marcantes da vida de Ted, Marshall, Lily, Robin e Barney. Foi, de fato, uma grande jornada e totalmente valeu a pena. Realmente gostei do último episódio em muitos aspectos e não fiquei decepcionado, como muitos, com o desfecho da história. E digo: “It was a major pleasure, Major Pleasure!”. Ou, se preferirem: “Legen – wait for it – Dary!” (Du Oliveira)
#27
Série: 24: Live Another Day
Episódio: 11:00 A.M.-12:00 P.M. (9×01)
Data de Exibição nos EUA: 5/5/2014
É raríssimo vermos uma série cancelada voltar ao ar e, principalmente, voltar com uma qualidade superior a do encerramento. E a volta dos mortos de 24 foi muito boa pois conseguiu fazer exatamente isso, voltar melhor do que se encerrou. E se as últimas temporadas foram claudicantes e nos fizeram esquecer o brilho dos primeiros anos da criação do mito Jack Bauer, logo no piloto da nona temporada, a série conseguiu trazer todos os elementos do universo “Bauer”, incluindo o retorno dos poucos personagens vivos da “Bauer crew”: James Heller, Audrey Raines e Chloe O’Brian. E a boa sensação que fica ao longo do episódio piloto (e até ao longo da temporada) é que se não conseguiu inovar ou se reinventar, 24 pelo menos conseguiu retornar ao bom e velho ‘mais do mesmo’, ser fiel as suas origens e trazer um entretenimento de altíssima qualidade. (Lucas Leal)
#26
Série: Continuum
Episódio: Last Minute (3×13)
Data de Exibição no Canadá: 22/6/2014
Que temporada fantástica que foi essa 3ª de Continuum. A série se desenvolveu de uma forma inesperada, culminando em um último episódio de tirar o fôlego. Quando esperaríamos ver Kiera trabalhando ao lado do Liber8? E mais importante, parecendo correto? Foi preciso passar muita água embaixo desta ponte para chegarmos até aqui. E o episódio amarrou muito bem a história de Kiera, o Liber8 e Alec Sadler, deixando ainda o mistério do primeiro Viajante. A luta entre os dois Alecs foi memorável e chorei junto com Kiera quando ela abraça o garoto. Impossível não ficar de coração na mão quando Brad aciona o transmissor e temos a sensação de vitória, para então vermos o golpe aplicado por Kellog (que virada!!) e sermos bombardeados pela certeza de que tudo deu muito errado. Foi um episódio grandioso, com ação e sentimento suficientes para se destacar mesmo dentro de uma temporada de episódios impecáveis. (Mica)
#25
Série: Community
Episódio: App Development and Condiments (5×08)
Data de Exibição nos EUA: 6/3/2014
A quinta temporada de Community, de volta ao comando de Dan Harmon (após uma ano de afastamento em razão de conflitos com os executivos da Sony), foi aguardada com expectativa pelos poucos mas ruidosos fãs da série. O resultado, no entanto, foi desigual, especialmente por conta da ausência de Chevy Chase e Donald Glover. Por outro lado, a anarquia voltou à sala de roteiristas, com novos episódios hilários, com plots absurdos e extremamente originais. O melhor deles foi App Development and Condiments, em que o teste de uma nova rede social transforma totalmente a rotina de Glendale, criando toda uma nova divisão social de classes na Universidade. Parodiando o poder do Facebook, Twitter e Instagram de criar novas celebridades, o episódio tem a força de tratado de sociologia. E ainda tem uma participação especial do cultuado produtor Mitch Hurwitz, numa sátira a um tipinho clichê de Hollywood: o cara que frequenta a Universidade só para fazer festas. Se você não viu App Development and Condiments, assista. Mas antes não deixe de checar seu MeowMeowBeenz! (Paulo Serpa Antunes)
#24
Série: Castle
Episódio: Veritas (6×22)
Data de Exibição nos EUA: 5/5/2014
Escolher o melhor episódio desta temporada de Castle que foi, para mim, a melhor de todas é uma luta. Mas avaliando a história completa da série, desde o seu piloto até hoje, inevitavelmente Veritas é aquele tipo de episódio que fecha um ciclo e que marca, nos seus poucos minutos, a imagem da série. Foi no penúltimo episódio da temporada que Beckett teve, finalmente, a chance de encerrar o caso da morte de Johanna e prender Bracken como o mandante. Além de eletrizante, Veritas foi totalmente simbólico: Beckett carregando Bracken algemado pelas escadarias honrava sua mãe e saciava a sede da detetive, que nunca foi de vingança, mas de justiça. É claro que um bom episódio não se faz apenas com um bom script. Stana e Nathan deram um show de interpretação, com um louvor maior para Stana que soube me enganar, assim como enganou os capangas de Bracken, na cena em que ela finge estar fora de si. Depois de assistirmos a esses 40 e poucos minutos de episódio fica difícil pensar em outro pra representar Castle nessa lista, né? (Ana Botelho)
#23
Série: Silicon Valley
Episódio: Optimal Tip-to-Tip Efficiency (1×08)
Data de Exibição nos EUA: 1/6/2014
Silicon Valley chegou de mansinho na HBO, com seu elenco esquisito e assinada por um showrunner que andava sumido da mídia, Mike Judge (o criador de Beavis and Butt-Head e O Rei do Pedaço, que não emplacava nenhum projeto novo em TV desde o fracasso de The Goode Family). Passadas oito semanas, a série cresceu, ganhou corpo e passou até a ser chamada pela crítica especializada como a Entourage dos geeks (aqui, claro, é preciso ter um pé atrás; Girls também foi chamada de a nova Sex and the City e deu no que deu). O ápice da série, que conseguiu captar e debochar das idiossincrasias do universo das empresas pontocom do Vale do Silício como nenhuma outra, foi a season finale, que coloca os garotos da Pied Piper apresentando seu produto no TechCrunch Disrupt. A piada de quantos paus eles conseguiriam masturbar simultaneamente pode ser bem tolinha, mas o desenvolvimento do episódio consegue prender o telespectador na cadeira, empola e controi um belo gancho para a segunda temporada, sedimentando Silicon Valley como uma das surpresas da temporada e um dos shows a serem seguidos em 2015. (Paulo Serpa Antunes)
#22
Série: The Americans
Episódio: New Car (2×08)
Data de Exibição nos EUA: 16/4/2014
Na primeira temporada de The Americans, o casal russo Phil e Elizabeth realizava ações de espionagem em episódios meio que independentes um do outro. Já em seu segundo ano, a produção tomou o feliz rumo de criar um grande arco. O ponta pé foi a execução de outro casal russo (mais a filha, deixando um garoto órfão) e uma season finale repleta de reviravoltas e um militar rebelde como grande ameaça aos protagonistas. O auge do arco foi o episódio New Car. Nele, Phil é “contaminado” pelo american way of life e compra um Camaro, fruto de inveja até do agente do FBI Stan. Elizabeth, que não gostou disso, inicia com ele um debate sobre o consumismo americano, algo que afetou até o filho deles, que invadia a casa dos vizinhos para jogar o videogame que não ganhou dos pais. E no meio disso tudo temos Larrick, o militar rebelde, matando uma aliada de Elizabeth, meio que com o consentimento dela; Phil se negando a matar uma testemunha, algo que ele parece cansado de fazer; e o choque ao descobrir que um submarino, construído com um plano roubado por eles, afundou com 160 camaradas russos. Conflitos familiares, ideologia socialista versus capitalista, e uma ação legal de ver. E olha que falei só do núcleo dos russos! (Thiago Sampaio)
#21
Série: Penny Dreadful
Episódio: Closer Than Sisters (1×05)
Data de Exibição nos EUA: 8/6/2014
Confesso que recebi a chegada de Penny Dreadful com um pé atrás. Já temos séries de terror sobrenaturais demais no ar, não? Especialmente uma série que parece uma apropriação indevida da ótima HQ The League of Extraordinary Gentlemen, de Alan Moore. Mas, semana a semana, Penny Dreadful foi chamando mais e mais atenção, até conquistar de vez o telespectador na quinta semana, com Closer Than Sisters. Com um episódio flashback totalmente voltado à relação de Vanessa Ives (Eva Green) e Mina (Olivia Llewellyn), a série atinge todo um novo nível de perturbação mesclando amor e traição e loucura e possessão demoníaca em altas doses. A trama de Penny Dreadful avança e o roteiro de Jon Logan mostra que ainda é possível surpreender o telespectador e criar momentos de tensão genuína reciclando velhas fórmulas. (Paulo Serpa Antunes)
#20
Série: Grey’s Anatomy
Episódio: We Are Never Ever Getting Back Together (10×22)
Data de Exibição nos EUA: 1/5/2014
Muita gente já disse que o prazo de validade de Grey’s Anatomy expirou há tempos. Outros reclamavam que a despedida de Cristina Yang não estava apropriada. E We Are Never Ever Getting Back Together foi o episódio que provou que ambos os grupos estavam errados. Nele, Preston Burke voltou para assombrar o presente de Cristina, mas acabou oportunizando o seu futuro. E foi impossível não torcer para que tudo desse certo para Yang quando nos demos conta do que esse retorno representava. Ainda que longe dos nossos olhos. Fear (of the Unknown) foi um episódio nota 10, mas foi em We Are Never Ever Getting Back Together que a fé em Grey’s Anatomy e em Shonda Rhimes foi restaurada. E é por esse motivo que esse emblemático episódio é um dos destaques do ano. (Mariela Assmann)
#19
Série: Nashville
Episódio: Crazy (2×19)
Data de Exibição nos EUA: 2/4/2014
Após uma temporada de estreia bastante irregular, Nashville retornou para seu segundo ano disposta a corrigir os erros do passado e a investir em sua essência: os bastidores da indústria da música country. Entram em cena Rayna, Deacon, Juliette, Scarlett; saem Lamar, Peggy e (quase) todo o arco político (e chato) da série. Decisão acertada (ainda que incapaz de aumentar a audiência). Crazy, incontestável ápice da temporada, representa com perfeição a enorme evolução da série desde a sua estreia. Conhecemos a mãe de Scarlett, e fomos presenteados com uma cena belíssima, ao ver a menina dedicar Black Roses à sua mãe, numa performance comovente de Clare Bowen. Mas, acima de tudo, vimos o confronto entre Rayna e Deacon. A hora da verdade, enfim. O momento em que eles conversam honestamente sobre Maddie, sobre a decisão de Rayna de não deixá-lo criar sua própria filha, sobre o passado, sobre tudo aquilo que sempre incomodou a ambos, mas que eles nunca tiveram a coragem – ou a vontade, talvez – de falar a respeito. Inesquecível. (Gabriela Guimarães)
#18
Série: Orphan Black
Episódio: Governed as It Were by Chance (2×04)
Data de Exibição no Canadá e nos EUA: 1/5/2014
Todos os episódios da segunda temporada de Orphan Black foram primorosos, mas Governed as It Were by Chance teve uma vantagem que o distinguiu dos demais: sua cena final, uma das mais bonitas da última temporada, entre séries de qualquer gênero. O reencontro entre Helena e Sarah mostrou, mais uma vez, que nada é o que parece, e que Orphan Black veio para derrubar, uma a uma, ideias pré-concebidas. O costumeiro show de Tatiana Maslany ganhou tons mais vermelhos e o ritmo da temporada – já insano – se intensificou a partir desse episódio em mais uma prova de que os roteiristas da série sci-fi tem ideias em abundância e não temem gastar plot. Governed as It Were by Chance é uma das razões pelas quais 2015 precisa chegar bem rápido: tempo, dá pra colaborar? (Mariela Assmann)
#17
Série: The Blacklist
Episódio: Anslo Garrick (1×09 e 1×10)
Data de Exibição nos EUA: 25/11 e 2/12/2013
Não é a toa que The Blacklist foi a estreante queridinha da temporada passada. A série combina todos os elementos que uma produção de sucesso precisa: um bom elenco, personagens dúbios e carismáticos, ação, bom roteiro, uma trilha sonora de tirar o fôlego e uma direção competente. E Anslo Garrick, um episódio dividido em duas partes, foi a síntese do que a temporada de estreia da série representou. A história eletrizante e cheia de plots twist de Anslo foi emotiva sem ser piegas, foi atrativa sem ser inverossímil. E James Spader, como sempre, deu um show de atuação. Os episódios finalizaram a primeira metade da temporada de The Blacklist e abriram espaço pra uma trama ainda mais carregada nos episódios finais. Vida longa e próspera à The Blacklist, a melhor série nova da fall season de 2013. (Mariela Assmann)
#16
Série: Bates Motel
Episódio: The Box (2×09)
Data de Exibição nos EUA: 28/4/2013
Durante todo o episódio tivemos muita tensão nas cenas em que se encontrava o ator Freddie Highmore. Afinal, não é todo dia em que podemos ver o “inocente” Norman Bates preso em uma caixa injustamente. O little baby da Norma passou por uma situação desumana e bastante angustiante. Dividimos uma angustia quase sem fim ao lado dele e de sua família com muito frio, baratas, insetos e sujeira no local. Outro ponto forte do episódio foi a revelação do misterioso assassino da professora Miss Watson, que na minha opinião, quase todos nós sabíamos quem seria o anfitrião da festa. Esse foi o penúltimo episódio da temporada mas, com certeza, se fosse o último, não deixaria a desejar, sendo o melhor episódio da série nestes dois anos. Para finalizar não posso deixar de mencionar a excelente interpretação da atriz Vera Farmiga, que me leva a crises de risos a cada ataque de histeria de Norma, a mãe mais louca de todas do universo. (Arthur Barbosa)
#15
Série: Orange is the New Black
Episódio: Bora Bora Bora (1×10)
Data de Estreia: 11/7/2013
Quando definimos que Orange is the New Black estaria no nosso top 30 eu fiquei imensamente feliz, mas também bastante preocupada: é ingrata a tarefa de escolher UM dentre os 26 magníficos episódios exibidos no período de um ano. Bora Bora Bora foi o escolhido, mas não precisava ter sido: os seus outros 25 irmãos cumpririam bem o papel. Mas também não foi de graça que o episódio merece estar na lista. É nele que as tintas que colorem OITNB ficaram mais escuras, já que foi nele que vimos uma protagonista mais endurecida e nos despedimos de uma personagem de uma forma bastante trágica. Isso sem mencionar o fato de que os acontecimentos da série, depois de Bora Bora Bora, carregaram com eles essa herança. O episódio é ainda uma síntese do que a série é: um misto de comédia com drama e uma reflexão sobre a natureza humana. Da melhor qualidade. (Mariela Assmann)
#14
Série: Scandal
Episódio: Kiss Kiss Bang Bang (3×14)
Data de Exibição nos EUA: 20/3/2014
O melhor episódio de Scandal desta temporada não teve como protagonista Olivia Pope, os escândalos não foram tão importantes e o Presidente não passou de um mero coadjuvante. MAs foi ainda um dos mais tristes da série, fez muita gente chorar. As estrelas fora James e Cyrus. Logo no início descobrimos que o marido de Cyrus foi assassinado por Jake e com isso somos convidados a viajar no tempo, testemunhando como o relacionamento entre essas duas pessoas tão diferentes começou. O primeiro encontro e beijo e quando Cyrus decide sair do armário para todos e principalmente Fitz, convidando James para ser seu acompanhante no baile. Voltando a realidade, muito culpado, já que envolveu James nos seus planos mais obscuros, Cyrus evita a todo custo lidar com a morte de seu companheiro e decide mergulhar de cabeça no trabalho. Contudo ele acaba desmoronando em uma coletiva de impressa e é Fitz quem vai consolá-lo. Se o episódio em si já não tivesse sido triste o suficiente, a cena final veio para mostrar que essa tal de B613 realmente não está para brincadeira. Ela mostra Jake friamente ao lado de James, justificando seus atos, narrando o sofrimento e o acompanhando até o seu último suspiro. Shonda Rhymes e sua esquisita capacidade de matar os personagens da forma mais maquiavélica possível e com requintes de crueldade. Mas como negar que é isso que amamos odiar em suas séries! (Felipe Ameno)
#13
Série: Modern Family
Episódio: Las Vegas (5×18)
Data de Exibição nos EUA: 26/3/2014
Numa temporada marcada pelos preparativos do casamento de Cam e Mitchell, foi a viagem para Las Vegas que se destacou. O 18º episódio do quinto ano da série foi premiado com o Emmy de melhor direção e mostrou para todos que uma trama relativamente simples pode ser a receita do sucesso. O episódio causa estranheza em um primeiro momento, já que o núcleo infantil é excluído durante a viagem dos adultos, mas nem por isso ele deixa de ser genial. Aliás, talvez esse tenha sido um dos fatores primordiais para que a trama se tornasse inesquecível. Os acontecimentos isolados tomam forma durante a noite, quando os personagens se encontram e aí, bem, só vendo mesmo o episódio pra confirmar a genialidade dessa viagem inesquecível. (Maísa França)
#12
Série: House of Cards
Episódio: Chapter 14 (2×01)
Data de Estreia: 14/2/2014
Hoje temos alguns seriados que você deve assistir de uma maneira “nova”, com binge watching. Fazer mini-maratonas de uma série em particular, passar uma tarde inteira vendo mais de 5 episódios, já caracteriza o tal do binge, que em nosso bom português seria algo como “um atrás do outro”. Fãs de seriados já fazem isso há anos, mas o Netflix passou a popularizar esse estilo, que tem House of Cards como carro chefe. Em House of Cards acompanhamos a ascensão do sociopata (?) e então deputado Frank Underwood (Kevin Spacey) nos bastidores da politica americana. Vale dizer que a série é mais do que seu protagonista, possuindo um ótimo elenco e situações de conspiração e maniqueísmo puro, entre os que querem subir ao poder, com um roteiro bem amarrado. Daí, quando paramos para analisar um episódio em particular, sua enraizada característica binge (o Netflix libera toda a temporada no mesmo dia) dificulta a tarefa. Sendo assim, escolho a premiere do 2º ano, Chapter 14, por encerrar o que começou na temporada de estreia e preparar terreno para essa 2ª que demorou, mas engrenou. Agora como vice-presidente dos EUA, Frank escolhe Jackie Sharp como sua substituta na liderança do Congresso, suja as mãos de maneira literal ao eliminar um importante personagem da 1ª temporada (!) e ainda tem tempo para nós. Admita: depois de um episódio inteiro sem a narração sulista de Kevin Spacey, você sorriu de alegria quando F.U., fitando seus olhos, disse que não tinha te esquecido. House of Cards não é só o Frank Underwoord de Kevin Spacey, mas… depende muito dele sim. (Thiago Sampaio)
#11
Série: The Walking Dead
Episódio: The Grove (4×14)
Data de Exibição nos EUA: 16/3/2014
Carol chega ao ápice da sua transformação em The Grove, quando definitivamente deixa de ser uma dona de casa submissa, que apanhava do marido, para se transformar numa das maiores defensoras daquele grupo de sobreviventes. Lizzie por sua vez, veio mostrando um comportamento estranho ao longo da temporada e uma simpatia fora do comum com os walkers. Simpatia essa que culmina neste episódio, quando ela decide assassinar a própria irmã, Mika, para transformá-la. Com isso, Carol precisa tomar duas decisões muito importantes que poderiam mudar o rumo da história: matar a psicopata mirim Lizzie e contar a verdade sobre Karen para Tyreese. Definitivamente The Walking Dead deixou de ser uma série que trata única e exclusivamente de um apocalipse zumbi para ser um drama psicológico que mostra como as pessoas lidam quando se encontram em situações-limite. Demorei um pouco para embarcar nessa nova leitura da série, contudo The Grove resume de forma magistral essa mudança. (Felipe Ameno)
#10
Série: Parks and Recreation
Episódio: Moving Up (6×21 e 6×22)
Data de Exibição nos EUA: 24/4/2014
Se Parks and Recreation tivesse acabado no dia 24 de abril, com a exibição do episódio duplo Moving Up, poucos fãs da série teriam ficado chateados. Claro, é muito melhor aguardar por um merecido sétimo ano da série, mas a verdade é que o episódio foi tão perfeito e teve um desfeito tão redondinho, que parecia uma series finale, e uma series finale apaixonante! Tivemos externas gravadas em San Francisco, a inauguração do Bistrô do Tom, o Unity Concert selando a união de Pawnee e Eagleton, muitos retornos (entre eles os de Megan Mullally e Lucy Lawless), convidados musicais como Kay Hanley e Jeff Tweedy, a participação mais do que especial de Michelle Obama e ainda um salto no tempo na última cena. O melhor da temporada realmente ficou para o fim. E agora resta a curiosidade para saber como Amy Poehler e sua turma vão superar este episódio em 2015. (Paulo Serpa Antunes)
#9
Série: Fargo
Episódio: The Crocodile’s Dilemma (1×01)
Data de Exibição nos EUA: 15/4/2014
A ideia de adaptar Fargo, o mais premiado dos filmes dos irmãos Coen, para a televisão não é nova. Em 1997, a NBC chegou a constratar roteiristas para escrever uma adaptação. Em 2003, Edie Falco fez o papel de Marge Gunderson, a policial eternizada por Frances McDormand no filme, em um piloto para a CBS. Por sorte a série não foi ao ar: do contrário, talvez The Sopranos tivesse acabado mais cedo e talvez não tivessemos tido, agora em 2013, esta tão fresca adaptação. Numa época em que nove a cada dez projetos pra TV americana são adaptações, Fargo se destaca e se justifica. Tudo na série assinada por Noah Hawley remete ao filme original. E ainda assim tudo é tão fresco e tão original como se estivessemos vendo pela primeira. E o elenco formado por Martin Freeman, Billy Bob Thornton, Colin Hanks e a atriz revelação Allison Tolman é absolutamente incrível. Fargo funciona especialmente porque séries policiais temos aos montes por aí: mas não com este humor negro, este grau de violência tão chocante e este cenário tão gélido de Minnesota. Fargo foi a grande surpresa da temporada. (Paulo Serpa Antunes)
#8
Série: The Big Bang Theory
Episódio: The Romance Resonance (7×06)
Data de Exibição nos EUA: 24/10/2013
Em um episódio sobre romance, todos os tipos de amor aparecem para o grupo de amigos de The Big Bang Theory: Sheldon pela Física, Bernadette pelo trabalho, Raj pelos filmes românticos e, claro, o amor que une os casais Leonard/Penny e Howard/Bernadette. Dessa vez, Bernadette revela aos seus amigos que está trabalhando com um vírus de guaxinim que pode infectar pessoas. Enquanto isso, Sheldon acha que descobriu um elemento estável superpesado e se vangloria sobre esse acontecimento. Já Howard percebe a aproximação do aniversário do 1º encontro com sua esposa e pretende fazer uma homenagem com uma música especial. Mas, ao comentar sobre o aniversário, Leonard começa a questionar Penny sobre suas atitudes nada românticas. O que ninguém esperava é que a descoberta de Sheldon foi baseada em um erro de consulta. Além disso, depois de sete anos de história, Penny guardava uma caixa repleta de lembranças das situações vividas ao lado de Leonard. Para coroar o episódio, mesmo com a quarentena de Bernie devido a uma suspeita de contágio com o vírus, Howard e seus amigos conseguem fazer a homenagem à moça com uma música doce e, ao mesmo tempo, muito divertida. (Cinthia Quadrado)
#7
Série: Sherlock
Episódio: His Last Vow (3×03)
Data de Exibição no Reino Unido: 12/1/2014
A terceira temporada de Sherlock é sem dúvida uma das melhores coisas feitas para a televisão nos últimos tempos, e His Last Vow foi o fechamento perfeito para esse evento televisivo. Tudo que a série oferece de melhor desde sua estreia foi representado nesse episódio com honra ao mérito. O roteiro brilhantemente escrito e livre de furos de Steven Moffat, a direção suprema de Nick Hurran (menção especial à cena em que Mary atira em Sherlock, uma verdadeira aula de direção) que também dirigiu alguns dos melhores episódios de Doctor Who e as melhores performances possíveis dos atores (destaque para Lars Mikkelsen, que fez de Charles Magnussen um vilão puramente mal e repugnante, sem nenhum resquício de simpatia ou carisma). E se não bastasse tudo isso: Moriarty retorna. Moriarty! Quando você pensa que não pode mais se surpreender, Steven Moffat puxa sua cadeira e te “trolla” mais uma vez com esse cliffhanger de tirar o fôlego. E você? Sentiu falta dele? (Lucas Victor)
#6
Série: The Good Wife
Episódio: The Last Call (5×16)
Data de Exibição nos EUA: 30/3/2014
Impecável. Assim podemos descrever a quinta temporada de The Good Wife. Escolher o melhor episódio desta temporada foi uma missão quase impossível. Como o extraordinário Hitting the Fan já foi exaustiva e merecidamente celebrado, discutido e premiado, era a hora, talvez, de destacarmos The Last Call, a hora ao mesmo tempo mais bela e mais cruel de toda a série. Revivemos a trágica morte de Will, desta vez na companhia de Alicia, que teve a difícil missão de dizer adeus àquele que foi muito mais do que o seu amor. E ela estava em busca de respostas. Que diabos Will queria ter dito em sua derradeira mensagem? A dúvida corroeu Alicia por todo o episódio. E a nós todos também. A possibilidade de ele ter morrido decepcionado com ela não seria algo que Alicia conseguiria suportar. Tristeza, angústia, dor, luto. Um episódio escrito, dirigido e atuado com maestria. Adeus, Will. (Gabriela Guimarães)
#5
Série: The Newsroom
Episódio: News Night with Will McAvoy (2×5)
Data de Exibição nos EUA: 11/8/2013
News Night with Will McAvoy é um daqueles episódios que faz com que os espectadores se envolvam ainda mais com o jornalismo televisivo. Em meio à construção do jornal, as tumultuadas histórias dos personagens preenchem um ambiente que está a mil por hora. Sloan se envergonha devido ao vazamento de suas fotos íntimas, Maggie sofre de estresse pós-traumático, Charlie percebe que a Operação Genoa é uma realidade e Will tenta confrontar seus sentimentos quanto ao seu pai. A redação do News Night lida com pautas que surgem, outras que caem, além de tratar de fake news, dos erros em meio ao trabalho e tantos outros temas típicos da profissão. O episódio mostra como um ambiente agitado pode funcionar de pano de fundo para o trabalho. E, no final, um telejornal vai ao ar de maneira brilhante. Alguns consideram-no confuso, mas, no final das contas, o News Night with Will McAvoy é um episódio completo para aqueles que não apenas o assistem, mas o sentem. (Cinthia Quadrado)
#4
Série: True Detective
Episódio: The Long Bright Dark (1×01)
Data de Exibição nos EUA: 12/1/2014
Se você é um fã de série exigente e chato a esta altura já deve ter percebido: a temporada 2013-2014 não foi boa em estreias. O oásis criativo no meio do período acabou sendo o lançamento, no dia 12 de janeiro, de True Detective. A estreia do ano foi era um thriller policial ousado, com um roteiro impecável assinado por um roteirista praticamente desconhecido (Nic Pizzolatto, em seu primeiro trabalho como produtor executivo), que recuperava um grande ator (Woody Harrelson, longe da TV desde uma série de participações em Will & Grace, em 2001) e tinha como protagonista outro ator vivendo seu grande momento profissional (Matthew McConaughey, poucos meses após arrebentar nos cinemas norte-americanos com Clube de Compras Dallas). Ao longo de oito semanas True Detective capturou a atentação de todos os telespectadores – uma série sem episódios ruins, sem deslizes. Justamente por isto, The Long Bright Dark merece o destaque: foi ela que nos marcou pela primeira vez com as imagens da ritualística morte de uma jovem prostituta, a excentricidade do detetive Rust Cohle (McConaughey), a vida-clichê do detetive Martin Hart (Woody Harrelson) e a reabertura, 17 anos depois, do caso que marco para sempre a vida dos dois. (Paulo Serpa Antunes)
#3
Série: Hannibal
Episódio: Mizumono (2×13)
Data de Exibição nos EUA: 23/5/2014
Nada é o que parece ser. Depois de passarmos duas temporadas em busca de pistas que nos permitissem enxergar através da pretensa loucura de Will, por aquele acontecimento que permitiria que o vilão, ainda que inteligente demais para que não gostássemos dele, fosse pego, qualquer coisa que tivéssemos conseguido foi jogada fora e uma nova história começou. Para os fãs dos livros e filmes originais a perseguição da dúvida do quanto os roteiristas arriscariam. Para os fãs da série a questão de quem eles deixariam de pé para uma terceira temporada. A luta incrível entre Jack e Hannibal, pela qual esperamos a temporada toda, estava lá, e os dilemas morais de Will também. Mas o que fica é o choque de ver Hannibal em fuga na companhia de sua psiquiatra, aquela com quem nos preocupamos e por quem torcemos. Cenas cruas, de beleza gráfica, mas carregadas de significado. Um relógio marcando segundo a segundo. Uma chuva torrencial do tipo que leva tudo que puder pelo caminho. Os produtores conseguiram, como Mizumono, encerrar a segunda temporada de Hannibal de forma exemplar: lhe dou um tanto de respostas, mas tem coisas que você só descobrirá quando a série voltar. (Simone Miletic)
#2
Série: Game of Thrones
Episódio: The Mountain and the Viper (4×08)
Data de Exibição nos EUA: 1/6/2014
O maior choque visual da temporada de Game of Thrones foi um dos momentos mais aguardados pelos leitores dos livros, e também uma das grandes surpresas do ano para os telespectadores que chegaram até aqui sem cruzar com spoilers. The Mountain and the Viper mostra o desfecho da vingança de Oberyn Martell contra os crimes sofridos por sua irmã Elia. No entanto, muito mais do que um simples combate de espada contra lança, a Montanha contra a Víbora decidia o futuro de um dos personagens mais populares e importantes da série, Tyrion Lannister. Muito lembrado por seu final sangrento, The Mountain and the Viper conseguiu construir os laços envolvidos para o seu clímax, dando o peso necessário para que a cena final fosse incrivelmente marcante e lembrada até hoje. (João Freitas)
#1
Série: Breaking Bad
Episódio: Ozymandias (5×14)
Data de Exibição nos EUA: 15/9/2013
Não teve pra mais ninguém na temporada 2013-2014. Breaking Bad, que um dia foi uma série apenas para iniciados, começou setembro dominando as rodas de conversa no mundo todo. Virou até mesmo fenômeno de massa no Brasil – com a exibição na TV aberta, piadinhas no Twitter que viralizaram na internet e gerando uma corrida por DVDs, assinaturas na Netflix e torrents de novos fãs buscando colocar a série em dia. A reta fina da série foi particularmente angustiante, tensa do início ao fim. Mas nada se compara a Ozymandias. Aqui, um a um os personagens da série caem de joelhos, em desespero. Alguns para sempre. Um episódio de deixar o estômago revirado, repleto de confrontos, atuações espetaculares e alta carga de violência. Não foi à toa que Ozymandias venceu o Emmy AWards de Melhor Roteiro em Drama e se tornou indispensável na lista dos melhores episódios não só da ano e não só da série, mas da história da TV mundial. (Paulo Serpa Antunes)
Até 2014-2015!
Veja também:
Os 30 melhores episódios da temporada 2012-2013: #30-21
Os 30 melhores episódios da temporada 2012-2013: #20-11
Os 30 melhores episódios da temporada 2012-2013: #10-1
Os 30 melhores episódios da temporada 2011-2012: #30-21
Os 30 melhores episódios da temporada 2011-2012: #20-11
Os 30 melhores episódios da temporada 2011-2012: #10-1
Veja o primeiro pôster de ‘Better Call Saul’
15/12/2014, 19:53. Natielle Castex
Notícias
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O canal AMC divulgou o primeiro pôster da vindoura Better Call Saul, série derivada da cultuada Breaking Bad. Veja-o abaixo:
A nova série de Vince Gilligan, responsável pela criação de BB, foca na vida pessoal e profissional do advogado Saul Goodman na época que ainda era conhecido como Jimmy McGill. Saul estreia em 8 de fevereiro, domingo, nos Estados Unidos. No Brasil, a Netflix vai exibi-la após o término de sua primeira temporada.
Com informações do IGN
Dois novos teasers de ‘Better Call Saul’ são divulgados
02/12/2014, 10:55. Natielle Castex
Notícias
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A expectativa pelo lançamento de Better Call Saul, a série derivada de Breaking Bad, parte de dois lados: dos fãs e do canal AMC. A emissora norte-americana, então, continua divulgando vídeos sobre a série enquanto a estreia não chega. Assista abaixo mais dois teasers de Saul:
A série de Vince Gilligan tem data de estreia marcada nos Estados Unidos para 8 de fevereiro, com uma segunda temporada já garantida pelo canal AMC. Assim que a exibição de sua primeira temporada terminar nos EUA, ela estará completamente disponível na Netflix.
Com informações do amc
Primeira temporada de ‘Better Call Saul’ ganha exibição de dois dias na AMC
21/11/2014, 11:54. Cinthia Quadrado
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O canal AMC está preparando a estreia de Better Call Saul, spinoff de Breaking Bad, para duas noites seguidas: dias 8 (estreia da temporada) e 9 de fevereiro. (exibição do segundo episódio). A nova série mostra a vida do advogado Saul Goodman (Bob Odenkirk), personagem que foi muito explorado em Breaking Bad.
“Em fevereiro, durante a primeira noite de estreia do seriado, nós vamos apresentar Jimmy McGill ao mundo”, disse o presidente da AMC, Charlie Colliber. Mais conhecido pelos fãs de Breaking Bad como Saul Goodman, o personagem aparecerá de uma maneira diferente aos espectadores, já que eles descobrirão que o advogado nem sempre foi o de maior destaque em toda Albuquerque.
Depois de sua estreia, Better Call Saul será exibida toda segunda-feira. A primeira temporada terá 10 episódios e 13 novos capítulos estão sendo produzidos para um segundo ano da série.
Confira o novo teaser da série:
Com informações do Hollywood Reporter.
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