Hora do último post coletivo: nossos series finales inesquecíveis – parte 2

Data/Hora 06/12/2015, 20:00. Autor
Categorias Especiais


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É o fim. Você está lendo a segunda parte do nosso texto especial final de encerramento do TeleSéries. Sim, estamos encerrando nossas atividades, depois de 13 anos de luta. Os motivos são muitos, mas agora importam menos. O que fica é orgulho de ter feito um site que resistiu tanto tempo – produzindo conteúdo pra uma internet em constante mutação em um mercado de televisão também passando por profundas transformações –, informando as pessoas, debatendo ideias e fazendo amigos.

Para a despedida, 15 dos nossos mais de 100 colaboradores foram convidados a relembrar seus episódios finais de séries marcantes (a primeira parte você lê aqui, com textos sobre ER, Friday Night Lights, Hart of Dixie, How I Met Your Mother, Smash, Six Feet Under, Studio 60 e The Newsroom). Claro, as lembranças deste tempos vendo mas também escrevendo sobre séries, em equipe, geraram estes textos bem pessoais, bem confessionais, que você lê a seguir.

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Dia Mundial da Justiça Social – A luta pela justiça social nos seriados

Data/Hora 20/02/2014, 10:13. Autor
Categorias Notícias


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A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou em 2009 que o Dia Mundial da Justiça Social seria celebrado todos os anos no dia 20 de fevereiro. A iniciativa foi uma tentativa de promover esforços para enfrentar a questão de desigualdade, que infelizmente ainda assola o mundo inteiro.

E essa é uma causa muito importante para nós, então o TeleSéries não podia ficar de fora destas celebrações. Mas como participar delas? Como falar sobre Justiça Social e seriados?

A maior dificuldade ao começar a produzir este especial foi compreender, afinal, o que é justiça social? Depois de muito debate chegamos a alguns pontos comuns e é deles que partimos aqui. Para nós, justiça social é a justiça em seu estado mais bruto e natural. É a defesa incansável do direito à dignidade humana. Falar em justiça social é falar em uma política de compensação baseada na ética de cada sociedade, ou seja, prezando pela equidade, como explicava Aristóteles.

Assim, nossa ideia sobre justiça social pode ser resumida no pensamento do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos: “Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades”.

Com o conceito de Justiça Social by TeleSéries colocado, procuramos por exemplos de busca pela concretização do mesmo nos mais diferentes seriados. E encontramos alguns bem representativos.

Sim, sabemos que falar sobre justiça social no cenário atual é desafiador. Mas a equipe do site não costuma fugir de desafios, especialmente quando enfrentá-los de peito aberto é extremamente necessário. E o fato de termos visto recentemente fenômenos como os casos dos “justiceiros”, a proposta da “Cura Gay”, o crescimento do número de defensores da redução da maioridade penal e da pena de morte, a violação dos direitos humanos em presídios, entre outros, só comprova a necessidade e a importância da discussão.

Então, o TeleSéries dá sua micro contribuição na luta pela busca da justiça social fazendo o que sabe fazer de melhor: falando de séries.

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O dedo na ferida em Boston Legal

Seria bom e bonito fazer um especial apenas com os exemplos de promoção da justiça social nos seriados. De exemplos de medidas para garantir a famigerada justiça social. Mas estaríamos sendo falaciosos.

Assim como a sociedade é recheada de exemplos de violação dos direitos humanos, os seriados – como espelho da sociedade – também o são. Mas mais do que mostrarem histórias de desrespeito aos direitos humanos como um todo, as séries também colocam o dedo na ferida. Não raro, podemos ouví-las indagando: o que a nossa sociedade faz para garantir a justiça social?

E dentro desse contexto, vale lembrar de Boston Legal. Pena de morte é sempre um tema espinhoso. E mais polêmico ainda é o caminho que leva até ela. E David E. Kelly conseguiu, no seriado, trazer um pouco dessa tormentosa jornada à tona, escancarando a questão da desconsideração dos direitos humanos no mesmo.

Death Be Not Proud. Season finale da primeira temporada da série. Alan Shore vai até o Texas lutar, através do último recurso, contra a pena de morte de Ezekiel “Zeke” Borns. E é através desse caso emblemático – e muito comum no dia-a-dia forense e prisional – que David E. Kelley tenta mostrar que um processo tão falho ofende os direitos humanos. E ir contra os direitos humanos é, em última instância, negar aos envolvidos justiça social.

David E. Kelley reproduz em Boston Legal a dúvida que existe em muitos casos criminais. Zeke seria mesmo culpado? O que prevaleceria: sua confissão – obtida após um interrogatório direcionado, no qual o interrogado é negro e tem QI de 80 pontos -, ou os indícios que afirmam que ele não é o culpado pelo crime? O que deveria prevalecer: a vontade de ver a “justiça” feita, de ter uma bruxa para queimar na fogueira e aplacar a vontade social de conhecer a cara da culpa; ou o direito mais básico de um ser humano potencialmente inocente: o de gozar de uma vida digna?

Todos os elementos presentes na jornada da incriminação gratuita estão ali, bem postos por Kelley: a dúvida razoável, a possibilidade do condenado ser inocente, o fato dele ser negro e julgado apenas por brancos, a questão financeira do preso versus o Estado e seu aparato condenatório. E coloca o dedo na ferida: sendo o Estado incapaz de condenar acima de quaisquer dúvidas, é legítima pena de morte? Mais: não seria a pena de morte, na sociedade atual, a maior evidência da injustiça social?

Estatisticamente falando, a maioria esmagadora dos condenados são pobres. Via de regra, além de pobres, negros. Quanto mais rico ou famoso o réu (vide O.J. Simpson), melhor seu aparato de defesa, e menor a chance de condenação. Estatisticamente falando, a pena de morte não diminui a criminalidade. Sendo assim, não aumenta a segurança. Não diminui nem mesmo os gastos do estado com o preso.

Estatisticamente falando, a pena de morte tem um fim: escancarar a injustiça social. Esfregá-la na cara da sociedade. E é isso que Boston Legal faz: mostra que apesar dos avanços dos grupos que levantam a bandeira em prol dos direitos humanos para réus e população carcerária, essa ferida ainda está aberta. E para que a justiça social enfim se efetive, é necessário tratá-la.

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A igualdade em Friday Night Lights

Mas nem só de demonstrar as maiores falhas da nossa sociedade, no que tange à busca pela tão almejada justiça social os seriados vivem. As séries estão recheadas também de exemplos do que fazer para que essa busca encontre um fim. E são inúmeros os exemplos disso. Recentemente, publicamos alguns especiais que ilustram essa busca. Tratamos do direito de ser respeitado, independetemente da orientação sexual, falando sobre beijos “polêmicos” e sobre “saída do armário”. Falamos sobre a luta das pessoas com deficiência por respeito e normalidade. Escancaramos a questão do sexismo e nos engajamos na luta pela defesa do direito à igualdade de gênero. Nas por mais que já tenhamos tratado da temática várias vezes, sempre há o que ser dito. Sempre há novos – ou antigos – direitos pelos quais vale a pena lutar. E, para marcar a data, escolhemos falar de Friday Night Lights, que tratou de tantas questões relevantes durante os anos em que esteve no ar.

Na pequena cidade de Dillon, no Texas, há pessoas com grandes corações e grandes sonhos. Assim é descrito o cenário principal da série Friday Night Lights, de Jason Katims. Lá o futebol americano é o centro das atenções e mexe com a vida de todos os seus moradores. Katims gostava de falar do cotidiano, das coisas que vivemos e quase sempre não nos damos conta. Quer um exemplo disso? Você já reparou na história de vida e nas lutas dos seus colegas de classe ou de trabalho? Será que todos têm as mesmas oportunidades?

Friday Night Lights é um grande exemplo de TV usada em prol de uma grande causa: a luta pela justiça social. E nesse contexto, foi no seriado que vimos a luta – velada ou não – por várias causas, como as dificuldades enfrentadas pelos deficientes físicos, a luta entre classes sociais e a busca pela igualdade racial.

Dando sua contribuição para a tentativa de inserção de pessoas com limitação na locomoção, o grande primeiro tema de FNL girou em torno do personagem Jason Street. O jovem lançador do time da escola – e praticamente a estrela da cidade -, sofre um acidente em campo e fica paraplégico. A vida dele acabou ali, certo? Errado. Ao longo da história, Jason passou de um cara extremamente raivoso e decepcionado para um homem que conquistou a sua vitória.

Mas apesar da bonita história de vida de Jason, o ponto alto da trama não era esse, mas sim observar o conjunto de enfrentamentos diários que ele tinha.E eles não eram poucos: iam desde acessibilidade, passando pelo – terrível – preconceito e culminando nos problemas em obter aceitação em seu ambiente de trabalho. No final das contas, Jason conseguiu trabalhar com futebol americano (como agente), casou-se e teve uma vida para lá de normal. Sim, NORMAL. Como? Assim como a minha e a sua: repleta de lutas diárias.

Outro tema bastante abordado na série era a diferença de classe entre os personagens, alguns muito ricos, outros nem perto disso. Como fazer para que os jovens de Dillon pudessem ter uma vida digna, e garantir que quem quisesse pudesse trilhar os melhores caminhos? A resposta não vem prontamente. É claro que alguns tinham a vida mais fácil, e que o dinheiro nunca foi um grande problema. Mas para aqueles que não tinham o futuro garantido, basicamente havia duas possibilidades para vencer na vida, e ambas passavam pela educação.

Nos Estados Unidos, não há sistema de cotas. Mas muitas universidades adotam mecanismos de compensação. O objetivo é buscar um equilíbrio racial dentro da instituição, reconhecendo que os brancos tiveram mais oportunidades históricas e, por consequência, um poder aquisitivo maior. Mas não fica por aí, quem é pobre também pode fazer uma boa faculdade, basta ser um aluno estudioso. Tyra não era nada disso. Mas ela sabia que a educação seria a única maneira de sair de Dillon e ser o que ela quisesse ser. Foi conquistando uma vaga na universidade que ela conquistou a oportunidade para alcançar voos maiores.

Friday Night Lights ensinou à audiência que garantir a educação para todos é um meio de fazer justiça social. Um bom currículo acadêmico não garante um emprego milionário, mas uma boa educação te dá mais oportunidades e certamente te abre portas. O sucesso profissional pode chegar para aqueles que apresentam um bom desempenho e agarram as boas oportunidades. O cavalo passa selado para todos quando todos recebem oportunidades educacionais iguais. Montá-lo passa a ser, assim, uma opção pessoal.

Foi exatamente isso que aconteceu com Vicent nas duas últimas temporadas da série. O garoto pobre e negro da periferia de Dillon tinha apenas um destino: tornar-se bandido ou traficante. Mais uma vez a série mostrou o importante papel da escola na sociedade e na construção da cidadania. Por meio do esporte, o garoto teve a oportunidade de estudar em uma boa faculdade e ascender em sua carreira no futebol. Vicent e os meninos e meninas da escola secundária West Dillon acompanharam grandes dilemas por lá. Desde uma discussão sobre orçamento da escola, diretrizes escolares e o quadro de funcionários do local, mostrando que é importante a comunidade se envolver com a escola e sempre buscar o melhor para as crianças e jovens.

A série não perdeu seu foco até o fim, e com o grande talento do Jason Katins, a história ganhou o coração de todos que apreciam uma boa dose de realidade, e da busca por justiça, sempre com olhos claros e corações cheios. Porque é disso que a vida é feita.

*Especial produzido por Gabriela Assmann, Lucas Leal, Maria Clara Lima e Mariela Assmann.

Michael J. Fox volta a televisão com série quase autobiográfica


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Michael J. Fox deve retornar a TV em uma comédia quase autobiográfica na NBC. O ator, de 51 anos, havia abandonado a carreira no final dos anos de 1990, quando anunciou que estava com Parkinson. Mas desde então, o astro de Family Ties e Spin City fez aparições em seriados como The Good Wife, Boston Legal e Curb Your Enthusiasm. Ele ficou conhecido do público ainda adolescente, quando estrelou a trilogia De Volta para o Futuro, ao lado de Christopher Lloyd.

“Fui de Teen Beat e Tiger Beat… para AARP,” disse Fox sobre a capa de revista a qual é capa este mês. “Há ótimas dicas sobre a saúde da coluna”, brincou. A AARP  (American Association of Retied Persons) é uma organização engajada em buscar soluções e projetos com foco na melhoria da qualidade de vida dos mais velhos.

Ainda sem título, a comédia estrelada por ele para a NBC vai mostrar a vida de um apresentador de televisão, em Nova York, que descobre que está com Parkinson, semelhante a trajetória do próprio ator.  A série mostra a disposição do ator de lidar com a doença publicamente agora. Mesmo a história sendo tão próxima da realidade de Fox, ele insiste que ainda é muito ficção. “É vagamente baseado em minhas experiências. E eu não quero dizer muito, porque eu não quero que meus filhos pensem que cada vez que uma criança faz algo pateta no show é baseado neles.”

A comédia tem estreia prevista para o final o ano.

Com informações do TV Guide e da AARP.

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