A Teia – Episódio 10

Data/Hora 10/04/2014, 14:20. Autor
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Coragem. Após a cena final de A Teia foi essa a primeira palavra que veio a minha mente. Não foram os primeiros a se arriscar mostrando a maldade humana da forma mais crua. Nem o fizeram de uma forma diferente de todo mundo. Mas eles encararam o risco na televisão aberta brasileira de uma forma que, pelo menos eu acho, ninguém tinha feito antes  – e aí, talvez seja o caso de eu fazer um mea culpa por ter reclamado tanto do horário sem perceber o bem que isso poderia fazer a série.

A grande verdade é que o último episódio desta temporada – torcemos para que não seja a única – não só ficou à altura de tudo que tivemos até aqui como nos preparou um apanhado de surpresas, começando pelo fato de Celeste ter sobrevivido ao acidente e encerrando com a inesperada revelação de que Marco Aurélio não buscava a vingança pela morte de seu pai, já que ele assistiu a própria mãe o fazendo, mas era apenas uma mente tremendamente perturbada.

O episódio começou com Macedo tentando convencer Celeste a ajudá-lo enquanto uma multidão fora da delegacia ameaçava linchá-la. Voltamos então ao momento do acidente e da fuga de Baroni, que leva Ninota consigo para fazer exatamente o que Macedo previra: se vingar do ex-marido de Celeste.

Baroni recorre a Charles, o único a escapar do cerco da polícia, e arquiteta a vingança em sua casa na Chapada – e a localização dos acontecimentos foi a única parte de toda a série que me incomodou, fosse pelo fato de eu ter dificuldade em identificar as idas e vindas do grupo, fosse pelo fato do Brasil não ser tão pequeno assim para a facilidade com que esse povo viajava, além de fazer com que eu me perdesse na linha temporal.

E tudo daria certo, não fosse o detalhe de Celeste estar viva e não fosse um dos vídeos que acaba chegando as mãos do pessoal da polícia. Para ser mais exata nas mãos de Taborda, que recém pai faria o que qualquer um de nós faria – e ele não podia fazer: a divulga.

A fita em questão reafirma o quão instável Baroni é: ele tortura a pequena Ninota na frente da câmera para que seu pai possa ver e assim não hesite em encontrá-lo. Confesso: apenas ouvir a fita foi o bastante para revirar meu estômago e mais que justifica a multidão raivosa fora da delegacia. O maior trunfo de Baroni se torna, então, seu ponto fraco: Celeste, até então firme em proteger seu amado, acaba entregando a localização da casa em que ele estaria escondido após ver a fita.

Macedo monta uma nova operação gigante – como o chefe dele bem nos lembra e questão totalmente relacionada ao que citei acima sobre as viagens – para prender o bandido. Ele evita que Ney acabe morto, consegue recuperar Nina, mas não impede que Baroni atire em Celeste.

A grande verdade é que não existe possibilidade de final feliz em uma história como essa e o roteiro acertou na forma como as coisas aconteceram – e eu nem vou criticar o fato de Macedo levar Celeste com ele à cena do crime, afinal isso acontece até em filme americano muito bom.

Baroni  vai para a cadeia, aonde seu destino já está traçado também: lembram da fita com a tortura de Ninota? Bom, os presos também sabem dela e a cena dele sendo cercado no banheiro já diz tudo que precisamos saber. Celeste é mantida no hospital com a ajuda de aparelhos. Seu futuro é indefinido e Ninota acaba em um lar para crianças órfãs.

Macedo recebe a proposta para continuar em Brasília e montar sua equipe de trabalho. Se, de um lado, a proposta o manteria perto da mãe e de Celeste, com quem a ligação acabou sendo bem mais forte do que ele pretendia, ele não tem coragem de pedir a sua esposa que o acompanhe.

Ficam então as pontas soltas para uma possível segunda temporada e a cena de Libânio carimbando passaportes no aeroporto foi o bastante para me fazer querer que Macedo aceite a proposta – como se eu não quisesse o bastante vê-lo trabalhando junto com Germano.

E Eduardinho? Infelizmente o que eu mais temia aconteceu e a trama familiar de Macedo se esvazia. A esposa do delegado encontra os documentos na geladeira e assim eles conseguem impedir o pior, mas Eduardo em uma concessionária de motos e o senador andando pela cidade de Brasília nos mostram que, bem, algumas coisas são mais difíceis de mudar.

*O texto foi publicado originalmente no Só Seriados de TV.

A Teia – Episódio 9

Data/Hora 29/03/2014, 11:00. Autor
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Só falta um episódio e o pessoal não brincou em serviço. Na verdade, a frase de Baroni no momento da perseguição ao caminhão é aplicável a todo o episódio: “Ninota, se prepara para brincar de montanha russa.”

Então, clica aqui para colocar Nirvana para tocar e vamos relembrar os últimos acontecimentos?

As cenas finais do episódio anterior já tinham adiantado que Macedo e Germano conseguiriam se aproximar de Baroni, o que a gente não sabia é que, ao tentarem usar o Ney, a coisa não acabaria muito bem.

Ou melhor, a gente até sabia, porque a gente lembrava das cenas do início da série, não é mesmo?

Particularmente eu acho que a pior decisão dos dois foi mesmo usar Ney, do outro lado isso rendeu pontos extras porque, mais uma vez, trouxe um tanto de realismo: é complicado não cometer algum erro quando o outro lado desenha um plano tão certinho. Então, eu paro de reclamar porque eles realmente tinham um trabalho pesado pela frente e o tempo estava contra eles: se Baroni conseguisse escapar tudo estaria perdido.

Baroni que se revela cada vez mais psicopata – e aí minha cabeça dá um nó, porque em teoria psicopatas não conseguem se apegar e seu sentimento por Celeste parece sincero, ainda que de posse – e as cenas dos flashbacks apenas reforçam a impressão: Baroni sai da prisão direto para os braços de Celeste e dos braços dela para vingar o que aconteceu com sua mãe, resultando na tortura da mãe de Márcio Gomes e na morte deste – e a gente nem sente tanta pena assim.

No presente, a quadrilha começa a levantar acampamento para dar o golpe, enquanto Baroni segue para o Paraguai no Brutus. E a gente aflito só imaginando o que pode dar errado. Santo celular esquecido, Robin! Ou não: graças ao celular esquecido, Charles, o único a escapar do cerco ao esconderijo deles, não consegue avisar Baroni sobre o que está acontecendo em Curitiba. Do outro lado, é pela falta dele que Baroni precisa usar o orelhão em um posto de gasolina, aonde Celeste acaba vendo Macedo.

A moça, que já estava muito tensa depois do pedido de casamento do Baroni em que ela enxerga, novamente, o lado psicopata do amado, e depois do que o Ney falou, explode de vez e conta o que sabe. Algo no olhar de Baroni naquele momento no caminhão me fez pensar que, se ela não tivesse ficado seriamente machucada no acidente, ele ia dar cabo dela logo em seguida.

As cenas da perseguição, diga-se de passagem, foram excelentes – e sim, era João Miguel mesmo pendurado naquele caminhão – e eu dei vários pulos na cadeira. Só que Baroni acaba partindo apenas com Ninota nos braços, para o meio da mata, sem celular, e se sentindo acuado. Resta apenas torcer para que o pior não aconteça com a menina.

Lá em Brasília Eduardinho e o Senador continuam de conchavo, agora colocando a mãe de Macedo em um asilo. Sorte que a senhora realmente não queria que ninguém achasse os papéis e enfiou em uma gaveta na geladeira.

Confesso que a trama paralela me cansava um pouco, mas a ida da filha de Macedo para a Capital Federal tornou as coisas mais divertidas.  Só fico aqui especulando se essa trama ainda vai se ligar de alguma forma com a trama do Baroni ou, quem sabe, vira uma segunda temporada…

P.S. Macedo e Germano se passando por Ney e celeste no carro: sem preço! Diga-se: ansiosa por uma segunda temporada que incluísse esses dois.

P.S. do P.S. “Germano, quantas vezes você já foi casado mesmo? Desde quando mulher conta tudo para o marido?” Macedo, além de ótimo policial, dando aulas sobre relacionamentos, risos.

*O post foi originalmente publicado no Só Seriados de TV.

A Teia – Episódio 8

Data/Hora 25/03/2014, 14:55. Autor
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Ao que parece a coisa agora realmente engrenou na série e eles estão caprichando na ação, além de passar bem longe do vício das novelas em tempo perdido e explicações desnecessárias.

O episódio 8 foi especialmente marcado pelo cerco se fechando justamente sobre o elo fraco da quadrilha: Celeste. Além de Macedo não ter disfarçado muito bem seu interesse – e ele sendo pego pelo erro de chamá-la pelo nome deu um toque realista a coisa -, ela também não consegue mais se sentir tão à vontade assim ao lado de Baroni depois de ter sido quase morta. E ver um dos homens do Oliveira sendo mortos por Baroni a sangue frio não é o tipo de coisa capaz de acalmar alguém, não é mesmo?

Além de realista o lapso de Macedo também foi a medida do quão nervoso ele está com a história toda de sua mãe lá em Brasília na companhia do “Eduzinho” e do senador corrupto. Agora, se eu fosse o senador eu tomaria mais cuidado com o que Macedo falou e, ao invés de tentar ferrar com ele, eu me manteria quietinho, até porque ele não está fazendo o que faz por amor, mas sim por orgulho ferido, não é mesmo?

Outro ótimo momento do Macedo: o delegado amarrando as pontas por contas das feridas nas mãos da mãe do policial civil morto e a mãe de Macedo.

Aposta do dia: Oliveira foi o responsável pela morte do pai de Baroni, agora devidamente vingado já que a polícia não conseguiu salvar o presidiário. E o Macedo sendo comparado ao Sherlock pelo pessoal da equipe? Eles funcionam quase como a voz da gente lá, não é verdade?

A Teia – Episódios 6 e 7

Data/Hora 17/03/2014, 11:03. Autor
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Aí que a pessoa aqui se atrapalhou toda e tinha certeza que não tínhamos tido episódio inédito no carnaval. E depois teve que recuperar o que perdeu. Sorte pelos episódios inteiros disponíveis no site do canal e sorte que esses dois episódios juntos funcionaram que foi uma beleza.

Na verdade fica claro que a série entra em sua reta final: Macedo amarra pontas e já tem o nome que precisava. Foi absolutamente impossível não subir pelo sofá quando vemos Macedo tão próximo de Baroni naquele restaurante! Isso depois de passarmos por uma verdadeira montanha russa emocional pro conta de Baroni e Celeste, centro do sexto episódio da série.

Vimos bastante do passado de Baroni, que conheceu Celeste porque ela era a esposa de seu colega de cela, um “bandido pé rapado” de quem ele se aproximou só porque já estava de olho na garota. Confesso que cheguei a pensar que ele arrumaria um jeito de fazer com que Ney acabasse morto ainda na cadeia – e acho que ele se arrepende de não tê-lo feito.

De volta à sua cidade, Ninota quer ver o pai e, apesar de Celeste nunca aparecer para o encontro no zoológico, esta é a chave para que Macedo e Germano descubram sobre a quadrilha de Zés em Curitiba. Pelo encontro não acontecido e por um problema na rede elétrica que entrega aonde eles estão morando – entendo perfeitamente Celeste não considerar aquilo um lar.

Vimos também que Bola, o urso carregado por Ninota com o celular na barriga, foi obtido por Baroni num crime anterior com Oliveira, no qual ele matou um menino. A estratégia de nos mostrar esse lado mais frio de Baroni funcionou muito bem como preparação para o que vinha a seguir: crente de que Celeste o está traindo, Baroni não hesita em levá-la com a filha para um terreno escuro e matá-la, o que só não acontece por uma questão de segundos.

A diferença entre as duas situações é a forma como Baroni reage a cada uma delas: ordenado por Oliveira ele não tem problemas em matar o menino filho de um guarda, mas ainda assim carrega o urso como “lembrança”. Apaixonado por Celeste ele é só emoção, ele não a mata, mas continua dominado pelo ciúmes. Baroni não quer ser como o homem que ele chamava de pai, mas se aproxima cada vez mais dele.

E é evidente o efeito disso em Celeste: ela conversa com Suzane questionando porque ela continua ali, mas na verdade ela está perguntando a si mesma. Ela parece estar substituindo o amor por medo. Ela se sente ainda mais insegura, o que se reflete em sua tentativa de se parecer mais com a ex-esposa de Baroni. Ela quer se sentir mais merecedora de estar ao lado dele, mas isso deixa Baroni também mais inseguro. Ele na verdade não entende o que está acontecendo, ela idem. O nervosismo dos dois é praticamente possível de ser tocado. Essa tensão, esse nervosismo é que faz o sétimo episódio ter tanto sentindo: longe de planejar o crime perfeito que acredita estar planejando, Baroni desenha seu próprio fracasso.

Libânio e Taborda desembarcam em Curitiba e Macedo é novamente o cabeça da operação. Eles já tem os rostos que precisavam e sabem que eles planejam uma operação semelhante a de Brasília para os próximos dias. A ação então dá lugar ao planejamento: Baroni e seu time querem realizar o crime que tenha maior retorno, Baroni querendo deixar para trás sua família e os sentimentos ruins associados à ela; Macedo e Germano precisam desenhar a coisa de tal forma que consigam pegá-los em ação para garantir recuperar o dinheiro perdido e o maior número de anos de cadeia para cada um dos envolvidos.

Quase um castelo de cartas. Muito de um jogo de xadrez.

P.S. A pontinha da família de Macedo foi ótima, praticamente um alívio em meio ao tanto de tensão que vivemos ao ver a polícia tão perto de Baroni e sua gangue.

P.S. do P.S. A trilha sonora continua perfeita.

P.S. do P.S. do P.S. Maior mérito da dupla de episódios: te deixar roendo unhas até a semana seguinte.

*Texto originalmente publicado no Só Seriados de TV.

A Teia – Episódio 5

Data/Hora 05/03/2014, 12:00. Autor
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A gente sabia que macedo não ia largar o osso assim, só porque foi traído, então nosso delegado parte para o Paraná a procura de novas pistas. Com isso somos apresentados a Germano, que havia passado a Macedo a pista sobre o número de celular que já conhecíamos. E, eu devo dizer: Macedo e Germano formaram uma dupla e tanto, mesmo que o ricaço curitibano tenha conseguido passá-los para trás.

Além de Germano o episódio trouxe muitos personagens novos. Mais que isso, foi um episódio para nos fazer entender melhor Baroni e preparar terreno para o segundo golpe, que deve acontecer logo, já que não falta gente interessada no dinheiro, seja a família do bandido, sejam os comparsas insatisfeitos com os resultados do primeiro roubo.

Entre os novos personagens o destaque vai para Valéria/Letícia, ex-mulher de Baroni que comanda uma operação de lavagem de dinheiro através de postos de gasolina e me pareceu bem mais vilã que ele – na verdade todas as figuras femininas da vida dele me dão arrepios, como escapar de se tornar bandido?

A ação ficou apenas para a fuga-espetáculo  de Oliveira, que inicialmente parece acrescentar pouco a trama atual, mas que nos entrega algo importante quando revisamos a divisão de dinheiro feita por Baroni: ele diz que ninguém sabe nada sobre ninguém e diz não saber quem foi responsável pela morte dos Zé, mas a gente sabe que ele pode apenas ter amarrado as pontas soltas.

Mas o momento mais importante do episódio veio só no finalzinho e está ligado ao ursinho de Ninota, o mesmo ursinho das cenas iniciais lá no primeiro episódio. O ursinho aonde a menina esconde o celular para poder falar com o seu pai. Justamente a melhor pista do Macedo.

P.S . Era óbvio que a Celeste não ia confiar em Baroni depois dele descartar a ex tão fácil  e ela continua em contato com o ex-marido, nem que seja para manter feliz sua menina. Se eu fosse o ex ia acabar tão fulo da vida com o afastamento de sua filha por causa de Baroni que ia “dar um jeitinho” de ajudar a polícia em sua missão. Você também?

P.S. do P.S. Inclusive, com uma sogra dessa, aff, eu corria na certeza de estar me enfiando na maior cilada. Isso sem falar da ex que chama o Baroni de “Marco Aurélio” e tem um poder bem grande sobre ele.

P.S. do P.S. do P.S. As cenas do próximo episódio me deixaram com muito medo da tal Vanda, affff!

*Texto originalmente publicado no Só Seriados de TV.

A Teia – Episódio 4

Data/Hora 25/02/2014, 10:23. Autor
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O quarto episódio de A Teia ficou marcado como aquele em que Macedo, a despeito de sua esperteza, foi derrotado duas vezes: primeiro quando deixou um informante livre leve e solto por aí, confiando inocentemente no que ele lhe vendeu, segundo quando foi pego por uma traição interna. Esperada, diga-se de passagem.

O começo do episódio já indicava que Macedo logo ia esbarrar na parte corrupta da polícia. Isso e em um delegado “ciumento”, que viu nisso a oportunidade de trazer os holofotes para si próprio.

Junte-se a isso a burrice de Cleyton, o tal informante que estava na verdade interessado em proteção e em conseguir  sua parte na grana resultante do roubo, e  a esperteza de Jesus – o homem rico o bastante para comprar 61 quilos de ouro em meio a barracas de camelô – e temos o cenário ideal para que tudo dê errado. Alguém tinha dúvidas de que o trio de agentes seria percebido de longe pelos bandidos?

Questão é que o trio acaba no shopping errado e Baroni consegue fazer a troca e ainda percebe que a polícia está mais perto dele do que ele imaginava – isso porque ele nem sabe que já descobriram quem era o informante e que já acharam o corpo do Miltinho. Diga-se de passagem, continuo achando que essa morte vai ser justamente a que vai acabar com a graça do bandido, provavelmente porque ele é o elo com o crime do ano anterior, do qual eles têm mais informações.

O problema é que agora Macedo está fora da operação. Ainda bem que ajuda de fora, do sul, está vindo, porque Macedo realmente está precisando.

E se você, como eu, também anda aumentando o volume por conta da trilha sonora, clica aqui que vai encontrar a relação completa das músicas.

*Texto publicado originalmente no Só Seriados de TV.

A Teia – Episódio 3

Data/Hora 18/02/2014, 13:32. Autor
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Reduzindo um tanto o ritmo, o que significou uma bem-vinda redução nos cortes abruptos de cena, a investigação do crime do aeroporto avança, ainda que Macedo não tenha conseguido as respostas que esperava ao visitar Oliveira na prisão em Fortaleza. Sim, Oliveira conhece os envolvidos e até poderia soltar o nome de Baroni, mas a questão é que ele simplesmente não sabia do que estava acontecendo a quilometros de sua atual moradia. Deu para perceber o tanto de decepção de Macedo de longe quando ele percebe saber mais que o bandido.

Sorte a dele que a dupla Libânio e Taborda – que já entrou para o hall de personagens queridos de todos, acredito eu – avançou bem na pista do tal Zé Cabelo. O único problema é que ao mesmo tempo em que descobrem qual funcionário do aeroporto havia sido comprado, esse mesmo funcionário acaba morto em frente a tal boate do recibo inocente encontrado por Macedo na cena do crime.

Joel era sem dúvida a melhor pista, até porque tinha todo o jeito de que abriria a boca na primeira ameaça de prisão ou promessa de liberdade. Com a morte dele o trio vai ter de voltar a se dedicar ao que tem em mãos e vai tirar água de pedra disso, a não ser que algo novo aconteça – já esgotaram o testemunho do tal motorista e o recibo, sobram as balas que continuam incomodando Macedo.

Enquanto isso Baroni continua tentando amarrar todas as pontas soltas, mas pode ter cometido um grande erro ao colocar a arma no carro do tal bêbado. Pensem comigo: ele quer se livrar dela, mas acaba por colocá-la num local em que ela será encontrada mais rápido. Ao invés de incriminar o cara, que pode ter um álibi para a morte do Zé, ele pode apenas indicar que caminho está seguindo.

Pelo menos ele conseguiu convencer Celeste de que os tais passaportes não são realmente importantes, mas acabou soando estranho ele dizer que o que importa é somente ela  depois dele fazer questão de dizer que não ia largar o filho dele. Como a moça já sofreu seu tanto na vida ela prefere guardar o tal celular da discórdia mais um pouco, uma decisão inteligente.

E, solto como quem não quer nada no meio da trama, temos a jornalista cantando a bola para Macedo que o nome da sua mãe apareceu ligado a uma moto em uma das concessionárias do senador. Como a gente já sabe que Eduardo não presta e vimos o moço pedindo para sua mãe assinar uns papéis, bem, já sabemos que Macedo terá mais um motivo para quebrar a cara do “caçulinha”.

P.S. Adoro Macedo, mas Libânio é um verdadeiro achado! O momento em que ele responde “não trouxe dinheiro, chefe” foi daqueles em que você pensa: perfeito. Irônico, sarcástico, mas não caricato.

P.S. do P.S. Cara, Miltinho era muito burro! Até que demorou para acabar morrendo em alguma confusão. O tiro dentro do caminhão assustou até a mim.

P.S. do P.S. do P.S. Gostei bastante da esposa de Macedo e de sua filha. Vamos falar a verdade: não tinha como a menina ser menos petulante com um pai desse, tinha?

P.S. do P.S. do P.S. do P.S. Trilha sonora continua deliciosa!

*Esse texto foi publicado originalmente no Só Seriados de TV.

A Teia – Episódio 2

Data/Hora 10/02/2014, 21:03. Autor
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Depois de um começo acertado, A Teia usa seu segundo episódio para nos contar um tanto da história do assalto ao aeroporto e do passado de Macedo, além de vermos que as coisas não serão tão fáceis assim para Baroni e Celeste, mesmo que eles tenham conseguido passar numa boa pela polícia carregando o ouro.

Conhecemos o passado de Celeste, um dia prostituta, e entendemos que, além do deslumbramento visto no episódio passado, Baroni representa a esperança de uma vida melhor para ela e sua filha, talvez a única chance de mudança. Ao mesmo tempo ela se sente não merecedora dessa nova vida, ou ainda pensa que com ela tudo sempre dá errado, o que explica como ela recebe mal os comentários de Charles, braço direito de Baroni e alguém que me causa muito mais arrepios do que o chefe.

E a descoberta dos tais passaportes enterrados me diz que ela pode ter alguma razão em ter medo de tudo complicar.

Já a investigação de Macedo progrediu mais do que o esperado, e isso graças a ajuda de dois improváveis agentes que agora são sua equipe: Libânio e Taborda. Graças a eles Macedo consegue encontrar uma casa abandonada em que o grupo de assaltantes parece ter se reunido antes do golpe e aonde o “Zé” que não seria deixado para trás, bem, foi. Ou melhor: deixado dentro de um poço.

Não à toa um flashback nos mostra que o Zé do poço é filho do homem que arquitetou o primeiro roubo, um ano antes, e que, algo me diz, tinha alguma dívida com Baroni.

Isso tudo enquanto a imprensa continua na cola dele, com ajuda de alguns policiais que preferem ver o cearense pelas costas, e com tempo para acabar com a graça do novo namorado de sua mãe. Fica cada vez mais claro que Macedo é do tipo correto sempre – lembrando bastante o Capitão Nascimento de Tropa de Elite – e que ele não esquece. Nunca.

A conversa de Macedo com o motorista que fez a denúncia, diga-se, foi um dos melhores momentos do episódio – um passeio do João Miguel.

P.S. Algo me diz que a câmera de Celeste ainda vai ser bem importante nessa história.

P.S. do P.S. O segundo episódio me pareceu errar um tanto no ritmo: o excesso de cortes prejudicou um pouco da narrativa para mim.

P.S. do P.S. do P.S. Tudo por conta dos pixels.

Primeiras Impressões – A Teia

Data/Hora 04/02/2014, 15:09. Autor
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E como eu não podia negar o apelido carinhoso dado por um amigo de badge bunny, claro que eu conferi a estreia da serie nacional A Teia na telinha da Globo. E devo dizer que fiquei agradavelmente surpreendida.

Na verdade eu já tinha gostado muito do teaser que a rede de televisão havia exibido no ano passado e estava ansiosa para conferir como contariam a história da investigação de um elaborado assalto que acontece no Aeroporto de Brasília e que leva mais de sessenta quilos de ouro bem nas barbas da Polícia Federal.

E ela começa com um recurso já velho conhecido dos fãs de seriados de televisão: Macedo (o EXCELENTE João Miguel) está caído, talvez sangrando, tudo muito rápido, cortado, Baroni (Paulo Vilhena) também parece ferido. Uma mulher talvez morta. Um ursinho de pelúcia branco indicando que talvez uma criança também tenha se machucado. Mas tudo isso ainda não aconteceu, na verdade é apenas um aperitivo da história que ainda será contada.

Voltamos então três meses no tempo e vemos o assalto acontecendo. Bandidos invadem o aeroporto carregando metralhadoras e dispostos a não errar. E eles aparentemente não erraram nada, ainda que dois deles acabem feridos. Após a confusão acaba sobrando para o delegado Macedo ir ao local, fazendo com que ele se atrase para um jantar com sua mãe.

Ao ver Macedo na cena do crime é fácil lembrar, para alguém que devora seriados policiais como eu, de vários detetives queridos de séries americanas. Ele é de poucas palavras, tremendamente observador e com certeza não parece fácil de lidar (pensei muito no Sherlock de Elementary). Ele rapidamente define funções aos investigadores, tem tempo para ignorar um desses homens que adoram o bordão “você sabe com quem está falando” e ainda sai a tempo de chegar na casa da sua mãe.

O primeiro episódio nos diz mais sobre o protagonista: sua mãe Áurea tem um novo namorado, um senador cujo passado cruzou com o de Macedo e parece não ter deixado boas lembranças – Miele! Gente, Miele de volta a TV, que delícia! – e um filho de um segundo relacionamento, que parece odiar o irmão mais velho. Daniel Warren interpreta Eduardo, filho de Áurea, e foi o único a me incomodar neste primeiro episódio, talvez porque eu tenha assistido a Art Ataks demais na Disney e o rapaz manter o mesmo tom.

O passado de Macedo também tem outros problemas: apelidado de cearense arranca sangue, ele está em Brasília como castigo por algo que aconteceu em Fortaleza, longe de sua esposa e filha, e nem deveria estar investigando nada, mas sim apenas sentado em sua mesa. Mas ao quebrar o galho de outro delegado ao ir a cena do crime acaba envolvido em algo que, logo de cara, vemos que ficará muito grande. Além de grande, essa pode ser a oportunidade de voltar para casa.

O restante do episódio é dedicado à Baroni, o bandido. Apesar de ainda não conhecermos seu passado, ou mesmo quem ele realmente é, fica fácil perceber que ele é mais guiado pela emoção do desafio do que pelo dinheiro. Além disso, em uma frase sua para um dos feridos no assalto, nos mostra que ele talvez também esteja procurando vingança ou redenção por algo acontecido com seu pai.

Ele tem uma namorada, Celeste, que conhece o trabalho sujo dele, mas me deu a impressão de estar vivendo o sonho de ter encontrado um príncipe. É perceptível que Baroni tem “berço”, tem classe, enquanto a garota é bastante simples. Então podemos especular que ela está deslumbrada por aquilo que ele está lhe oferecendo.

Logo após o roubo eles seguem em direção da fronteira do Brasil, acho que através do Mato Grosso, e eu confesso ter soltado risos ao perceber que ele realmente escolheu o melhor esconderijo possível para as barras de ouro: a cadeirinha da menina, que escapa ilesa da busca da polícia. Ninguém teria coragem de acordar aquela garotinha para ver se tem algo embaixo dela, teria?

O episódio piloto funciona muito bem: edição e fotografia caprichada, boas atuações, nenhum tempo gasto com explicações desnecessárias (vício da televisão nacional herdado das novelas, mais longas). A trilha sonora é outro trunfo: muito rock bem colocado embalando a “aventura”.

Principalmente um episódio piloto que cumpre a missão de nos fazer ficar curiosos pelo episódio seguinte.

*Esse texto foi originalmente publicado no Só Seriados de TV.

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