TeleSéries
Tradição à mesa: a gostosa receita de ‘A Grande Família’
27/09/2014, 11:13.
Mariana Cervi Soares
Gastronomia
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Após mais de uma década no ar, o remake de A Grande Família marcou a sua despedida no início de setembro de 2014. Protagonistas de uma das séries mais populares da televisão nacional, ‘os Silva’ mostravam, semanalmente, que a receita para solucionar todos os problemas está no constante bom humor. Durante 14 temporadas, acompanhamos as diversas fases da agitada rotina da família comandada por Seu Lineu (Marco Nanini) e Dona Nenê (Marieta Severo). Com suas histórias divertidas e inspiradas na vida de pessoas comuns, a série sempre deixou claro que, mesmo com todas as crises e perrengues, tinha amor de sobra no lar dos Silva. E, como em toda grande família, os tempos difíceis poderiam se transformar em uma mesa gostosa e tagarela, cheia de risadas. Por isso, a coluna de Gastronomia deste sábado se lambuza de carinho e alegria para homenagear a cozinha mais ouriçada da teledramaturgia brasileira.
Se televisão tivesse cheiro, seria difícil assistir aos episódios de A Grande Família sem fazer uma vista à cozinha. Dona Nenê, com o maior estilo mãezona (confira o especial da nossa colunista Gabriela Pagano), comandava as panelas como ninguém. De tão talentosa que era em seu fogão, na última temporada, a dona de casa conquistou o emprego de cozinheira profissional na Adega do Braga, colocando à prova os conhecimentos adquiridos em toda uma vida fazendo delícias para a bagunceira turma formada pelo finado Seu Flor (Rogério Cardoso), Lineu, Bebel (Guta Stresser), Tuco (Lúcio Mauro Filho), Agostinho (Pedro Cardoso) e, mais recentemente, Florianinho (Vinícius Moreno). Cada prato servido era marcado pela expectativa da cozinheira, que adorava ver as caras de satisfação da família. Sempre fazendo parecer que não havia sido trabalho nenhum passar horas a fio sob as panelas, Dona Nenê marcou a série com várias comidinhas. Mas, nenhuma delas ficou tão famosa quanto o cozido, uma tradição que não podia faltar na mesa dos Silva.
O cozido de Nenê era tão apreciado que, mesmo quando não roubava a cena, corria o sério risco de estar na boca do povo. A estreia do prato na série foi na primeira temporada. O episódio sete, “Cozido é pra Comer Chorando”, apresentou o clássico da família em um almoço de domingo. Lineu, um dos maiores entusiastas do prato, fazia questão de que toda a família estivesse reunida à mesa para degustar a delícia feita por Nenê. A bronca era tão séria, que Agostinho deixou de ir a uma de suas raras chances de emprego por medo da reação do sogro se não ficasse para almoçar.
Nenê: Olha aqui, ó, Agostinho, não é por nada… Sair, você pode até sair, mas é capaz do Lineu trancar essa porta e você não conseguir voltar nunca mais.
Lineu: O Nenê, o Nenê, pode por o cozido, pode sim! Veio, olha aqui, cervejinhas. Ué, Agostinho, você tá todo arrumado. O que que é? Vai sair?
Agostinho: Não. Vou. Ia. Não vou mais.
Bebel: Agostinho, você é um homem ou é um rato?
Agostinho: Não, eu sou um homem. Mas há controvérsias.
Para Lineu, o cozido era o símbolo da família. Em um saudoso momento de lembranças, no almoço ficamos sabendo que o primeiro cozido da Nenê foi parar na mamadeira do Tuco. E que o prato marcou a primeira vez que Seu Flor dormiu no sofá antes mesmo de ele morar com a filha e o genro. E, ainda, descobrimos que Agostinho já pintava na casa dos Silva desde os 12 anos – e, como riu Seu Flor, ele “foi ficando pro almoço, pra janta e acabou ficando com a Bebel”.
Ao longo dos anos, o prato tornou-se cada vez mais presente na rotina da família e marcou dias memoráveis. Dentre as histórias com cozido, vale muito assistir a Um Homem chamado Flor (s13e16), um episódio especial sobre o falecido pai de Nenê. A Mãe do Ano (s03e05) também é ótima pedida. A história conta o Dia das Mães em que Nenê não quis fazer o cozido e sumiu depois de se desiludir com a surpresa que esperava da família, deixando todos desesperados a sua procura. Se no Dia das Mães o cozido estava em evidência, Ah, Meu Pai! (s05e18) mostrou que no Dia dos Pais também tinha lugar para o prato. E como confusão é marca do seriado, o cozido assistiu à revelação de que Agostinho não podia ter filhos e a uma briga feia de Tuco com Lineu. O cozido também marcou a estreia da penúltima temporada, quando, em Cozido é pra se Comer Brigando (s13e01), Nenê e a filha prepararam o clássico da família juntas para comemorar que Bebel e Agostinho seriam os novos proprietários da casa dos Silva. E, como não poderia deixar de ser, no grande final – o Episódio Um (s14e23) – o que não faltou foi uma mesa farta de cozido.
Fica! No Teleséries também tem cozido
É isso mesmo. Para fecharmos as despedidas de A Grande Família, nos inspiramos nos segredinhos de Dona Nenê para fazer um cozido delicioso no Teleséries. Antes de mais nada, você precisa saber que a escolha do cozido como prato tradicional da família Silva não é um mero acaso. Digo isso porque o cozido é super presente em muitas casas brasileiras, então, a pedida serviu como um ótimo gancho para a série. De origem portuguesa, o cozido é um caldo substancioso de legumes e carnes que leva um certo tempo de fogo. Como vários hábitos alimentares no Brasil, há diversas receitas de cozido, as quais variam bastante de região para região. No nosso passo a passo de hoje, você vai ver um jeito básico de fazer cozido sem demorar muito tempo na cozinha. Vamos lá?
Cozido de ‘A Grande Família’
Ingredientes:
250g de músculo
2 batatas pequenas
1 cenoura média
1 folha de couve
1 colher (sopa) de azeite/óleo
1 colher (chá) de açúcar
Sal e alho a gosto
Água (o quanto baste)
Modo de fazer:
1. Esquente a água até levantar fervura. Reserve.
2. Corte a carne em cubos médios.
3. Esquente bem uma panela e coloque a carne. Deixe dourar bem. Adicione o açúcar, deixe a carne dourar mais um pouco e acrescente o azeite, o alho e o sal.
4. Adicione a água à panela até que cubra toda a carne. Baixe o fogo e deixe cozinhar por cerca de vinte minutos. Adicione a batata, cortada em cubinhos, e cozinhe por mais cinco minutos. Coloque a cenoura em rodelas na mistura, deixe cozinhar mais dez minutos e, por fim, adicione a couve picada.
5. Deixe cozinhar por mais cinco minutos e sirva bem quente.
Em pouco mais de uma hora você terá um ótimo cozido que vai servir de duas a três pessoas. Para complementar, arroz e salada são companhias bem tradicionais para o cozido. A carne de músculo é perfeita para o preparo da receita de hoje pois, sendo mais dura, aguenta mais tempo de cozimento sem desfiar. Além disso, o custo benefício do músculo é ótimo. A quantidade para a receita de hoje (250g) custa menos de R$5,00. Quanto às carnes e aos legumes, você pode dar o seu toque pessoal e incrementar ainda mais o prato. Alguns ingredientes muito comuns em várias receitas brasileiras são paio, repolho, batata doce, mandioquinha e banana da terra. Este último você pode achar estranho, mas a galera garante que a banana dá um toque especial ao prato. O cozido ainda tem a vantagem de ser bem democrático para os vegetarianos: você pode seguir a mesma receita sem as carnes, apenas cuidando a entrada de cada legume, pois há alguns que cozinham mais rápido do que outros. Por fim, sempre cuide a quantidade de água. Quanto mais ingredientes a sua receita tiver, mais líquido você precisará.
Fácil, não é mesmo?
Então, que tal assumir o posto da Dona Nenê e organizar um almoço neste domingo? (:
O estilo “mãezona” da Dona Nenê, de ‘A Grande Família’
05/09/2014, 14:05.
Gabriela Pagano
Estilo
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Na próxima quinta-feira (11/9), a série A Grande Família se despede de vez dos espectadores brasileiros depois de 13 anos e 14 temporadas no ar. É um sentimento agridoce. Embora o seriado da Globo tenha nos rendido deliciosas gargalhadas ao longo dos anos, despedidas, quase sempre, são dolorosas. “Pirraça pai! Pirraça mãe! Pirraça filha! Eu também sou da família, eu também quero pirraçar.” Ainda que a gente se sinta parte do clã Silva, tamanha a intimidade conquistada em mais de uma década, nem adianta espernear: tudo o que é bom chega ao fim. Pelo menos, essa atual versão do programa chegará, já que a série original, com outros atores, foi ao ar na década de 70. Quem sabe venham algumas outras pela frente…
A Grande Família, como a conhecemos agora, estreou no dia 29 de março de 2001 na grade da Globo e se consagrou a série brasileira que mais tempo ficou em exibição. A história da família carioca de classe média, acostumada a viver com escassos luxos – muitas vezes, conquistados com anos de economia -, retratou não apenas o cotidiano de uma família típica do Rio de Janeiro, mas das famílias Silva espalhadas pelo Brasil inteiro. O sucesso foi imediato. Talvez porque, se utilizando de uma narrativa única, a televisão nos mostrava que era possível, sim, ser feliz com pouco – e muito feliz!
Com porções generosas realismo e uma pitada de romantismo, a receita parecia infalível. Na Grande Família, “gente como a gente” experimentou, semanalmente, histórias incríveis e para lá de especiais; inesquecíveis. E se consideramos todos os treze anos que o seriado ficou no ar, podemos até dizer que a “alegria de pobre”, quem diria, durou bastante! Personagens como Floriano (Rogério Cardoso), Tuco (Lúcio Mauro Filho), Bebel (Guta Stresser), Agostinho (Pedro Cardoso) e Lineu (Marco Nanini) vão ficar para sempre na memória de Oliveiras, Cavalcantes, Bastos, Paganos e detentores de tantos outros sobrenomes por aí. Não, eu não me esqueci da Dona Nenê (Marieta Severo). É justamente ela a homenageada da coluna Estilo do mês de setembro!
A matriarca do lar mais aconchegante do Brasil é do tipo que dedica tempo integral para cuidar da família – e, muitas vezes, esquece dela mesma. Não é raro ver Dona Nenê abrir mão das próprias vontades, sem hesitar, para deixar os filhos contentes. Ela é do tipo “mãezona” mesmo! Aposto que muita gente reconhece a própria mãe em Dona Nenê, mesmo que a mãe nem seja tão classe média assim. Amor de mãe é universal, não escolhe raça, religião ou classe social. E Dona Nenê dispensava qualquer vaidade para se ocupar em deixar seu lar mais feliz. Para fazer de sua casa… um lar.
Por isso, no primeiríssimo episódio de A Grande Família, ela apareceu, digamos, descabelada, usando um conjuntinho de gosto duvidoso, como tem que ser, de camiseta de bolinhas e bermudas, bem simples para faxinar a casa. Na ocasião, Bebel travou uma discussão histérica com Agostinho ao flagrá-lo com uma revista de “mulher pelada”. Revista que Lineu acabou pegando emprestada… O episódio recebeu o divertido nome de “Meu marido me trata como seu eu fosse uma geladeira”.
Nenê sempre foi adepta do autêntico estilo “dona de casa”. Os cabelos de comprimento médio dispensam grandes cuidados, mas, de início, eram protegidos com lenços. Ela também gosta de vestidos tubinhos, que podem ser usados dentro de casa ou até mesmo para uma rápida ida à feira, de última hora. As camisas de botão também dão conforto e praticidade à vida da personagem. Além disso, as estampas florais são, definitivamente, uma preferência da Dona Nenê.
O visual da personagem foi inspirado nos anos 50, época marcada pela feminilidade e elegância (passado o difícil e restritivo período da Segunda Guerra, as mulheres podiam, finalmente, voltar a usar alta costura). A partir de 2009, no entanto, os figurinistas da série decidiram arriscar um pouco mais. Nenê começou a usar decotes um pouco mais profundos e acessórios, como pequenos pingentes até maxi colares.
Em 2012, ela mudou o corte do cabelo, que ficou mais moderno e curtinho. O vestido tubinho nunca saiu do guarda-roupa da personagem.
Isso não quer dizer que Dona Nenê não sabia ousar. Quando ela decidia fazer isso, as risadas eram certas. E, aí, dá para lembrar de duas ocasiões divertidas. Na primeira, Nenê deixou a estampa floral de lado para apostar no “animal print”! É que a dona de casa decidiu fazer um ensaio sensual depois de ter sido chamada de “careta”. Uma verdadeira ousadia – de todas as partes!
Em outro episódio, Lineu (re)montou uma banda de rock de nome sugestivo: os Fiscais do Ritmo. E, aí, Dona Nenê encarou a clássica jaqueta de couro (vermelha, ainda por cima!).
Mas se a ocasião pedia uma “roupinha melhor”, Dona Nenê também não fazia por menos. A estampa floral ficava ainda mais elegante com o decote de renda 3D. As jóias, provavelmente guardadas na caixinha apenas para ocasiões especias, saiam de lá e davam muito charme à matriarca Silva.
A gente sempre lê nos jornais que a classe média brasileira está viajando mais. Ao longo de seus treze anos de exibição, a Família Silva “da série” também foi experimentando todas as mudanças no estilo de vida dos “brasileiros da vida real”. A muito custo e longas economias, Lineu e Nenê conseguiram fazer uma viagem internacional. O destino foi Buenos Aires… Aposto que até Cristina Kirchner ficaria com inveja da Dona Nenê nesse lindo echarpe vermelho, não?
É isso. Se, lá no primeiro episódio de A Grande Família, Dona Nenê nos foi apresentada como “meu marido me trata como se eu fosse uma geladeira”, a gente pode dizer que, depois de todos esses anos, ela derreteu nossos coraçõezinhos com tanta devoção à família. Todos nós nos sentimos um pouquinho filhos da Dona Nenê – e das Donas Nenê’s do mundo. Na próxima quinta-feira, todos nós ficaremos um pouquinho órfãos dessa matriarca a quem adotamos como mãe. A gente foi uma família muito unida…
Dia do Cinema Brasileiro: séries que viraram filmes e filmes que viraram séries
05/11/2013, 11:29.
Redação TeleSéries
Especiais
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Por muito tempo, chamar alguém para ir ao cinema “ver filme brasileiro” era “programa de índio”. Os cineastas e as produtoras nacionais precisaram driblar com muita criatividade – e, literalmente, bom humor – o preconceito existente entre os espectadores, acostumados às grandes produções de Hollywood. Aos poucos, os filmes nacionais, especialmente as comédias, conquistaram corações e sorrisos.
Atualmente, as produções feitas no Brasil já são bem aceitas por quase todos e, nos últimos anos, a quantidade de filmes brasileiros lançados cresceu bastante – no começo, as produções eram escassas. Não é só isso. Segundo o Filme B, que monitora as salas de cinema no Brasil, entre 2012 e 2013, o número de espectadores do cinema nacional aumentou em 280% (foram mais de 13 milhões de ingressos vendidos no primeiro semestre desse ano, comparados a 3,5 milhões no mesmo período em 2012).
E se amor e ódio caminham juntos, cinema e televisão, também. Muitas das séries que a gente acompanha, religiosa e semanalmente, na TV, nasceram em uma sala de cinema. A Mulher Invisível é um exemplo disso, para quem quiser ver. O caminho inverso também é permitido: vários são os seriados que, devido ao sucesso televisivo, ganharam longas-metragens (você comprou seu ingresso para A Grande Família – O Filme? Saiba que muita gente, sim).
Diante de tantos ganhos para o cinema e a TV do Brasil nas últimas décadas, que tal, no Dia Nacional do Cinema Brasileiro, a gente celebrar a data com um balde de pipoca? Se vai ser filme ou série, você decide. Independente da escolha, uma coisa é certa: a qualidade está garantida e você não vai querer seu dinheiro de volta.
# Filmes que viraram séries
A Mulher Invisível
O filme foi lançado em 2009, com direção de Cláudio Torres (O Homem do Futuro) e foi visto por mais de 2 milhões de espectadores – na época de seu lançamento, ele figurou entre os cinco filmes mais vistos no Brasil. Estrelado pelo “queridinho do público” Selton Mello e pela linda Luana Piovani, a história girava em torno de Pedro (Mello), um rapaz que tinha acabado de se separar da mulher e tinha atraído os olhares de uma nova vizinha, que tentava investir, sem muito sucesso, em um romance com ele. É que, nesse meio tempo, Pedro começou a ver Amanda (Piovani), uma espécie de mulher perfeita: gostava de futebol, era loira, linda e sarada… Se não fosse um problema: ela era fruto de sua imaginação! Ele, claro, foi à loucura com a situação e passou a achar que a nova vizinha também não existia de verdade. O longa-metragem fez enorme sucesso em seu lançamento e, dois anos mais tarde, virou série de TV.
A primeira temporada foi ao ar em maio de 2011 e apresentava algumas alterações no elenco e história. Pedro, agora, era casado com Clarisse (Débora Falabella foi escalada para o projeto), que tinha que lidar com uma terceira pessoa na relação: Amanda, “a mulher invisível”. O casal tinha uma agência de publicidade famosa, mas a paixão de Pedro pela mulher, literalmente, de seus sonhos dificultava o cotidiano no trabalho e em casa. Selton Mello dirigiu diversos episódios da série, que chegou a vencer o Emmy Internacional, em 2012, na categoria Melhor Série de Comédia. Mesmo diante da boa recepção, o seriado teve apenas duas temporadas, um total de 13 episódios e, apesar de nunca ter sido oficialmente cancelado, não tem capítulos inéditos desde dezembro de 2011. Segundo a Rede Globo, que exibiu o programa, a série estava “suspensa” pela indisponibilidade do elenco – Falabella foi protagonista de Avenida Brasil, em 2012, e Piovani teve um filho. Atualmente, Sento Mello é o diretor da série Sessão de Terapia, no canal GNT.
E Se Eu Fosse Você
E Se Eu Fosse Você é mais um exemplo de filme tão bem-sucedido que deu origem à uma série de TV. Bom, neste caso foram dois filmes. Ambos dirigidos por Daniel Filho e escritos pela equipe composta por Adriana Falcão, Daniel Filho, Renê Belmonte, Carlos Gregório e Roberto Frota.
Estrelados por Tony Ramos e Glória Pires, os filmes contam a história de Cláudio e Helena, um casal aparentemente como outro qualquer: ele publicitário, ela professora de música. Em uma noite, após uma discussão acalorada, ambos vão dormir e acordam na manhã seguinte em corpos trocados: Helena está no corpo de Cláudio e vice-versa (Sexta-Feira Muito Louca, alguém?). E agora?
O que se segue são algumas horinhas de diversão garantida, com o casal assumindo a vida um do outro e se envolvendo em situações inusitadas e engraçadíssimas. Ponto para a atuação perfeita de Tony Ramos e Glória Pires. O primeiro filme estreou em 2006, e o segundo, em 2009. Se Eu Fosse Você 2 se tornou, merecidamente, o segundo filme mais assistido do Brasil, com pouco mais de 3,5 milhões de espectadores, perdendo apenas para Tropa de Elite 2.
Alguns anos depois, eis que a Fox decidiu produzir uma série homônima, que estreou no último dia 16 de outubro, baseada nos filmes de enorme sucesso, mas com um enredo um pouco diferente.
Com 13 episódios, a série conta a história de Heitor (Heitor Martinez), um advogado especialista em divórcios, e Clarice (Paloma Duarte), uma terapeuta holística. A confusão toda acontece quando os dois, que nunca se deram bem, passam a dividir o mesmo espaço de trabalho quando Demócrito, o avô de Clarice e sócio de Heitor, morre e deixa para ela como herança sua parte nos negócios.
O elenco da série conta ainda com Antônia Fontenelle, Bianca Rinaldi, Saulo Rodrigues, Jarbas Homem de Mello e MV Bill.
Ó Paí, Ó
Salvador, Bahia. Em um animado cortiço do centro histórico no Pelourinho, tudo é compartilhado pelos seus moradores – pessoas simples porém cheias de vida e alegria –, especialmente a paixão pelo carnaval e a antipatia pela síndica do prédio, Dona Joana. No último dia de Carnaval, ela, evangélica fervorosa, incomodada com a farra de seus condôminos, resolve fechar o registro de água do prédio, causando grande transtorno a todos. É nesse cenário que conhecemos Ó Paí Ó – O Filme, comédia musical escrita e dirigida por Monique Gardenberg, baseada em uma peça de Márcio Meireles, e com trilha sonora assinada por ninguém menos que Caetano Veloso.
Fazendo o movimento inverso da maioria, dessa vez o filme precedeu à série de tv. Aliás, Ó Paí Ó – O Filme, que estreou em 30 de março de 2007 – e contou com um elenco talentosíssimo, composto essencialmente por atores do Bando de Teatro Olodum (que também encena o texto no teatro desde 1992), e inclui nomes consagrados como Lázaro Ramos, Wagner Moura e Dira Paes – serve como episódio piloto para a série.
Estreando na Rede Globo em 31 de outubro de 2008 com roteiro de Guel Arraes e Jorge Furtado, e direção-geral de Monique Gardenberg, Ó Paí Ó foi exibida em 10 episódios divididos em 2 temporadas.
Embora ambos tenham um tom bastante cômico, filme e série apresentam um lado desconhecido e negligenciado de Salvador, mostrando seu enorme contraste social e abordando temas como violência, drogas, preconceito e racismo.
Menino Maluquinho
Desculpem-me se isso parece ofensivo, mas quem nunca passou algumas horas em frente à TV, só para ver O Menino Maluquinho, não sabe o que é ser feliz! E quem nunca colocou uma panela na cabeça, só para imitar o protagonista do filme, não sabe se divertir. Brincadeiras à parte, O Menino Maluquinho, longa protagonizado por Samuel Costa em 1995, é, com certeza, um dos maiores clássicos do cinema nacional. O filme era dirigido por Helvécio Ratton e tinha Patricia Pillar, Roberto Bontempo e Othon Bastos no elenco. A história do menino que gostava de andar com uma panela na cabeça, fazer versinhos e viver a vida de forma divertida conquistou tanto o público que, em 1997, ganhou uma sequência, intitulada Menino Maluquinho 2 – A Aventura.
Vale lembrar que os filmes são inspirados nas histórias em quadrinho de Ziraldo, que queria criar um “Napoleão feito menino”, um “maluco criança”.
Mas quem pensa que essa figurinha carismática ficou esquecida nos anos 90, não se deixe enganar! Entre março e julho de 2006, a TVE produziu a série Um Menino Muito Maluquinho, dessa vez estrelada pelo então ator mirim Felipe Severo. Na história, a versão de 30 anos do protagonista narrava as histórias ocorridas quando ele tinha entre 5 e 10 anos. A produção – criada por Anna Muylaert e Cao Hamburguer (dupla responsável pelo filme O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias) buscava ensinar assuntos referentes à arte, amizade e valores éticos, tendo sido indicada ao Emmy em 2007. Além da TVE, a Rede Cultura, Disney Channel, TV Brasil, e, atualmente, TV Educação, exibiram a série.
(Alguns episódios estão disponível no canal da TV Brasil no Youtube)
# Séries que viraram filmes
A Grande Família
A Grande Família é um dos seriados mais antigos e duradouros na grade recente da Globo. A série – que, na verdade, é um remake de um seriado de mesmo nome que foi ao ar, pela Globo, entre 1972 e 1975 – é transmitida desde 2001 e mantém quase todo o elenco de sua temporada inicial. Uma das (tristes) exceções é Rogério Cardoso, “o avô” da família, que morreu em 2003. A série narra o cotidiano da “Família Silva”, que, como o próprio nome sugere, é a família de todo mundo: eles moram em um bairro de classe média no Rio de Janeiro, liderados por Lineu (Marco Nanini), um pai trabalhador e exigente, Dona Nenê (Marieta Severo), uma mãe dedicada, Tuco (Lúcio Mauro Filho), o filho de seus “trinte e poucos” anos e preguiçoso, Bebel (Guta Stresser), a filha espevitada, e Agostinho (Pedro Cardoso), o genro malandro. Pedro Cardoso até recebeu uma indicação ao Emmy Internacional, em 2008, pelo trabalho no seriado. Andrea Beltrão, Natália Lage e Evandro Mesquita são outros atores que fizeram parte do elenco regular do programa, exibido tradicionalmente nas noites de quinta-feira pela emissora carioca.
Diante de todo o sucesso popular atingido pela série televisiva, era natural que uma versão nos cinemas fosse produzida. A Grande Família – O Filme chegou às telonas em 2007, com direção de Maurício Faria (Verônica). Na história, Lineu se sente mal e, após uma visita ao médico, tem a certeza de que vai morrer em breve. Deprimido com o fato e sem querer contar a novidade à família, ele decide romper a tradição e não ir ao baile em que, muitos anos atrás, conheceu Nenê. Ela, então, convida um ex-namorado para lhe fazer companhia e a confusão está feita. Já na tela, o espectador acompanha três maneiras diferentes de Lineu tentar fazer com que a família não sinta sua perda. É como se o longa-metragem recomeçasse três vezes seguidas, com destinos diferentes. Assim como a série de TV, o sucesso popular do filme foi gigantesco e liderou as bilheterias brasileiras na semana de lançamento. Após 15 dias em cartaz, já tinha atingido a marca de 1 milhão de espectadores; índices que atingiram a casa dos 2,5 milhões após fechar o primeiro mês. Na época de seu lançamento, foi considerado a sexta maior abertura na história do cinema brasileiro.
Os Normais
De perto, ninguém é normal. Quem aí não lembra de Os Normais? Do tema de abertura – Doida Demais, por Lindomar Castilho – ao impecável timing cômico do elenco, a série exibida pela Rede Globo entre junho de 2001 e agosto de 2003 é talvez o maior exemplo recente do sucesso desse formato na TV brasileira. Criada por Fernanda Young e Alexandre Machado, e dirigida por José Alvarenga Júnior, a comédia acompanhou a vida de Rui (Luiz Fernando Guimarães), um botafoguense pra lá de sossegado, e sua noiva Vani (Fernanda Torres), uma vendedora de roupas completamente neurótica, ao longo de 71 episódios distribuídos em 3 temporadas muito engraçadas. As atuações brilhantes do casal protagonista garantiram o enorme sucesso e popularidade da série, que foi adaptada para o cinema não somente uma, mas duas vezes – além de ter 4 boxes de dvds lançados até 2006.
Os Normais – O Filme estreou em 24 de outubro de 2003, mais uma vez com roteiro de Fernanda Young e Alexandre Machado e direção de José Alvarenga Júnior. O filme conta a história – em um gigantesco flashback – de como Rui e Vani se conheceram. Contando com participações de Evandro Mesquita e Marisa Orth, o filme teve cerca de 3 milhões de espectadores, se tornando a terceira maior bilheteria do cinema brasileiro naquele ano.
Já o segundo filme, Os Normais 2 – A Noite Mais Maluca de Todas, estreou em 28 de agosto de 2009, com a mesma combinação de roteiristas e direção, e mostra Rui e Vani completando 13 singelos anos de namoro. Para que o relacionamento não entre em crise, o casal decide “apimentar” a relação e encarar um ménage à trois, com direito à participação de uma prima de Vani (Drica Moraes), uma campeã de kickboxing (Daniele Suzuki), uma bissexual (Cláudia Raia), uma francesa (Mayana Neiva) e uma garota de programa (Alinne Moraes). Desnecessário dizer que o que se segue é pouco mais de 1 hora de diversão.
Cilada
De cilada, a série Cilada só tem o nome. A série criada pelo humorista Bruno Mazzeo, em 2005, e primeira produção própria do Multishow, fez tanto sucesso na grade da emissora que, mais tarde, virou quadro do Fantástico e até… Filme!
O seriado tinha uma premissa bastante simplista: mostrar como pequenas situações do cotidiano poderiam se transformar em verdadeiros problemas. Bruno Mazzeo, é claro, estava no centro da confusão. Segundo o humorista e filho de Chico Anysio, a ideia do seriado surgiu enquanto ele ainda era roteirista de A Diarista, da Rede Globo, e tinha vontade de trocar de posição, aparecer em frente das câmeras.
A série chegou a virar quadro de 10 minutos no Fantástico, onde repetiu o sucesso conseguido na TV paga, e chegou ao cinema em 2011, quando, mais uma vez, atraiu grande público e liderou as bilheterias na semana de lançamento. No longa, chamado Cilada.com, o personagem de Mazzeo está em uma festa de casamento com a namorada (Fernanda Paes Leme), até que, durante uma apresentação de fotos exibida em uma telão, algumas imagens revelam que Bruno traía a namorada. Ela, revoltada, divulga um vídeo de sexo deles no Youtube. O filme, dirigido por José Alvarenga Júnior (Os Normais – O Filme), levou quase 3 milhões de pessoas ao cinema e faturou 28 milhões de reais.
No segundo semestre de 2013, o Multishow voltou a reprisar os episódios da série, a pedido dos espectadores.
Cidade dos Homens
Uma das séries mais comentadas na grade da Rede Globo, ficou no ar entre 2002 e 2005 e se passava em uma comunidade carente do Rio de Janeiro. A ideia do seriado surgiu depois de um especial de fim de ano do programa Brava Gente, também da Globo, cujo episódio Palace II era inspirado pelo livro Cidade de Deus, do escritor Paulo Lins. O episódio foi dirigido por Fernando Meirelles, que, dois anos mais tarde, foi responsável pelo filme Cidade de Deus, que concorreu ao Oscar. Apesar de não haver uma ligação direta entre o filme Cidade de Deus e a série Cidade dos Homens, muita gente associa as duas histórias. A série ficou no ar por quatro temporadas e revelou jovens atores, como Darlan Cunha (Laranjinha), Douglas Silva (Acerola), Jonathan Haagensen (Madrugão) e Roberta Rodrigues (Poderosa). O seriado mostrava o cotidiano de meninos pobres sob o ponto de vista de Acerola e Laranjinha, que precisavam lidar com uma realidade de drogas e violência em bairros carentes do Rio de Janeiro, e foi indicada a alguns prêmios internacionais, como o Emmy.
Em 2007, a produção ganhou uma versão cinematográfica, com direção de Paulo Morelli e produção de Fernando Meirelles. O filme, que tinha basicamente o mesmo elenco da série, apresenta Acerola e Laranjinha, agora, na maioridade – Acerola tem um filho de dois anos com Cristiane, que decide ir embora para São Paulo e deixar o filho com ele. Laranjinha faz sucesso com as mulheres. O filme, no entanto, não conseguiu atrair grande público para as salas de cinema e foi visto por pouco menos de 300 mil pessoas (a expectativa era de que se atingisse a casa do milhão).
Confissões de Adolescente
Tudo começou nos idos da década de 90, quando Maria Mariana resolveu escrever um livro – ou melhor, um diário – que contasse, sem papas na língua, as dores e as delícias de ser adolescente. Quem nasceu entre o final da década de 70 e a década de 80 com certeza não ficou imune ao sucesso estrondoso das memórias desta adolescente carioca, que abordou sem pudor nenhum temas controversos como drogas, sexo e aborto. A repercussão do livro foi tamanha que ele logo foi adaptado para o teatro e para a tv, em uma série dirigida por Daniel Filho e transmitida pela TV Cultura (e posteriormente pela Band e pelo Multishow), que estreou em 22 de agosto de 1994 e teve 40 episódios distribuídos em duas temporadas. Essa, inclusive, foi a estreia de Deborah Secco como atriz, em um elenco que incluía também nomes como Camila Capucci, Georgiana Góes, Daniele Valente e a própria Maria Mariana (além de Luiz Gustavo, como pai das quatro irmãs).
Em 10 de janeiro de 2014, poderemos conferir a adaptação da série para a grande telona, também dirigida por Daniel Filho. Confissões de Adolescente – O Filme acompanha um novo grupo de irmãs – Tina (Sophia Abrahão), Bianca (Bella Camero), Alice (Malu Rodrigues) e Karina (Clara Tiezzi) –, que, assim como o grupo original, passa pelas dores, amores e aventuras da adolescência. O elenco conta ainda com Cássio Gabus Mendes como Paulo, o pai das meninas.
O Auto da Compadecida
O Auto da Compadecida foi uma minissérie de 4 capítulos exibida pela Rede Globo entre 5 e 8 de janeiro de 1999. Baseada na peça homônima de Ariano Suassuna – e com várias referências à O Santo e a Porca e Torturas de um Coração, também do autor paraibano –, a microssérie de maior sucesso da emissora teve roteiro de Guel Arraes, Adriana Falcão e João Falcão, e direção de Guel Arraes.
A obra, centrada no vilarejo de Taperoá, sertão da Paraíba, na década de 30, conta a história de João Grilo (Matheus Nachtergaele) e seu inseparável amigo Chicó (Selton Mello), dois nordestinos sem eira nem beira que andam pelas ruas anunciando A Paixão de Cristo, o filme “mais arretado do mundo”. Durante a minissérie, somos presenteados com um “Juízo Final” muito diferente de tudo o que você já viu, com direito à um Tribunal de Almas e um Jesus negro – além do diabo, claro. O destino de cada um dos excêntricos personagens é decidido pela aparição de Nossa Senhora, a Compadecida – interpretada pela extraordinária Fernanda Montenegro –, e traz um final surpreendente. O elenco conta ainda com nomes como Marco Nanini, Lima Duarte, Luís Melo, Rogério Cardoso, Diogo Vilela e Denise Fraga, entre outros.
O filme, lançado em 15 de setembro de 2000, também foi dirigido por Guel Arraes, e consiste numa versão mais enxuta da minissérie. Uma das grandes obras-primas do teatro, da televisão e do cinema nacionais, é presença garantida na lista dos cinéfilos que apreciam o que de melhor a cultura brasileira tem a oferecer.
Pronto, apague a luz.
*Especial idealizado por Gabi Guimarães e Gabriela Pagano.
Primeiras impressões – Agora Sim!
28/09/2013, 12:06.
Paulo Serpa Antunes
Preview
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Agora sim?
A lei 12.485, feita para fomentar a produção audiovisual na TV por assinatura no Brasil, teve um efeito colateral imediato: serviu pra expor o quão frágil é o setor no país. Ao exigir que os canais de variedades reservassem três horas e trinta minutos por semana em sua grade para programação brasileira no horário nobre, a lei expôs que não existia uma produção nacional rica o suficiente para preencher este espaço e que canais e produtores precisariam dominar diversas técnicas para emplacar uma nova programação. O resultado foi o que vimos nos últimos dois anos: Fox, Warner e Sony reprisando filmes nacionais, muitos de qualidade duvidosa, pra cumprir a cota.
O mercado não estava pronto pra atender a demanda.
Agora sim.
Ao contrário de outros formatos, a teledramaturgia exige muito de seus realizadores. Em outras palavras, fazer uma boa série é difícil. TV é indústria, não é arte. Uma série exige um padrão de qualidade maior que o da telenovela, a especialidade da nossa indústria. Fazer uma série exige regularidade, e depende de encontrar a melhor solução para a equação qualidade x velocidade.
A indústria da televisão funciona na base do acerto e do erro. Nos EUA, onde temos a produção mais consolidada do mundo, estão estreando nos próximos 40 dias (pouco mais, pouco menos) cerca de 25 séries (só nas cinco grandes redes). Mais da metade delas não estarão no ar em maio de 2014. Da linha de produção americana saem joias e também grandes fracassos, na mesma proporção.
Pra um canal de TV por assinatura no Brasil, com escassos recursos financeiros e a obrigação legal de colocar três horas e trinta minutos de programação no ar, não existe a possibilidade da tentativa e erro. Ou você encomenda e exibe um programa novo que todos queiram assistir ou encomenda e exibe um programa novo que ninguém vai querer ver.
É neste cenário que a Sony está entrando no ar com a sua primeira série nacional: a comédia Agora Sim! Inteligente, o canal buscou um show que ficasse em sua zona de conforto – ainda que há tempos tenha desistido de exibir comédias no primetime (decisão questionável, com certeza), este é o canal de Seinfeld, de Will & Grace e o canal que exibiu Friends pela primeira vez no Brasil. Agora Sim! vai combina com o DNA da Sony e – no que pode ser o maior elogio que eu poderia fazer a série – ela realmente lembra as sitcoms que a Sony exibia às pencas no primetime no início dos anos 90.
Agora sim!
Conceitualmente, Agora Sim! é uma sitcom, sem tirar nem por. Os personagens transitam num mesmo ambiente (no caso, uma agência de publicidade de medíocre), tem uma boa premissa funcional (as tentativas do dono da agência de reinventar seu negócio), tem personagens com personalidades e defeitos facilmente distinguíveis e o roteiro tenta impor um ritmo constante de piadas. A Mixer (a mesma produtora de A Vida de Rafinha Bastos, Descolados e O Negócio) fez o tema de casa.
Do ponto de vista técnico, no entanto, os produtores decidiram não arriscar. O show se apropria dos recursos das sitcoms americanas (gravada em estúdio, com cenários fixo e a tradicional quarta parede) mas evita gravar com múltiplas câmeras (reposicionando a câmera dentro do cenário), dispensa a plateia, e até mesmo as criticadas trilhas com risadas ao fundo para marcar os momentos cômicos. Uma pena. Porque Agora Sim! tem um texto razoavelmente bom, um elenco afiado e se beneficiaria se fosse produzida neste formato (vale ressaltar que o grande sucesso da TV paga na atualidade é Vai que Cola, que é uma sitcom).
O fã de comédias americanas provavelmente não se sentirá confortável com Agora Sim! É difícil ignorar o abismo de qualidade entre ela e uma sitcom do Chuck Lorre. Mas a verdade é que a série é realmente autêntica e simpática e tem um elenco esforçado e veterano – você provavelmente já viu todos eles em comerciais, filmes ou mesmo em outras séries, como Augusto Madeira (com passagem por A Grande família), Rodrigo Pandolfo (de Mulher de Fases e A Menina sem Qualidades), Thiago Pinheiro (Descolados) e Mayara Constantino (de Tudo o Que é Sólido pode Derreter, que não está no episódio piloto).
Agora Sim! é um primeiro bom passo da Sony. Que venham os próximos porque, agora sim, parece que lei 12.485 começa a cumprir sua função.
* * *
Agora Sim! estreou nesta quinta-feira, dia 26/9, às 22h, na Sony Entertainment Television. O episódio piloto pode ser assistido gratuitamente no site do canal, clicando aqui.
Destaques na TV – Quinta, 18/7
18/07/2013, 00:01.
Paulo Serpa Antunes
TV Brasil
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Bom dia. Confira a seguir os destaques desta quinta-feira nos canais de TV paga.
No GNT, às 22h30, vai ao ar o especial de Natal de Downton Abbey – o GNT está chamando de episódio 10 da segunda temporada, o que não está de todo errado. O Christmas at Downton Abbey foi ao ar originalmente na Inglaterra um mês depois do episódio que foi ao ar na semana passada, mas é um episódio que segue a narrativa da temporada, abordando a prisão de Bates (Brendan Coyle) e a relação de Mary (Michelle Dockery) com Sir Richard Carlisle (Iain Glen).
No Universal Channel, 22h, vai ao ar o episódio 1×03 de Bates Motel. E às 23h, tem inédito de Elementary. No episódio Gerenciamento de Risco (Risk Management), Moriarty (ou alguém que alegando ser ele) volta à cena. O episódio abre caminho pra season finale e tem um cliffhanger chocante – é só o que eu tenho a dizer!
No TBS, 21h30, vai ao ar o episódio 2×14 de Tratamento de Choque (Anger Management).
No +Globosat, 22h, vai ao ar o sétimo episódio de Fortuna (Fortunes).
Na Rede Globo, tem A Grande Família (22h34), num episódio que homenageia o ator Rogério Cardoso e tem a volta da atriz Suely Franco.
E até sexta-feira!
Destaques da quinta-feira, 2/7/2009
02/07/2009, 00:01.
Redação TeleSéries
TV Brasil
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Atualizado às 15h57
A Grande Família – Globo, 22h10
Roberto Carlos é o convidado especial desta noite em A Grande Família. No episódio O Rei e Eu!, Nenê (Marieta Severo) participa de uma promoção em uma rádio e ganha um convite para um show do Rei.
Força-Tarefa – Globo, 22h40
A primeira temporada da série brasileira Força-Tarefa chega ao fim esta noite, com a exibição episódio Plantão Nortuno. No episódio, a equipe do coronel Caetano (Milton Gonçalves) se infiltra em um parque de diversões para desmascarar uma quadrilha. Thogun (Filhos do Carnaval) participa do episódio. Clique aqui para continuar a leitura »
Destaques da quinta-feira, 4/6/2009
04/06/2009, 00:55.
Paulo Serpa Antunes
TV Brasil
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Os Pinguins de Madagascar – Nick, 18h
A Nickelodeon havai programado a estreia do desenho animado Os Pinguins de Madagascar para este mês de junho. Mas o canal mudou de ideia e o seriado com os personagens de Madagascar agora só será exibido em agosto. Mas para dar uma provinha ao telespectador, a Nick faz nesta quinta-feira uma pré-estreia da animação, exibido na sequência as quatro primeiras aventuras dos pinguims Capitão, Kowalski, Rico e Recruta.
Eli Stone – Sony, 21h
Chegou o dia do profeta se aposentar. Eli Stone chega ao fim esta noite, com a exibição do episódio Flight Path. Inédito nos EUA, o programa mostra Eli (Jonny Lee Miller) tendo visões com um acidente de avião – e elas indicam que um advogado de sua firma estará entre as vítimas. Gregory Smith (Everwood) e Jaime Murray (Dexter) participam.
The Mentalist – Warner, 21h
Será que chegou o dia do acerto de contas? No episódio desta noite de The Mentalist, chamado Red John’s Footsteps, um assassinato e um sequestro sugerem que o serial killer Red John voltou a atacar. O episódio, que encerra o primeiro ano da série, tem participações especiais de Alicia Witt (Law & Order: Criminal Intent), Kate Vernon (Battlestar Galactica) e Geoff Pierson (Dexter).
Supernatural – Warner, 22h
O nome já diz tudo: Lucifer Rising, o episódio que encerra a quarta temporada de Supernatural promete concluir o arco da temporada, mostrando a batalha para evitar o Apocalipse. E desta vez Dean (Jensen Ackles) e Sam (Jared Padalecki) estão em lados opostos: enquanto Dean é convocado pelos anjos para cumprir a profecia, Sam acredita que ainda pode matar Lilith (Katherine Boecher).
A Grande Família – Globo, 22h10
Não são só os seriados americanos que celebram datas especiais. De acordo com a rede Globo, a comédia A Grande Família atinge esta noite a marca histórica de 300 episódios. A comemoração será com estilo: o episódio A Grande Família Silva, terá o formato de um documentário, gravado por Tuco (Lucio Mauro Filho). Clique aqui para continuar a leitura »
Life on Mars e The IT Crowd ganham o Emmy internacional. TV brasileira segue sem prêmios
25/11/2008, 15:43.
Redação TeleSéries
Notícias
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E mais uma vez o Brasil foi um mero coadjuvante da festa da televisão mundial. Nesta segunda-feira, dia 24, foram anunciados em Nova York os vencedores da 36ª edição do International Emmy Awards, premiação anual da Academia Internacional de Artes e Ciências da Televisão.
A premiação, que não tem participação de produções norte-americanas, teve mais uma vez presença destacada do Reino Unido, que conquistou sete prêmios. A Jordânia e a Argentina ganharam suas primeiras estatuetas – o país do Oriente Médio ganhou o prêmio de melhor telenovela e o país latino levou o prêmio pela série de documentários Television por la Identidad. A Holanda, país que transformou reality shows em produto de exportação, levou a estatueta na categoria de programa sem script.
O Brasil concorria em cinco categorias ao Emmy, entre elas a de melhor série drama, com Mandrake, e melhor ator, pela performance de Pedro Cardoso em A Grande Família.
A melhor série do ano, pelo segundo ano consecutivo, foi Life on Mars, que já foi ao ar no Brasil pela HBO. A melhor comédia foi The IT Crowd, que foi ao ar por aqui via canal Sony.
O produtor norte-americanao Dick Wolf foi o homenageado da festa, recebendo o International Emmy Founders Award das mãos do ator Sam Waterston, que atua na mais antiga de suas séries, o drama policial Lei & Ordem (foto acima).
Confira a seguir a lista dos vencedores, em negrito: Clique aqui para continuar a leitura »
Brasil recebe seis indicações ao Emmy Internacional. Mandrake e A Grande Família estão na disputa
14/10/2008, 13:16.
Redação TeleSéries
Notícias
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Foi anunciado nesta segunda (13/10), em Cannes, na França a lista de indicados a 36º edição do International Emmy Awards, premiação anual da Academia Internacional de Artes e Ciência da Televisão. A premiação dos melhores programas de TV do mundo (tirando os Estados Unidos, que possuem seu próprio Emmy) este ano conta com a participação de atrações de 16 diferentes países – e pela primeira vez concorrem programas da Jordânia e do Peru.
Este ano o Brasil recebeu seis indicações – foi o segundo país com mais indicações, atrás apenas do Reino Unido, com oito. Quatro indicações foram para a rede Globo (para as novelas Paraíso Tropical, Eterna Magia, a série A Grande Família e o especial Por Toda a Minha Vida: Nara Leão), uma para a HBO (por Mandrake) e uma para a Discovery (pelo documentário A Tragédia do Vôo 1907, que lá fora ganhou o nome Collision Over the Amazon).
O seriado Mandrake foi indicado a melhor série drama, onde irá disputar a estatueta com um peso pesado – o cultuado drama inglês Life on Mars. Já A Grande Família concorre através do ator Pedro Cardoso, indicado a melhor ator.
Os nomes dos vencedores serão indicados no próximo dia 24 de novembro, em cerimônia em Nova York. Veja a seguir a lista completa de indicados: Clique aqui para continuar a leitura »
Sobre Listas
13/04/2008, 15:07.
Paulo Serpa Antunes
Opinião
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Listas. Eu tenho uma obsessão por listas, talvez até maior que a do Rob Fleming e seus colegas da Championship Vinyl, em Alta Fidelidade. Lista pra mim é coisa séria, seríssima. Não gosto de errar, odeio cometer injustiças e tenho vontade de surrar trouxas que fazem listas ridículas.
Eu já comecei uns dois ou três Top 10 aqui no TeleSéries que foram adiados ou cancelados até eu me sentir em condições morais de definir quem ficaria dentro e quem ficaria de fora.
E além de sérias e injustas, listas são polêmicas, sempre polêmicas.
Por isto decidi passar longe daquele Top 50 da Empire. Apesar de que, numa rápida passada de olho me pareceu honesto (um Top 5 com Lost, The West Wing, Família Soprano, Buffy e Os Simpsons, não é nenhum disparate). Já este Top 100 que a Monet preparou (edição 61, de abril de 2008, já nas bancas) é assustadoramente bizarro. Me deu urticárias.
Review: Toma Lá Dá Cá
13/08/2007, 08:30.
Antenadíssimo
Reviews
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Estreou na semana passada Toma Lá Dá Cá, nova empreitada de Miguel Falabella e Cia. na Globo, o primeiro sitcom clássico a estrear com razoável destaque na TV brasileira. Quem curte sitcom sabe o que eu quero dizer com o termo. Sitcom “clássica” é aquela que tem platéia, mas com a “quarta parede” (os atores fingem que a platéia não está lá), o humor é conduzido pela história, e não pela piada, há uma constância dramática nos personagens. E não se engane: a platéia, num sitcom clássico, é vital. Aliás, a estréia apresentou alguns problemas no som, dentre eles justamente a risada da platéia, que tem que ser ouvida melhor. Aumenta o volume disso aí!
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