Suits – The Arrangement


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Há uma fissura na Pearson & Darby.

Neste primeiro episódio da terceira temporada de Suits, Harvey, Mike, Rachel e Jessica estão distantes, presos nas armadilhas do que sobrou de uma série de mal-entendidos, obsessões e desentendimentos que vieram na esteira da fusão do escritório com a firma Darby.

Em The Arrangement, a fusão foi concluída. Harvey foi derrotado e a Pearson & Hardman agora é Pearson & Darby. O papel que Mike cumpriu no arranjo tem um nome para cada personagem. Para ele próprio foi chantagem, para Jessica um acordo e para Harvey decepção. E estamos neste ponto, a partir do qual somente resta saber quem entre eles será o primeiro a construir uma ponte sobre os escombros do que sobrou das relações românticas ou de amizade entre os personagens.

No primeiro episódio da primeira temporada, Jessica Pearson intimava um relutante Harvey Specter a escolher um associado. O motivo: ele precisava humanizar-se. Duas temporadas depois, o atrapalhado Louis Litt, um dos sócios do escritório de advocacia, foi quem melhor definiu o mais brilhante advogado da firma: “Harvey era como o Super-man, agora ele é o Batman”.

Louis está certo, não somente porque percebe a relação entre Harvey e Mike Ross, mas porque, ao fazer a comparação, definiu algo muito mais essencial: Clark Kent veio de um mundo distante, Bruce Wayne, ao contrário, é essencialmente humano.

Por detrás da armadura, Harvey, para surpresa de Jéssica, é capaz de sofrer por aqueles a quem ele permite cruzar a linha divisória da sua intimidade afetiva: Mike, Dona, e vários outros personagens que passaram pela sua vida nestes dois anos.  Embora Harvey não demonstre abertamente, ele não consegue impedir-se de sentir-se responsável por eles, e para isso é necessário um pouco de amor e, pelo menos, uma pitada de compaixão. E amor e compaixão são, inequivocamente, sentimentos essencialmente humanos. Até mesmo um pequeno príncipe, vindo de um mundo distante, sabia disso!

Talvez por isso Harvey encontre-se em uma posição em que não pode perdoar nem a Jessica, nem a Mike, pois a ambos faltou uma qualidade que lhe é essencial: lealdade. Qualidade que se renova a cada dia, como contas que unem um rosário, que em essência simboliza um ato de fé. No caso, fé no outro.

Neste episódio Mike deu o primeiro passo, confrontou Jessica e renunciou aos benefícios que havia conseguido ao ajudá-la no caso da fusão. E praticou um ato de fé em relação a Rachel.  Agora é a vez de Harvey dar o próximo passo que, espera-se, seja mais compreensivo do que o final do episódio dá a entender, já que ele quer o cargo que pertence a Jéssica .

Louis Litt foi o único a escapar dos estilhaços. Ele permanece o mesmo. É a face cômica da série.  Entre uma artimanha e outra, nas suas inúmeras tentativas de conseguir uma vantagem aqui ou acolá, o advogado continua o mesmo coração de manteiga, esperando por um amigo de fato, ou alguém que perceba seu valor. Louis ainda deseja ser visto.

E o episódio acabou assim, de repente, como é característico dos ótimos roteiros de Suits, com o telespectador fisgado, perguntando-se porque é que não fizeram, como tantas séries por aí, um episódio duplo para a volta dos advogados da, agora, Pearson & Darby.

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