Suits – Moot Point

Data/Hora 28/03/2014, 22:10. Autor
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Em todos esses anos em que assisto séries de TV, nunca havia sentido tanta indignação quanto no episódio dez desta temporada de Suits. Pareceu-me, na época, que os criadores tinham perdido o pé da história, como se o plot inicial houvesse se esgotado. Naquele episódio, para mim, somente se salvava o cliffhanger.

Seis meses depois, Suits está de volta e me parece que o tempo foi providencial para a continuidade da história: Suits voltou a ser o que era antes de Stay. Roteiros ágeis, diálogos inteligentes, amores fraternos, casos improváveis, soluções surpreendentes. Todos esses elementos comprimidos em quarenta e cinco minutos de pura arte. E, se é verdade que Aaron Korsh não tem a sutilidade de David Kelley para abordar assuntos pertinentes ao imaginário coletivo da sociedade americana, fundado em seu American Way of Life, seu jeito direto também funciona e faz de Suits uma série que encanta e, de diversas maneiras, é capaz de extrapolar a simples diversão descompromissada.

Nesse sentido, o final de Yestarday´s Gone (décimo segundo episódio desta terceira temporada) foi épico, porque ecoando da carreira de Mike, um gênio do direito sem a chancela de Harvard, travou-se em parcos três minutos, povoados de dilemas e imagens anteriores, todo um debate entre Filosofia do Direito e Teoria do Direito (depoimento de Jéssica sobre a pertinência de ter sido instituída administradora do espólio do ex-marido). Esses três minutos valeram a temporada inteira. O simples questionamento que este confronto propiciou já teria valido a pena como conclusão daquela cena em que Louis descobre que a ficha de Mike não se encontra nos arquivos de Sheila Sazs. Mas Suits foi além, não limitou a conclusão do cliffhanger à salvação de Mike. A conclusão extrapolou o simples debate. E, ainda que a verdade possa, moralmente, questionar a letra da lei, a realidade pode ser madrasta, pois a letra da lei é o que irá determinar a organização e a aceitação social. Assim, ao final de Moot Point (décimo terceiro episódio), será somente sobre o diploma de Harvard que os holofotes poderão brilhar.

Mas Suits não parou por aí. Ainda resta saber como iremos nos livrar de Danna Scott, a bitch da vez. A namoradinha de Harvey que, tornando-se sócia da Pearson & Specter, em um arroubo de auto-afirmação, declarou guerra a Louis, no escritório. Neste confronto, vejamos para onde pende a balança da série. Se para o amor fraterno, gênero que permeou todo e desenvolvimento da série até então, ou para o amor romântico, condição que tanta indignação me causou em Stay.

E para terminar devo confessar uma maldade: torci horrores para o avião de Danna Scott cair no oceano na sua viagem de volta a Nova York.

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