Suits – Heartburn

Data/Hora 03/04/2014, 09:00. Autor
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Dilemas e limites. Talvez seja esta a melhor definição para Heartburn. E, para não cair naquele enredo fácil dos dilemas pessoais pautados no amor romântico, que vimos no décimo episódio, a situação vivida por Mike foi a mais marcante, apesar de não ser melodramática como a de Louis ou angustiante como a de Rachel.

Desde o episódio passado, a realidade havia caído sobre Mike como uma tempestade anunciada para a qual, porém, não se dá importância até que os primeiros pingos comecem a molhar nossas cabeças. Pela primeira vez tornou-se evidente que toda sua capacidade e genialidade nunca serão suficientes para torná-lo sócio da Pearson & Specter. Falta-lhe o passaporte que outros, menos sagazes, possuem: um diploma em direito. Ele tornou-se presa de sua própria armadilha.  Não pode ir e não pode ficar. Por isso, sua vida pode estar prestes a tomar outro rumo. Talvez ele tenha que atravessar uma porta que o leve para longe dos tribunais. É isso que Jonathan Sidwell ofereceu-lhe quando o convidou para trabalhar com ele. Aceitar parece ser a resposta mais óbvia. Mas como deixar a Pearson & Specter? Como deixar um sonho? Ou a família, como bem definiu Louis?

Louis tem um ataque cardíaco no meio de um julgamento e, na iminência da morte, percebe que não pode viver somente para o trabalho e pede Sheila Sacz em casamento. Mas essa é uma saída ilusória. E esta é a mágica de Suits. Uma série que, ao mesmo tempo em que hipnotiza com seu ritmo eletrizante, é capaz de comover, sem utilizar, em um mundo onde a carência afetiva enaltece o amor romântico, relacionamentos desse gênero, para prender o telespectador. A singularidade de Suits está no exercício do amor fraterno. A vida pessoal é vivida, irrevogavelmente, nos corredores da Pearson & Specter. E o primeiro conflito com Sheila aparece quando eles têm que decidir se vão morar em Boston, onde ela vive, ou em Nova York, onde ele trabalha. Quando Louis diz que Harvey, Mike, Jessica, Rachel e Donna o conhecem, sabem de suas manias e mesmo assim o aceitam porque são sua família, Louis dá o significado cabal da Pearson & Specter, não somente para sua vida, mas para a vida de todos eles.

Se mais não fosse, bastaria constatar a opção de Harvey entre Dana Scott e Louis, no caso Franklin Courieur e de como o fato da moça ter ido para Chicago e não dar notícias deixou Donna mais preocupada que ele próprio.

Rachel, por sua vez, apesar de todos os trancos que já levou na Pearson & Specter, quer ficar. E, negociação após negociação, vai construindo seu espaço no escritório e no seio da família. Por isso o dilema maior é o de Mike: ao mesmo tempo em que faz parte da família, ela é o seu limite e no próximo e último episódio desta terceira temporada, talvez o vejamos tendo que passar pela dor de ter que optar por desgarrar-se dela e seguir em frente.

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