Suits – Bad Faith

Data/Hora 15/09/2013, 12:53. Autor
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Toda série tem seu episódio de passagem. Aquele que contempla um ponto na história em que, finda a trama que permeou todo o desenvolvimento de uma determinada temporada ou das temporadas exibidas até então, ainda encontram-se efeitos da história que se deseja deixar para trás e se procura dar um passo adiante. Um passo rumo a novos acontecimentos, onde ação, temas e personagens possam ser inventados ou reinventados. Disso depende sua sobrevivência.

Bad Faith poderia ser este episódio para Suits. Essa era a impressão que se tinha até a cena final. A antipática Ava Hessington e suas entradas, saídas, histórias de subornos e acusações de assassinatos, ficara para trás. A Pearson & Darby ficara para trás. O jogo de gato e rato em torno da dissolução da sociedade entre Jéssica e Edward era apenas um pretexto para recolocar a série nos eixos. Uma ponte para novas histórias que voltariam a explorar o argumento inicial da série: o mundo de advogados que somam arrogância e brilho intelectual para vencer seus casos.

A terceira temporada ocupou-se, sem perder a agilidade que caracteriza os roteiros da série, do lado humano dos personagens. Uma faceta que, num primeiro momento, era relegada a um segundo plano. Suits nasceu abordando a ação de advogados que transitavam pelo mundo lógico do Direito e seus meandros. Suas vidas pessoais não faziam parte do contexto da série, a não ser como nota de rodapé. Somente a respeito, sabíamos um pouco mais.

Nesta temporada, no entanto, aprendemos a conhecê-los na sua intimidade e por isso eles nunca mais serão os mesmos. Aprendemos a olhar os dois lados da moeda.

Neste sentido, Bad Faith poderia ter sido uma síntese e o ponto final deste rito de passagem. Afinal, lá estava Harvey, do alto de sua arrogância, dando uma chance a Scotie; Louis voltando a explorar seu lado profissional, depois de passar quase todo o tempo mergulhado em questões emocionais; Mike usando chantagem para conseguir um acordo que, diga-se de passagem, não resultou em nada em relação à dissolução da firma e ainda lhe rendeu um distanciamento de Rachel; Jéssica, depois de mostrar-se fragilizada, retomando seu lado mais duro; Donna voltando a ser… Donna. Todos eles ultrapassaram fronteiras e estão mais completos. E, grata surpresa, talvez Katrina tenha um lugar permanente na Pearson & Specter. Somente Rachel permaneceu a mesma. Meiga, doce e ingênua Rachel! Talvez, por isso, Stanford seja a solução para o personagem.

Por tudo isso Bad Faith  poderia ser um divisor de águas. O episódio desenhava-se como um rito de passagem. Uma volta e um passo adiante. Até Ava Hessington ser novamente alçada ao centro das atenções, processando a firma por negligência. E, apesar de detestar o personagem, eu nem consigo discordar dela. Na história de Suits, nunca a prevalência do emocional sobre arrogância e brilho conduziram a tantos erros!

Bad Faith, portanto, pode ter sido uma promessa quebrada. Mas tudo isso depende do que se espera da série: drama ou dramédia? sedução ou romance?

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