10/11/2008, 17:37. Redação TeleSéries
Spoilers
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A Spoiler Zone traz esta semana a cobertura de alguns dos mais interessantes episódios que foram ao ar nas últimas duas semanas nos EUA. Começamos por The Legend of the Seeker, nova série de fantasia assinada pela Ghost House Pictures, a produtora de Sam Raimi, que estreou no início do mês.

A coluna tem ainda atrações para todos os gostos. Em drama, temos Grey’s Anatomy (com um retorno e uma despedida), Friday Night Lights (com a anunciada partida de Smash), Brothers & Sisters, Gossip Girl e 90210.

Entre as comédias, trazemos reviews de Samantha Who?, How I Met Your Mother, Entourage e do episódio especial de Dia das Bruxas de Os Simpsons.

Entre as séries de ação, comentamos o retorno de Bones (depois de um mês fora do ar) e ainda CSI:NY e Prison Break (com a morte de um dos protagonistas do seriado).

Em sci fi, temos textos de Smallville, Supernatural e True Blood. Está no ar a Spoiler Zone!

The Legend of the Seeker: Prophecy e Destiny (1×01 e 1×02)
Exibição: 1/11/2008
MVP: Bruce Spence

Não gosto de fazer comparações, mas aqui farei uma para ilustrar melhor do que se trata a série: uma mistura de Senhor dos Anéis (só que aqui sai o anel que pode fazer o inimigo escravizar a todos e entra um livro) com Harry Potter e uma pitada de Cristianismo.

Legend Of the Seeker inicia a saga de Richard Cypher, que rapidamente se vê envolto numa confusão por ajudar uma bruxa. Porém não demora muito para que essa confusão vá além e ele descubra que é o rapaz de uma profecia, um ‘Seeker’, alguém que virá para lutar contra o mal e salvar o mundo. Logo após essa descoberta as coisas só pioram, ele perde seu pai, descobre que é filho adotivo e seu irmão se volta contra ele, entre tantos outros problemas. Passando brevemente por uma alusão a história Bíblica de Jesus, tal qual Herodes, o vilão Darken Rahl, manda matar todas as crianças para assegurar que a profecia não se cumpra, assim, aos poucos somos introduzidos no universo da série, nos nomes das criaturas e na missão de cada uma das personagens.

Apesar de muito bem produzida, salvo alguns monstros que não ficaram bem feitos na computação gráfica, a série não me agradou tanto. O uso exagerado da câmera lenta, a trama já explorada a exaustão, a pouca explicação das divisões das terras, da real utilidade do livro (que inclusive já foi queimado), o motivo da barreira mágica e outros aspectos também me incomodaram muito.

Porém a série teve alguns méritos, assim pretendo acompanhar mais alguns episódios ver ela pretende chegar, em especial pelo Zeed (Zeddicus Zu’l Zorander) personagem que me agradou muito, até porque como já havia dito no texto de Merlin, eu adoro magos. (Lucas Leal)

True Blood: Plaisir D’ Amour (1×09)
Exibição: 2/11/2008
MVP: Ryan Kwanten e Anna Paquin

É a primeira vez que escrevo uma resenha sobre True Blood, apesar de já ter feito um texto opinativo sobre a série no meu blog (leia aqui). Esta temporada continua indo muito bem, obrigado. A série tem um roteiro tão arrumadinho, que tudo acaba se encaixando. Assim, esse episódio começa do ponto onde o anterior terminou, com aquele vampiro partindo para atacar Sookie. No entanto, Bill não teve outra opção ao perceber que a sua grande paixão estava sendo ameaçada, e acabou matando um vampiro em prol de uma humana. Mesmo assim, ele terá que se afastar de Sookie, haja vista que agora ele será julgado numa corte que decidirá o seu futuro por ter matado alguém da mesma irmandade vampírica e, o pior, ter defendido um ser humano.

Mas o episódio ainda revelaria alguns momentos interessantes e mistérios que começaram a ser desvendados. Eu, por exemplo, sempre tive dúvidas em relação ao Sam, desde o momento em que ele inventou aquela história de ter crescido numa comunidade de nudismo e tudo mais. Como Bill terá que se ausentar, este pediu para que Sam cuide de Sookie na sua ausência. E é aqui que o seu segredo é revelado, uma vez que ele se transformou em um cachorro (ou lobo?) para seguir Sookie até a casa de Bill e fazer o seu trabalho. O que Sam seria, afinal? Um lobisomem? É impossível considerar que ele seja um vampiro até porque ele anda normalmente sob a luz do dia. Além disso, tem ainda o segredo que envolve o personagem da Amy Burley. O seu relacionamento com Jason está se consolidando cada vez mais, só que ela parece esconder algo terrível do seu passado. Será que ela é uma Caçadora de Vampiros? (Vinícius Silva)

Bones: The Skull In The Sculpture (4×08)
Exibição: 5/11/2008
MVP: Vicki Lewis

Vicki Lewis e sua Helena podem ser mais assustadoras que um esqueleto em um carro, que tinha gente chamando de escultura. Eu nem ao menos a reconheci, precisando recorrer à internet para descobrir quem era a atriz. Só por isso já mereceu o MVP.

Mas, confessemos, o que marcou o episódio foi saber que Angela foi mais que amiga de Roxie na faculdade e, pior ainda para Hodgins, que agora as duas estão vivendo um rebound (desculpem-me, não achei termo melhor). É, num seriado o romance lésbico acaba, no outro ele apenas começa.

E sou só eu ou a Angela anda cansando um pouco com toda essa dificuldade de relacionamento dela? Antes ela acabava funcionando como a leveza em meio à seriedade do bando de cientistas do laboratório, de repente ela entende tudo de força física para reconstituir um crime e fica nesse vai não vai de relacionamentos.

Ponto para Sweets e sua louca namorada. Eu tive a mesma vontade de enforcá-la que Cam, mais de uma vez, mas ela combina com o psicólogo mais sem noção que eu conheço. E as apostas sobre o modo como ele contaria da demissão para ela, finalizando com Brennan e Booth falando sobre relacionamentos entre opostos, foi o momento alto do episódio. (Simone Miletic)

Grey’s Anatomy: Rise Up (5×07)
Exibição: 6/11/2008
MVP: Katherine Heigl

Para escrever sobre este episódio, eu tive que baixar os setes episódios dessa temporada e assistí-los em seqüência nesse final de semana. E, sinceramente, eu achava que seria muito Grey’s para um final de semana só, mas na verdade não foi. Eu sou critíco ferrenho da série, mas esta temporada está me agradando e dou parabéns a Shonda Rhimes por isso. Mais do que mudar, ela incluiu personagens e plots que na verdade são um reconhecimento do erro dela. Então, quando o Seatle Grace fica em 12º lugar no ranking de hospital-ensino e Richard diz que não vai mais tolerar vida pessoal na frente do trabalho, eu leio que na verdade Shonda está dizendo que a série passará de fato a ser um drama médico.

E esta foi a boa surpresa ao assistir aos sete episódios dessa temporada. Os relacionamentos estavam lá, mas eu senti que estava vendo um drama médico também. O Dr. Hunt, que era médico do exército e foi parar no Seatle Grace, veio para dar mais seriedade ainda a série, e mostra até então ser um personagem bastante complexo, até pelo fato da guerra em si ser complexa, e quem sobrevive a ela acaba sendo afetado pelo resto da vida.

Nessa semana tivemos a polêmica saída de Dra. Hahn, e sendo honesto, acho muito estranho terem tirado ela. Não sei o que aconteceu, mas algo não faz sentido. Na verdade, o plot criado para ela neste episódio me fez parecer que ela teria uma vida curta, e na verdade, eu senti que o ciclo dela realmente tinha terminado neste episódio. A mesma entrou em rota de colisão com Izzie, devido ao paciente que ela trata ser o mesmo que teve o coração roubado por Dra. Stevens para tentar salvar Denny na segunda temporada. Hahn não sabia do que havia acontecido e ficou furiosa por Richard não ter demitido Stevens na época, e ela no final do episódio acabou falando pra Callie que iria denunciar Izzie. Aliás, conversa esta que fez Callie defender sua ex-rival e ainda por cima deixar claro que ao contrário de Hahn, ela gosta de homens e mulheres.

Sobre a participação de Denny Duquette, é bem verdade que não foi desnecessária a história envolvendo ele, mas não era necessário o ator ter dado as caras (mais uma vez). Em um episódio dessa temporada Izzie chora ao contar para Meredith que ao contrário dos outros amigos dela, ela está sozinha, não tem ninguém. E é fato que Denny foi o mais próximo que ela chegou disso desde que a série começou. E nesse episódio tivemos ela tendo que cuidar do paciente que ela roubou o coração para Denny, e ela se dando conta que ainda não superou a morte do mesmo. Não sei também se a atriz realmente sairá da série, mas esse plot criado envolvendo Izzie e Dra. Hahn deixou a entender que Stevens está com os dias contados no hospital, ainda mais com a saída de Hahn do Hospital. (Paulo Fiaes)

Brothers & Sisters: Bakersfield (3×06)
Exibição: 2/11/2008
MVP: Sally Field

No episódio tivemos Nora resolvendo procurar a família Lafferty para contar a verdade a respeito de Ryan. Ela acaba contando inicialmente para o pai de Ryan sobre o envolvimento da falecida esposa dele com seu falecido marido. O mesmo não acredita inicialmente na história, mas depois de muito pensar, acaba percebendo que se Nora foi procurá-lo é porque tinha algo mais sério pra ser contado do que o envolvimento de duas pessoas que já morreram.

Além disso tivemos um plot sendo criado que envolverá Robert e Kitty, pois o mesmo não admitindo, já está pensando nas próximas eleições para presidente. E Nora deixa claro para Kitty que pra ela Robert coloca a ambição dele à frente da família. E o que me irrita é justamente isso, Robert até então era pintado como um santo, mas desde que corretamente deu uma bronca geral na família Walker, ele não é bem visto, principalmente por Nora. E algo me diz que este plot manchará um pouco mais o personagem de Rob Lowe.

Além disso, Rebecca e Justin até agora não tiveram um plot interessante, o problema de Justin em relação a guerra e drogas já foi muito utilizado nas duas primeiras temporadas, sinto que eles precisam de dramas novos, pois eles tem sido o ponto mais fraco da série nessa temporada. (Paulo Fiaes)

Gossip Girl: There Might be Blood (2×09)
Exibição: 3/11/2008
MVP: Leighton Meester e Taylor Monsen

Nesse episódio nós vemos as continuações das cruzadas de Blair e Jenny para conseguirem realizar seus sonhos. Mas como sempre há obstáculos e Blair precisa de sua sagacidade e cinismo para aniquilar o quê fica no seu caminho enquanto Jenny, a cinderela, terá que fazer mais malabarismos. Surpreendentemente, quem partiu para a guerra, ou melhor, guerrilha, foi Jenny. Eu nunca gostei da lourinha na primeira temporada, mas até que nessa segunda temporada a antipatia sumiu. Sua estratégia de marketing foi, no mínimo, criativa, e ela e Nate são um casal muito melhor do que quando o jogador de Lacrosse estava com a insuportável Vanessa. Só tenho mesmo dificuldades em acreditar que aquelas roupinhas da Jenny despertariam o interesse de um monte de mulheres da alta sociedade acima dos quarenta anos.

Já Blair garantiu sua entrada em Yale sendo surpreendentemente correta, salvando a desmiolada pré-adolescente Emma de perder a virgindade em um impulso, e ainda por cima deixou de lado a chance de fazer uma ótima chantagem. Parece que a moral abateu B. quando ela percebeu as semelhanças de Elizabeth com sua também horrível mãe. Não foi ruim, mas eu gosto mais da Blair má. Serena e Aaron por outro lado está se saindo uma trama tão chata quando o envolvimento dela com Dan; por que tanto drama? É tão difícil ficar com o cara e pronto? Já chega Blair e Chuck. (Thais Afonso)

90210: Secrets And Lies (1×09)
Exibição: 4/11/2008
MVP: You’ve got to be kidding!

Eu fico me perguntando, constantemente, por que eu ainda baixo 90210. Sério. Para os nostálgicos não temos mais nada que lembre a primeira versão. Para os novatos, eu acho que o seriado não tem tantos atrativos.

Tudo bem, Annie bêbada consegue até fazer graça e você nem tem vontade de vê-la sumir, mas a trama mais interessante dos últimos dois episódios, Naomi e Ozzy, perdeu toda a graça com aquele finalzinho previsível de Naomi ligando para ele e dando de cara com Annie e Ethan aos beijos. Quando ela saiu andando pelo corredor discando ao telefone me deu vontade de enfiar a cabeça na almofada e não ver o que ia acontecer.

Mas algumas coisas ainda se salvam: Navid separando jujubas com gosto de pipoca (isso realmente existe?) e as já citadas cenas de Annie bêbada. Ou seja, podemos resumir os 40 minutos do seriado em, no máximo, uns 10.

E lá vou eu pensar de novo se baixo mais um episódio… Sabendo que não vou resistir. Deve ter alguma mensagem subliminar nas cenas que te vicia. Só pode ser. (Simone Miletic)

Prison Break: Greatness Achieved (4×09)
Exibição: 3/11/2008
MVP: William Fichtner

Essa série não merece um olhar mais atento. É recomendada apenas pra diversão pura. Acredite, se ficarmos observando os furos do roteiro e a caracterização dos personagens, a experiência não pode ser mais a mesma. T-Bag facilmente conseguindo enrolar uma investigação policial? Gretchen ser tão ferrada psicologicamente à ponto de ser controlada pelo General? Sucre com fator de cura mutante do Wolverine e carregando objetos pesados após ser baleado? Por que não? É diversão pura.

Que dizer da catarse de Mahone ao conseguir sua vingança com o Terminator Wyatt? Claro, não temos um corpo então não dá pra dizer que ele morreu mesmo, mas se isso fez, mesmo que momentaneamente, Mahone feliz, estou satisfeito.

A escavação começou e pra se chegar até Scylla, Scodield’s Eleven (são menos homens, mas recomendo ignorar meus furos também) têm de passar pela tubulação de abastecimento de água da cidade. Fácil; é só interromper o fluxo por uma hora e com uma gambiarra ganhar acesso. Mesmo que isso precise de um sacrifício heróico. Ehr… Quando Bellick ficou bonzinho mesmo? Quem liga? Divirta-se! (Thiago Sampaio)

CSI:NY: Enough (5×06)
Exibição: 5/11/2008
MVP: A.J. Buckley e Gary Sinise

CSI:New York mais uma vez trouxe um episódio bem elaborado. Parece que será uma constante entre seus roteiristas usar o humor sarcástico para trazer um pouco mais de leveza as cenas. Sejam com os comentários do Flack ou as tentativas de Adam em agradar o Mac e Stella. Adam torna-se parte das atenções, pois recebe a notícia que só tem mais um mês de trabalho. Mostrando que o chief Sinclair realmente cumpriu a promessa de corte de pessoal no laboratório. Utilizando a velha desculpa de falta de verba.

Três assassinatos. Três assassinos. A diferença é que dessa vez as vítimas na verdade são tão ou até mais criminosos que seus algozes. Descobrimos que antes de morrer as três vítimas mutilaram o rosto de uma testemunha que os colocaria na prisão por assassinato. E o pior: eles chegaram à vítima porque essa foi chamada a testemunhar pela promotoria. No final, os próprios advogados de defesa são os responsáveis pela morte por acreditarem que seus clientes não mereciam sair livres.

O episódio me fez pensar o quanto é difícil fazer o que é correto. Os advogados realmente não tinham o direito de cometer um crime. Ao mesmo tempo é difícil aceitar que até mesmo quem não merece defesa tem direito a ela. Não tem como ficar indiferente a revolta deles e dos irmãos da vítima mutilada. (Alguém reconheceu o Teddy Dumm, o Duncan de Veronica Mars?!).

Nos minutos finais vemos a equipe de Mac desistir de suas férias numa tentativa de permitir a permanência de Adam. Tudo devidamente orquestrado por Stella. Eu simplesmente adoro a Stella com o Mac. E a cada episódio cresce a shipper que há em mim. Mesmo sabendo que casais em seriados policiais muitas vezes acabam estragando a dinâmica da série. (Tati Leite)

Friday Night Lights: Hello, Goodbye (3×04) e Every Rose Has Its Thorn (3×05)
Exibição: 22 e 29/10/2008
MVP: Kyle Chandler

No episódio Hello, Goodbye tivemos a despedida de Smash. Depois de toda luta do treinador Taylor, dele e de sua familia, ele finalmente conseguiu ser aceito por uma faculdade. E não vou mentir, foi a primeira vez que vi um personagem negro numa série teen não ser caricato. Todo drama de Smash desde a primeira temporada, sem contar com a sua família que nos deu um belo exemplo do que é ser família, do que é está junto, ajudando e sofrendo com o próximo. E do coach Taylor que, como a sua própria esposa falou, não treina os garotos para serem jogadores de futebol, ele treina estes garotos para serem homens. Foi uma despedida magnífica e comovente, e por mais que este personagem faça falta na série, Smash merecia dar esse próximo passo.

Outro drama que temos envolve Matt Saracen, Este garoto já sofreu de tudo, e mesmo assim está lá para cuidar da avó e dele mesmo. Mas no episódio Every Rose has its Thorn, o treinador Taylor teve que tomar uma decisão e resolveu colocar Matt no banco. O novato J.D McCoy é melhor do que Matt e, segundo o coach, chega a ser mais promissor do que Jason Street. E por mais que Matt seja esforçado, o treinador teve que colocar o melhor em campo, e o melhor por enquanto é McCoy. Mas como Saracen falou para Taylor, ele vai odiar estar no banco, mas coach Taylor também vai se odiar sempre que ver Matt no banco, porque os dois devem muito um ao outro.

E tivemos no quinto episódio a volta de Street. Não que ele tivesse saído da cidade, mas é a primeira vez que ele aparece na temporada. E uma coisa que admiro em Friday Night Lights é mostrar o quanto a vida é dura, para todos. Neste episódio Street está tendo muita dificuldade para cuidar da criança e sua namorada não está agüentando tanto trabalho, pouco sono e pouco dinheiro. Street acaba ouvindo Tim e resolve comprar a casa que Buddy Garrity esta vendendo, para ganhar uma boa grana a revendendo. A questão é que além de ser um risco muito enorme hoje em dia tentar se dar bem no mercado imobiliário, sua namorada não fica ao seu lado, e resolve voltar pra família, e todo esforço de Street para dar um futuro melhor pra ela e para seu filho não tem o apoio de quem ele mais precisava. E esse é o cara que estava destinado a ser estrela. E esse é mais um dos grandes méritos de Friday Night Lights – nessa série o mundo dá muitas voltas. (Paulo Fiaes)

Samantha Who?: The Building (2×04)
Exibição: 3/11/2008
MVP: Christina Applegate e Jean Smart

Você já se olhou no espelho hoje? Gostou do que viu? E não estou falando da forma física. Estou falando daquela parte de você que ninguém – ao quase ninguém – realmente conhece. Um início de texto muito filosófico para uma série como Samantha Who? Pode até ser. O episódio, contudo, questiona justamente isso.

Sam continua na sua busca por um emprego em que ela possa ajudar as pessoas. Já que como ela mesma não cansa de repetir: ganhou muito dinheiro fazendo mal aos outros. Ela envia vários currículos pela Internet – lugar no qual sua mãe afirma que ela só vai encontrar pervertidos (eu gargalhei esta hora, porque essa visão da Internet ainda é bem comum). E finalmente parece que dá certo e surge uma entrevista. Só que na verdade, vem a ser mais um plano mirabolante de sua mãe. Mrs. Newly resolve contratar a própria filha para juntas trabalharem como corretoras. Com um detalhe, elas deveriam fingir que são irmãs (eu simplesmente adoro a Regina).

O primeiro cliente mostra-se ser o homem dos sonhos de Samantha, pelo menos da nova Samantha. Owen é politicamente correto. O que faz a personagem ficar encantada e não resistir ao charme do bonitão (interpretado por James Tupper que fazia par com Anne Heche em Men in Trees). Depois de dormir com ele no primeiro encontro, Sam questiona seus atos e após alguns maus entendidos eles têm o que parece ser um encontro perfeito e tudo parece estar bem para a protagonista. Ao chegar em casa, no entanto, ela mente para Todd sobre aonde esteve, mostrando que não está tão segura quanto pensava e que, talvez, a ‘Devil Sam’ não esteja tão pronta para partir. (Tati Leite)

Entourage: Pie (5×09)
Exibição: 2/11/2008
MVP: Kevin Dillon e Jason Patric

Após todos os problemas para conseguir o papel em “Smokejumpers” (que foram desde abrir mão de interpretar o papel principal, lutar com Amanda e Edward Norton para comprar o roteiro, conseguir que Alan permitisse a volta de Vinnie ao estúdio, morte do Alan, nomeação do novo chefão do estúdio, Ari sendo cotado para a vaga, Amanda sendo cotada para vaga e finalmente Dana Gordon assumindo e dando o papel para Vince Chase) Vinnie achou que seus problemas haviam acabado, engano dele.

Logo na filmagem da sua primeira cena, Jason Patric rouba sua fala. Acreditando se tratar de um engano do ator, Vincent releva e segue focado no seu papel, porém na cena seguinte mais uma vez o Jason rouba a fala dele!

Possesso com a situação, Turtle e Drama começam a aprontar, enquanto um rouba a cadeira de Patric, o outro invade o trailer dele para dar aquela cagada – sem dar descarga, numa cena totalmente hilária.

Após conversar com o diretor, Vincent resolve bater de frente com Patric, após ele roubar uma torta de Turtle, porém Vince descobre que não é ele quem está roubando suas falas, mas sim que o diretor que as tirou de Vince e deu pra ele! É, as coisas estão literalmente pegando fogo nas gravações de “Smokejumpers”. (Lucas Leal)

How I Met Your Mother: Happily Ever After (4×06)
Exibição: 03/11/2008
MVP: Neil Patrick Harris

A história andou. O que é bom, pois voltamos ao que era antes: Robin desistiu de ir pro Japão e Ted foi abandonado no altar por Stella. Mas a história andar em HIMYM poder significar algo como “voltar como tudo era antes”. Não que isso seja ruim: é até bom ver Ted como solteiro novamente e ala de Barney em baladas futuras: tenho saudades de um “have you met Ted?”.

Claro, ainda havia resquícios por ter levado um fora no altar: aparentemente bem, Ted ficou obcecado em evitar rever Stella nas ruas de Nova York, até, infelizmente, todo o grupo topar com ela no restaurante. A série às vezes usa da fantasia irreal em suas histórias, com coisas do tipo “isso nunca acontece”… Aí todos resolvem se esconder debaixo da mesa. E lá contam sobre pessoas que também resolveram evitar, e Ted percebe que deve conversar com Stella.

Ciente de que daria o fora definitivo nela, Ted topa com Stella revendo seu ex e sua filha, como se fossem uma família feliz. E ele se dá por convencido: essa não era “A” mulher de sua vida. E acredito que já esteja pronta pra próxima. Só torço que falem de novo sobre Barney amar Robin, pois essa trama promete. (Thiago Sampaio)

Os Simpsons: Treehouse of Horror XIX (20×04)
Exibição: 2/11/2008
MVP: nenhum

São poucos os contos de Halloween que gosto dos Simpsons. E estes, apesar da bela audiência (a maior em quatro anos, mas que coloco na conta do futebol na Fox) não foram dos melhores – apesar de uma ou outra boa gag. Como sempre, são três contos de terror, mas infelizmente nenhum deles tirou sarro da campanha presidencial – isso ficou apenas pra cold open, onde uma cabine de votação pró-McCain resolveu matar Homer.

No primeiro e mais fraco dos contos, “Untitled Robot Parody”, a humanidade vira escrava de duas entidades que fazem dos objetos da Terra pequenos Transformers. O segundo tem gosto duvidoso, “How to Get Ahead in Dead-Vertising” começa com parodiando a abertura de Mad Men e Homer, acidentalmente, trucidando Krusty numa máquina de picar madeira – destaque pra ele fazendo massagem cardíaca no coração do palhaço… que estava fora de seu corpo. Homer é contratado pra matar celebridades e lucrar com suas mortes. Estes saem do céu e resolvem se vingar. E devo admitir: Homer perdendo a cabeça com um tiro de espingarda foi sensacional.

Já o último, o melhor de todos, temos uma paródia dos desenhos de Charlie Brow com “It’s the Grand Pumpkin, Milhouse”, onde Milhouse espera pela Grande Abóbora. Além do estilo de desenho ser idêntico ao clássico de Charles Shulz e me dar uma vontade danada de rever esse clássico, foi bom o suficiente pra quase salvar esse especial de ótima audiência. (Thiago Sampaio)

Smallville: Bloodline (8×08)
Exibição: 6/11/2008
MVP: Erica Durance e Laura Vandervoort

Kara voltou e já partiu. Eu sou fã da garota e fiquei muito feliz em revê-la. Sinto por ser apenas um episódio, mas já era hora de Clark saber o destino da prima.

O episódio teve algumas coisas bem interessantes, como Clark e Lois sendo tragados para a Zona Fantasma após tocarem o cristal (que não sei como veio parar na correspondência de Clark); Kara reaparecendo, muito mais rígida e séria (compreensível, depois de tanto tempo presa naquele lugar); Lois sendo possuída por Faora, a esposa de Zod (e falando demais dos segredos kryptonianos à Tess); Chloe usando seu poder para libertar Clark da Zona Fantasma e o mais importante, Faora reconhecendo em Davis o seu filho que foi enviado à Terra juntamente com a nave de Kal El. Eu gosto muitíssimo do Davis. Confesso que tenho receio do momento que o verdadeiro eu dele assumir o controle.

Os maiores defeitos, na minha opinião, ficaram por conta do horrível vermelho e azul tanto de Clark quanto de Kara… Senhor, até a caixa de correio dos Kent é vermelha e azul! E também das cenas entre Chloe e Tess. Fiquei incomodada com a forma como Chloe antagonizou Mercy. Até agora Tess não deu nenhum motivo (além da arrogância) para que todos desconfiem dela. Nenhum além do fato de assumir o posto que era de Lex, mas mesmo Lex não foi sempre um vilão aos olhos deles, então seria tão horrendo esse povo dar à sucessora dos Luthors o benefício da dúvida? (Mica)

Supernatural: Wishful Thinking (4×08)
Exibição: 6/11/2008
MVP: não informado

Este episódio veio coroar a temporada irrepreensível que a série vem fazendo neste ano. Ela vem crescendo tanto a cada ciclo que não tenho medo de dizer que até este momento, Supernatural é o melhor seriado no ar. E em meio a anjos e demônios, Dean no inferno e os poderes de Sam, tivemos alguns episódios totalmente fora de continuidade com a saga principal e eles são muito bem vindos para balancear o ritmo. Este é mais um representante deste time. E apesar do tom mais sério contido aqui, ele faz partes dos mais bizarros e divertidos capítulos da série.

Sabe aquelas fontes de desejos em que se jogam moedas para os pedidos? Um cara pega uma moeda antiga que seu avô dizia conceder qualquer desejo (mas recomendou a ele nunca fazer isso) e joga numa fonte de uma pequena cidade. Lá os desejos dos cidadãos são realizados, porém sempre com um revés. Vamos a eles:

• Que a garota que nunca me notou, me ame: o cara da moeda pede isso, porém ela passa a viver só para ele e fazendo só o que ele quer, deixando suas vontades de lado e etc (o sonho de muita gente).
• Quero um urso de pelúcia grande e que fale para a gente tomar chá: uma garotinha pede isso, porém ela não esperava que ele se tornasse um urso infeliz e que não vê sentido em sua vida. No fim tenta se matar, em vão.
• Quero ser super forte para bater nos valentões: garotinho que sofria bullying. Ele acaba ficando forte demais e sem muita consciência do que faz, daí acaba colocando a vida dos garotos em perigo.
• Quero ganhar na loteria: esse faz o pedido clássico e não me lembro do revés :p
• Queria ser invisível para olhar as garotas no banheiro: Outro clássico e o revés, ficar sozinho e não ser notado, nem importa para ele.
• Quero ir com meu marido para Bali: pais da garotinha, antes de deixá-la sozinha.
• Sanduíche especial: Dean para testar o poder da fonte antes de sofrer uma tremenda dor de barriga.

Para conter o feitiço e evitar que tudo vire um caos, basta convencer a pessoa que fez o primeiro pedido, o dono da moeda, a ir lá e retirá-la. Com alguns pequenos percalços no caminho eles conseguem salvar o dia mais uma vez. Ante de acabar o texto, alguém mais achou genial a cena em que o ursinho de pelúcia tenta se matar? E não podia deixar acabar sem citar este quote: os irmãos Winchester estão na floresta atrás de um bicho grande e peludo (o ursinho) que havia roubado todas as revistas pornôs de uma lojinha, poderia ser alguém fantasiado também, mas no meio disso tudo eles supõe:

Um grande idiota fantasiado de gorila?

Ou é o Pé Grande. E ele é um grande pornocoólatra. Tipo um Duchovny da floresta.

(Anderson Vidoni)

Legenda:
MVP é a sigla Most Valuable Player, termo usado pela imprensa americana para indicar o melhor atleta em um evento esportivo. Foi adotada pelos fãs de seriados para indicar os atores que tiveram a melhor performance em um determinado episódio.