TeleSéries
Spoiler: House retorna em alta
25/09/2009, 10:04. Thiago Sampaio
Spoilers
House
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House retornou para uma nova temporada, nesta segunda-feira (21) nos Estados Unidos, e a premiere de seu sexto ano superou todas as expectativas de audiência. Em um evento de duas horas, como já relatado na coluna TeleRatings (veja aqui), House enfrentou em pé de igualdade o reality porre Dancing with the Stars, sendo líder nos números qualificados, e alcançando média de 16,5 milhões de telespectadores.
Broken, o episódio duplo que abriu essa temporada e teve um adorável feeling cinematogrático, não foi o melhor desempenho em números do seriado. Isso fica para o episódio Frozen, exibido após o Super-Bowl. Mas para uma série que entra na sexta temporada, em uma época que as audiências tendem a cair a cada ano, foi ótimo. Soberbo. Ainda mais se levarmos em conta que, apesar de não ter sido um dos melhores desempenhos em números, foi definitivamente um de seus melhores momentos em estruturas de narração, direção e atuação.
Isso tudo é um verdadeiro murro na boca do estômago daqueles que apostavam num declínio da série, protagonizada pelo nada menos que genial, Hugh Laurie.
Um passatempo bastante questionável é praticado por quase todo os fãs de seriado: falar mal, ou mesmo torcer contra uma série que não goste. Mesmo que essa série tenha um bom retorno de audiência, ou seja elogiada pela crítica especializada. E ninguém pode negar: todos fazemos isso. Se você está lendo essa coluna, as chances de você ser um fã de seriado são enormes, então, provavelmente, deve ter suas motivações contra, por exemplo, 30 Rock, Lost, Heroes, Grey’s Anatomy ou CSI. E House com certeza está incluída na lista negra de muitas pessoas.
O seriado começou com uma premissa simples: um médico extremamente genial, mas igualmente anti-social, arrogante e misógeno (além de viciado em analgésicos), recebia toda semana um paciente com a missão de diagnosticá-lo, com a ajuda de três funcionários/médicos/escravos. E como um bom detetive (House é um verdadeiro Sherlok Holmes) ele pega todas as pistas (nesse caso, os sintomas) e faz de tudo para chegar ao diagnóstico. A qualquer custo. Sem nunca se importar com o paciente.
Atravessar anos nessa fórmula provocaria um marasmo, e pra movimentar a dinâmica das histórias, a produção resolveu mudar os rumos da trama. Inclusive tentar mudar o próprio House, pra muitos, um crime, pois apesar de todas suas qualidades negativas, o personagem é incrivelmente cativante e um de seus lemas é “as pessoas não mudam”. Indo mais além, a estrutura sofre uma baque quando seu trio deixa de trabalhar com ele, no fim do terceiro ano, e na temporada seguinte o médico resolve fazer seu próprio reality porre, em um concursão de 40 candidatos, para escolher seu novo trio.
Aí, chegamos naquele momento crítico que todos conhecemos. Chase e Cameron têm suas participações reduzidas. Amber, uma espécie de versão feminina do House, passa a namorar secretamente Wilson, seu melhor amigo, e é canonizada depois de morrer em um acidente de ônibus. E tem a Thirteen, interpretada pela Olivia Wilde, foco principal de todas as críticas da dita queda de qualidade do seriado. Até todos ficarem “convencidos” de que a série não é tão boa quanto parecia, foi um passo. Daí, Hugh Laurie é um canastrão, House deveria ter menos romance e parar de ver “fantasmas”…
Temos então a fantástica reta final do quinto ano (o seriado, aliás, tradiconalmente esquenta nos finais de temporadas) e nos certificamos de uma máxima entre as séries: um show é tão bom quanto seu último episódio. E todos os erros dos episódios recentes são superados pela revelação de que House, seja pela morte de colegas ou o vício em drogas, perdeu o senso da razão. E admitindo pela primeira vez precisar de ajuda, se interna em uma clínica psiquiátrica. Alguns meses depois, o seriado retorna com Broken. E se “um show é tão bom quanto seu último episódio”, House deve ser um dos melhores de todos os tempos, pois essa season premiere foi demais.
Internado em uma clínica psiquiátrica, House é forçado a encarar todos os seus demônios e ter que aprender, ou talvez reaprender, a ser gente. O primeiro passo foi sua dolorosa desintoxicação, já nos primeiros minutos do episódio – infelizmente, acompanhada por uma música pop que simplesmente não se encaixava naquele momento. Tirando esse pequeno detalhe, o que temos aqui é uma viagem prazerosa de uma hora e meia que pareceu ter sido curta demais. E pessoalmente, o que me agradou nisso tudo, foi a mais que óbvia inspiração no filme Um Estranho No Ninho.
Um Estranho No Ninho é provavelmente o melhor filme que já vi em minha vida. Um pouco velho, 1975, mas definitivamente, obrigatório para todos os fãs de cinema e os que gostaram desse episódio de House. No filme, Jack Nicholson (no melhor papel de sua carreira) é um homem, aparentemente normal, internado em um hospício, se vendo obrigado a conviver com um gama enorme de doentes mentais, enquanto com eles joga cartas, basquete, e tenta mostrar como é a vida fora dos muros da instituição.
Pra ser sincero, Broken não foi tão bom quanto esse filme de 1975, mas seria exigir demais. Ainda assim, precisamos apontar algumas falhas dessa premiere do sexto ano. O casting, por exemplo. Não houve abertura, e os únicos nomes conhecidos do elenco eram o próprio Hugh Laurie e Robert Sean Leonard, que rapidamente deu as caras durante um telefonema. Logo, o episódio serviu pra ser apresentado de forma isolada: qualquer pessoa, que nunca ouviu falar de House, poderia facilmente assistir essa premiere, que parecia muito com um telefilme. E se ele teve esse status de filme, não poderia escorregar na escolha dos papéis secundários. Infelizmente, foi o que aconteceu.
Andre Braugher, no papel do diretor da Hospital Psiquiátrico, e Franka Potente, cunhada de uma paciente, foram excessões. O diretor Darryl Nolan foi com certeza a pessoa que mais conseguiu entrar e mudar a cabeça de House. Além de conseguir com que o médico cabeça-dura iniciasse uma terapia, Braugher fez seu personagem, sempre sereno e de fala mansa, arrancar de House a confissão de que ele precisava de ajuda. Já Lydia, interpretada pela atriz alemã de Corra Lola, Corra, foi provavelmente a primeira pessoa que House fez amor de verdade. Foi bastante palpável a ligação com essa mulher, que num curto espaço de tempo, o fez se apaixonar pra valer.
Porém, o resto ficou devendo. Seu companheiro de quarto, Alvie, era um porre. O viciado em haldol, a suicida e o claustrofóbico foram tão irrelevantes na trama que não resistem ao teste do tempo, e são rapidamente esquecidos assim que termina o episódio. A dupla de médicos também se mostram bastante irrelevantes e tudo isso é um contraste da excelência de Um Estranho No Ninho, que no elenco tinha Danny De Vito, Christopher Lloyd e a atriz Louise Fletcher, que levou o Oscar pelo papel da enfermeira Mildred Ratched.
Mas, novamente estou sendo injusto aqui. Mesmo que alguns dos pacientes não tenham sido memoráveis, o episódio continua sendo excelente. Mesmo que o melhor deles, o “Senhor Liberdade”, tenha sido estragado com o artifício extremamente raso de fazer uma mulher em um estado catatônico que durou dez anos voltar a falar, só porque pegou uma caixinha de música, o episódio continua sendo algo extraordinário. Um marco na história da série, que pode provocar mudanças de atitudes de House, agora “curado”, e teve um massivo retorno de audiência.
Tendo isso em mente, é bom que todos os que tenham House na lista negra do passatempo questionável de se criticar e torcer contra o que não se gosta, saibam que a série ainda não morreu. Que Hugh Laurie é genial. Que mesmo mudando, House seguirá como um dos melhores personagens em atividade na TV. Que a série seguirá forte na audiência e nada parece abalar sua força. Isso, claro, dependendo do desempenho de seu próximo último episódio…
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Oiii! Eu nunca fui fã de House. P mim sempre foi aquele seriado q eu via quando não tinha absolutamente nada mais p assistir! com isso eu acabava vendo apenas uns 8 episódios por temporada.
Por curiosidade baixei esse novo episódio e posso dizer q House ganhou uma nova fã de carteirinha! Achei o episódio maravilhoso em todos os aspectos e estou na expectativa de como todas aquelas pessoas e a falta do vicodin vai afetar a vida dele!
bjos!
Noooosa… Pra mim (e pra muita gente pela net), Alvie foi uma das melhores coisas da premiere!
Independente disso, ótimo review!
o nome do episódio é “Broken” (não Broke)e foi fantástico.
Adoro House, pelo personagem bem construído e magnificamente interpretado por Hugh Laurie. É a única série de que compro todos os dvd’s.
Resposta do Editor: Luna, realmente o texto estava errado. Corrigimos.
Vi esse episódio. Os furos médicos são imensos, como sempre e qualquer pessoa medianamente inteligente que não seja psicopata sabe que pra ter alta de um hospital para doentes mentais tem que se comportar bem.E não se fazer de mais maluco do que é. Aliás, pq os colegas de House eram doentes mentais? Ele deveria se internar numa clínica de reabilitação, junto com outros viciados e não num hospício. Depois, o episódio faz parecer que é fácil deixar o hábito de usar hidrocodone, mas não é!
E pq House odeia as pessoas? Pq ele as rejeita antes de ser rejeitado? Pq tinha problemas com papai? Enfim, se vc não descobre a raiz do problema, é inútil. Se a intenção era copiar Um estranho no ninho, foi um erro. Deviam ter copiado o filme 28 dias. Mas vale só pra ver os olhos azuis do Hugh Laurie! :0)
A propósito, Um estranho no ninho não foi o 1º filme de Jack Nicholson.
Flavia, assista um atrás do outro. Garanto que vai gostar mesmo da série. Irina… Até entendo o apelo de Alvie, mas eu achei ele muito mala. Não gostei mesmo.
E Eliane, esse episódio foi mesmo um dos menos clinicamente corretos da sérire, mas acho que dá até pra relevar se a gente aceitar que tudo aqui foi uma licença poética. Apesar da caixinha de música… Negóco que House não se desintoxicou num hospício. Era mesmo uma Hospital Psiquiátrico, mas… Tipo, ele passou uma boa parte do tempo isolado até se desintoxicar. O começo do episódio mesmo. Tanto que quando ele se sente curado, resolve falar pro diretor que ia embora. Esse, fala que o único motivo não são as drogas, mas sim as alucinações. Por isso ele vai praquela outra ala.
E eu não disse que Estranho no Ninho foi o primeiro de Nicholson, mas que foi o melhor dele =P Ou você teria um outro filme preferido dele?
“e nos certificamos de uma máxima entre as séries: um show é tão bom quanto seu último episódio” seguindo essa linha de raciocínio Lost então é a melhor série já produzida na TV.
Devo dizer q me surpreendi com essa premiere, acho q os produtores deram a guinada certa no seriado na hora exata, pq mais uma temporada como a quinta, podiam preparar o adeus.
Eu sou bem incompreendido qdo falo de House (muito pq eu provoco tb, eu sei). Mas eu gosto do show. Tem histórias legais, boas interpretações e tudo o q um bom show deve possuir.
Mas eu sempre questionei essa idolatria com o Hugh Laurie, eu vi ao longo do tempo boas interpretaçoes dele, e um ou dois momentos em que eu realmente pensei “nossa mandou bem”. Mas fora isso nunca me passou pela cabeça q ele é um ator magnifico. Longe disso, pra mim ele possui um personagem bastante popular, e esse com certeza será o auge dele na carreira. Mas agora equiparar o mesmo com Martin Sheen, James Gandolfini, Alan Alda, e tantos que tb ja protagonizaram uma série e davam show atras de show, é um pouco demais.
Até atualmente Micheal C Hall ta super a frente dele. E queria uma coluna especial a Dexter se essa retornar a quarta temporada subindo a audiência, aliás como JA fez na terceira e segunda.
Enfim, acho ótimo que a série tenha se reencontrado, e que ganhe do reality sempre, mas não vai ser um episódio com audiência alta q me convencerá que ele é um excelente ator. E pra falar a verdade, depois de 6 anos nada mais me convencerá, é um bom ator e só.
Sobre Jack Nicholson, eu entendo que comparar filme ao episódio é válido, mas pra ilustrar oq eu acho do Hugh, alguem acredita que Hugh conseguiria fazer o q Jack fez? eu não.
E acho q Jack Nicholson esta soberbo nesse papel e tb em melhor é Impossível.
Acho que o grande erro de fãs de seriado é querer justificar falhas… Pô galera! Se fosse documentário eu dava um desconto, mas é um show! Tem que viajar na história, desprender de certo e errado, de realidade. O episódio foi muito massa e me fez chorar. Gostei demaaais. Parabéns ao ator, que é fantástico. House voltou com tudo!
Thiago, vc disse mesmo que foi o melhor filme de Jack Nicholson, eu que misturei tudo. Sorry!
Mas só pq alguém tem alucinação, não significa que deva ficar na ala psiquiátrica. Afinal, um monte de viciados em drogas já acharam que podiam voar e caíram da janela! Ele poderia ter ficado com outros dependentes de drogas e a infame caixinha de música caberia na história. E pra ele, seria incrivelmente chato ter que aturar a história de outros dependentes, etc, etc, e poderiam ter encontrado uma história melhorzinha. Mas, os olhos azuis…:0)
Abs, Eliane
Mas Eliane, o médico disse que as alucinações do House não se deviam apenas ao uso do Vicodin e por isso sugeriu que ele fosse para a ala psiquiátrica. Uma pessoa que está tendo alucinações que não estão relacionadas apenas ao uso de drogas está sã? Não precisa de tratamento psiquiátrico? Conheço pessoas que fazem tratamento psiquiátrico e se internam em clínicas por muito menos do que alucinações. A questão da caixinha de música realmente foi fraca, mas cadê a licença poética? É um show, uma ficção, pô!!!!!!! E o objetivo desse episódio era tentar destrinchar o personagem House. De certa forma, o House passou a dar valor em tudo o que o Wilson sempre dizia sobre a relação dele com os outros mas nunca prestava atenção.
Mauricio, não faz sentido a alucinação não ser por uso de analgésico. Afinal, ele parou de tomar o remédio e não teve mais alucinações, né? Se ele tivesse um problema físico ou mental que causasse as alucinações, continuaria a tê-las.
Eu sei que é um show, mas a parte de ciência tem que ser correta.
Por exemplo, quantas pessoas notam que o RX está ao contrário nas séries médicas? Só os médicos, mas custa colocar o RX na posição correta?? Scrubs passou ANOS mostrando aquele RX com o coração ao contrário, bem no início dos episódios! Eles só corrigiram em 1 episódio e só de gozação! :0)
Abs, Eliane
Oi, Thiago, gostei muito desse texto que você escreveu sobre o House! Ficou ótimo. Será que depois do fim de ER, vamos tê-lo resenhando House??
A propósito, você sabe quando a temporada estréia por aqui?
Um abraço!
Vlw, Thayse =) House estréia já em outubro na Universal. E não, não vou resenhar a série. House é do Anderson e está em boas mãos. É que os colaboradores se revezam pra falar de episódios exibidos fora dos EUA. Isso foi só um caso a parte
Ah é, House já tem dono! Mesmo assim, foi um excelente texto. Trate de arranjar uma série pra chamar de tua, então! 😉
Nossa, realmente o episídio foi sensacional. Superou de longe todas minhas expectativas, sendo na minha opinião o melhor capítulo da série até hoje.
Só um adendo, eu não concordo quando você falou que a música de entrada não deu certo com o clima do episódio. No Surprises de Radiohead é uma das músicas mais tristes que eu conheço hehe, pra mim coube exatamente no momento pelo qual House estava passando.
Adoro House, mas a premiere foi fraquinha.
Cópia deslavada de Um Estranho no Ninho.
A única coisa que realmente funcionou foi a cena inicial ao som de No Surprises do Radiohead, e não “uma música pop” como dito na análise.
Valeu pelo crescimento do personagem e só.
Concordo em defender House, caro colega, mas criar um clima de ringue nas suas observações como que se quisesse fazer todos engolir suas idéias torna o texto pesado. Murro no estomago entre outras definições… Me força a repensar o seu nível de pensamento. Você deveria criticar lutas de boxe. quando leio resenhas ou criticas… Venho com boas intenções para refletir, não para imaginar um ringue… Então vc deve se perguntar por que eu leio, então. Eu leio na esperança de ver um texto agradavel, que faça refletir. Vida longa ao House, mas não graças ao seu texto.
Ehr… O “murro na boca do estômago” não é pra ser entendido no sentido literal. É mais para uma alusão aos poucos que devem ter ficados desnorteados com o desempenho dessa premiere.
Se eu dissesse que o episódio deixou os fãs boquiabertos, você trocaria o sentido da expressão (surpresos) pela imagem de um monde de gente babando com o queixo caído? O “soco” foi uma alusão. Nada concreto… Só uma parábola. Reflita sobre isso =)
Não gosto de Andre Braugher e achei muito simplório e conviniente seu personagem. Mas adoro Franka Potente e amei essa premiere. Acho que House (a série) pode errar muitas vezes, mas ainda assim vale a pena assistir, tanto pelo talento de Laurie, como pelo excelente elenco e principalmente pelos diálogos muito bem elaborados.
House(o personagem), no início era irritante, digo isso no sentido bom da palavra, se é que me entende e acho natural que o personagem tenha crescido ao longo das temporadas, até porque sempre me incomodou fato dele não ter vida social mas ainda assim querer ser ouvido, por exemplo, ele leva o paciente quase a morte pra diagnosticá-lo e muitas vezes ninguém o ouve ou crê e no entanto ele ainda luta pelo paciente em vez de dizer: “blz, se não querem me dar razão foda-se”, entende? E hoje ele é outra pessoa, ele mesmo se incomoda de não conseguir se conectar com ninguém, melhor, ele está cansado de ser sempre miserável. Evidentemente não o teremos manso e doce como wilson, mas…
Thank God David Shore existe!!! =)
Eu realmente gostei do episódio e sério, em House, eu simplesmente esqueço que eles inventam MUITO a parte médica (em todos os casos, por exemplo, a pessoa já teria morrido porque olha a quantidade absurda e variada de remédios que eles enfiam nos pacientes).
Nem vou comentar sobre a opinião do anderson porque ele sempre vai ter a dele e eu vou ter a minha e blablabla.
Ah, Thiago, eu achei muito legal eles não terem colocado a abertura, sabe? Sei lá, mostrou que o episódio ia ser diferente mesmo.
Quanto a caixa de música, eu fiquei toda: “Não, ela não vai falar… pelo amor de Deus, não a façam falar”. Foi a única parte que eu achei desnecessária.
A primeira coisa que percebi também foi a inspiração no filme Um Estranho No Ninho, que também gostei muito, mas não é um filme para todos. Já o episodio foi maravilhoso. Li em algum lugar que se uma pessoa assistisse esse episodio sem ver nenhum outro ficaria satisfeito e estou completamente de acordo. Esse deve ser para mim o melhor episodio ate agora que assisto a serie. A mudança em House, a sua humanização foi muito bem interpretada. Gostei dos coadjuvantes, sejam eles conhecidos ou não. Morro de vontade de ver como o médico (sem o monstro agora) vai interatuar com seus velhos conhecidos é como eles vão receber esta nova pessoa.
Thiago,
Eu só leio o nome de quem escreve as resenhas quando me identifico com elas. Então, estava lendo esta pensando que era bem o seu estilo e, surpresa boa, era você!
Eu não baixo os episódios mas gosto de ler sobre eles para prestar atenção aos detalhes e, felizmente, ainda mais depois de ler esta resenha, a série reinicia em outubro. 😀
Adorei o ep. o Alvie(personagem) era um mala mesmo mas gostei do trabalho do ator,achei muito bom.Não assisti Um estranho no Ninho,então não fiquei revoltada por não ser uma idéias”original” aliás é difícil achar algo original.Eu me incluo entre aqueles que ficam com o pé atrás se o House mudar de personalidade…não sei se vou amá-lo tanto,estou louca para o próximo e ver onde esse tratamento vai dar.Ah! a cena do Wilson foi super rápida ,mas foi memorável,toda preocupação e didiculdade em dizer não para o grande amigo.
Um bom episódio, mas não tão perfeito.
Não comparo a atuação de Hugh com Nicholson, isso é impossível. Mas bebeberam demais na fonte e prá mim isso foi o ponto fraco do episódio.
Também não gostei da cena do diretor chorando pelo pai e dando a House o poder que ele tanto gosta. Aquele não foi o melhor momento prá ele mostrar sua superioridade – achei piegas demais.
O que gostei no episódio foi a transa com a Lydia. Não pelo sexo, mas por mostrar House realmente se entregando a alguém. Desmanchando aquela imagem de machão e mostrando sua vulnerabilidade. E a dificuldade que todo ser humano tem ao “perder” alguém.
Valeu mais pela mensagem: a felicidade está em viver o momento, pois nada dura tanto tempo.
Olha só, Thiago. Eu também notei muitas particularidades com o filme ‘Um Estranho no Ninho’, exatamente como você descreveu. Achei foda este episódio neste aspecto, porque é exatamente esta impressão que temos quando ele chega no seu fim.
Quinta Feira dia 22 de outubro as 22h com um episódio de 2 horas estréia a 6 temporadda série House no canal Universal Channel.
Fonte da Informação: Site do canal Universal Channel
Muito interessante seu ponto de vista, Thiago. Porém, discordo de alguns pontos. Não vou falar sobre o gosto pelo Alvie pois é algo pessoal, e aqui não há o que se comentar. Pessoalmente achei o personagem muito interessante, mas respeito sua opinião. Gosto é gosto.
Sobre os outros coadjuvantes, aí arrisco dizer que a comparação com Um Estranho no Ninho não foi tão correta. House é um seriado, e com tal, existem pontos diferentes a se considerar na hora de preparar o roteiro.
No filme, o foco foi basicamente a própria situação no hospital, e todo o ambiente era parte relevante para essa história. Era o hospício, e pronto. Já no seriado, todo o contexto do hospital psiquiátrico nada mais foi do que (mais uma) experiência do personagem. Fomos mostrados às reações desse protagonista diante de pessoas diferentes, mas as histórias deles não são tão relevantes assim.
Claro que, como um excelente episódio que foi, Broken decidiu por aprofundar em certas histórias a fim de dar um embasamento decente, mas não podemos nos esquecer que o foco nunca deixou de ser o próprio House. O que importa, no fim das contas, é ele, e como ele vá sair daquele local. Não é tão importante assim sabermos o porquê do Hal ter ficado daquele jeito, por exemplo.
Mesmo assim, concordo em grande parte com seu texto. O Dr. Nolan, assim como escrevi no SM, foi o maior de todos os personagens que já enfrentaram House, e ele só precisou de uma hora pra provar isso. Os outros personagens que se cuidem, pois quando um seriado sobrevive sem qualquer um dos coadjuvantes do elenco fixo, é sinal de que eles não são tão importantes assim.
Episódio simplesmente magnífico de House, mas confesso que ainda estou com “um pé atrás” com essa mudança de personalidade do personagem.
Bravo para a equipe de house , conseguiram despertar a serie . Concordo com tudo o que o Thiago disse , apenas não sobre o Radiohead no inicio do capitulo que achei muito bem encaixado (Thom York tem um pouco de house), mas deixa para lá . Que venha mais bons capitulos como este .
Amigos do Teleséries,
Sempre fui fã do Hugh Laurie, muito antes do lado de cá do Atlântico descobrí-lo. Suas participações em “The Black Adder”, ou como um dos principais atores em “A bit of Fry and Laurie”, tendo como parceiro o não menos genial Stephen Fry, me fizeram gostar desse jeito meio desequilibrado, cínico. Mas Laurie em House dá show. Assisti apenas na semana passada, o último epísódio da 5a. temporada. Confesso que tava meio perdida nesse episódio, mas quando House se dá conta que tudo era um delírio…eu fiquei tão agoniada quanto ele. O olhar desolado, confuso, dolorido, desesperado. Quando ele entra na sala do Wilson, junto com a Cuddy, no seu olhar ao amigo tudo estava explicado, o que aconteceu, o que iria acontecer, a aceitação de seu vício, seu pedido de ajuda. É um grande ator. E eu espero desfrutar da compania de Hugh por um bom tempo, seja em House, seja em qualquer outra coisa.
a premiere,inegavelmente foi muito boa. o melhor filme de jack nicholson foi O Iluminado!
Acabo de assistir o episódio no Universal, e achei nada menos do que excelente, mesmo com o uso de eventuais clichês como a caixinha de música.
Penso que essa estréia foi feita não só pra desconstruir o House e a costumeira narrativa do programa, mas também para emocionar e arrebatar velhos e novos fãs. Por isso é muito melhor ignorar falhas clínicas, mulher catatônica voltando a falar e etc e simplesmente se deixar levar. Acho que depois de tantos anos, a série pode se dar o luxo de entregar um episódio assim.
A propósito ótimo texto, inclusive com a breve mas interessante restrospectiva.
Apenas três pequenas ressalvas:
*Respeitando gostos e opiniões, considero Radiohead mais do que a denominação um pouco pejorativa de “música pop” segundo o autor. A letra da música inclusive teve tudo a ver com o momento do House sim. Essa canção vem de Ok Computer, que é muito mais do que apenas um disco de uma banda pop.
*Concordo com um leitor acima: “murro na boca do estômago” é uma expressão um tanto grosseira de se ler, mesmo concordando com a mensagem. Mas quem conhece os textos desse colaborador para ER já percebeu que ele tem um modo meio bruto de escrever as vezes.
*Exceções não é com dois ss!
Raquel, vlw por passar aqui e comentar o episódio.
Quanto às três ressalvas…
*Eu honestamente prefiro que em cenas de passagem, seriados usem sua própria trilha sonora. Acho muito fácil pegar uma música e colocá-la pra fazer som à cena… Muitos seriados tem seus próprios compositores, daí, acho que algo instrumental caberia mais no momento. Quanto a chamar Radiohead de pop, eu fui mesmo é genérico… Pra mim, qualquer música usada numa série é “coisa pop”. Apesar de gostar de House, não aguento mais as musiquinhas que tocam em todo fim de episódio, mostrando um clipe resumo dos eventos…
*Yep. Murro no estômago foi mesmo um pouco forte, mas não deveria ser aplicada à todo mundo. Mas é uma expressão forte o suficiente e serviu pelo menos pra sacudir. Quanto aos meus textos de ER, sim, já fui bem mais ‘bruto’ em algumas passagens, mas depois de 5 anos (pra qm gosta de ER) é só dar uma checada em meus textos de agora e ver como a coisa está beeeeeeem mais amena
*My bad. É a dislexia falando auto =T
Eu custei a ser fã do seriado, pois nunca fui muito fã de seriados médicos. Mas após muitas propagandas da universal um certo dia sem ter o quê ver comecei a assistir house, desde então virei um seguidor do seriado. Em termos médicos talvez os desdobramentos dos diagnósticos comecem a ser iguais depois de algumas temporadas. Se no começo o seriado tinha por intuito explorar as reviravoltas nos diagnósticos, acredito que em um certo ponto começaram na verdade a procurar explorar as relações que HOUSE tem consigo e com os outros a sua volta. É nesse ponto que o seriado cresce e é quando foge dele que se perde. Por isso hj as doenças que house soluciona é um mero codjuvante, um pano de fundo para que o o personagem principal “viage”.
por favor gostaria de saber o nome da música na trilha de abertura da 6 temporada na clinica .obrigada