Spoiler: Dor e perda em CSI


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CSI - cena de For Warrick

Não é fácil escrever sobre For Warrick, o episódio que abriu na semana passada a nona temporada de CSI nos Estados Unidos – e que só deve ser exibido no Brasil lá por fevereiro de 2009. Quer dizer, você vai ver por aí muita gente elogiando o episódio, mas muita gente mesmo. E acredite, é fácil elogiar o episódio, mas este não é um episódio fácil de se assistir e tampouco natural ao universo de CSI.

O episódio começa justamente aonde terminou a temporada passada. Logo após dar dois tiros em Warrick, o sub-xerife McKeen (interpretado pelo ator campeão em fazer vilões da TV americana Conor O’Farrell) faz uma ceninha, fazendo de conta que está perseguindo o assassino e chama por reforços. Grissom, que estava a poucos metro dali, é o primeiro chegar, e encontra Warrick ainda vivo – é a cena da foto de divulgação que saiu em dezenas de sites mundo a fora, inclusive no TeleSéries. A partir daí começam os spoilers.

O início é realmente promissor e dramático. Warrick tem alguns segundos de vida, não o suficiente para falar qualquer coisa, mas o suficiente para fazer McKeen pensar seriamente em sacar a arma e terminar o serviço e matar Grissom junto. Warrick morre e, num episódio com poucos diálogos e ainda menos diálogos brilhantes, o trabalho do diretor Richard J. Lewis é nos conduzir por cenas de luto.

E é impossível não olhar para o rosto de Catherine Willows a cada cena e não chorar junto.

E se o objetivo do épisódio é fazer chorar, bom, neste quesito o episódio é brilhante e reserva no final uma grande cena de funeral.

Mas CSI é mais do que isto e é neste ponto que as coisas não vão bem. O episódio repetiu exatamente o mesmo erro da temporada passada. Depois de uma season finale de uma sétima temporada chocante com Living Doll, CSI transformou o drama de uma possível morte de Sara no episódio Dead Doll em um episódio melodramático, resolvido rapidamente em 40 minutos.

Eu realmente esperava que For Warrick não contivesse nele a solução do crime. Eu queria ver McKeen ao longo da temporada, debochando da Justiça, sendo investigado em segredo pelos CSIs e aos poucos se vendo acuado. Mas os produtores optaram pela solução rápida, infelizmente. O que vemos são os CSIs descobrindo rapidamente os furos da história de McKeen, o perseguindo através de seu telefone celular e por fim o capturando já ferido, após sofrer um acidente de carro provocado pelo policial corrupto Pritchard, o seu bode expiatório.

Aqui o episódio reserva uma surpresa, criando uma situação onde Nick tem direito ao seu momento justiceiro. E aqui a direção e o roteiro foram perfeitas, porque me fizeram realmente crer que ele poderia matar McKeen.

CSI - cena de For Warrick

Não me leve a mal este é um bom episódio, um episódio pra entrar em catarse, bom para aqueles dias que temos que tirar a tristeza do corpo. Mas não é um episódio de CSI. E eu esperava um episódio de CSI, como aqueles episódios de CSI dos velhos tempos. Não pelos crimes, mas pela chance de ver, pela última vez, toda a equipe reunida. Porque Gary Dourdan estava disponível ainda para gravar algumas cenas (seu nome ainda aparece nos créditos e ele tem uma última cena inédita, em um vídeo) e Jorja Fox estava ali, de volta (Deus, parece que se passaram 10 anos que ela saiu). Eu realmente esperava alguma cena com toda a equipe junta – um flashback, um sonho, um bate-papo entre mortos e vivos, qualquer coisa.

For Warrick quase me faz lembrar alguns episódios que eu odeio de séries que eu adoro. Tipo Foreverwood, o final trouxa Everwood, ou I Don’t, o episódio do casamento de Luka e Abby em ER, ou o pulo do tubarão de Gilmore Girls, com o casamento com Christopher em French Twist. Mas ok, aqui não é para tanto.

For Warrick é apenas mais uma etapa desta fase de transformação pela qual CSI está passando. Nós fãs da série estamos todos de luto. E, olhando deste ponto de vista, que precisávamos parar e chorar antes de olhar para a frente, o episódio funciona que é uma beleza.

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  1. Rô Floripa - 15/10/2008

    Lembrar daquela foto do promo com o Warrinck todo ensaguentado nos braços do Grisson, a cara de dor do Grisson e logo depois esta foto aí da Catherine já tive que me segurar para não chorar.

  2. Davi Garcia - 15/10/2008

    Bela análise Paulo. Eu gostei bastante desse episódio, mas concordo que seria bem mais interessante se víssemos a trama envolvendo o McKeen acontecendo paralelamente ao longo de mais episódios. Embora a resolução do caso tenha sido boa, ficou a sensação de que foi rápida demais até para o padrão CSI.

  3. Rubens - 15/10/2008

    Uma das maiores (e MELHORES) diferenças da dramaturgia televisiva americana, em relacao à brasileira, é que enquanto aqui no Brasil as novelas levam 500 capítulos para contar uma única histórinha, nos EUA os seriados sempre contaram uma historia em um, no máximo dois episódios. Nos EUA você senta diante da tv para se distrair, e, no máximo, em 2 horas sai com uma história completa, com início, meio e fim. Não tem embromação, não tem a obrigação de assistir durante semanas para meramente entender UMA única história.

    Alguem da área do cinema já disse isso uma vez: QUALQUER história pode ser contada em 2 horas.

    Esse, sem dúvida, é um dos principais motivos dos seriados americanos terem me fisgado desde criança, ha cerca de meio século. Adoro, amo de paixão essa coisa de seriado americano não ser uma eterna novela, onde os episódios passam e as coisas não são resolvidas logo de uma vez. ADOREI quando toda uma leva de seriados tentando imitar o cansativo e desmotivador formato de LOST afundaram na audiencia, e voltaram para onde nunca deveriam ter saído: o cesto de lixo das más idéias.

    Dito isso, me surpreende ver, volta e meia, brasileiros (esse povo acostumado à coisa das novelas) “reclamando” exatamente daquilo que os seriados americanos têm de melhor: apresentar as soluções o mais rápido possível, SEM EMBROMAR muito.

    Eu odiaria ter que assistir a meia dúzia de episódios ou mais, meramente para esse caso do Warrick se resolver e pegarem o xerife. Imagino que o público americano perderia completamente o saco tambem. Ninguem tem mais paciência para isso, quando só quer se divertir diante da tv, com uma boa historia.

    Deve ser por isso, pela impaciência do público, que os roteiristas de CSI, Smallville e tantos outros seriados “resolvem” tudo logo no primeiro episodio da temporada. Porque o público (ao menos o público americano) nao quer de outra forma.

    E porque QUALQUER história se conta em no máximo 2 horas.

  4. Célia Regina - 15/10/2008

    Também não gosto do formato de novela. Não tenho saco para tanta embromação. Gosto de ver uma estória contada em pouco tempo. Não quero ver tv para ficar ansiosa para saber quem matou Odete Roitmam. Adoro principalmente os seriados do tipo Law & Order.
    CSI é, sem dúvida, a melhor série da franquia. O tipo noir, a química que existe entre os atores, as estória envolvendo a paisagem turística de Las Vegas, é tudo primoroso.

  5. Paulo Fiaes - 15/10/2008

    Rubens consertou o computador, hehehe
    e Lost que o diga em Rubens, todo episódio com uma historia contada, vc deve amar, rsrs

    Bom, nem assisto CSI, mas queria dizer que concordo com Paulo Antunes no que foi uma de nossas maiores brigas no passado, o final de everwood deixou e muito a desejar. A unica ressalva que faço é devido a tudo que aconteceu, não podemos culpar ninguém pelo final que houve.

  6. Luciano Cavalcante - 15/10/2008

    Rubens,então você deve amar as série britânicas.

  7. Luciano Cavalcante - 15/10/2008

    Digo: Rubens, então você deve amar as séries britânicas

  8. Paulo Antunes - 15/10/2008

    Ah Rubens, você está fazendo cena.

    O telespectador americano está acostumado a arcos e adora eles. Nove entre dez fãs de CSI sabem que o melhor momento da série nos últimos anos foi toda a trama do assassino das miniaturas.

    Como se explica então o fenômeno de audiência dos dois primeiros anos de Lost, do primeiro ano de Heroes, do primeiro ano de Desperate Housewives, Arquivo X, Twin Peaks?

    Cada trama tem um tempo para solução. O correto é não esticar demais e não abreviar demais.

    O que já cansou é esta moda do cliffhanger pelo cliffhanger. Muda tudo na season finale e volta tudo ao normal na season premiere.

    Obviamente que não foi isto que aconteceu aqui, já que tivemos uma morte e uma mudança de elenco. Mas em geral é isto que acontece na TV americana e o telespectador está cansando.

    O que ficou ruim no episódio é que pra um policial corrupto de alto escalão, o que nós vemos é o personagem cair muito rapidamente. Isto não parece verossímel. A trama merecia mais tempo para ser trabalhada.

  9. leoff - 15/10/2008

    As tramas fechadas que marcavam a TV eram uma simples necessidade de manter a audiência. O público médio queria relaxar com um programa, não ser obrigado a prestar muita atenção e lembrar do que houve na semana anterior.

    A TV de hoje mudou, há mais oferta e, com isso, maior segmentação. Há uma boa parcela de público que quer ser desafiado com tramas mais complexas e desafiadoras, que gosta de ser fidelizado. Daí o sucesso de séries com arcos longos como as citadas acima.

    O Rubens cai no erro, como sempre, de achar que o mundo gira em torno do seu gosto pessoal. Há muito espaço para diversidade atualmente e ISSO é o que vem tornando os seriados mais interessantes. Triste seria um mundo em que seriados só podem ter tramas fechadas ou só tramas longas.

  10. Thiago FLS - 15/10/2008

    Eu nunca concordei com esse negócio de que “toda história pode ser contada em duas horas”. O maior ponto fraco do cinema é justamente a obrigação de resumir a trama inteira a no máximo 3 horas, o que impede que se conte uma história com a riqueza de um The Sopranos, Battlestar Galactica ou (sim, senhor) Lost.

    E eu acho que foram essas histórias serializadas (o assassino das miniaturas, o romance secreto de Grissom e Sara) que deram um novo fôlego a CSI, impedindo que a série ficasse estagnada. Não é à toa que, nesses tempos em que quase todas séries estão com queda de audiência, CSI é a única que passa dos 20 milhões de espectadores.

  11. Rubens - 15/10/2008

    Paulo Antunes, a trama do assassino das miniaturas era uma trama paralela, um aperitivo. Na maioria das vezes, os episodios daquela temporada tratavam integralmente de OUTRO caso (com inicio, meio e fim), e apenas no finalzinho tinha um ou outro detalhezinho sobre o tema das miniaturas. Mesmo os episodios mais focados na trama das miniaturas, tinham uma historia completa, com inicio/meio/fim (mesmo que o fim fosse algo do tipo “nao prendemos o assassino”, mas ao menos o “caso da semana” terminava ali).

    Feito dessa forma, eu acredito sim, que funciona. Ou seja, se o telespectador assistir a apenas UM EPISODIO, se divertiu com uma historia completa, com inicio/meio/fim. Apenas se quiser, ele vai acompanhar os detalhes da historinha completamente secundaria das miniaturas.

    Lost foi diferente, foi um seriado que induziu o telespectador ao erro. Ninguem tinha dito para ele que CINCO ANOS depois, o seriado ainda estaria caminhando sem rumo, sem que as coisas fossem devidamente explicadas. Mas depois de Lost o telespectador ficou mais esperto, e agora nao cai mais nessa, tanto que seriados que tentaram imitar a formula de Lost se deram mal. No máximo, o telespectador hoje aceita seriados (normalmente de tv paga, onde a audiencia pode ser menor) onde as historias se fecham completamente em no maximo uma temporada.

    Desperate Housewives tenta seguir a formula de CSI e as miniaturas: apesar de ter sempre um misterio que dura uma temporada, ao mesmo tempo o seriado sempre apresenta, em geral, episodios com historias fechadas em si ou que se resolvem brevemente. Ou seja, se voce assistir a apenas um episodio e mais nada, ainda assim voce tem uma historia completa para assistir e se divertir. Ate hoje Desperate Housewives mantem essa formula com sucesso.

    Arquivo X tambem seguia essa formula, etc…

    Agora, sério: Twin Peaks foi fenômeno de audiencia? Sabia disso não… Para mim era apenas mais uma “serie de crítico”, do tipo 30 Rock ou Mad Men, que só fazem sucesso diante da crítica, mas que o grande público ignora solenemente e a audiência é pífia… 🙂

  12. Rubens - 15/10/2008

    Leoff disse:
    | O Rubens cai no erro, como sempre, de achar que
    | o mundo gira em torno do seu gosto pessoal.
    | Há muito espaço para diversidade atualmente
    | e ISSO é o que vem tornando os seriados mais interessantes.

    Não, não, Leoff… Nao tire a conversa do contexto, pelamordedeus… Não é o “meu gosto particular”, é o gosto da maioria. A questão é tentar explicar porque em SERIADOS DE TV ABERTA, que depende de audiencia, as tramas sao resolvidas mais rapido.

    OBVIO que segmentacao é coisa boa, mas isso é para tv paga, que recebe grana dos telespectadores, nao funciona bem na tv aberta, que depende de audiencia e de anuncios (cujo preço depende da audiência). CSI, por exemplo, segue a formula de pelo menos uma historia fechada por episodio, e tem grande audiencia. Lost nao segue, e ha muito tempo nao fica sequer entre os 20 programas mais vistos da tv americana (mesmo sendo exibido em datas e horarios que procuram fugir a todo custo da competicao com outros programas ineditos com boa audiencia).

  13. Gabriel - 15/10/2008

    Também gosto dos arcos e das investigações desenvolvidas em alguns (vários) episódios. Mas vejo algumas limitações a isto no caso do Warrick.
    A primeira: nos outros longos arcos, havia o suspense de se descobrir quem era o criminoso, ou a sua motivação. Aqui o público sabia quem era o matador e suas razões desde a season finale. Isto poderia ter se resolvido caso a season finale fosse diferente.
    Ainda, a forma como a equipe ficou abalada e tratou o caso não permitiria que a investigação se alongasse muito, pois do contrário o laboratório pararia. Isto seria prejudicial para a série, pois nos outros arcos era possível inserir episódios que nada tivessem a ver com o “caso principal da temporada”.
    O último empecilho seria de elenco. A Jorja saiu e o William Petersen sairá. Assim, não seria possível àquela participar de toda a investigação e talvez nem preparar a saída deste da forma como a estrela do show merece.
    Mas que poderia ter durado ao menos dois episódios, poderia.

  14. leoff - 15/10/2008

    Rubens, você não está sugerindo que a TV aberta deve se conformar com a “realidade” de seu público e pare de ousar, está? Porque isso seria um tiro no pé, criativamente falando. LOST não tem a mesma audiência mas, somada a quem grava pra ver depois, ainda é muito expressiva para a TV aberta. Justamente porque LOST exige mais de seu expectador que o normal.

    Não se muda da água pro vinho de um dia pro outro. São as séries que fogem do padrão que podem, pouco a pouco, mudar o grau de exigência das pessoas. Twin Peaks foi um fracasso comercial na 2a. temporada, mas foi a base para o que vemos hoje. The Sopranos passou em TV por assinatura mas influenciou várias séries que existem hoje.

  15. Thiago - 15/10/2008

    Estou quebrando promessas aqui… Como resolver grandes tramas em APENAS UM EPISÓDIO (ou em “2horas”, duração de dois episódios contando os comerciais), destruindo assim a oportunidade da criação de bons arcos:

    *Jim se casa com Pam assim que começam a namorar
    *Digo o mesmo pra Grey’s e seus inúmeroes pares
    *Wilson perdoa House por Amber logo na premiere
    *Dexter mata de cara o Ice Truck Killer. Mesmo sendo quem é
    *Tony Soprano tá uma de Tony Montana e vira Chefe com chacinas
    *Os sobreviventes do Oceanic 815 saem da ilha
    *Luthor, Lois e Lana descobrem os poderes de Clark
    *Identificado o assassino de Laura Palmer
    *Mulder reencontra sua irmã
    *Scofield tira o irmão de Fox River sem problemas
    *Ted conta logo quem é a mãe de seus filhos
    *Jack Bauer livra o mundo do terrorismo
    *Galactica encontra a Terra
    *Peritos de Las Vegas resolvem o caso Warrick

    Mas que seja. Tem gente que se acha tão especial, a ponto de se ver como um telespectador médio americano – ou seja, o que deixa de ver bons shows – e acredita que arcos (isso se ele sabe mesmo o que é um “arco”!) são coisas inúteis em seriados, e que quando mais rápido algo se resolva – mesmo que seja algo corrido ou sem desenvolvimento de personagens – melhor a coisa fica.

    Olha, em minha humilde opinião, se as investigações criminais continuassem acontecendo em Las Vegas, mas com os peritos dedicando 10% (ou mais) do montando peças do assassinato de Warrick, e resolvendo isso em 4 ou 5 episódios, seria perfeito. Mas vá lá. Eu não sou o telespectador médio americano. Não preciso ter a respostas de tudo em menos de 1 hora perigando me esquecer dos episódios anteriores. E não sou de ficar voando em tramas complexas.

  16. Ivonete - 15/10/2008

    Nessa discussão, fico do lado do Rubens. Mas é uma questão de gosto pessoal. Eu também prefiro as séries com tramas fechadas, nas quais vc pode assistir apenas um episódio e não se sentirá perdido.
    É claro que pesa o fato que, ao contrário da maioria, acho “Lost” um porre.
    E Rubens tem toda razão ao afirmar que várias séries que tentaram seguir o formato de “Lost”, não obtiveram sucesso e muitas também resolvem o mistério em uma temporada (caso de Damages, Kidnnaped), o que também acho muita mais interessante do que esperar anos por uma solução, que ao final pode ser uma bobagem.
    Quem viver (porque ainda falta algum tempo para o final de Lost) verá.

  17. Silvia_05 - 15/10/2008

    Tenho a sensação de que a solução rápida para Warrick foi uma bela tática de não deixar que o personagem dele, mesmo que na saudade, ficasse muito presente nesta 9a. temporada.

    Aliás, acho que CSI terá grandes mudanças – a morte de Warrick, a saída de Grissom, a novidade com Fishbone, as idas e vindas de Sara,…

    Mas uma coisa não se pode criticar – esse foi um belo episódio. Muita emoção. Até de mais, por se tratar de CSI. Mas também foi um arco bem construído e intenso, presenteando o ator Gary Dourdan com uma saída digna.

    E duvido que algumas das emoções apresentadas pelos CSI não tivessem um fundo de verdade – tantos anos trabalhando com um colega, dificilmente a gente não se abala com uma despedida. Ainda mais dadas as circunstâncias de Gary.

    Senti uma dor pela saída de Warrick, um personagem que gosto. Mas vou sentir profundamente a saída de Grissom. Esse sim, um dos meus personagens preferidos. E torço prá que Fishbone caia nas minhas graças.

    Com seus altos e baixos, CSI ainda é uma das séries que mais gosto. Espero continuar assistindo.

  18. Rubens - 15/10/2008

    Thiago, o legal é quando o seriado “acerta” e agrada ambos os publicos (os que preferem e os que nao preferem longos arcos tratados como “assunto principal”).

    Voce citou HOUSE. Em HOUSE, esta temporada, eles fizeram a introducao de um novo personagem (o detetive que infelizmente demorará pouco na trama) tao legal, mas tao legal, que de repente se tornou totalmente sem importancia aquela lenga-lenga enjoada de novela das 8 se Wilson volta ou não volta. Eu, pelo menos, ja nem me importaria mais se o Wilson desaparecesse da trama, e desse lugar ao novo detetive (sei que isso nao vai acontecer, mas…).

    Ou seja, para a minha preferencia, HOUSE nesta temporada está apenas com episodios fechados em si, e a trama envolvendo Wilson ja nao tem mais a menor importancia. Virou historinha completamente secundária.

    Se voce continua achando a lenga-lenga “volta/não volta, Wilson” importante, entao os 2 públicos ficam satisfeitos. 🙂

  19. Paulo Fiaes - 15/10/2008

    e bom

    vou falar algo sério, não estou sendo irônico. entendo os argumentos de Rubens, em certa forma fazem sentido, mas não concordo.

    02 fatos:

    ele falou de Lost, e do publico ter fugido, bom, pode não ter audiência de CSI, mas rende tanto ou mais que CSI para o canal, os produtores, seja lá quem que lucra com a série. Lost é uma das séries mais bem sucedidas de todos os tempos, e prova que Está no topo da audiência não é tudo. E olha, não gostar de Lost é uma coisa, agora não perceber a inteligência do seriado é outra.

    – Outra coisa, ER nos seus primeiros anos, que batia recordes de audiências tinha arcos desenvolvido durante a temporada, e pasme rubens, ER é de canal aberto. E por favor não me venha falar da audiência atualmente, porque o declinio se deve a outros fatores que acredito que você saiba muito bem.

    Rubens,

    De certo, eu noto que o publico médio americano hoje em dia é muito parecido com o publico médio brasileiro, ou seja, Two And Half Men com piadas prontas e repetitivas rende mais audiência do que The Office, HIMYM, 30 rock, e principalmente a tao elogiada Arrested Development. Sendo mais claro, vocês gostam das coisas mais faceis, mais mastigadas, que exijam menos raciocinio, é com esse publico que você se identifica?

    Na decada passada tinhamos Seinfield e ER no topo, duas séries elogiadissimas pelas críticas e que tinham retorno do publico, hoje em dia é mais dificil acontecer, mas acontece. Como foi o caso com Lost, House… O porque desse fenomeno Seinfield e ER não se repetirem mais é uma boa pergunta que eu sinceramente não sei responder.

    O que penso é que essas séries listarão(já listam) entre as melhores de todos os tempos(considerando apenas a epoca de ouro de ER), e séries assim, mesmo o publico sendo médio acabam se deixando levar, sendo fisgados, acontece também no Brasil, mas é mais raro ainda.

    Então Rubens, no meu texto sobre Terminator que você criticou, eu acho que vc e o publico americano acabam perdendo com esse gosto um tanto quanto duvidoso(novamente, há exceções), e pior, acabam deixando passar coisas de boa qualidade e que de certa forma muda o mais do mesmo da TV. Exemplos disso:

    Firefly, 30 rock, Arrested Development, Battlestar Galactica, Veronica Mars, entre outros.

    Bom, claro que isso tudo é apenas minha opinião.

  20. Davi Garcia - 15/10/2008

    Bela discussão 🙂 Sempre interessante como o gosto por tramas com arcos maiores e/ou histórias fechadas gera essa controvérsia hehehe.

    Particularmente acredito que tudo depende de um bom roteiro e principalmente de um bom planejamento. De nada adianta querer contar uma história que se resolve em um único episódio se não há competência para tornar tudo crível e plausível e o mesmo se aplica para os arcos alongados.

    Agora, sobre House… Rubens, me desculpe mas achou que você está equivocado com relação à trama do Wilson na série nessa temporada. A entrada do (ótimo) detetive só aconteceu por causa do desejo de House de encontrar alguma maneira de se reaproximar do oncologista. Já tivemos 4 episódios até agora e em todos (principalmente no quarto) a trama de Wilson – paralelamente ao caso da semana – move os acontecimentos da história.

  21. Rubens - 15/10/2008

    Paulo Fiaes,

    Não posso falar de ER porque nunca assisti. Sei lá, a minha impressão pode ser errada, mas ER sempre me pareceu uma “novelinha” (tanto que a Globo trouxe ER para sua programacao em horario nobre, e a Globo só traz novelinhas para os seus horários “não-de-madrugada” — outro exemplo foi aquela novelinha Beverly Hills 90120/Barrados no Baile). Talvez você tenha mesmo razão sobre essas novelas aí, não sei.

    De fato eu prefiro um milhão de vezes assistir a Two and a Half Men, ou a The Big Bang Theory, do que a 30 Rock. Ja tentei assistir 30 Rock 3 vezes, mas desisti depois que eles desperdiçaram completamente a presença de Jerry Seinfeld, num episódio sem a mínima graça (ok, em 30 Rock voce meramente dá um leve sorriso, nunca acha algo terrivelmente engraçado).

    Seinfeld, Friends e Frasier, para mim, são das melhores comédias já feitas na tv. Comédia boa é aquela com uma metralhadora de piadas a cada minuto. Tanto que são das poucas das quais eu comprei os DVDs.

    Lost inteligente? Em parte, mas apenas em parte, né? Girar uma roda de burro de madeira e a ilha andar no tempo… Pára com isso, é estupidez demais…

    Sobre “acabam deixando passar coisas de boa qualidade e que de certa forma muda o mais do mesmo da TV”, voce citou: Firefly, 30 rock, Arrested Development, Battlestar Galactica e Veronica Mars. Bom, realmente eu nunca acompanhei nenhum deles. Comecei a assistir Firefly, que foi muito legal no primeiro episodio, mas achei que a serie ficou muito chatinha depois, e mereceu ser cancelada. 30 Rock eu acho um porre. tentei assistir a um dos primeiros episodios de Battlestar Galactica, mas nao me cativou (me disseram depois que a serie so melhorava a partir do segundo ano, mas nao perdi meu tempo tentando conferir). E por aí vai.

    Sei lá, Paulo, mas eu realmente so quero ME DIVERTIR diante da tv. Nao quero aprender psicologia, nao quero defender ideais panfletarios, nao me interessa me envolver profundamente nos dramas pessoais de ninguem… So quero me divertir. TV para mim é isso, diversao! E eu me divirto quando alguem estraçalha o bandido num episodio, e me entedio com os “problemas pessoais” daquele personagem que so sabe sofrer e sofrer e sofrer… É isso. 🙂

    (aliás, nisso eu sou bem Seinfeld, os problemas dos outros nao me interessam, por isso detesto novelas e filmes dramaticos).

  22. Marcos Almeida - 15/10/2008

    Acho que o rapaz ai do comentários tá esquecendo de MUITOS seriados que não tem uma história fechada para cada episódio, mas sim contam uma história ao longo de toda uma temporada ou temporadas. Só lembrou de Lost, mas tem outros de muito sucesso, como Alias, 24 horas e até mesmo Arquivo X com sua trama alienigena, dentre outros.

    Outra: comparar seriados com novela não tem nada a ver. São coisas totalmente diferentes. Sem falar que as novelas aqui só duram 6 meses…as novelas americanas duram décadas!!!

  23. cavalca - 15/10/2008

    ZzZzZzZzZzz

    (pros dois lados da discussão)

  24. Carina - 15/10/2008

    A entrada do (ótimo) detetive só aconteceu por causa do desejo de House de encontrar alguma maneira de se reaproximar do oncologista. Já tivemos 4 episódios até agora e em todos (principalmente no quarto) a trama de Wilson – paralelamente ao caso da semana – move os acontecimentos da história. (2)

  25. Glória Arruda - 15/10/2008

    Paulo Antunes e Fiaes,
    Concordo, em grande maioria, com os comentários de vocês. Na minha opinião os comentários de todos os participantes, até o presente momento, foram de uma inteligência ímpar. Fazia tempo que eu não me impressionava com os argumentos de todos que opinam. A diversidade de opiniões é sempre mais interessante. Parabéns a todos. Gosto muito de LOST, exatamente poruqe o episódio continua, àcontinua, continua…s vezes demais, mas… opinião. Prefiro um episódio mais longo, que termine um ou dois adiante,mas … opinião. House, acho um espetáculo de seriado assim como Justiça sem Limites, adoro! Mias uma vez parabéns a todos!

  26. Glória Arruda - 15/10/2008

    Desculpem os erros de digitação. Rapidez demasiada, causa isto!

  27. Rodrigo Xavier - 15/10/2008

    Um arco de episódios com a investigação do assassinato de Warrick seria transformar CSI em um dramalhão, pois já se sabe quem é o assassino. Os episódios com o assassino das miniaturas funcionaram porque todo mundo tentava descobrir o culpado e só foi revelado no último episódio.
    CSI foi disparada a melhor premiere até agora com esse maravilhoso e emocionante episódio.

  28. Rodrigo Eduardo - 15/10/2008

    Bem, estou com preguiça de ler todos os comentários anteriores então se eu repetir algo dito me perdoem.

    Deus me livre uma temporada atrás do assassino que os personagens não conhecem a identidade, além de ficar angustiante tornaria as reprises insuportáveis, já imaginaram daqui alguns anos ver o Warrick morrendo e pensar “pqp toda aquela sessão, sem chance” ninguém assistiria.

  29. Adilia - 17/10/2008

    Rubens, concordom com vc..o melhor é solução rápida..não gosto de histórias compridas demais!

  30. Célia Lemos - 19/10/2008

    Realmente, muita enrolação, melação é um saco mas visto que com a saída WP será o THE END ambora alguns achem que não,o funeral que vamos assitir breve é da série CSI.O primeiro episódio da 9T foi emocionante mas o segundo…

  31. Review: CSI - For Warrick » TeleSéries - 10/02/2009

    […] do Editor: leia também a review de Paulo Antunes, Dor e perda em CSI. […]

  32. ethan cole - 07/05/2010

    nossa mano eu não imaginava que o warrick iria morrer sera que o grissom ira morrer tambem

  33. O TeleSéries nasceu em 2002 e fechou as portas em 2015. Temos nos esforçado para manter este conteúdo no ar ao longo dos anos. Infelizmente, por motivo de segurança, os comentários nos posts estão fechados. Obrigado pela compreensão!