TeleSéries
Sherlock – The Empty Hearse
05/01/2014, 11:00. Lucas Victor
Reviews
Sherlock
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Dois anos. Esse foi o tempo que ficamos sem o melhor detetive de todos os tempos. Dois anos. Parece até meio absurdo, se pensarmos bem, esperar tanto por uma série de TV. Mas não estamos falando de uma série qualquer, mas sim de uma obra prima britânica que com apenas duas temporadas de três episódios cada uma conquistou uma leva de prêmios e muitos, mas muitos fãs ao redor do mundo. Essa é Sherlock, uma série fantástica em todos os sentidos da palavra. Roteiro fantástico, direção fantástica, produção fantástica, elenco fantástico, personagens fantásticos… E é claro que uma série tão fantástica merecia uma terceira temporada a seu nível, e era isso que todos esperavam de The Empty Hearse – um episódio ao nível da série. Mas esse episódio conseguiu ir muito além disso, superando todas as expectativas possíveis. A melhor season premiere da série e muito provavelmente uma das melhores da TV atual. Vamos falar primeiro sobre o que aconteceu no episódio, depois falamos sobre os detalhes e a parte técnica.
Um dos motivos para tanta expectativa com o retorno de Sherlock – além da espera ridiculamente longa – era também a resolução de um dos cliffhangers mais angustiantes de todos os tempos: a queda de Sherlock. Ficou mais do que óbvio que ele iria forjar a própria morte, até porque a série não iria acabar na segunda temporada. Mas as grandes questões eram: como ele fez isso e por quê. Como vimos no mini-episódio de Natal, So Many Happy Returns, Anderson, um dos policiais que trabalhava com Lestrade, rastreou um homem que estava solucionando casos aparentemente impossíveis ao redor do mundo, e que ele tinha certeza ser Sherlock. Ele não só estava rastreando seus passos, como também inventou inúmeras teorias sobre como ele poderia ter forjado sua morte. E é assim que se inicia o episódio, com uma de suas teorias, e extremamente plausível diga-se de passagem, mas apenas uma teoria. Contudo, Anderson acertou em uma coisa: Sherlock realmente estava vivo e havia passado por todos os lugares que ele havia rastreado – o que mais tarde descobrimos ser o resto da rede criminosa de Moriarty.
E então nosso querido detetive aparece, em sua melhor forma, e o melhor de tudo: louco para rever John, seu melhor amigo. Mas quem disse que seria fácil? John finalmente havia seguido em frente, depois de dois anos de luto. Havia conhecido alguém (Mary, interpretada pela esposa de Martin Freeman, Amanda Abbington, e que tem uma química incrível com seu marido em tela, e provavelmente fora da tela também), e havia até trocado de visual (um bigode que ninguém gostou, nem ele próprio). Ele não poderia simplesmente aparecer do nada em sua vida e dizer: “Não morri”. Mas estamos falando de Sherlock Holmes, e é claro que ele fez exatamente assim: deu as caras no restaurante em que John iria pedir Mary em casamento, se disfarçou de garçom para se aproximar dele mais facilmente e BAM! “Not dead”. Depois do acesso de fúria de John por achar que ele estava morto por dois anos, Sherlock explica para ele o por quê de ter forjado sua morte e o quê o trouxe de volta a Londres. Segundo Mycroft, uma rede terrorista clandestina estava planejando um ataque em Londres e só a dupla infalível Sherlock Holmes e John Watson poderia descobrir o que eles estariam tramando e impedi-los a tempo. Mas claro que não seria fácil convencê-lo, e o pobre Sherlock volta à ativa sem seu mate, mas sim com Molly, sua eterna admiradora.
Aparentemente as coisas estavam indo bem, e os dois estavam seguindo com suas vidas, mas é claro que ambos sentiam muita falta um do outro, e isso estava atrapalhando suas vidas profissionais e pessoais. Mas Jonh não iria dar o braço a torcer. Como diz o ditado: “Há males que vêm para o bem”, e foi exatamente o caso com os dois. Enquanto Sherlock investigava um desaparecimento bizarro na estação de trem, John foi sequestrado pela tal rede terrorista e colocado debaixo da fogueira da Noite de Guy Fawkes, mas Sherlock e Mary conseguem salvá-lo a tempo graças às pistas deixadas pelo novo vilão (que iremos comentar mais tarde). Então, os dois amigos finalmente se acertam – em partes, pelo menos -, e se juntam para desvendar o tal desaparecimento bizarro,o qual eles descobrem ser de Lord Moran, um dos membros mais importantes do Parlamento e peça-chave para a decisão sobre a lei anti-terrorismo que estava sendo discutida.
Então Sherlock começa a ter seus típicos insights de genialidade e começa a resolver o quebra-cabeça aos poucos: a tal rede terrorista clandestina é na verdade uma rede subterrânea (mesma palavra em inglês: “underground”) e Lord Moran conseguiu desaparecer graças a uma estação que nunca foi inaugurada, abaixo do Palácio de Westminster, onde o vagão desaparecido em questão estaria carregando uma bomba que explodiria todo o palácio (referência à data 5 de novembro, em que Guy Fawkes tentou incendiar o palácio no século XVI).
E, assim, começa a boa e velha corrida contra o tempo de Sherlock e John (que fez muita falta) para desativar a bomba, mas, ao encontrar o vagão, descobrem que ele está repleto de explosivos e Sherlock não sabia como desativá-los. Correção, ele sabia sim. Com um simples botão de desligar, mas deixou o pobre John fazer toda uma cena de perdão e amor. O bom e velho Sherlock, maroto e sagaz na mesma proporção.
Lord Moran foi capturado e preso, Sherlock e John “reataram” e voltaram a ser a dupla de sempre, o Parlamento foi salvo… Tudo como deveria ser. Ou nem tudo.
Quem é a mente engenhosa por trás desse ataque? E o que ele quer com Sherlock? Sabemos que o vilão da temporada será Charles Augustus Magnussen, inspirado no vilão dos livros Charles Augustus Milverton, e nos livros ele é o único vilão que Sherlock realmente odeia e despreza (ele admirava a inteligência de Moriarty pelo menos), portanto, veremos um Sherlock furioso nessa temporada. Mas o que vai deixá-lo furioso assim só assistindo aos próximos episódios.
Agora vamos comentar sobre os detalhes sórdidos:
– Foi uma sacada genial do Mark Gatiss deixar em aberto como Sherlock forjou sua morte, apresentando várias teorias (uma delas inclusive envolvendo um caso de amor com Moriarty, o que não seria tão absurdo se realmente acontecesse), mas sem confirmar nenhuma delas. Deixou intensificado o fato de que não importa como ele fez isso, o que importa é que ele está de volta, muito vivo e pronto para resolver os mistérios mais intrigantes de Londres. Go Go Sherlock.
– A química entre Benedict Cumberbatch e Martin Freeman está on fire! Os dois estão em perfeita sintonia um com o outro, atuando maravilhosamente bem juntos. Ficou muito nítido que eles sentiam muita falta da série, talvez até mais do que os fãs.
– Ainda nos atores, todos entregaram performances memoráveis. Com certeza todo o elenco sentia falta da série. Mark Gatiss nunca esteve tão divo como Mycroft (não há palavra que o descreva melhor, é divo e pronto); Rupert Graves encontrou o tom perfeito para o Lestrade; Una Stubbs está simplesmente divina como a Sra. Hudson (impossível não amar aquela mulher); a pontinha de Andrew Scott foi genial, mesmo durando apenas alguns minutos; Louise Brealye entregou uma performance incrível, dando um desenvolvimento para Molly que ninguém esperava (mas que ela merecia) e claro, não podemos deixar de mencionar a “invasão familiar” dessa temporada: Amanda Abbington, esposa de Martin Freeman, está brilhante como sua noiva Mary na série. Em apenas um episódio ela já se tornou uma personagem indispensável (e ela e o Martin juntos ficam perfeitos), e os ilustres pais de Benedict Cumberbatch Timothy Carltone Wanda Ventham, interpretando seus pais na série (P.S: Benedict é a junção perfeita dos dois, impressionante).
– A direção do episódio é fantástica. Os recursos técnicos foram usados de forma genial (slow e fast motion usados na medida certa), proporcionando cenas simplesmente lindas (a cena da corrida para salvar o John merece aplausos). Prova do incontestável talento dos britânicos, que entendem que uma boa direção enriquece, e muito, a narrativa.
– E claro, não podemos esquecer da genialidade mais genial do episódio e também da série: o roteiro. Mark Gatiss nunca decepciona com Sherlock (coisa que não acontece em Doctor Who, mas enfim…), mas dessa vez ele se superou. Tudo foi explorado brilhantemente: o retorno de Sherlock e a repercussão disso na vida de quem convivia com ele, sua relação com John e sua noiva Mary, o mistério por trás da rede terrorista, o novo vilão (que promete ser tão genial quanto Moriarty, talvez até mais), enfim, um roteiro simplesmente top notch. Parabéns, Mr. Gatiss, e vê se fica bom assim com os seus episódios em Doctor Who também.
O próximo episódio promete ser ainda mais awesome, em que Sherlock terá que enfrentar seu maior desafio: fazer um discurso de padrinho no casamento de John. Será que ele dá conta do recado? Se não der, pelo menos iremos nos divertir bastante vendo-o tentar. Boa sorte, Sherlock!
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Adorei a review, Lucas! Você não deixou nada escapar 🙂
Também adorei o episódio, achei que ele foi mais grandioso, com efeitos especiais mais elaborados. E como você disse, a direção foi um show! Fiquei super feliz por ver o Andrew Scott no episódio, não tinha certeza se ele apareceria e ele teve várias cenas. Foi uma excelente surpresa, quando vejo o Scottt e o Cumberbatch juntos, tenho vontade de me levantar da cadeira e começar a aplaudir hahaha
Por incrível que pareça, mesmo que os roteiristas não tenham revelado como o Sherlock forjou a morte de verdade, não foi nenhum pouco frustrante. Achei bem divertido acompanhar as outras possibilidades/teorias. E logo mais tem novo episódio o/
Parabéns pela review Lucas, você tem um ótimo ponto de vista. Eu acho que foi o melhor episódio da série até agora, nunca ri tanto do Sherlock, e espero que mais situações engraçadas como a do vagão do metrô retornem no futuro. Produção impecável e o elenco deveria ganhar o Emmy! Abraços!
Sério, não tenho mais nada a acrescentar a nao ser aplaudir teu resumo!! Perfeito cara, até uma lágrima escorreu do meu rosto. Serio! Brilhante teu revier assim como a série!!!