TeleSéries
Sessão de Terapia – Semana 6
17/11/2013, 10:12. Carla Heitgen
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Sessão de Terapia
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Atenção: Este texto contém revelações sobre o enredo. Se ainda não assistiu a maratona, passe aqui mais tarde e divida suas impressões conosco!
Sessão de Terapia está em sua reta final e algumas conclusões começaram a se delinear para os personagens da série. A autodescoberta, porém, é apenas o início. O terapeuta é o guia e a cura da alma está em o que se vai fazer com aquilo que se aprendeu de si mesmo. Acompanhe com o TeleSéries os episódios desta semana cheia de revelações e como os pacientes de Theo (e ele próprio) começam a reescrever suas histórias.
Carol, segunda-feira, 16 h
Antes de começar a sessão, Carol (Bianca Comparato) olha para um punhado de cabelo que ficou em sua mão, resultado do tratamento contra o câncer que iniciou encorajada por Theo. Quase podemos experimentar o que ela sente: não é só o cabelo que está perdendo, é o controle sobre a própria vida. Ela está irritada com Theo, pois contar para sua mãe que estava gravemente doente foi a maior traição que o psicólogo poderia ter cometido. Segundo ele, a decisão foi a mais difícil de sua carreira, porém não se arrepende, já que a jovem não precisa passar por todo aquele sofrimento sozinha. A reação da mãe foi de desespero e impotência. Ela sequer sabia que Carol fazia terapia. Passou a acompanhá-la dia e noite, a fazer-lhe perguntas e a falar o tempo todo. Seu pai, por outro lado, mais quieto, e “sem invadir seu espaço”, mostrava se importar, comprando uma coberta para a filha quando ela sentiu frio e trazendo seu chocolate preferido, e, surpresa de Carol, ele sabia qual era a marca de que ela mais gostava. Mesmo com todo o cuidado de hoje, não acredita que a mãe poderá se redimir pelo abandono de antes. E o que diziam sobre estar perto da morte? Carol não se identifica com nada. Ainda se preocupa com coisas bobas como a aprovação dos pais, e não deixou de “polarizar” as pessoas como boas ou más. “A sessão acabou, né?”. Theo a pede para esperar e volta com a maquete que a estudante de Arquitetura havia destruído. Ele juntou os fragmentos como pôde. “Você consertou!” Vimos no sorriso e no agradecimento de Carol que, quem sabe, seus pedaços ainda podem ser unidos. Uma maquete remendada para uma Carol reconstruída. Sem dúvida um dos mais emocionantes episódios da temporada.
Otávio, terça-feira, 9 h
Na semana passada, Theo ofereceu o consultório para que Tati (Aline Leite) contasse seu segredo para o pai, Otávio (Cláudio Cavalcanti). Ela tem medo de sua reação quando lhe revelar que Érica, a mulher que conheceu em Goiás é, na verdade, sua namorada. A sensação de estar fazendo algo errado sempre a acompanhou, especialmente depois do episódio em que o empresário flagrou o filho fumando. “Não faça nada que tenha de fazer escondido”, disse, na ocasião. A frase, cravada na mente da menina, determinou suas ações. Ter uma namorada era uma destas coisas que ela ocultava do pai, controlador a tal ponto que escolhe até a poltrona onde a filha deve sentar durante a consulta. Como dizer ao empresário que aquela garotinha que ele idealizou não era a Tati? Após a insistência do pai para que conversassem em casa (o que indica que já sabia o que a filha lhe diria), Tati ameaça ir embora, mas é impedida por Theo. Após contar ao pai sobre Érica, deixa a chave do carro com Otávio e depois de um afago em seu rosto, ela sai, garantindo que ele ficará bem. Ele diz que a ama, mas busca a confirmação de Theo sobre ser aquela apenas uma fase; se teria algo que poderia ter feito para evitá-la; se a decepção com a figura paterna foi tão grande que ela buscou amor em uma pessoa do mesmo gênero para não sofrer. Perguntas sem respostas definitivas, mas que levaram a um passo adiante. Ao entregar a chave do automóvel para o pai voltar sozinho, Tati dá um voto de confiança a ele que, desde que foi demitido, não podia sequer ser deixado sozinho. Ela o liberta dos cuidados extremos e da vigilância, esperando, segundo Theo, que ele faça o mesmo por ela, a deixando ir, mesmo preocupado com o a dificuldade que enfrentará por ser diferente. E tudo indica que sim, Otávio entendeu que sua garotinha cresceu.
Paula, terça-feira, 11 h
Paula (Adriana Lessa) por pouco não nos deixa com raiva. Suas consultas sempre são intensas. A maternidade ainda parece sensibilizá-la, mas ela tem que ocorrer de acordo com seus termos. Adoção, nem pensar, é uma ideia “ridícula”. Paula não conseguiria amar uma criança que não fosse a sua. Theo pede que reconsidere sua sugestão já que ser mãe se tornou uma questão vital para a advogada. Aliás, depois da falsa gravidez, lembrou-se do aborto que fez há anos e chegou a procurar o antigo namorado. Percebeu que nunca havia gostado de ninguém de verdade, pois não gosta de si mesma e esta incapacidade de sentir amor-próprio foi herdada da mãe, que não a amava. Procurar por ela, então, tornou-se uma busca por si mesma. Pressionou o pai e descobriu que ele a manteve por anos em uma clínica. Segundo ele, queria poupar a filha de sofrimento. Não era assim que Paula entendia. Mais uma vez mentiram para ela, e assim como chamava a mãe de Sílvia, agora se refere ao pai como Carlos, uma vez que não consegue perdoá-lo por negá-la a oportunidade de responder às perguntas que a assombram por tanto tempo. Theo, que certamente se identifica com a história, pede que ela pense no que diria para a mãe, ainda que estivesse muito doente para compreender completamente o que ouvia da filha. Paula queria saber se não sentiu sua falta, como ela ficou tanto tempo sem vê-la, se pensou em voltar e, acima de tudo, desejava chamá-la de “mãe”. Pela primeira vez, Paula baixa a guarda e se despede de Theo com um agradecimento sincero. Ele se vê em Paula quando ela diz que nunca vai esquecer a chance que não teve de dizer o que gostaria e eram tantas as coisas que tinha para compartilhar. Mas o Theo, o filho, ainda tem sua oportunidade. Será que se dará conta disso a tempo de se despedir de seu pai?
Daniel, quinta-feira, 14h
O paciente de Theo é Daniel, mas a raiz de seus problemas emocionais são seus pais, Ana (Mariana Lima) e João (André Frateschi), que discutem suas mágoas e opiniões como se o filho não estivesse sequer presente. Esta semana, Dani chega mais cedo ao consultório, e sozinho. Aproveitou um descuido do porteiro e fugiu da escola para onde diz nunca mais querer voltar. Não é só em casa que o menino tem problemas. Um dos colegas de classe o escolheu para ser o alvo das brincadeiras mais cruéis. Quem lembra bem de sua infância sabe que esta fase não é feita só de bondade e inocência. Eric, o colega, passou um bilhete usando adjetivos ofensivos, o que gerou brincadeiras e risos na turma. Dani mostra o papel para Theo que descobre a razão de Eric o perseguir tão ferozmente: uma garota, Luana que, aparentemente, gosta de Daniel, o que provoca o ciúme do outro menino. Ao serem comunicados de que Dani está com o terapeuta, os pais chegam à sessão, já discutindo. A regra é discordarem sobre tudo o que diz respeito ao filho, se devem tirá-lo da escola e com quem deve morar, por exemplo. Infelizmente, a trégua entre João e o filho durou apenas uma semana. “Uma criança como ele sofre em qualquer lugar”, afirma, sobre a possível mudança de escola. A situação é tão crítica que ele não hesitou em pegar carona com estranhos para chegar à casa de Theo, mas teve medo de voltar para casa após sua fuga. Ana, na busca por um recomeço, quer se mudar para outro estado e levar Dani e pede que ele escolha com quem quer ficar, mesmo Theo explicando que optar por uma das partes pressupõe trair a outra, pelo menos para o menino. Tanta briga desgasta não só o personagem de Derrick Lecouflé. A lição que fica é para nós também: nunca subestimar o poder de uma criança em assimilar e tomar para si a mágoa alheia.
Dora, sexta-feira, 11 h
Sexta-feira, 17 h, Dora
A sessão de Theo pode ser resumida em uma palavra: catarse, isto é, se livrar de tudo aquilo que faz mal, por meio de uma experiência vivida. Vamos, primeiro, recapitular a semana do terapeuta. O Conselho de Psicologia já se reuniu e na segunda-feira divulgará o resultado sobre a permanência (ou não) de sua licença profissional. Depois de tanto fantasiar uma história de amor com Míriam (Renata Zhaneta) eles finalmente têm um encontro romântico. Quando a mulher fala em apresentar os filhos e contar para o marido sobre os dois, no devido tempo, ele resiste e aconselha seu antigo amor a não tomar uma decisão precipitada, isto é, depois de passar toda a temporada buscando reviver um relacionamento juvenil, Theo se dá conta que a história dele com Míriam como casal acabou. Ela vai embora de coração partido e ele se sente aliviado por perceber que não pode reviver seu passado. Paralelamente, seu contato com Lia (Luana Tanaka), a vizinha que o acompanhou quando Carol teve seu segundo desmaio, aumenta. Eles se esbarram na frente do prédio em que moram e conversam animadamente sobre arte (ela é pintora), pessoas e telas em branco e até sobre Carol. Ao que parece, a breve conversa o tirou de sua posição de psicólogo, por um lado, e inspirou Lia em uma nova obra, por outro. Ao chegar ao consultório para a sessão com Dora (Selma Egrei), ele está descontraído, tanto na roupa, quanto na postura. Nunca vimos Theo tão contente. Na verdade, a casualidade do psicólogo soa como um modo de já ir se acostumando à vida sem a profissão que exerce (resultado da incerteza sobre o processo judicial que enfrenta). Segundo Theo, se ele se aposentar, não lhe sobrará nada. O que ele tem de bom como profissional não o serviu para ser um marido ou pai exemplar. Até as soluções para as próprias questões ele busca em seus pacientes, como Otávio. Depois de muita insistência (e até chantagem) da filha, Theo decide visitar o pai. O compromisso que fez com Malu (Mayara Constantino) lhe trouxe a força que precisava para fazer o que não consegira sozinho. Dora fica feliz e diz que seus pensamentos estarão com ele.
Theo vai ao hospital. Após uma longa pausa, atravessa um corredor que parece não ter mais fim. É como se estivesse percorrendo seu próprio caminho até aquele exato momento em que poderia dizer tudo o que sentia para o pai, e perdoá-lo. No caminho, um filme de sua infância, antes da perda da mãe, passa em sua cabeça, o registro da felicidade e inocência de viver somente o presente das crianças. Ao chegar no leito em que o pai está, Malu solta um grito e se lança em seus braços. Theo não chega a tempo de conversar com seu pai. Ele faleceu. Theo se rende ao choro (e nós também).
Aguardamos ansiosos a últimas sessões da segunda temporada, torcendo pela cura de Carol; pela aceitação de Otávio em relação à filha, e a ele mesmo, como ser humano e como pai. Torcemos pela Paula, para que faça as pazes consigo e que passe, ela mesma, a tomar as decisões que julgar melhores para sua vida; que Dani supere a mágoa que os pais despejam nele e que Ana e João respeitem os sentimentos do filho; e que Theo se perdoe e continue a ser o excepcional profissional que é.
Renovem o estoque dos lencinhos e até a semana que vem!
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Por mais que a série tenha elementos que fogem a uma atuação profissional realista, ela é uma excelente adaptação.