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Sessão de Terapia – Paula 7
22/11/2013, 09:57. Carla Heitgen
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Sessão de Terapia
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Chegamos ao meio da semana e à última sessão da advogada Paula. Depois das intensas despedidas de Carol e Otávio, o encontro de quarta-feira (20) teve um tom mais leve, que combinou com a mudança da personagem.
Quando passam uma vida inteira dizendo a uma pessoa o que ela deve ser, quanto tempo leva para aprender ouvir a própria voz?
Paula é uma personagem difícil em termos de empatia. Suas respostas quase sempre atravessadas erguem um muro entre ela e as pessoas com quem se relaciona e despertam extremos em quem assiste: ora você se compadece pelo seu conflito, ora tem raiva de sua insistência em discordar de praticamente tudo o que seu terapeuta propõe. Profissional bem-sucedida, seguiu os passos do pai, advogado, e aprendeu com ele a ser forte, a não dar vez ao seu lado feminino e a acostumar-se com as coisas amargas, simbolizadas pelo café, bebida que não aprecia, mas se obriga a incluir em sua rotina. O abandono sofrido contribuiu para que deixasse a Paula, mulher, de lado. Isto é, até se dar conta de que em breve não poderá mais ser mãe, uma questão com a qual nunca pensou que lidaria.
Em sua última sessão, a advogada chega bem diferente do habitual. Cabelo com novo corte e solto, vestido e salto, em um estilo distinto dos terninhos monocromáticos que usava. Durante visita do irmão e da sobrinha, ouve da criança que não está “com roupa”, que na sua visão infantil é vestido, ou saia, e roupas que caracterizam o gênero feminino. Theo a elogia e, realmente, Paula está muito bonita, embora não se sinta assim. “Esquisita” é palavra que usa para se definir. Com o fim do casamento e a briga com o pai, se vê diante de um vazio. Questiona sua escolha profissional pelo Direito, a relação com o pai que a privou de ter contato com a mãe doente, enfim, muitas dúvidas e aparentemente nenhuma resposta.
Paula decide passar duas semanas na França, onde mora uma amiga. O pai a condenou por querer sair de férias, a chamou de “mimada” e sentenciou que se quisesse ser sua sucessora não poderia se dar ao luxo de descansar. Era tudo o que precisava ouvir, pois ao pai não interessava o que – e se – ela queria. Com a descoberta sobre a morte da mãe, nada mais a prende e acredita que é assim que deseja viver. Por conhecer apenas a existência induzida, dedicada a obedecer o controle paterno rígido, Paula sequer sabe se tem alguma voz para ouvir. Theo dá um empurrãozinho e pergunta se ela pensou sobre a hipótese de adoção, sugerindo que a maternidade pode ser seu novo projeto. Paula resiste, coloca a viagem que fará e as incertezas de sua vida como empecilho até que o terapeuta pronuncia palavras com mais poderes mágicos que a varinha do Harry Potter:
Você vai ser um excelente mãe.
As lágrimas de Paula descem de encontro ao seu sorriso.O semblante austero começa a suavizar e uma serenidade inimaginável há algumas semanas transborda pelos seus olhos. O que Theo fez foi muito simples e engenhoso. Sua fala apenas retransmitiu a voz antes abafada de Paula. Ela está feliz. Não tem respostas ainda, mas um monte de possibilidades. O psicólogo a indica para um grupo de apoio de mulheres que querem ter filhos sozinhas, por adoção ou inseminação artificial. O papel com as informações fica em cima da mesinha de centro por um tempo, antes de Paula pegá-lo com certa hesitação.
Você acha mesmo que vou ser uma boa mãe? Eu vou ser uma boa mãe.
A escolha pela liberdade de tomar suas próprias decisões estava tomada. Ainda bem que Theo usou a experiência que teve com o pai para aconselhá-la a perdoar e passar para o filho, ou filha, aquilo que a figura paterna lhe passou de bom.
Theo e Paula se despedem. O terapeuta volta para o consultório e segue em direção à ampulheta que chamou atenção de outra paciente sua, Carol. A sensação ao fim do episódio é libertadora. Quando Theo vira a ampulheta, a parte de cima volta a se encher de areia e o que era fim se torna recomeço.
Adriana Lessa merece muito mais do que um parágrafo, mas torço para que a vida lhe retorne em dobro o que nos ofereceu com seu trabalho. Quem para muitos era uma atriz e apresentadora conhecida, hoje subiu alguns degraus de sua carreira. Se jogou nos braços de um texto incrível e à impecável direção de atores de Selton Mello. O mais incrível foi o que Adriana fez sem texto. Só com os olhos, a postura defensiva ou retraída do corpo. Muitas vezes disse mais no silêncio. Olha, difícil escrever uma resenha de Sessão de Terapia sem abusar dos adjetivos, viu?
Obrigada Paula, e Adriana Lessa, por mostrarem que arriscar pode valer a pena. Ah, e para aliviar um pouco a carga dramática das despedidas, um presente da equipe de Sessão de Terapia, os erros de gravação da segunda temporada.
Quinta-feira (21) foi a vez do Daniel. Lágrimas, peguem suas senhas, porque vem muita emoção por aí ainda.
Vocês gostaram do desfecho da história da Paula?
Já com aperto no coração… até amanhã.
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