Sessão de Terapia – Daniel 7


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Este fim de semana é a última chance para ver, pela TV, a série Sessão de Terapia. Neste sábado (23), e também no domingo (24), às 21:30 e 18:45, respectivamente, o canal GNT exibirá a maratona com a conclusão das cinco histórias que acompanhamos durante sete semanas, mas que pareceram mais, devido à nosso envolvimento com as histórias ali narradas sob o ponto de vista de quem as vivencia. Se você ainda não sabe se as questões de Daniel (Derick Lecouflé) foram resolvidas, e quer ver com seus próprios olhinhos, passe aqui depois para deixar sua opinião. Se você não acompanha a série mas não dispensa uma reflexão, temos material de sobra para explorar. Vem com a gente!

sessão de terapia - semana 7 - dani anjo - TS

Daniel é um anjo. Um anjo no meio de uma guerra. E se resumíssemos seu estado emocional de quinta-feira (21) em uma palavra,escolheríamos “raiva” para defini-lo.

O menino de dez anos que há sete semanas compartilha com Theo as dificuldades de viver a separação nada amistosa dos pais está em uma fase comum àqueles que experimentam uma perda. No caso de Dani, a vida como ele conhecia acabou. A fase de transição entre a negação e a aceitação é difícil demais para qualquer um suportar, imagine para uma criança. O importante é que, mesmo irritado e impaciente, o que alguns distraídos atribuiriam a um comportamento típico da idade, ele nunca deixa de responder às perguntas de seu terapeuta.

A sessão começa com Theo lhe interrogando se tem ido à escola. Após responder com outro questionamento (Tem opção?) ele diz que o colega que implicava com ele o deixou em paz após uma reação inesperada sua. Ao tentar pegar sua mochila Eric recebe um soco, e chora, se sentindo envergonhado. Ele agora sabe como é estar do outro lado da humilhação. O psicólogo, então, tenta fazer com que seu paciente veja o que há de bom em sua vida, e o que ouve é: “Meus pais não gostam de mim”.

sessão de terapia - semana 7 - ana-joão - TS

Dani acha que ele é o motivo das brigas entre João (André Frateschi) e Ana (Mariana Lima). Sua mãe, em busca de uma mudança e uma chance de reencontrar um sentido para sua vida, aceita uma promoção que a levará a mudar-se para outro estado, atitude que seu filho considera egoísmo. Ele não foi perguntado se gostaria de ir e parou de falar com Ana.

Neste momento Daniel – e nós, espectadores – ouvy uma perspectiva para lá de intrigante de Theo. A raiva é boa. O personagem de Zécarlos Machado diz que prefere vê-lo com raiva do que com culpa. Isso significa que a raiva faz um movimento para fora, é direcionada, enquanto a culpa faz o caminho oposto e, internalizada, se volta contra quem a sente. O psicólogo propõe que o garoto expresse sua raiva para os pais, para que eles saibam como se sente. Realmente, dizer é muito mais eficaz do que enviar sinais na esperança de que sejam interpretados. Incrédulo que de adiantará alguma coisa, ele cede, depois que Theo usa o convincente argumento de que “se não resolver, pelo menos você tentou”.

Ana e João se unem ao filho. A princípio, Daniel prefere apenas ouvir o que os pais têm a dizer. Quando a mãe pergunta se está tudo bem, entretanto, o menino não espera para chegar ao ponto. Não quer ir para outro estado e ninguém deseja saber o que ele quer. A briga, tão frequente a cada vez que o ex-casal se encontra, recomeça. Como que por reflexo, Dani sai da sala, para retornar pouco depois com uma cadeira, onde se posiciona para o que está por vir. Ana hesita, argumenta que os adultos precisam conversar e ouve a madura e segura resposta do filho, de que está preparado. “É só fingir que não estou aqui”, conclui. A triste verdade é que eles fazem exatamente isso quando brigam na sua frente.

Ana parece bastante decidida em partir levando o filho e deixar a “farra” do fim de semana para João.  Daniel  insiste em ficar com o pai e prosseguir sem mais uma mudança brusca em sua vida, mas ela resiste. O pai diz que o trabalho novo em uma nova cidade talvez a impeça de ter tempo de se dedicar ao filho como gostaria. Theo intervém querendo saber se por trás da decisão de Ana há outro motivo que justifique o desejo de ir para longe. E após sentir-se atacada, reflete sobre o quão difícil é ver o ex-marido com outra pessoa e o filho contra ela. Para Ana, Dani escolheu o pai ao “conquistar seu amor” durante o processo de separação. A equação que se forma é ciúme-mais-oferta profissional irrecusável-igual a-oportunidade.

Vencida pelo bom senso, Ana concorda em ver o filho aos fins de semana e deixá-lo sob os cuidados do pai. Com a ajuda de seu terapeuta entende que o que está fazendo não é abandono e sim uma decisão de fazer o que é melhor para o filho. Finalmente a cena que nunca imaginávamos ser possível se apresenta. E com uma fala sensacional de Dani, que representa muito bem seu bom humor nato: “Se nada disso der certo, eu posso ir morar com o Theo”. Como não amar este pequeno?

sessão de terapia - semana 7 - familia - final - TS

Na terça-feira (19), ao homenagear Cláudio Cavalcanti por sua dedicação e entrega ao personagem como se fosse um menino, intencionalmente, ou não, Selton Mello fez referência, também ao pequeno grande ator Derick Lecouflé.  Veja que lindo o agradecimento do diretor na página da série no Facebook. Não é à toa que “anjo” é uma palavra recorrente quando se fala de Derick ou de Dani. Aliás, ele, ao lado de Otávio, foram meus personagens favoritos. Talvez porque quase todo mundo já foi uma criança que, em algum momento, se sentiu invisível para alguém.

Como bem disse o diretor, Mariana Lima e André Frateschi também representaram lindamente seus personagens Ana e João. Na primeira temporada como um casal tentando salvar o relacionamento destruído e nesta levando o filho para resolver as questões que eles mesmos não sabiam como lidar. Foi comovente (e muitas vezes irritante, o que demonstra o quão entrosados os atores estavam) vê-los brigando, colocando as mágoas acima da razão como qualquer ser humano machucado costuma fazer.

Sexta-feira (22) o terapeuta trocou de lado e teve sua última sessão com Dora. Te espero amanhã para mais um sessão de terapia, assim, em minúsculo mesmo, porque além de entreter, o sofá de Theo abriga um pouquinho da gente também.

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