Revolution – Kashmir

Data/Hora 21/11/2012, 15:52. Autor
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Revolution surpreendeu com Kashmir. O episódio teve um ritmo lento, mas constante, focou nos medos dos personagens e tirou momentos ótimos de Miles, Charlie, Nora e Aaron. Foi o episódio que desceu mais redondo desde a estreia de Revolution, com os personagens se mostrando mais ligados emocionalmente e isso faz com que a audiência se ligue neles também. As melhores cenas foram as que mostraram as alucinações de Charlie, Nora e Miles. O momento “Pânico no Lago” de Nora chegou a ser engraçado, foi lindo ver o reencontro de Charlie com o pai Ben e muito louco assistir a conversa de Monroe e Miles.

Entre os mistérios mais instigantes da série até agora estão os fatos que explicam o desligamento de Miles com a milícia. Aos poucos o assunto vai sendo abordado na série, Miles cresceu junto com Monroe e os dois se tornaram melhores amigos. Esse fator faz com que Miles tenha medo de fraquejar na frente do amigo, como fez na primeira vez que tentou, mas não teve coragem de assassiná-lo. Monroe se tornou uma pessoa tão perigosa que Miles tentou impedi-lo de continuar comandando a milícia e provocando matanças desnecessárias. Como não conseguiu matar o amigo, ele debandou.

Depois dessas revelações Miles parece mais um covarde do que o valentão que estamos acostumados a ver. O maior medo dele é qual seria sua reação se novamente enfrentasse Monroe. Essa dúvida foi o que fez Miles questionar Charlie sobre essa confiança que a sobrinha tem nele. Talvez tendo agora uma família mais próxima Miles consiga ser o homem que não conseguiu ser anteriormente. O general da milícia aposentado já demonstrou que se apegou muito a Charlie, e esse amor pode fazer toda a diferença para o futuro do grupo e até para o futuro dos Estados Unidos, se um dia o país voltar a existir em Revolution.

Entre as mudanças que podemos ver nos personagens está a união que o grupo vem demonstrando nos últimos episódios, e que se evidenciou em Kashmir. A cena em que Charlie pisa em uma bomba (tinha que ser a Charlie), foi uma situação banal em filmes de ação, mas funciona. Nora fica pra tentar desarmar a armadilha, mas Miles e Aaron também não abandonam Charlie. Outra cena emocionante foi Miles tentando acordar Charlie do seu sonho em que ela encontrava com o pai. Ficou linda a edição de Ben falando para Charlie descansar e fechar os olhos e Miles chamando Charlie para abrir os olhos e acordar.

Kashmir teve outros momentos cruciais muito marcantes e a união desses pontos construiu um episódio bem sólido. A trajetória no túnel foi ótima, as alucinações, o soldado da milícia infiltrado entre os rebeldes e a moça do arco e flecha, a Ashley, foram muitos interessantes, pena que essa última personagem morreu precocemente. A cena em que Charlie acerta o impostor e salva Miles, mas acaba atingida por um tiro e cai adormecida, também foi boa, quase esqueci que a personagem chorou em todos os episódios até agora. Já a alucinação de Aaron foi a mais chata, até comecei a entender porque ele abandonou a mulher.

Apesar das alucinações de Miles e de seus questionamentos sobre si mesmo não acredito que ele vá sucumbir ao lado negro da força. Sendo um dos nossos heróis Miles mudou muito durante sua jornada em Revolution e a principal mudança se deve aos laços que ele construiu com sua família e novos amigos.

Já Rachel merece destaque especial nesse episódio. A personagem explicou melhor como funciona o pingente, mas ainda restam dúvidas. Já sabemos que o pingente consegue ligar coisas pequenas em um raio de três metros, mas não entendi porque aquela vez Maggie e Aaron conseguiram isso por apenas alguns segundos. Já sabemos como os pingentes ligam, mas ainda resta a dúvida de como os pingentes conseguiram desligar toda a energia dos Estados Unidos e/ou do mundo.

Rachel também se mostrou muito forte, ela estava construindo uma bomba bem na cara do Monroe e ele não percebeu. Quando foi descoberta Rachel teve que matar um de seus amigos cientistas para continuar com chances de sobreviver e isso foi muito sangue frio e obstinação. Monroe tem sorte de ter o major Neville a seu lado, mas Rachel, Miles e Nora tem bem mais inteligência e tem a força da união entre eles e Charlie e Aaron. Pode vir uma batalha boa por aí.

Miles e companhia devem chegar na sede da milícia Monroe na Filadélfia no próximo episódio e Kashmir conseguiu fazer a ponte e deixar muitas curiosidades para próxima semana. O episódio de número dez, intitulado Nobody’s Fault But Mine, vai ser o último antes de Revolution entrar em um mega hiato de quatro meses na televisão americana e deve retornar somente no dia 25 de março. Para segurar a audiência até a sua volta a série deve investir pesado no episódio e as circunstâncias são favoráveis. A NBC já divulgou um cartaz prometendo o começo de uma batalha pela energia.

Todo mundo preparado? Não né, mas como disse Miles, “what a hell” – que se dane!

PS: Kashmir é o nome de uma música do Led Zeppelin, do álbum Physical Graffiti, e é considerada uma das músicas mais bem sucedidas da banda e uma das favoritas dos músicos do grupo. Kashmir também é o nome de uma região conflituosa, que teve seu território disputado por China, Índia e Paquistão e atualmente ainda possui áreas problemáticas governadas pelos três países. Robert Plant escreveu a letra da música em 1973 quando se encontrava no deserto do Saara no Marrocos.

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  1. Ubirajara Júnior Do Carmo - 21/11/2012

    Eu não acho que a Rachel tava construindo uma bomba não. Pra mim o velho falou que era uma bomba porque fazia parte do plano do outro lá junto com esposa evil de destronar o Monroe. Mas a Rachel foi mais badass e deu um jeito de continuar sendo necessária.

  2. Aline Ben - 21/11/2012

    Pode ser também, cheguei a considerar a possibilidade, mas acabei apostando na bomba. Bem, veremos… 🙂

  3. biancavani - 21/11/2012

    Legal o extra: saber dessas sutilezas envolvendo o título Kashimir enriqueceu a minha leitura do episódio.

    Eu prefiro o gesto heroico de se sacrificar pelos outros, e Rachel sacrificou o colega para continuar entre nós, contudo valeu pelo ineditismo de uma personagem central, que tudo indica que seja do bem, ter essa atitude. Tudo que surpreende, que vai contra os cânones, dá uma balançada nas nossas certezas, abre novas perspectivas, muda os padrões.

  4. Aline Ben - 21/11/2012

    Rachel badass… hehehe.

  5. Alex Sandro Alves - 21/11/2012

    Sinceramente? Este foi o pior episódio até agora. Chato, sonolento. Nada a ver essas alucinações que permearam o capítulo. E realmente, se o pingente tem o “poder” de ligar coisas pequenas num raio de 3 metros, a cena citada entre Aaron e Maggie não passou de um grande furo de roteiro.

  6. Aline Ben - 21/11/2012

    Pois é Alex, normalmente eu não gosto de episódios assim, por isso que Kashmir me surpreendeu. Até comecei a achar que ando muito emotiva por ter gostado desse episódio…hehehe, mas pior que me pegou mesmo e curti as alucinações, me lembrou de Lost. 😉

  7. Alex Sandro Alves - 23/11/2012

    De repente você está mesmo muito emotiva, porque Kashmir não me emocionou nenhum pouco, pelo contrário, deu sono…rs! Mas é assim mesmo, faz parte o que agrada um desagradar a outro, é normal… O que me faz lembrar de Lost são os flashbacks com o passado dos personagens…

  8. Aline Ben - 24/11/2012

    Verdade, os flashbacks são muito Lost. 🙂

  9. Revolution – Nobody’s Fault But Mine - 30/11/2012

    […] da primeira temporada. As melhores notas nas reviews do TeleSéries foram dadas para os episódios Kashmir (1×09), Soul Train (1×05) e The Plague Dogs (1×04).  Para encerrar o ano de 2012 e […]

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