TeleSéries
Review: True Blood – Sparks Fly Out
16/02/2009, 11:00. Davi Garcia
Reviews
True Blood
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Série: True Blood
Episódio: Sparks Fly Out
Temporada: 1ª
Número do Episódio: 5
Data de Exibição nos EUA: 5/10/2008
Data de Exibição no Brasil: 15/2/2009
Emissora no Brasil: HBO
“Você não pode ter medo de tudo que você não conhece neste mundo.” A curiosa frase dita pelo vampiro Bill Compton para Sookie logo no início, serviu tanto como um prólogo para a discussão que seria proposta ao longo do episódio sobre a origem do medo e do preconceito provocada pela falta de conhecimento, tanto como um recado indireto para todos (e obviamente me incluo no grupo) que duvidaram precocemente do potencial da série para explorar temas riquíssimos de forma inteligente e criativa. Ainda bem que não desisti de True Blood antes, já que se o fizesse fatalmente teria perdido a chance de curtir uma série onde a sutileza do tema explorado a transforma num programa imperdível. E ao dizer isso, com perdão do trocadilho que a série permite, posso afirmar que finalmente fui mordido.
É inegável que a série ainda dê umas ‘viajadas’ em certos momentos e a experiência extra-sensorial, digamos assim, de Jason com o “V” (a droga/sangue dos Vampiros) é um exemplo, mas The Sparks Fly Out, supera e muito qualquer exagero, expondo um estudo elaborado e inteiramente crível para aquele universo onde homens e vampiros dividem espaço. E nisso, o envolvimento ou interesse de Bill por Sookie, ganha novas camadas, pois ao conhecermos seu trágico passado e as circunstâncias que o tornaram um chupador de sangue, passamos a compreender que o que ele sempre buscou durante esses vários anos de solidão, foi uma chance de se reconectar com o que lhe foi tirado à força: o convívio com o mistério da falibilidade humana e toda sua complexidade.
Mas o que esse episódio realmente deixa mais evidente (pelo menos para mim), é a noção de que True Blood faz uma crítica contundente sobre a natureza do individualismo e da opressão frente o desconhecido. E nisso, creio que não seria nenhum exagero se fizessemos uma analogia entre a dificuldade da minoria (os vampiros) para serem aceitos no meio da maioria (os humanos) com o que acontece hoje no mundo cada vez mais suscetível a esteriotipar religiões ou povos como maus e a isolá-los ou demonizá-los como a série mostra com os vampiros. E sim, há nessa minoria da série alguns que apelam para a maldade para fugir da opressão da mesma forma que árabes radicais por exemplo fazem uso de atentados para tentar calar a influência do poder ocidental. E se a série consegue levantar discussões desse tipo, isso para mim é um sinal claro de que há uma obra que tem muito mais a dizer do que parece.
True Blood definitivamente não é uma série fácil, onde tudo vem mastigado, e admito (de novo) que há de se ter um pouco de paciência no início onde tudo soa obscuro demais e aparentemente sem propósito. Porém, àqueles que persistem, asseguro que a recompensa é boa, afinal, não é todo dia que podemos ver uma série diferente e que ainda consegue criar uma ambientação atraente, misteriosa e que sempre instiga. E se o final desse episódio não te deixar curioso para saber o que vem pela frente, dificilmente algo mais o fará. Allan Ball acertou de novo e bem feito para mim por ter duvidado.
Texto publicado originalmente no weblog Dude News.
Nota do Editor: As reviews de True Blood serão feitas em sistema de rodízio por diversos blogueiros convidados.
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Excelente Review. True Blood merece. Acho a série ótima, a melhor estréia do ano passado. E, sim, ela tem mais a mostrar do que muitos pensam. Se for pra fazer uma análise profunda, que melhor forma de fazer isso, nao defendendo um grupo real de um preconceito real (como fazia a ótima Aliens in America, que acabou precocemente), e sim explorando uma minoria surrealista, mas que incute medo nos pensamentos humanos. E no final do episodio, tudo que eu queria era, realmente ver o proximo, e depois o proximo, e até agora que eu ja acabei a série, ainda quero ver o que vai acontecer. True Blood, acaba dando, com o perdao do trocadilho, mais sede ainda.
Até que enfim, um review que vai além do “ainda não entendi a série e onde vai chegar…” Parabéns!!
pois é… eu que tô acompanhando a série agora, fui influenciada por todo hype feito em torno dela em sites nacionais e internacionais e embarquei mesmo nesse hype, pq tô a-man-do true blood.
tudinho da série…independente iclusive da trama de mistério dos assasinatos ocorridos, me divirto, sobretudo, com a convivência em bon temps, vampiros incluídos.
então nem tô sacando qual é desses reviwes daqui que uma após outro ficam tentando justificar a série, ou falando que não tinha sido ainda contagiados, que a série não tinha engrenado ainda até esse último episódio.
eu gostei desde o episódio 1. simples assim. achei boa de assistir, gostei de sookie logo de cara e amei tara e lafayette que por sinal nesse ultimo episódio ARRASOU!
tem o sexo exacerbado, mas é parte da trama… tem a ver com a luxuria vampiresca, o uso do V e etc… então tá tudo no contexto!
O que eu mais gostei no episódio foi quando o Sam disse para a Sookie:
“Os vampiros se viram contra nós”
E a Sookie rebateu:
“E os humanos não?”
Foi ótimo!
Estou cada vez gostando mais desta série.A maneira como eles abordam o mito do vampirismo é muito acima da média.
Concordo em gênero,nº e grau!
Comigo aconteceu a msm coisa, assisti aos primeiros epis e não me empolguei nem um pouco, mas perseverei e nesse episódio comecei a me interessar pela série.
Tbm acho que a série peca em alguns pontos, aproveitando sua citação sobre V, acho as cenas que mostram a sensação causada por ele desnecessárias e chatas. Mas de um modo geral a série é excelente, mostrando os “vampiros” como nunca foi feito.
pois eh, concordo com tudo dito e acrescento mais, toda serie e filme que fala de algo que nao eh real tem que perder um momento explicando mais ou menos o mundo da epoca, ou seja, os primeiros episodios foi para nos ambientar, o que acontece no mundo com a aparição de vampiros, por isso ser um pouco monotono, mas sempre achei bom.
acrescentando um paradoxo a guerra criada pelo seriado de minoria x maioria, temos a Tara, negra, minoria, lutando pelos seus direitos, mas não aceita uma outra minoria. ela deveria ser a primeira a entender, no entanto, é a primeira a criticar.
Um adendo: acho que o Sam eh o cachorro!!!!!!
Parabéns pelo review! Esta série é realmente ótima e não traz tudo mastigado. Temos que usar a cabeça e às vezes isto é difícil. Eu amei cada episódio e tenho certeza que daqui para a frente a qualidade só vai aumentar.