Review: Torchwood – Random Shoes

Data/Hora 02/11/2007, 18:04. Autor
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Cena de Random Shoes
Série: Torchwood
Episódio: Sapatos Aleatórios (Random Shoes)
Temporada:
Número do episódio: 9
Data de exibição na Inglaterra: 10/12/2006
Data de exibição no Brasil: 30/10/2007
Emissora no Brasil: People+Arts

Random Shoes é um episódio que acrescenta absolutamente nada à série. Leve e despretensioso, exigiu todo o meu auto-domínio para permanecer acordada das 4 às 5h da madrugada para assistí-lo.

Fugindo ao estilo normal da série, esse episódio é narrado por Eugene Jones, um rapaz obcecado com alienígenas e que vivia seguindo Torchwood e Gwen para todos os lugares possíveis. A história começa quando Torchwood vai até o local de um acidente de carro e vê o corpo já sem vida de Eugene. Desde o princípio os membros do grupo decidem que a morte do rapaz não é um caso para eles, mas Gwen se solidariza com a vítima e investiga por sua própria conta. Um detalhe que lhe chama a atenção são as fotos de calçados aparentemente tiradas de forma aleatória no celular de Eugene.

A medida que Gwen refaz os últimos passos do rapaz, visitando sua casa, seu trabalho e a lanchonete onde ele comeu a última refeição, o próprio Eugene vai se recordando dos acontecimentos que o levaram a atravessar correndo a estrada e ser vítima do acidente que tirou sua vida.

Desde criança Eugene era obcecado com alienígenas. Tudo começou quando perdeu um concurso de matemática e ganhou do professor um “olho” que supostamente veio do espaço, como prêmio de consolação. No mesmo dia a família foi abandonada por seu pai e intimamente o garoto acreditou que foi por sua causa que o pai os deixou.

Precisando se apegar em algo, Eugene passou a acreditar que o alienígena dono do olho viria um dia buscá-lo e foi em função dessa crença que o rapaz passou a vida.

Entretanto, quando descobriu que o pai na verdade morava na mesma cidade que a família e trabalhava em um posto de gasolina (talvez em uma mecânica, não consegui identificar) ao invés de ter um bom emprego na América como a mãe sempre dizia, ele se desiludiu e percebeu que passou a vida toda procurando o inatingível, correndo atrás de um sonho. Decidiu então vender o “olho” no e-bay.

Inicialmente a venda foi um fracasso, mas após um tempo os lances começaram e finalmente o “olho” foi vendido por 15.005,50. Eugene foi até a lanchonete onde o comprador marcou para efetuar a troca e descobriu que tudo foi armação dos seus melhores amigos e um dos colegas tenta forçá-lo a entregar o “olho” por apenas 34,00. Sentindo-se traído, Eugene engole o artefato alienígena e sai correndo e é atropelado.

Gwen descobre tudo o que aconteceu, inclusive que os sapatos fotografados eram dos amigos quando estavam sentados na mesa da lanchonete.

Ela conversa com Gary, um dos amigos de Eugene, que confessa o que fizeram e diz que sente muito a falta do amigo. Em seguida Gwen comparece ao funeral do rapaz e consegue que o “olho” (que na verdade é o sexto olho de Dogon, um verdadeiro artefato extraterrestre) seja retirado de dentro dele antes de ser enterrado.

Cena de Random ShoesPor fim, quando Gwen e o restante do grupo está diante da casa de Eugene, observando seus familiares, ela atravessa descuidadamente a rua e quase é atropelada. Nesse momento, Eugene consegue materializar seu corpo e salva Gwen e todos conseguem enxergá-lo. Gwen dá um leve beijo no rapaz em agradecimento e após dizer suas últimas palavras, Eugene finalmente parte.

*****************

Eu nem sei o que comentar acerca desse episódio. Ele não é ruim, mas não é cheio de acontecimentos e revelações, nem mesmo sobre a personalidade dos personagens. Na verdade, a única que aparece um pouquinho mais é Gwen, pois todos os outros mal dão as caras. Não tenho muita certeza, mas acredito que esse episódio, à exemplo do que acontece com Doctor Who, é um daqueles onde propositalmente eles centram em um personagem aleatório para possibilitar aos atores filmarem os episódios finais, que geralmente são bem mais intensos e exigem muito mais a presença de cada um.

Seja como for, em termos de desenvolvimento da história, Random Shoes é descartável, mas não deixa de ser interessante como entretenimento. Eugene é simpático e o episódio é leve e distrai. E só.

As únicas duas coisas que valem a pena comentar (ou que eu lembro no momento, pelo menos) é o pai de Eugene cantando Danny Boy no funeral (amo essa música) e o rapaz finalmente entrando na base de Torchwood, onde presta especial atenção à mão que é guardada dentro da jarra. Fora isso, nada muito especial a ser dito.

E no próximo episódio inicial os acontecimentos que culminarão no último episódio da temporada. Somente mais quatro pela frente.

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  1. João da Silva - 02/11/2007

    Este episódio é similar ao episódio Love & Monsters da segunda temporada da série atual de Doctor Who. É um episódio diferente, mas não é ruim.

  2. Luciano Cavalcante - 02/11/2007

    Gostei muito desse episódio e, se ele tem alguma importancia na série, está no fato de colocar, mais uma vez, Gwen como ainda a mais humana daquela equipe.

  3. Mica - 02/11/2007

    Exatamente! Não é um episódio ruim. É até gostoso de assistir (mas não muito às 4h da manhã), mas não traz nenhum grande acréscimo à série. E…apesar de demonstrar a empatia que a Gwen tem com as pessoas, acredito que o motivo principal dela ter ido a fundo na morte do Eugene e os outros não, é porque ela é uma policial, foi treinada para isso, tem a coisa no sangue. Já os outros não entraram no ramo para investigar humanos, mas para coletar objetos alienígenas ou destruir a ameaça. O ‘homem’ em si não é o que importa para Torchwood.

    O próximo episódio é bom…o outro eu não gosto, e o penúltimo é o meu preferido.

  4. Will - 02/11/2007

    Eu gostei do tema “MORTE” o que falar sobre ela???!!! a cena final é um pouco assustadora…não foi 10 mas nota 8,5.
    Valeu!!!

  5. ~vivi - 02/11/2007

    Confesso que quando o episódio terminou eu pensei “pra que mesmo eu assisto Torchwood? @@”
    Foi tudo divertido e bem até a parte em que ele a salva e “volta à vida” ou “forma” ou whatever. E depois subindo com aquela luz branca… Sério, roteiristas usam drogas uma vez ou outra.
    E apesar de achar a Gwen as vezes um tanto irritante e fácil (até no Eugene-fantasminha-camarada ela tascou um beijo), acho que se ela não existisse, a série não seria tão interessante, pois uma parte é devido a ela.
    E eu odeio quando o Jack não aparece. =D

  6. Olga Nogueira - 02/11/2007

    Mas no fim, o interesse dela em investigar a morte do rapaz possibilitou resgatar um artefato alienígena, o sexto olho de Dogon. Não faço idéia de quem seja Dogon e nada sei sobre seus muitos olhos mas relacionei o estar com o olho e ser atropelado. Eugene havia engolido o olho quando foi atropelado e Gwen após recuperar o olho quase foi também e teria sido mesmo, se Eugene não se tivesse materializado e impedido.

  7. Olive - 03/11/2007

    Eu adorei este episódio! Vi todas as reprises! Primeiro porque pude rever o ator Paul Chequer, que fez uma série que eu gostava muito: “As If”. Ele é super carismático! Segundo, porque ao contrário de vocês, não achei o episódio bobo, nem banal, mas muito profundo. O roteiro foi ótimo. E a cena do funeral com o pai cantando Danny Boy para o filho morto? E o pai se reconciliando com o filho caçula? Foi emocionante!
    Para mim foi o melhor episódio de Torchwood até agora!

  8. Joe - 03/11/2007

    Torchwood está no fracasso!

    É mesmo chato!!!

  9. Darth Cesar - 03/11/2007

    Estava zapeando quando decidi assistir e não me arrependi, não é uma maravilha mas foi bom, esses episodios centrados em um unico personagem quase toda a serie tem, me lembra o Todas as coisas de Arquivo X, o tema morte explorado numa serie scifi é diferente e também gostei da trilha sonora ajudando no clima bem íntimo entre a Gwen e o falecido.

  10. Mica - 03/11/2007

    Sinceramente, o que eu mais gostei no episódio foi o Eugene refletindo sobre como havia gasto (gastado? Português zero…) sua vida atrás de sonhos. Quero dizer, tive a sensação de que esse foi o objetivo principal do episódio, levar o telespectador (nunca sei como chamar quem tá assistindo tv. É isso mesmo? Essa palavra me lembra tanto o Silvio Santos) a refletir sobre qual o rumo está dando à sua vida. Eu pelo menos me vi pensando e pensando, e pensando novamente a cada vez que assisti esse episódio.
    Agora, acho o ator que faz o Eugene uma graça. Ele tem a maior simpatia.

    E cá entre nós, minhas opiniões sobre os episódios que eu assisto têm a tendência a mudar a cada vez que eu assisto. Talvez pq eu esteja sentindo ou vivenciando algo diferente a cada reprise.
    Já disse inúmeras vezes que o episódio 11 é o que eu menos gosto…mas vai que depois que eu reassisti-lo novamente eu acabe gostando? Ou continue tão irritada com o Owen como sempre fiquei ao término, hehehe.

    Só acho engraçado que um episódio que para um é tolo, para outro é leve e fácil de digerir, para outro é ridículo, e para outro ainda é o melhor episódio da série.

  11. Sandra - 04/11/2007

    Foi legalzinho o episódio…mas senti muitíssimo a falta do Jack 🙁

  12. Cláudio Schön - 05/11/2007

    É impressão minha, ou há uma certa polêmica quanto a este episódio? Eu, sinceramente, gostei. Na verdade penso que assistir Torchwood (ou mesmo Dr. Who) como uma típica série de ficção científica é um erro. Estas séries procuram discutir a condição humana (o célebre “sentido da vida”, tão brilhantemente explorado por Monty Python) usando um enredo de ficção científica como desculpa. Neste sentido o episódio de Torchwood que menos gostei foi “Cyberwoman” enquanto que adorei este último, principalmente do jeito como Eugene foi crescendo de um simples nerd boboca para um ser transcedente, que acaba sendo um herói por salvar a vida de uma das personagens principais da série (que por sinal se coloca em risco por um ato complentamente boboca, a inversão irônica foi estupenda!). Espero que a série continue crescendo e explorando estes temas, que contribuem muito mais para o nosso próprio desenvolvimento que, por exemplo, os primeiros três episódios de Star Wars.

  13. Olga Nogueira - 05/11/2007

    Muito interessante o seu ponto de vista, Claudio! Vou prestar atenção no ângulo “sentido da vida” a partir de agora, além dos ângulos “ficção-científica” que eu tanto gosto e “desenvolvimento da personalidade” que a Mica sempre aborda. Está muito enriquecedor este debate!

  14. Mica - 05/11/2007

    That’s why I like Torchwood! A série tem vários angulos e sempre me leva a refletir sobre uma coisa ou outra. E é também por isso que eu gosto de ver o comentário do povo, pq alguém sempre captou algo que eu não captei e me faz refletir tudo de novo e assim vai.

    Uma coisa que achei legal numa resenha que li hoje é que o Eugene procurou um alienígena a vida toda, enquanto na verdade tudo o que ele queria era encontrar o pai. E quando tudo na sua vida fechou (o pai, a família, os amigos), ele finalizou salvando Gwen e tornando-se visível (não no sentido literal, mas deixou de ser alguém ignorado) para ela e todos aqueles que o rodeavam e por isso estava pronto para partir.
    Muito triste uma vida onde você não tem influência para ninguém…onde até mesmo seus colegas de trabalho não tomam conhecimento da sua existência.

  15. Regina - 06/11/2007

    Amo Torchwood. Neste episódio você vai assitindo meio sem entender onde os roteiristas querem chegar. Mas quer saber? O final deixou minha alma leve. Nada é óbvio ou corriqueiro. Aquele algo mais está sempre lá. E a interpretação do episódio postada pelo MIca (14) é simplesmente genial.

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