TeleSéries
Review: Torchwood – Out of Time
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Série: Torchwood
Episódio: Fora do Tempo (Out of Time)
Temporada: 1ª
Número do episódio: 10
Data de exibição na Inglaterra: 17/12/2006
Data de exibição no Brasil: 6/11/2007
Emissora no Brasil: People+Arts
Out of Time veio para dar o rumo da reta final da temporada e, principalmente, mostrar a quantas anda o psicológico de cada um. O episódio inicia com Torchwood aguardando a chegada de um avião. Quando os tripulantes desembarcam, verifica-se que o avião partiu em 1953, passou pela fenda no tempo – cada vez mais instável – e acabou em Cardiff no ano de 2007.
Não creio que neste episódio seja necessário um resumo detalhado dos acontecimentos, então farei um pouco diferente dessa vez.
Completamente perdidos e fora do seu tempo, com os familiares e todos que amaram já há muito falecidos, os três viajantes do tempo foram ‘adotados’ cada um por um membro de Torchwood.
A que mais se adaptou aos dias atuais foi Emma Louise, talvez por ser tão jovem, com apenas 18 anos, e ainda ter uma vida inteira para construir. Sem os pais ou qualquer familiar em quem se apoiar, ficou inicialmente hospedada no mesmo local que John, mas a intolerância do homem mais velho acabou por fazê-la recorrer a Gwen em busca de ajuda.
A policial sentiu um carinho enorme pela garota (grande novidade!) e a levou para sua própria casa, onde a apresentou à Rhys e discorreu sobre relacionamentos, como a interação homem-mulher é vista nos dias de hoje e a forma como ela não deveria encarar o sexo como algo errado, mas procurar guardar sua primeira vez para alguém realmente especial.
Cá entre nós, a cara da Gwen quando Emma Louise pergunta se ela gostaria de ter se guardado para Rhys, e se o sexo com ele era melhor do que com todos os outros foi impagável. Pobre Rhys…
Infelizmente Gwen mentiu à Rhys (desnecessariamente, diga-se de passagem) para hospedar Emma no apartamento dos dois, e o namorado acabou descobrindo (e ficou chocado com a facilidade com que a companheira conseguia mentir para ele), o que levou Emma a desejar buscar seu próprio lugar ao sol. A jovem fez uma entrevista de emprego, passou e foi chamada para trabalhar em Londres, realizando um sonho. Gwen não se animou muito com a idéia (parecia uma mãe perdendo a filha para o mundo), mas compreendeu que era preciso deixar a garota viver e ter suas próprias experiências, porque esta seria a vida dela daqui para frente.
Quanto a piloto Diane Holmes, desde o início ela teve uma forte química com Owen. Pela primeira vez (ok, segunda, dou um desconto à Lizzie Lewis no episódio Ghost Machine) o médico de Torchwood deixou de lado seu egoísmo e se interessou de verdade por outro ser humano. Diane viveu em nossa época cerca de uma semana, cujos dias foram gastos quase exclusivamente com Owen. Jantar, noites românticas, tentativas frustradas de voar, tudo contribuiu para conectar o médico a piloto. Uma frase de Diane na última noite do casal foi extremamente importante para definir o relacionamento dos dois:
O problema do amor é que estamos sempre à sua mercê.
Owen estava obviamente envolvido a um ponto nunca visto antes, e muito provavelmente os seus sentimentos eram retribuídos pela piloto. Entretanto ela não era mulher de se prender e abdicar de sua essência por coisa alguma, nem mesmo o amor. E talvez, foi para salvar a si mesma que Diane insistiu em tentar a sorte, voltar ao seu avião e seguir em rumo ao mar, buscando pela fenda espaço/tempo. Seu destino infelizmente não é conhecido, mas não creio que conseguiu retornar, já que a história diz que os três passageiros do avião desapareceram em 1953. O que eu sei com certeza é que a experiência devastou Owen e provocou mudanças que ele não estava pronto para ter.
O último viajante inesperado foi John, um comerciante de meia idade com quem Jack se identificou prontamente. Um homem fora do seu tempo. Creio que Jack via em John um reflexo de si mesmo.
John foi o que lidou pior com toda a situação. Já homem feito, com vida estabilizada e um filho ainda pequeno, viu todo o seu mundo desmoronar quando veio para o futuro. Quanto mais vivemos, mais intolerantes nos tornamos às mudanças, e o mundo sofreu transformações drásticas nos últimos 54 anos. Como se não bastasse, John acabou presenciando o fim do seu legado, o que o abalou tremendamente. A esposa está morta, o filho único, agora já com 70 anos, nunca teve filhos e hoje sofre de Alzheimer, sendo incapaz de reconhecer o próprio pai. Todo o peso da nova vida pela qual John jamais pediu foi demais para ele, e por fim o comerciante furta o carro de Ianto e tenta matar-se com gás. Jack consegue chegar a tempo e o impede, mas os sentimentos do outro homem mexem com o capitão mais do que qualquer outro personagem até agora.
A angústia da solidão, o abandono e o desespero por estar preso em um tempo que não é o seu são sentimentos compartilhados pelos dois.
Nasci no futuro, vivi no seu passado.
Embora John não tenha compreendido as palavras de Jack, foi a primeira vez que o capitão contou para alguém um detalhe tão importante sobre si. E talvez por saber que o outro compreendia o que ele passava é que Jack aceitou o argumento de John de que ele não queria viver nessa época. Assim como John, Jack está preso aqui, mas enquanto Jack acha que não tem uma escolha além de continuar vivendo dia após dia, John sabe que tem, e escolhe encerrar uma vida que nunca deveria ser aquela.
Eu acho chocante, mas linda a cena de Jack ao lado de John no carro, segurando a mão do comerciante enquanto este encerrava ali uma vida que escolheu não viver.
E este foi Out of Time, um episódio cheio de reflexões sobre quem são os personagens e como reagirão na tempestade que virá.
***********
Desta vez eu expus boa parte da minha visão do episódio no próprio resumo, mas há algumas poucas coisinhas que não cabiam no contexto, então…
Bananas!!! E lá foram os três correndo ver as bananas e deixaram o pobre Ianto falando sozinho. Eu gostaria de saber quem na produção de Doctor Who/Torchwood adora bananas, pois a bendita fruta (minha preferida, diga-se de passagem) aparece volta e meia nos episódios.
O susto que Diane leva ao ver o aviso de “Smoke Kill” na carteira de cigarro. Naquela época o povo não sabia, mas hoje sabe. Não há desculpa para alguém começar a fumar.
E Diane perguntando sobre os cosméticos no banheiro de Owen? Homem também precisa de hidratante! Concordo plenamente com Owen.
Já li várias teorias e explicações sobre a forma como Owen se apaixonou por Diane e o porquê. Algumas delas fizeram muito sentido para mim na época. O problema é que eu tenho uma memória de peixe e não lembro de qualquer coisa que li. Mas o que importa mesmo é que independente das teorias mil, eu não gosto do jeito que Owen se expôs. Não consigo ver como amor verdadeiro, mas como uma solidão profunda que ele tentava preencher. E Owen é obsessivo o que nunca é boa coisa para quem pensa estar apaixonado.
E já que mencionei o médico e a piloto, o People & Arts aprontou de novo e cortou a cena dos dois ‘fazendo amor’. Tudo bem que dessa vez nem fez falta, já que tudo o que importava estava ali, mas que cortaram, cortaram! E a menos que eu esteja enganada (posso estar, já que faz tempo que assisti esse episódio pela primeira vez, por isso se alguém puder confirmar please), eles também omitiram uma conversa onde Diane dizia ter sido amante de um homem comprometido.
Nunca irei perdoar o People & Arts por colocar Torchwood às 21h. Estava assistindo The Tudors no domingo (às 23h) e lá passou tranqüilamente o beijo homossexual dos personagens, para não dizer todas as cenas de sexo. E o Universal também mostrou sem problema algum Kevin beijando Scotty em plena tarde! E aqui eles cortam singelos beijos, cenas de sexo que nem são tão cabeludas assim… Juro que não entendo o P&A.
Mudando de assunto, eu sei que já comentei sobre a Gwen, mas não me conformo por ela ter sentido necessidade de mentir ao Rhys. Ele teve toda razão por ter ficado chateado. Tudo bem que ela não poderia dizer que Emma Louise era de 1953, mas uma meia-verdade não faria mal a ninguém. Não poderia simplesmente dizer que a garota perdeu os pais e está sozinha e desamparada? Não creio que Rhys teria se importado.
E o Rhys chama Emma de Pollyana. Alguém já leu o livro? Acho que foi um dos livros mais importantes da minha adolescência. Tentei inúmeras vezes por em prática o jogo do contente, mas nunca fui diligente o bastante (sem mencionar quando eu acabava fazendo exatamente o contrário, ai de mim!).
Quanto a John, ele parecia ser o tipo de pessoa controladora. Definitivamente perder o controle sobre a própria vida é o que acabou com ele. Talvez por isso Jack permitisse que ele tivesse a chance de tomar o próprio destino uma vez mais em suas mãos.
E a participação de Toshiko foi ínfima, mas gostei dela conversando com Jack na base. Deu uma certa proximidade entre os dois.
O próximo episódio foi o que eu menos gostei. Mas como assisti uma única vez, sabe Deus. Talvez reassistindo eu tenha uma visão toda nova da problemática e venha aqui dizendo que o episódio é magnífico.
Três semanas. Não acredito que é só o que falta para terminar.
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Oi Mica
Tenho um primo na Inglaterra, e parece que esse fascínio pelas bananas é uma coisa comum lá.Deve ser como churrascaria para japonês.
E se Torchwood podia falsificar os documentos de todos para integrá-los ao presente, não podia falsificar uma licença de piloto?
Quando você escreveu dos viajantes abandonando o Ianto pra ver as bananas eu inconscientemente li “Eu gostaria de saber quem na produção de Doctor Who/Torchwood odeia o Ianto.” huauhauha eu estou louca ou tenho a impressão de que ele sempre é cortado? Só o Jack dá atenção pra ele.
Eu sempre me perguntava o que é que o Owen tem pra pegar tanta mulher. Mas nesse epi eu descobri, ele realmente sabe como dar o bote. E quase não o reconheci todo apaixonado pela Diane.
Agora a Gwen. Eu morro de pena do Rhys! Quase cuspi de rir quando ela praticamente deixou óbvio o sexo ruim com ele… huahuauha
Vou ter que baixar os episódios do Torch por causa dessa censura. =/
Hehe, eu achei hilário a cara da Gwen quando a Emma perguntou sobre o sexo. A Gwen já havia mencionado o assunto com o Owen antes (ou será que eu li numa fanfic?), mas esse momento especial do episódio foi tudo de bom.
Quanto ao Owen, ele é feio que dói, mas adoro a personalidade dele.
E eu também sempre me pergunto pq o Ianto sempre é deixado de lado. Aliás, a Toshiko também, mas o Ianto muito mais (o engraçado é que o povo em geral o adora, então não sei pq ele aparece tão pouco…ou talvez seja por isso que o povo gosta dele, dá para especular bastante, hehe). Eu li um reviw sobre Random Shoes que eu morri de rir, onde a garota tirava um screencap de uma cena dele e acrescentava a legenda de que finalmente ele apareceu sem estar servindo chá/café.
E…Luiz, o tempo todo eu fiquei me perguntando pq raios o Owen não falsificou um brevê ou pelo menos usou de artimanhas escusas para conseguir um vôo para ela. Acho que ele estava bestificado demais pelo amor…
Só para saber…meu comentário apareceu? (se não apareceu eu dou um tiro na droga do computador)
Gwen se identifica com todo mundo menos com o Rhys. O que ela fica fazendo se mantendo junto com ele? Se nem sexualmente ela o quer! Vive se envolvendo com outras pessoas, beija meio mundo, sente atração por outro meio mundo então não dá para entender por que continua com ele!
Esse episódio temporal foi muito bom!Adoro essas questões que mexem com o tempo. Achei incrível ser um futuro meio “logo ali” a ponto do pai poder ver o filho senil, num asilo. Achei isso muito mais impressionante do que quando as pessoas se vêem em futuros muito longinquos.
Mas sabe Mica, quando vc fala que não gostou do próximo episódio, isso cria em mim um certo pé atrás, uma certa relutância, porque eu ainda não vi nenhum.
E amanhã tem Babylon 5 na Warner às 15hs!!!!!!!
Eu imaginei que não deveria dizer que não goste do próximo episódio antes do povo assistir, mas eu precisava, hehehe. E vai que no final vc adora! É engraçado, pq o mesmo tema explorada em outra oportunidade (em um filme) eu gostei. Sei lá, tenho que reassistir o negócio. Pelo menos o cara é bonito -_-.
É amanhã que começa Babylon 5? Ou já está passando? Eu estarei viajando para Curitiba para prestar concurso 🙁 (só espero passar, hehehe).
E a Gwen ama o Rhys, por isso continua com ele apesar dele ser ruim de cama. Acho que seu caso com o Owen foi pq ela se sentiu tão sobrecarregada que precisava dividir isso com alguém que entendesse o que ela vinha sentindo (não que o Owen entenda coisa alguma). E também porque ela precisava de selvageria, agressividade…acho que o Owen deu isso à ela, enquanto o Rhys é mais delicado, uma figura mais família.
De resto…ela é mais liberal, mais aberta a novas possibilidades (vai ver que é isso).
Acho que sou eu que não curto muito a Gwen. Sei lá… Mas acho que se o Jack – o lindo Jack – se apaixonasse por ela, Gwen largaria Rhys e pararia com todas as liberalidades de que é acometida. Acho que ela não se encontrou com ninguém que realmente valha a pena e por isso fica emocionalmente pipocante, se envolvendo com todos, tenha conotação sexual ou não.
Ai é que está o segredo desse negócio de se amar alguém” é passar por cima dessas coisas que nos dão a mesma cara que a Gwen fez quando pensou em Rhys na cama; sortudo/a de quem achou alguem assim.
Olá Mica,
Como sempre seu review é tão bom que complementa o próprio episódio. Só achei estranho você não comentar aquele discurso que o Owen faz na cama ao lado da Diane (obviamente após o sexo cortado do P&A) onde ao final ele se declara completamente horrorizado com o que estava acontecendo com ele. A resposta da Diane (“Eu também te amo”) foi de uma sutileza irônico/sarcástica, tão tipicamente britânica, sobre a natureza do amor que para mim valeu o episódio inteiro. Se alguém não sabe do que estou falando, recomendo visitar a página do Tv.com sobre o episódio. O diálogo inteiro (ou seja, as duas falas) está reproduzido lá.
Boa sorte em seu concurso.
Cláudio, eu esqueci de citar a conversa dos dois, pois o que me marcou mesmo foi a Diane dizendo ao Owen que o problema do amor era ficar à mercê dele (deixando bem claro como ela via a profusão de sentimentos que o Owen tinha e estava depositando sobre ela). Apesar da ‘declaração’ da Diane, eu não consigo enxergar o que o Owen sente como amor. É bem verdade que ela despertou nele algo que ele nunca havia sentido e que mudou a cabeça e a forma de agir do médico totalmente, mas eu vejo mais uma carência profunda (seguida de uma obsessão que Owen já demonstrar ser capaz de ter) do que amor propriamente dito.
Mas valeu a lembrança, Claudio ^_^. É um dos problemas de não ter internet…eu escrevo os textos do que eu lembro do episódio e como já mencionei minha memória não é das melhores que eu já vi, hehehe.
Olga, vc e muita gente não curte a Gwen. Inclusive eu mesma comentei que o povo tem um pé atrás com ela justamente pela forma como ela age com o Rhys e as justificativas que faz a si mesma para as atitudes que toma.