Review: Torchwood – Greeks Bearing Gifts

Data/Hora 20/10/2007, 11:36. Autor
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Cena de Greeks Bearing Gifts
Série: Torchwood
Episódio: Presente de Grego (Greeks Bearing Gifts)
Temporada:
Número do episódio: 7
Data de exibição na Inglaterra: 26/11/2006
Data de exibição no Brasil: 16/10/2007
Emissora no Brasil: People+Arts

Finalmente um episódio para a Toshiko!

Greeks Bearing Gifts inicia em Cardiff, no ano de 1812. A prostituta Mary está prestes a ser violentada e muito provavelmente assassinada por um jovem militar, quando se depara com alguma coisa inusitada e por fim acaba matando o rapaz.

Já nos dias atuais, um esqueleto é desenterrado e Torchwood vai até o local investigar. Toshiko imediatamente deduz que a morte ocorreu há cerca de 197 anos e Owen atesta que se tratava de uma mulher e que o ferimento no peito era devido a um tiro.

Entre os curiosos no local estava uma mulher loura, que não muito depois aborda Toshiko em um bar. Fica claro que o encontro não foi casual, apesar de Tosh não desconfiar de nada inicialmente. Mary – a loura – demonstra saber muito mais sobre Toshiko do que deveria. Nome, data de nascimento, história da vida e principalmente onde e com o que ela trabalha. As duas conversam e Tosh se sente à vontade para confidenciar coisas com Mary, inclusive seus sentimentos e angústias.

Logo depois, Mary dá a Tosh um colar e diz que está na sua família à gerações, mas que ela não o quer mais, pois ‘ele muda as pessoas depois de um tempo’. Como Toshiko descobre logo o colar dá a quem o usa o poder de ler mentes.

A princípio ela decide entrega-lo à Torchwood, mas Mary tem certeza que quando chegar a hora, Tosh não o entregará. E assim como previu a loura, Toshiko vai à base para entrega-lo, mas ao ouvir os pensamentos levianos e muita vezes pejorativos de Gwen e Owen acaba escondendo dos companheiros de trabalho o artefato.

Outro pensamento que Tosh consegue ouvir é o de Ianto, e ela percebe que a aparente tranqüilidade do colega é só fachada, pois ele se sente vazio e com dor constante em sua alma.

Tosh reencontra-se com Mary, que a aguardava em frente a sua casa. As duas conversam e a japonesa externa toda a sua decepção com seus companheiros, pois percebeu que eles sentem pena dela. Mary explica que não é bem assim e que muitas vezes os pensamentos que captamos as próprias pessoas não tem noção que estão pensando ou sentindo. Mas fica evidente que Toshiko estava se sentindo solitária e ainda mais desamparada ao se dar conta do relacionado recém iniciado de Gwen e Owen.

Mary vê na geladeira várias fotos e entre elas, uma de Toshiko e Owen e, aproveitando-se da vulnerabilidade da japonesa, ela lhe dá carinho e a leva para a cama.

Nesse momento a People & Arts aprontou das suas mais uma vez e cortou sem dó nem piedade a cena de Mary e Toshiko na cama, passando para a cena seguinte onde as duas estão conversando. É claro que a relação sexual ficou implícita, mas nada justifica os cortes medonhos e despropositados do canal.

Tosh pergunta à Mary quem ela é realmente e a loura lhe dá outro nome: Philoctetes.

Tentando mais uma vez usar o colar, Toshiko vai às ruas e procura ouvir os pensamentos das pessoas à sua volta. Acaba ouvindo um homem decidindo-se pelo assassinato da ex-mulher e do filho, pretendendo suicidar-se depois, então Tosh o segue e evita o crime.

Toshiko e Mary conversam em uma lanchonete sobre como ouvir os pensamentos não é apenas uma maldição, quando a bondosa People & Arts corta mais uma cena. Dessa vez foi o beijo entre as duas (que não foi ao acaso, mas sim uma forma de demonstrar o quanto a japonesa era reprimida e que precisava deixar-se levar um pouco mais, viver a vida sem se segurar tanto).

De volta à base, sentindo-se um pouco mais animada, a japonesa vê Gwen caçoando de Owen, pois ele havia errado redondamente no seu relatório inicial do esqueleto encontrado. Era na verdade um homem e não foi morto a tiros, mas sim por algum trauma não identificado.

Tosh ainda tenta sondar o que Jack havia descoberto sobre o artefato alienígena que foi encontrado junto ao esqueleto, mas todas as vezes o capitão desconversa. Ele também demonstra que ficou sabendo do crime que ela impediu. Ela ainda tenta ler seus pensamentos, sem sucesso, mas Jack percebe a invasão e mostra-se desconfiado com o comportamento da japonesa.

Cada vez mais indignada com o pouco caso que os colegas fazem dela, e ainda mais com as brincadeirinhas entre Gwen e Owen, Toshiko vai para casa, amaldiçoando o colar. Decidida a entregá-lo definitivamente à Torchwood, Mary a convence do contrário, mostrando que na verdade ela é uma alienígena e que apenas usa a forma humana. Diz também que era uma prisioneira política e por isso veio à Terra, pois seu planeta natal era um local de muitas lutas e conflitos constantes.

Totalmente angustiada com a verdade dos pensamentos humanos, Tosh se deixa convencer por Mary a levá-la para a base de Torchwood, para que Mary possa usar o artefato no qual Jack trabalhava, que na verdade era sua ‘nave’.

Enquanto isso, Owen analisa o esqueleto e descobre que o jovem teve o coração arrancado e que os casos semelhantes datam de quase dois séculos.

Quando as duas mulheres chegam à base, Jack encurrala Mary e a expõe. Na verdade, ela era sim uma prisioneira, mas veio à Terra junto com um guarda, o qual ela matou, assim como o jovem em 1812 e todos os outros no decorrer de dois séculos.

Mary pega Toshiko como refém, mas Jack consegue enganá-la e no final aciona o artefato e envia Mary para a morte certa, no centro do Sol. Com tudo solucionado, Owen despreza Tosh por ela ter ousado ouvir seus pensamentos, mas Gwen não a julga, pois sabe que ela mesma está errando com Rhys.

Cena de Greeks Bearing GiftsNo final, Jack e Toshiko conversam e ela menciona que ele foi o único cujo pensamento ela não conseguiu ouvir. Era como se ele estivesse morto.

Sabendo que terá que conviver com o que ouviu e com o que fez para o restante dos seus dias, Tosh decide destruir o colar. O colar corrompeu seus pensamentos e poluiu sua visão do mundo e das pessoas e ninguém mais deve passar pelo que ela passou.

********

Eu tentei ser sucinta, mas não foi muito fácil já que eu gosto de tudo o que esse episódio traz à tona.

Eu adoro a Tosh, é uma das personagens mais interessantes e sinto por ela ser tão solitária. Não há dúvidas de que foi esse o motivo de Mary tê-la escolhido. Inteligentíssima, mas excluída. Isso é muito triste. Só assim para cair na lábia da outra. A Mary é não apenas manipuladora, mas é chata também.

E sou só eu ou mais alguém ficou com vontade de dar um tiro na Gwen e no Owen? Eles pareciam dois adolescentes o episódio todo! Vão tomar juízo vocês dois!

A forma como o Owen trata a Toshiko no final também é imperdoável. Precisava ser tão grosso? A mulher gosta tanto dele (os sentimentos já são mostrados para nós desde o primeiro episódio, mas cada dia eles deixam mais evidente. Ela até guarda o cartão que ele lhe deu no aniversário! Isso é tão triste…) e o infeliz não dá a mínima e ainda a despreza como se ela fosse pior do que um cachorro. Não estou desculpando a atitude dela ao ouvir o pensamento deles, mas se Tosh agiu assim foi principalmente porque não recebe deles a atenção que precisa. A coitada não tem vida, definitivamente.

Agora, só para comentar…como Mary não ouviu o que o Jack pensou para a Tosh no final? Ou dá para pensar para uma única mente ouvir?
Uma coisa que me chamou a atenção foi que Mary disse que a nossa cultura é de Invasão. A Terra não consegue ainda viajar para outros planetas, mas seu objetivo não é uma simples integração de culturas, mas sim conquistar e dominar. E a própria Toshiko diz que fica abismada com a similaridade das nossas culturas. Homens e alienígenas são muito parecidos, vivendo a base de armas e destruição.

Falando em destruição, a raça alienígena da Mary também aparece no episódio piloto de The Sarah Jane Adventures, Invasion of the Bane, outro spin-off de Doctor Who (Graciosa e leve essa é uma série totalmente voltada para crianças, e tem o bônus de sua personagem principal ser uma das melhores e mais queridas companheiras do Doutor). Entretanto, enquanto Mary diz que seu planeta é um lugar cheio de guerras e conflitos, Sarah Jane comenta que o planeta dessa raça é na verdade um lugar de paz e tranqüilidade. Sarah Jane também menciona que o nome do planeta é Arcateen 5.

E cá entre nós, como todo alienígena que vem à Terra consegue se disfarçar de humano? Nós, pobre terráqueos, se caíssemos de gaiato em um outro planeta, estaríamos perdidos! Ninguém se disfarça de nada.

E alguém pode me explicar qual a ligação de Philoctetes com Mary? Juro que eu não entendi porque ela adotou o nome. É por causa da história dela de ser prisioneira política e ter sido exilada na Terra?

Nesse episódio, Jack ligou para o Primeiro Ministro. Até hoje o único contato direto que eu lembro de Torchwood com o Governo Britânico foi no especial de Natal de Doctor Who (Christmas Invasion), quando a Primeira Ministra da época (Harriet Jones) ordenou que Torchwood atirasse em uma nave alienígena que estava invadindo o planeta.

Só para comentar mais uma vez… como eles tem a coragem de traduzir “Is that alien?” (quando eles encontram o artefato logo no início) por “Satanás”? Nem ao menos tem sentido, meu Deus amado! Ficou ainda pior que o ‘erro’ no primeiro episódio durante a chuva que mencionaram um nome que não existe só para não dizer que o Jack esperava não ficar grávido.

Finalizando, como eu previ lá no primeiro review, eles tosaram o episódio da Tosh. Já estou perdendo as esperanças de ver o meu beijo preferido no episódio Jack Harkness (o penúltimo).

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  1. Will - 20/10/2007

    Eu a-do-ro essa série…com certeza esse canal que eu não quero nem mencional vai cortar, por isso, já baixei até o último episódio. E por falar em Jack Harkness o que é John Barrowman cantando Can You Feel The Love Tonight 10, 10, 10 o cara é ótimo.
    Que vem a 2ª temporada.

  2. mauro - 20/10/2007

    Will, então veja o John cantando “Night and Day” no filme “De-lovely, vida e amores de Cole Porter”. É simplesmente maravilhoso, esplêndido.

  3. João da Silva - 20/10/2007

    Eu gosto muito de Torchwood, embora Doctor Who seja superior. Este episódio em particular é bom, pois a telepatia foi usada para desenvolver os personagens. Este episódio, aliás, possui muitos pontos em comum com o episódio de Buffy em que a caçadora consegue telepatia.

    Acho que a Mary adotou o nome Philoctetes justamente porque tanto ela como Philoctetes acabaram exilados. Entretanto, as razões dela ter sido exilada foram diferentes das razões que levaram Philoctetes a ser exilado. E Philoctetes conseguiu sair do exílio, já a Mary acabou morta.

  4. Mica - 20/10/2007

    Eu estou em pandarecos pensando o corte que terá em Jack Harkness…que na minha opinião tem o beijo mais lindo de todos.

    E cá entre nós, Will, o John Barrowman cantando qualquer coisa é maravilhoso. O cara tem uma voz invejável.

    Não lembro desse episódio da Buffy, João. Mas isso não é novidade…eu tenho a pior memória da face da Terra. Mica deveria virar verbete de dicionário para pessoa desmemoriada 😀

  5. João da Silva - 20/10/2007

    O nome do episódio de Buffy é Earshot, da terceira temporada. É o famoso episódio de Buffy adiado por causa do massacre de Columbine.

  6. Luciano Cavalcante - 20/10/2007

    Embora goste da série e esse episódio tenha sido bom…digo que ainda me divirto mais com Doctor Who.
    Off topic: não deveria ter começado a assistir Studio 60; depois do episódio com Allison Janney é que eu vi que é uma tristeza a série ter sido cancelada.

  7. Olga Nogueira - 20/10/2007

    O comentário de Mary de que o povo da Terra não busca integração mas sim dominação me chamou muito a atenção. É o que fazemos entre nós, desde o começo dos tempos, os mais fortes invadndo os mais fracos, escravizando e mais recentemente destruindo em nome da paz. Este é o modelo que usamos e naturalmente será este o modelo que usaremos caso encontremos aliens por aí. E aliás, é exatamente o que Jack fez com a Mary não? Matou-a. E em Torchwood eles mantém um outro alien aprisionado. Na verdade não sabemos conviver com outras espécies, principalmente se forem inteligentes e belicosas como nós mesmos. Ou elas nos matam ou nós as matamos.Quanto a Toshico, a considero um dos melhores personagens do seriado, é a mais íntegra.

  8. João da Silva - 21/10/2007

    Não vejo nada de errado na morte da Mary. Ela era uma assassina. Ela matou pessoas inocentes durante dois séculos (embora o militar que ela matou mereceu morrer).

  9. Thiago FLS - 21/10/2007

    Esse episódio me lembrou uma edição de X-Men protagonizada por Jean Grey que é centrada no fato de que ela, por ser telepata, é forçada a conviver o tempo todo com a hipocrisia dos outros, já que sempre sabe o que eles realmente pensam.

    E é nessa mesma história que ela descobre que o professor Xavier, uma das poucas pessoas nas quais ela confiava plenamente, é o vilão Massacre e ainda por cima escondia uma atração que sentia por ela quando ela ainda era adolescente.

    Sobre Gwen e Owen se comportarem como adolescentes, acho que é normal por ser um início de romance. Além disso, acho que eles não pareceriam tão idiotas se Toshiko não estivesse lendo seus pensamentos.

  10. Olga Nogueira - 21/10/2007

    Thiago, suas colocações sobre a telepatia são muito interessantes! E muito legal essa relação com X-Men. Eu não sabia desses detalhes que vc deu. Realmente a telepatia deve ser um fardo enorme principalmente porque se pode conhecer a intimidade dos pensamentos das pessoas, lá onde somos absolutamente autênticos já que contamos com a impossibilidade de qualquer outra pessoa nos flagrar.

  11. Will - 21/10/2007

    Mauro e Mica,

    O cara é muito bom…gostei muito de Night and Day.
    Nunca assistir esse filme apesar de gostar de Cole Porter.

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