10/10/2008, 11:05. Ana Boleyn
Reviews
The Tudors

Série: The Tudors
Episódio: Episódio 7
Temporada: 2ª
Número do Episódio: 17 (2×07)
Data de Exibição nos EUA: 11/5/2008
Data de Exibição no Brasil: 9/10/2008
Emissora no Brasil: People+Arts

Tudo o que eu posso dizer é “uau”! Devo confessar que eu estava esperando muito para que esse episódio, porque ele é definitivamente um dos melhores da temporada e também pelo fato de que pela ultima vez é dada uma chance de felicidade para o Henrique e a Ana.

A seqüência do sonho foi de tirar o fôlego. Lindamente filmada. Aliás, não só essa, mas muitas outras do episódio foram maravilhosamente filmadas.

Eu sei que sempre digo isso, mas não faz mal ser enfática: A Natalie Dormer dá um show de interpretação com a Ana Bolena, e ainda é um assunto muito confuso para mim como ela não foi indicada ao Emmy! Ela passa de neurótica ao extremo no começo, à feliz e saltitante no final do episódio com uma facilidade incrível! Anyway, Bravo Natalie!!

A Ana agora é completamente neurótica, tem sonhos estranhos e acha que vai acabar em uma fogueira ou envenenada por algum servente. Ainda bem que pelo menos o George mostra alguma simpatia com a Ana, mesmo que a mande agir mais como a Catarina.

Lembram que eu falei na semana passada sobre o Cromwell massacrar e destruir tudo o que ainda fosse ligado à Igreja Católica? Bom, nesse episódio o Cromwell manda vários mercenários para acabar com um monastério. O secretário da coroa é o tipo de cara que diz “quem não concorda comigo, eu esmago!”. E esmaga mesmo! Os mercenários levam até as ovelhas, e ainda por cima derrubam uma boa parte do lugar.

Preciso dizer: eu adorei a esposa do Cranmer!! O discurso dela foi o máximo, não só pelo fato de falar aquelas coisas, mas também por ser uma mulher falando aquilo!

Para mim, as praticas da Igreja Católica são más! A maneira com que o povo é mantido em total ignorância, e fazê-los se sentirem culpados pelos próprios corpos e pensamentos. E pior ainda, a idéia de que os ricos podem um lugar no céu para suas almas!

Adorei! Radical, sim, mas ela tem um ponto razoável.

Foi ótimo ver a Elizabeth e a Ana juntas. A Ana ama a filha acima de tudo e quer que ela seja rainha, mas dadas as circunstancias, ficava meio difícil de acreditar. Ela fica feliz de ver a filha, mas preocupada, afinal o que ia ser da Elizabeth se ela fosse embora? Uma mistura de lágrimas de felicidade com angustia.

“A volta”. Umas das cenas mais comentadas nessa temporada foi a dança entre o Henrique e a Ana. Henrique entra na festinha da Ana e ao invés de acabar com tudo, começa com uma dança tentadora na frente de vários membros da corte. Junto com isso, temos ainda intercalado os momentos “pós-dança”.

Vejam só a tensão entre a Ana e o Henrique:

Olha que isso é só a dança… sou só eu ou realmente está ficando MUITO calor? Uma cena de puro angry hot wild sex! Obviamente ela estava no controle, e eu achei o máximo ela dando uns tapas e arranhando o Henrique!

Depois da diversão, vemos a Catarina de Aragão. A primeira coisa que veio a minha cabeça quando ela apareceu: o tribunal em Blackfriars na temporada passada. Como é que uma mulher daquelas vira um resquício de gente? Na época, não se sabia o que era câncer, só séculos depois foram descobrir que a Catarina sofria de câncer (câncer de ovário se não me engano). Mas pessoalmente, eu acho que o fato de estar longe da filha e ter sido jogada de lado daquele jeito só fez a condição dela piorar. Mesmo eu não sendo a maior fã da Catarina, vê-la sonhando com a filha foi de cortar o coração. Depois de muita angustia e muito sofrimento, Catarina de Aragão se vai. Requiescat in pace.

O episódio estava ótimo até agora, mas a história diz que as coisas acabam mal. Henrique vai caçar e fica hospedado na casa dos Seymours. E o momento mais sem sal e entediante que eu já vi na série: Introdução da Jane Seymour. Linda, loira, vestida como um anjo, cheio de velas… Aff dá um tempo! A Jane era tão sem sal que, na corte ela era chamada de “Plain Jane”, ou “Jane sem sal”. É claro que o Henrique não perde tempo e mais tarde manda o pai da garota levá-la para servir a rainha na corte. *modo “ironia” ligado* É… Só para isso mesmo… Ele não tinha nenhuma segunda intenção…

A Ana desafiando o Cromwell não foi uma coisa muito esperta para se fazer. Na verdade, quem era muito mais interessado em Reforma e em políticas religiosas, não era o Henrique, era a Ana, daí se espera o fato dela questionar o Cromwell sobre o lucro que se fazia com a venda (!!!) das casas religiosas. Não foi esperto ir contra o secretário, mas ela realmente acreditava numa Reforma espiritual e não queria que dinheiro fosse mais importante.

O caso do vestido amarelo é algo que eu adoro! A ambigüidade da situação é altíssima. No dia depois da morte da Catarina, a Ana usou um vestido amarelo. A ambigüidade vem agora: Na Espanha, amarelo é a cor do luto, mas na Inglaterra, é uma cor alegre. Hehehe ;D

Pessoas felizes, Henrique brincando com a Elizabeth (super cute!), tudo está bem. Até que chega papai Bolena para perguntar o que diabos a Ana fazia discutindo com o Cromwell:

I did not bring you up to have opinions or to express them or to quarrel with those closest to the crown!

Ana:

But I’m closest to the crown, I am the king’s wife.

Thomas Bolena:

And you should remember how you got there!

Ana:

I know how I got there and it wasn’t all you! It was not all you, or Norfolk, or George or any man that you want to name! It was also me. He fell in love with me; he respected me and my opinions.

Anyway, a Ana está gravida, e agora com a Catarina morta,ela diz a frase é a melhor da segunda temporada:

We are on the edge of a golden world!

Eu realmente queria que a série terminasse agora. Tudo ficaria bem, Ana e Henrique seriam felizes para sempre,o mundo dourado viria à tona. Infelizmente, a parte do “para sempre” acaba muito rápido e a parte do “felizes” acaba mais rápido ainda.