13/01/2010, 10:48. Luiz Marcelo
Reviews
The Good Wife

Série: The Good Wife
Episódios: Unorthodox
Temporada: 1ª
Número do Episódio: 7
Data de Exibição nos EUA: 10/11/2009
Data de Exibição no Brasil: 11/1/2010
Emissora no Brasil: Universal

Confesso que fiquei surpreso com os rumos deste episódio. Principalmente quando começou com um caso aparentemente bem simples: a queda de uma pessoa em uma calçada. Mas, de repente o episódio começou a se transformar e a envolver muitos núcleos da série. O primeiro grande ponto foi os costumes de uma religião, neste caso a religião judaica. Inicialmente, Alicia apenas seria um “figurante” neste processo, que seria liderado por outro advogado. E pela primeira vez Peter é elogiado por sua atuação como Procurador junto a comunidade judaica, o que pareceu ter surpreendido Alicia. Como tivemos muitas histórias, dividirei minhas impressões sobre cada personagem:

Ryan Alprin, o outro advogado: talvez achando que seu caso seria usurpado por Alicia ele começou na defensiva. Seu interesse por Alicia não me pareceu uma coisa verdadeiramente sincera. Pareceu-me mais que ele queria provar que nenhum casamento resiste à traição de que Alicia foi vítima, e tentando conquistá-la mais pelo desafio que isso representava do que por um envolvimento romântico. Mas o ponto de vista que ele usa para defender este caso realmente foi bem interessante, de como e até onde o direito religioso deve ser respeitado em face de outros interesses coletivos.

Zach Florrick, o filho de Alicia: compreensível seu desejo de limpar a honra do pai, talvez por entender que aquelas fotos, mesmo que mentirosas, poderiam acabar com a possibilidade de ter sua família reunida de novo. Mas seus atos podem custar caro como a confiança que sua mãe tem nele. O caminho que ele trilha é perigoso e ficamos na expectativa se ele irá mentir ou contar toda a verdade a sua mãe no próximo episódio.

Will: desde que Peter disse a Alicia que “Will não é quem ela imaginava” fiquei com o pé atrás com ele. Será que ele quer afastar um dos sócios da firma para realmente salvar seus empregados ou quer ter um poder de decisão maior? E fica claro sua preferência por Alicia aos demais associados ao dar a ela a chance de participar de um caso que pode dar a ela mais visibilidade na firma e uma chance maior de sua continuidade.

Alicia: ficou claro que ela sentiu algo por Ryan, principalmente quando ela tenta protegê-lo após descobrir que na verdade ele não era advogado, até deixando a aura de “mulher incorruptível” quando Kalinda tenta contar a verdade sobre ele Mas esse interesse acabou exatamente nesse momento. É óbvio que ela não tentaria uma nova relação por enquanto, e ainda mais uma que já começaria com uma grande farsa. Foi interessante quando a sua perspectiva de traição para com o caso de seus clientes foi confrontada com o ponto de vista do marido de Anna.

O caso da semana: foi interessante perceber como a traição pode se manifestar não apenas da forma física como estamos acostumados a presenciar, mas também de tradições que são quebradas. O simples ato de pegar um telefone, corriqueiro para todos, em um contexto religioso pode significar violar a confiança, trair uma fé, demonstrando que a traição pode ter diversas maneiras de se manifestar, mas a consequência é comum entre todas elas é que sempre será a perda de confiança e a longa batalha apara recuperá-la de novo.