TeleSéries
Review: The Amazing Race no Discovery Channel
16/12/2009, 11:30. Bruno Piola
Reviews
The Amazing Race
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Há mais ou menos um ano surgiram as primeiras notícias de que uma nova versão da franquia The Amazing Race ia ser produzida, e dessa vez com uma rota e elenco totalmente latino-americano. Apesar de contente por termos um novo programa, ainda fiquei com a dúvida: será que a versão latina será tão boa quanto à original? Depois da exibição da final, no último domingo (13/10), tive minha resposta: The Amazing Race no Discovery Channel veio pra ficar, e promete, no futuro, equiparar-se ou até ultrapassar a qualidade do original estadunidense.
O reality, abreviado pelos fãs para TARAL (The Amazing Race – América Latina) foi exibido em 13 episódios pelo Discovery Channel, sendo produzido pela empresa argentina RGB. Tenho que tirar meu chapéu para a produtora, que conseguiu organizar, executar e exibir um reality de grande porte sem grandes contratempos ou erros gritantes. Vamos falar primeiro dos (muitos) acertos do programa, responsáveis pelo sucesso dessa versão.
Nenhum reality de competição, por mais organizado e inovador que seja, sustenta-se sem um bom elenco. E nesse aspecto o TARAL se saiu muito bem, com vários times interessantes e excelentes personagens. Tivemos apenas dois times apagados de todos os onze (Ricardo e Adriana e os asquerosos Mario e Melissa), o que é uma média muito menor do que a versão original. Bons personagens não faltaram, como os brigões Matías e Tamara, a esquentada Anna e seu namorado Rodrigo, as fofas Casilda e Casilda (mãe e filha), as amigas competentes Fran e Ferna, os machos alfa brincalhões Carlos e Daniel, os competitivos Daniel e David… Todos contribuíram para deixar a corrida animada e divertida. A rivalidade entre times também rendeu vários bons momentos, como o retorno que as amigas chilenas aplicaram aos brasileiros Anna e Rodrigo, que causaram a eliminação dos últimos.
Outro grande acerto da competição foram justamente suas provas. Ao contrário da versão brazuca A Corrida Milionária, que muitas vezes copiou à risca provas do original, a RGB optou pela originalidade. E acertou. Vimos provas memoráveis, completamente inovadoras. Elas deram ritmo às etapas, fazendo com que poucos episódios fossem entediantes (um desses, infelizmente, foi a final). Destaque para a emocionante prova de cartões postais na Argentina, a de encontrar uma frase no livro “Amor nos Tempos de Cólera”, na Colômbia, o simulador de barco no Panamá, e as provas lógicas da Costa Rica, que mostraram a “inteligência” de certos times (por exemplo, numa prova de ordenar planetas do Sistema Solar, Tamara sugeriu que colocassem do maior para o menor, enquanto Daniel e Carlinhos acharam que a Terra era o planeta mais distante do Sol).
Mas, como nada é perfeito, o programa também cometeu alguns erros, que são, na maioria, regras mal-formuladas. Por exemplo, a penalidade que as Casildas levaram no Peru foi mal explicada (então não se pode mudar de Desvio sem anunciar a troca?) e mal aplicada (elas completaram a prova, mesmo que não tivesse sido a que elas escolheram, e ainda levam uma hora de penalidade, o mesmo tempo para quem desiste de uma tarefa? Muito severo!). E quanto ao Alto? O que ficou parecendo era que não se podia atrasar um time com o qual podia ser mantido contato visual (ou seja, ou time que você podia ver), o que, além de não ter sido confirmado, é uma inovação que não funciona, pois o Atraso sempre causa atritos e deixa a corrida mais emocionante.
Por último, vamos falar do ponto mais polêmico do programa: o suposto favorecimento à equipe argentina Tamara e Matías. Algumas pessoas reclamaram que, quando os argentinos chegavam em último (o que aconteceu duas vezes), sempre era uma rodada não-eliminatória, e quando estavam em último, sempre havia um equalizador para juntar todas as equipes, favorecendo, portanto, os argentinos. Por ter visto todas as temporadas do original, do asiático, além da versão brasileira, eu aprendi umas coisinhas sobre o programa. E com esse embasamento acredito piamente que NÃO houve qualquer armação. Motivos? São vários. Primeiramente, nessa temporada, quem chegava em último numa rodada não-eliminatória tinha que cumprir uma Multa, uma tarefa na próxima etapa. Bom, se a produção decidia que uma etapa era não-eliminatória de maneira tão parcial, ela teria que criar uma multa apressadamente. E gente, isso não existe! A corrida é planejada meses antes, para que nada dê errado. E a produtora iria arriscar tudo para salvar os argentinos? Acho que não. Segundo, ela arriscaria muito ao fazer isso, pois, e se fosse descoberta? As conseqüências seriam catastróficas, poderia muito bem ser o fim de seus negócios. Salvar os argentinos parece muito pouco perto dessa possibilidade, bem real. Em terceiro lugar, se as coisas acontecerem como no americano, as rodadas não-eliminatórias são registradas em cartório, justamente para que esse tipo de dúvida seja esclarecida para os participantes no final da corrida. Em quarto lugar, só porque a produtora é argentina, ela iria salvar o casal argentino? Quanta ingenuidade! A RGB deve estar mais preocupada em fazer um programa bem-sucedido, não em manter um time conterrâneo no programa. E já esqueceram que os irmãos argentinos foram os primeiros eliminados? Também existe o fato de que quando os argentinos chegaram em último, era impossível não ser uma rodada não-eliminatória, já que faltavam três episódios para a final e apenas mais uma eliminação. Seria muito cansativo se tivéssemos apenas três equipes correndo por três episódios. Por último, equalizadores existem em quase todas as etapas, para que os times retardatários possam ter alguma chance de permanecer no jogo. Engraçado que ninguém reclamou dos equalizadores que muitas vezes prejudicaram Matías e Tamara… Por tudo isso, a minha posição é de que a RGB é idônea (deixando claro que não tenho nenhum vínculo com ela).
Uma nova temporada já foi anunciada, com o sucesso da primeira. Espero que nessa segunda edição algumas regras sejam reavaliadas, outras mantidas (a regra de cada time partir para a etapa de acordo com a chegada no aeroporto foi criativa, útil e genial – tomara que continue), mas espero que, principalmente, o nível de qualidade da produção seja mantido. Se isso tudo acontecer, podemos ter certeza que a franquia será um grande sucesso – e esperemos que um duradouro também.
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Ótimo review, TAR é o melhor reality show que já existiu!
Concordo com a solução adotada para os trechos aéreos, e seria de se esperar que o TAR original copiasse a fórmula. Na versão americana muitos são prejudicados devido a conexões e atrasos, que são fatores ligados à sorte e não à competência ou eficiência das equipes.
A escolha de duplas competitivas pelo TARAL também foi quase perfeita, coisa que o TAR não tem conseguido ultimamente.
Depois dos teus argumentos me convenci de que não houve favorecimento a Matias e Tamara, mas que isso ajudou a alavancar a audiência isso é inegável.
Eu só tenho a lamentar o fato do Discovery(um dos mais respeitados canais de documentários do mundo) estar apelando pra reality show, desviando-se de seu foco.
A única diferença entre The Amazing Race e programas como Mythbusters e Dirty Job, é que uma é competitiva e as outras não.
Tudo isso é considerado “Reality shows”.
O problema no Brasil é que Reality show virou sinônino de Big Brother.
Ótima review. Eu acho que TAR é um ótimo programa e fiquei orgulhosa da versão latina ter um nível tão próximo da versão americana.
e por acaso os arghgentinos “não favorecidos” venceram?…
Ótima review, e concordo plenamente com você Bruno, não houve nenhum tipo de favorecimento ao casal argentino, apesar de eu ter odiado o fato deles terem ganhado no final, não por serem argentinos, mas pela personalidade arrogante deles…
Agora, dei várias risadas pelo “nível intelectual” de certas duplas nas provas de lógica e de organizar os planetas do Sistema Solar, hahahahaha….
E que venha a segunda edição de TARAL!
Obrigado pelos elogios, Regis, Carina e Patrícia! Que bom que gostaram da review e do programa! Convido-os a visitar a comunidade The Amazing Race – Brasil no Orkut, da qual sou dono, para mais discussões sobre o reality!
Fernando, o The Amazing Race pode ser considerado um reality show aos moldes de documentário, porque através dele, conhecemos várias culturas de diferentes países, no caso, da América Latina. Adquiri muitos conhecimentos assistindo ao programa, assim como me diverti. Ora, não é essa a proposta do Discovey? Aprender coisas de maneiras interessantes? Ao meu ver, o seu comentário demonstra preconceito para com os reality shows. Eles tem muito a oferecer, em matéria de conhecimento, como o caso de The Amazing Race. Gostaria de saber se você viu o programa em questão para podermos debater mais a fundo o assunto.
É verdade, Mauricio. Myth Busters tb sao realities shows.
Luna, venceram, mas foram por sua competência e mérito. Agora, se você não concorda com minha posição, por favor, comente porque meus argumentos explicitados acima não são corretos. é sempre bom saber uma segunda opinião pra ver no que errou.
Comecei a ler a presente review, mas não passei do primeiro parágrafo, e parei por aí, mesmo. Aquilo foi uma piada, com certeza. Foi para nos divertir?!? Esta porcaria que foi este TARAL se equiparar ao original norte-americano é brincadeira de mau-gosto. Foi um lixo, abandonei lá pela metade: relaxo, protrção, dois pesos e duas medidas, total falta de transparência, Deve ter agradado muito ao público argentino, só. Total protecionismo, a mais pura armação. Bruno, meu caro, das três uma: ou você assistiu um reality diferente do que nós, simples mortais, assistimos; ou você estava bêbado quando escreveu a review acima; ou, então, levou algum para escrevê-la.
Pô Claudemir, seu texto é grosseiro e desrespeitoso, não contribui em nada com a troca de idéias. Guarda esse rancor para reclamar do governo ou do chefe, mas não leve tão a sério um simples programa de entretenimento!!
Não assisti a todos os episódios, mas gostei bastante dos que vi.
Bruno, o grande problema é que The Amazing Race é um reality competitivo(conforme apontou o Mauricio) e neste tipo de programa o foco portanto é na competição e naqueles típicos personagens que emergem neste tipo de show.As informações sobre diferentes culturas e países acabam virando mero apêndice dentro do programa.
Mith Busters por outro lado é centrado nas experiências feitas pela dupla de protagonistas e sua equipe, fazendo deste um programa cujo objetivo primeiro é trazer conhecimento ao espectador ao invés de mostrar coisas futeis tipo competidores estressadinhos e temperamentais envolvidos em guerras de egos.
Aliás, eu sempre achei um tanto discutível chamar Mith Busters de reality.
E ainda tem o fato de um programa como Amazing Race representar um enorme desvio de foco para um canal como Discovery.Se essa versão latina fosse ao ar no People & Arts(que é um canal voltado para reality) ou no AXN(que já exibe o original americano) eu até acharia normal.
Porém, indo ao ar no Discovery, me faz lembrar de iniciativas lamentáveis como da Warner Channel por exemplo, que se diz canal de séries mas dedica um espaço cada vez menor as séries.
Bruno, conforme eu tinha escrito em outro post, concordo plenamente com o fato de não ter havido nenhum favorecimento a nenhuma equipe. Alguns pontos, como você mesmo explicitou em seu post, devem ser revistos sobre as regras, pois algumas penalidades foram muito severas. Contudo, apesar de tudo, ainda sou da opinião que TARAL ainda foi muito melhor do que várias edições da produção original americana (por exemplo: family edition). E se corrigirem alguns pequenos deslizes e continuarem com boas equipes nas próximas edições, acho que tem tudo pra superar TAR. Quanto ao comentário do colega Zamproni, como eu acredito ter assistido o mesmo programa que todos, eu devo estar entre as duas últimas opções: estava bêbado também ( e olhe que eu nunca bebo nada alcoólico) ou então peço que você me mande uma parte do dinheiro, pois concordo com seu review em gênero, número e grau. Ah, minha esposa, que também gosta do TAR, gostou de TARAL tanto quanto eu. Mas gosto pessoal é assim mesmo, cada um tem o seu.
Só um último comentário que esqueci de mencionar: a recepção aos vencedores na final foi bastante sem graça. Entendo que eles quiseram economizar e só convidaram as duplas eliminadas do próprio país, mas espero sinceramente que eles reformulem esta parte nas próximas edições.
Fernando e George, obrigado pelos comentários! Gostei das explicações e esclarecimentos. Fernando, talvez o Discovery esteja simplesmente mudando de foco, para abranger um maior público. Mas eu não acho que o conhecimento sobre novas culturas fique em segundo plano, talvez fique de igual pra igual com o foco nos participantes.
Zamproni, quero deixar claro que não recebi NADA para escrever a matéria, não estava bêbado, e também os reles mortais que você se refere nem todos estão do seu lado: tanto na comunidade do Orkut quanto aqui mesmo há muitos que adoraram o TARAL. Cuidado ao expressar suas opiniões, porque nessa sua deu a impressão que você considera a sua opinião a verdade absoluta.