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Review: Terminator: The Sarah Connor Chronicles – The Tower is Tall But the Fall is Short
14/12/2008, 06:00. Mica
Reviews
Terminator: The Sarah Connor Chronicles
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Série: Terminator: The Sarah Connor Chronicles
Episódio: The Tower is Tall But the Fall is Short
Temporada: 2ª
Número do Episódio: 15 (2×06)
Data de Exibição nos EUA: 20/10/2008
Data de Exibição no Brasil: 9/12/2008
Emissora no Brasil: Warner
The Tower is Tall But the Fall is Short foi um episódio revelador e emocionante. Não teve uma única parte que tenha me deixado cansada ou entediada. Cada segundo em tela foi importante e extremamente relevante para o desenvolvimento dos personagens e conseqüentemente dos futuros episódios.
A figura utilizada para o desenrolar dos acontecimentos no episódio foi o psiquiatra Dr. Boyd Sherman. Coincidentemente o bom doutor foi procurado por dois inimigos que ainda não se conhecem: os Connor e Catherine, cada qual por seu motivo. Os Connor querem saber porque o nome do médico está escrito em sangue na garagem da família. Já Catherine o procura na tentativa de ajudar a filha, que obviamente tem alguns problemas desde a morte do pai. E o mais interessante para mim foi saber que a pequena Savannah é afinal apenas uma garotinha mesmo, cuja mãe infelizmente foi ‘trocada’ por uma T1001. E Catherine pode ser a eficiência em pessoal, mas maternal ela definitivamente não é. Mas todo o esforço que ela tem feito para parecer mais humana, para se aproximar da filha e para ser aos olhos do mundo a mulher de quem ela tomou a aparência, chamou a minha atenção.
O episódio também mexeu com um ponto nevrálgico na vida dos Connor, que é a condição psicológica de John. Que o garoto sempre foi diferente da maioria ninguém questiona, mas nesta temporada ele parece ter assumido com todo vigor juvenil o seu papel de aborrecente. Mas ouvindo suas conversas com o psiquiatra dá para ter uma noção de como a vida do garoto é opressiva. Ele não se sente seguro. A mãe não o deixa sentir-se seguro. As máquinas também não. O futuro que ele sequer viveu já traçou os seus passos para o presente. Não é de se admirar as atitudes que ele toma algumas vezes. Conversando com o Dr. Sherman podemos perceber que a pressão que a Sarah coloca sobre o filho é tamanha, que mesmo querendo ele simplesmente não consegue falar com ela. E cá entre nós, nem adiantaria, pois o sermão seria sempre o mesmo.
Talvez a cena mais importante do episódio inteiro tenha sido o suposto acidente com a arma. É engraçado como Sarah é super protetora o tempo inteiro, mas tão cega quanto quase todas as mães. Ela fecha os olhos quando não sabe lidar com uma situação e simplesmente faz de conta que a situação não existe. Infelizmente ela existe e John está se matando por dentro e se não conseguir externar a angústia que vem sentindo, é muito provável que acabe tirando a própria vida de verdade. Ou alguém ainda acha, depois de visualizarmos a cena brutal do garoto matando Sarkissian para salvar a mãe, que John realmente não tentou se matar naquela hora no quarto? Mesmo que tenha sido de forma inconsciente?
É por isso que eu gosto da Cameron. Ela não fecha os olhos. Ela quer John Connor vivo, e para isso ela jogou as informações do abalo psicológico do garoto por duas vezes de forma muito clara: a primeira ao mencionar as tentativas de suicídio que sempre começam como supostos acidentes, e depois ao dizer que talvez o nome do médico estivesse na parede porque ele ajudasse John.
O mais interessante é que ao mesmo tempo em que o Dr. Sherman ajudou John, ele também foi vital para a compreensão da inteligência artificial desenvolvida pela Zeira Corps. O que me leva a perguntar mais uma vez qual o objetivo verdadeiro de Catherine? E qual o motivo da exterminadora que lutou com Cameron (e perdeu) ter sido enviada para o Dr. Sherman? Eliminá-lo? Garantir sua segurança? Impedir que ele trabalhasse para a Zeira Corps? Haverá duas facções de máquinas no futuro?
E totalmente alheio a todos os acontecimentos opressivos na residência dos Connor, estava Derek, desfrutando a vida pré-apocalíptica, com um prazer desconhecido por nós que temos as coisas como certas e garantidas. E foi assim, sem mais nem menos que ele cruzou com uma conhecida do futuro. E não era qualquer uma, mas alguém com quem ele se importava, talvez até amasse.
Jesse contou uma historinha de deserção para explicar sua presença em 2008, mas teria algum sentido alguém que se sente sufocado pelos acontecimentos voltar no tempo justamente para um período tão próximo do Dia do Julgamento? E o que significam aquelas fotos tiradas de Derek e John? Qual é a verdade que Jesse esconde?
E é justamente a soldado do futuro que me fez pensar em algo uma vez mais. Jesse fala que tem metal em cada lugar ‘nesses dias’ e que as vezes eles surtam e foi assim que ela ganhou aquela cicatriz. Mas lembro de Kyle Reese mencionando para Sarah em O Exterminador do Futuro que a Skynet mandou o exterminador eliminá-la porque Connor havia levado a Resistência tão longe que não adiantaria mais matá-lo no futuro, pois a vitória seria dos humanos de qualquer jeito. Entretanto, pelo que Jesse contou (e mesmo pelas memórias de Derek), o futuro na série está tão desesperançado, que os humanos não parecem estar vencendo. Se for assim, por que mandar um exterminador para matar John? Qual a necessidade de matá-lo antes da guerra, se a Resistência é fraca o suficiente para sucumbir se o seu líder morrer durante a batalha?
Ou será que Catherine está em 2008 para garantir que, independente do surgimento de um líder como John Connor, a Skynet esteja tão preparada que não terá como ser vencida?
*****
Comentários aleatórios:
* A narração em off da Sarah está de volta! E, embora eu tenha amado o episódio como um todo, foi esse pequeno detalhe que mais me emocionou. Como eu senti falta da voz dela no início e no final!
* Confesso que tenho sérios problemas para compreender os títulos dos episódios da série e sua relevância. Do que exatamente este “A torre é alta, mas a queda é pequena” está falando?
* O roteiro ficou a cargo de John Enbom (Heavy Metal, The Tower…, Alpine Fields), cujos episódios me agradaram bem mais que muitos nestas duas temporadas (embora não tenha sido esta a opinião da maioria das pessoas com quem falei).
* Embora eu entenda a necessidade de segredo e cuidado, especialmente ao falar com um psiquiatra cujo nome está na lista gravada na parede com sangue, não vejo motivos para Sarah e John mentirem para o Dr. Sherman, quando uma meia verdade seria muito mais construtiva (como vimos no decorrer do episódio).
* Dá para acreditar que os Connor deixaram de saber sobre Catherine e a IA justamente porque John desligou a escuta para poder desabafar? O pior é que nem dá para culpar o coitado.
* É engraçado como eu odiei Shirley Manson no primeiro episódio por tê-la achado muito caricata. Nunca imaginei que um dia viria gostar tanto da personagem dela quanto gosto agora. Impagável aquela cena dela movendo a cabeça milimetricamente após os pedidos do fotógrafo.
* Digam o que quiserem, mas adorei terem explorado um lado um pouco mais humano de Derek. Ele não é apenas uma máquina humana de matar. Ele é um homem que pode amar e ser amado, inclusive de ser cegado pelos sentimentos. Quanto a Jesse, não gostei da moça.
* A atuação do Thomas Dekker tem me incomodado um pouco nesta temporada. Eu o adorava em Heroes e continuei gostando na primeira temporada de TSCC, mas algo mudou na sua expressão facial nos últimos episódios. A forma como ele mexe os olhos e move a boca parece muito artificial, o que dá um ar extremamente arrogante para John. Não sei se isso é intencional, se é problema de interpretação ou ainda se é o formato do rosto dele que está mudando (embora não seja mais um adolescente, Thomas ainda é bastante jovem para ter mudanças drásticas na estrutura facial).
* Aquela atriz que fez a exterminadora que lutou com Cameron só pode ser contorcionista. Meu Deus!
* E para finalizar, um dos motivos que me leva a conjecturar que a exterminadora tenha sido enviada para proteger o psiquiatra é a forma como ela disfarça no elevador. As mortes anteriores foram aleatórias, mas próximo ao ambiente do médico ela precisava se misturar, por isso a interrupção súbita quando a família entrou no elevador. Ou é isto ou foi uma tentativa bizarra de serem cômicos.
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Para sua questão, Mica, sobre o título do episódio, que tal isso: John Connor está predestinado a uma posição – Salvador do Mundo – em que qualquer coisa, por menor que seja, pode derrubá-lo. Ninguém chega ao alto sem carregar cicatrizes. Não adianta treino de armas e lutas para John, para ser o homem que vai salvar a humanidade das máquinas, ele TEM que ser mais humano que elas; senão, de onde virá a esperança?
“É engraçado como eu odiei Shirley Manson no primeiro episódio por tê-la achado muito caricata. Nunca imaginei que um dia viria gostar tanto da personagem dela quanto gosto agora.”
Concordo plenamente. A cada episódio tenho gostado cada vez mais dela. O enigma decifrado e cara dela tentando entender foi ótima. E a explicação da lembrança terminando com o sangue de vaca foi muito engraçado…hauhauhaa.
Esse episódio então, foi o 1º dessa temporada que fiz questão de ver e rever na madrugada, pois foi muito bom.
Realmente, a cena em que o fotógrafo pede para Catherine mover a cabeça e mexe os centímetros exatos só não foi mais hilária que a tentativa de sorriso dela. Também não gostava muito de Manson no começo, mas agora tenho curtido muito. E a menina que faz a filha dela é uma lindinha, todas as cenas das duas são ótimas.
Mica,
Foi um dos melhores episódios, repleto de questões para reflexão e de detalhes.
Só não gostei mesmo foi do confronto da Cameron com a Exterminadora. As duas entrando no prédio sem cruzar o olhar, a interrupção da luta no elevatdor, a forma como a Cameron a imobiliza, é muito elemento cômico junto, não combinou com a série.
Ah, e deixa eu ver se eu entendi bem. A história do Derek do amigo que tentou se matar. Era ele mesmo, é isto?
Engraçado que a atriz que interpretou a Jesse (Stephanie Jacobsen) tem prática com máquinas, já que ela participou do filme Razor, de Galactica, onde os vilões são os Cylons.
Também adorei este episódio. Foi o melhor até agora. Sempre que tentamos mudar o passado ou o futuro alguma coisa acontece. Quanto mais se quer evitar uma situação mais ela parece estar próxima.
Parabéns pelo review!
Também amei esse episódio. Estou adorando a Catherine. Shirley Manson está dando um show. E fofa, muito fofa a Savannah. E sou só eu ou é extremamente irritante a forma como a Sarah trata o John?
Thomas Dekker nunca me convenceu, não acho que foi uma boa escalação. Especialmente com o amado, salve, salve, Cristian ‘Connor’ Bale vindo aí (eu sei, comparação injusta, mas não resisto).
Não é só você, Nanda, eu venho reclamando da Sarah desde o primeiro episódio. Não é a toa que o John está ficando tão chatinho. Com uma mãe como a Sarah, ninguém merece….
Revi parte de T2 ontem e percebi algumas coisas na expressão do Furlong que o próprio Dekker tem. Mas falta a inocência que o guri tinha. Quero dizer, o John da série não ama viver, ele o faz por obrigação. Sente como uma obrigação para a mãe e para o futuro continuar vivo e isso é muito estranho.
Paulo, também não gostei da parte cômica entre as exterminadoras. Poderiam ter feito a coisa de forma muuuuuito melhor. Só foi legal ver Cameron levando-a para casa toda pequenininha 😀
João, o engraçado é que eu gostei muitíssimo da Stephanie Jacobsen em Razor, mas não suportei a garota desde a primeira vez que ela apareceu em TSCC.
Eu até agora só vi a Jacobsen neste episódio de Terminator. Não vi os outros ainda, assim, ainda é cedo para ter uma opinião sobre ela em Terminator.
Uma pergunta sobre o filme: alguém sabe se o novo filme vai ter alguma conexão com a série, ou se a série vai ser ignorada?
Em tempo, excelente review, Mica.
Putz, alguém não tem uma ideiazinha que explique como e quando se encaixa o ‘aprendizado’ da Catherine sobre sua ‘cover de mãe’ de verdade da Savannah?
Porque, se com os elementos que temos até agora, a Cameron ‘aprendeu’ a ser Allison já num mundo pós-apocalipse, onde/quando diabos a Cath ‘rouba’ a vida da Cath humana??
Tá, obviamente pós-parto, mas a garotinha não sabe q ela é de lata. Ou de metal líquido 😀 . Então significa que já existem, hoje, exterminadores líquidos roubando para seus interesses humanos-chave, talvez.
Espero que pelo menos expliquem isso ou dêem uma boa desculpa com os episódios que faltam, pois não tem melhorado a situação da série lá fora; acho INFELIZMENTE que logo ela acabará (não mundo hehe), digamos até prejudicada pelo filme. Ai ai.
Pelo que eu entendi, a T1001 foi mandada ao passado para alguma função específica, que, creio eu, seja construir/estudar uma inteligência artificial capaz de reagir de forma ‘humana’ (eu digo, além da sua programação).
Para isso, ela (provavelmente matou e) assumiu a identidade de Catherine quando esta morreu no acidente aéreo junto com o marido.
E, sim, talvez ela não seja um caso único. Talvez o nosso tempo esteja infestado de exterminadores assumindo lugares chaves entre os humanos. É por isso que eu digo que esta é uma guerra travada tanto no futuro quando no passado. Creio eu que a única alternativa para a resistência no momento é destruir a máquina do tempo e dar um golpe tão fatal nas máquinas que elas não tenham qualquer forma de reconstruí-la, garantindo assim que a guerra permaneça no futuro (e que os lutares de ambos os lados que estão no passado possam resolver sozinhos suas pendengas).