Review: Stargate Atlantis – Harmony


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Stargate Atlantis - Harmony
Série: Stargate Atlantis
Episódio: Harmony
Temporada:
Número do Episódio: 74 (4×14)
Data de Exibição nos EUA: 25/1/2008
Data de Exibição no Brasil: 10/7/2008
Emissora no Brasil: FX

Uma confissão. Esta review demorou a sair simplesmente porque eu não conseguia saber por onde começar a falar sobre o episódio.

O amor de fã acaba por desculpar muitas escorregadas de produtores, roteiristas, diretores, atores, simplesmente por ser amor de fã. Mas se o amor de fã às vezes beira o irracional, ele não é cego e, acima de tudo, não deixa de ser honesto. E honestamente, nos quatro anos da série, este foi o primeiro episódio que, se possível, deveria ser deletado da memória de Atlantis. E olha que sugerir que se apague algo da memória é um pecado mortal para alguém que é historiadora como eu.

Mas depois de suavizado o trauma é preciso dizer alguma coisa. Harmony não foi um bom episódio. Na verdade, na opinião da maioria dos fãs, foi o pior episódio desta quarta temporada.

Mas o que é que não funcionou em Harmony?

A direção e o roteiro.

Definitivamente William Waring não é um diretor para cenas melosas e Martin Gero não é um bom escritor para elas. Se retirarmos as cenas em que Sheppard era objeto das declarações de Harmony, o restante funcionou bem. Tão bem quanto qualquer outro episódio de meio de temporada.

Coagidos, a bem das boas relações entre Atlantis e um povo com o qual a cidade mantém relações comerciais, a escoltarem uma jovem pretendente ao trono em sua peregrinação a um local sagrado onde seria confirmada a sua capacidade de governar, Sheppard e Mckay têm que enfrentar uma conspiração que envolve os Genii e uma das princesas que também aspira a ser rainha. No meio do caminho, além dos Genii, descobrem que existe outro perigo na floresta, algo ou alguém que protege o local sagrado e que pode ser letal para aqueles que dele se aproximam. Quando chegam ao Templo de Laros, Mckay percebe que é um campo de testes onde foram desenvolvidas as primeiras experiências com os zangões. Os zangões protegem o local e aqueles que possuem o gene dos Antigos, o que torna os Genii vulneráveis aos ataques. Sheppard e Mckay protegem a garota, a conspiração é revelada, as relações entre Atlantis e o povo de Harmony são salvas.

A trama em si não era ruim. Mais uma vez, ruins foram direção e roteiro.

É necessário um certo talento para inserir cenas com teor romântico, apelo sexual ou de sedução em séries de ação e Sci-fi, onde habitualmente não se vêem cenas deste tipo, para que elas não descambem para o ridículo, como aconteceu com Travelers, episódio também dirigido por William Waring. Ao contrário, em Grace Under Pressure, as cenas entre David Hewlett e Amanda Tapping ajustaram-se ao episódio, não deixando aquela sensação incômoda de que algo não de encaixava na história, como um apêndice colocado às pressas. Ponto para Martin Wood que definitivamente tem talento para dirigir séries de sci fi, e acerta a mão na hora de dar o tom a esse tipo situação dramática.

A interação entre Joe Flanigan e Jodelle Ferland, nas cenas em que a garota declarava seus sentimentos a John Sheppard foi extremamente forçada. Ambos pareciam desconfortáveis em seus papéis. Em Flanigan isto era quase palpável. Com Ferland pode-se perceber o desconforto através de uma interpretação que beirou a afetação. Parecia uma aspirante a atriz, sem talento, recitando com excesso de entusiasmo, falas que deveriam transmitir um misto de arrogância e ingenuidade, próprios de uma princesa ainda muito jovem pretensamente apaixonada por um homem muito mais velho.

Stargate Atlantis - HarmonyJustiça seja feita. Jodelle Ferland não é uma atriz ruim. Com apenas quatro anos foi indicada ao Emmy, por sua atuação em Mermaid, filme produzido para a TV, onde trabalhou ao lado de Ellen Burstyn, também indicada ao Emmy. Mais recentemente ela apareceu em Silent Hill. A carreira da atriz inclui ainda participações em Dark Angel, Dead Like Me, Supernatural, Smallville, e, os fãs de Stargate podem lembrar-se dela em SG-1 como a jovem Adria. Em Harmony, as cenas em que contracenava com David Hewlett foram bem; ela conseguiu parecer teimosa, arrogante e às vezes ingênua.

No final o que potencialmente poderia ter sido apenas mais um episódio de meio de temporada, desses que os fãs assistem sem muitas expectativas, mais pelo simples fato de serem investidos do amor de fã e que ao final não causa grandes surpresas, foi uma grande decepção. Diretor e roteirista conseguiram inclusive a proeza de, pela primeira vez, em quatro anos de série, construir uma cena em que até David Hewlett parecia desconfortável. A última cena do episódio era perfeitamente dispensável e podia ter poupado o visível constrangimento do ator.

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  1. Marcio - 18/07/2008

    A única coisa que prestou do episódio mesmo foi o quadro no final. Me esbaldei de rir, na primeira vez que assisti, quando o McKay comenta que o quadro é “bem como o eu me lembro” 😀
    Fora isso, nota zero :X

  2. Bruno Eduardo - 18/07/2008

    Estive pensando ontem foi ao ar pelo FX o ep. Outcast que seria o 15º da quarta temporada, restando apenas 5 episodios, e na 2001video a 4º temp. esta em pre venda para o dia 6/8 e devera sair em dvd antes do canal terminar sua temporada.

  3. Sandra W. - 18/07/2008

    “…A trama em si não era ruim. Mais uma vez, ruins foram direção e roteiro…”

    Uma ressalva: a estória foi copiada do filme Conan, então, a idéia não é ruim mesmo, pena que não é original.

    Apesar do quadro final ter sido engraçado, achei deslocado, tipo, engraçado “demais” e fora de propósito. Mas como é apenas um seriado de tv, tudo bem. Vale pela diversão. Ah, concordo plenamente, poderia ser deletado, não acrescentou nada na trama da série, realmente pareceu “bolha” de meio de novela. 🙂

  4. Mica - 18/07/2008

    Olha, Regina, esse foi o unico episódio na história de Atlantis que eu realmente odiei. Lembro que quando terminou e estava com tanta raiva, mas com tanta raiva que quase não assisti o próximo só de birra. Não teve um único momento do episódio inteirinho que eu tenha gostado. Tudo pareceu falso, forçado, absurdo. Parecia tudo, menos um episódio de Stargate Atlantis.

    E acredita que eu nem me dei conta que era a atriz que fez a jovem Adria? Mas agora que você mencionou a minha mente lembrou da bendita, hehehe.
    Graças a Deus que foi um único episódio deslocado no meio da história da série…e que só não será deletado da minha memória, pq infelizmente o que é ruim gruda como praga.

  5. João da Silva - 18/07/2008

    Péssimo episódio, que pouco ou nada acrescenta à série. Além disso, os Genii foram mal utilizados.

  6. Marcio - 18/07/2008

    O próximo é o Trio, não? Putz, mais um episódio inútil 😛

  7. Marcos Almeida - 18/07/2008

    Eu perdi esse episódio ou deixei gravando e não encontro a gravação..hauhauhaua. Mas então não devo ter perdido nada…ainda bem.

  8. Mica - 18/07/2008

    Isso Marcos, caso você encontre a tal gravação, faça de conta que perdeu de novo. É um episódio a não ser assistido, que é para não correr o risco de lembrar eternamente desta catástrofe.

  9. Regina Monteiro - 19/07/2008

    Ahahahahahha! Mica gostei, “o que é ruim gruda que nem praga”. E mais uma coisa, pra ser sincera nem eu me lembrava que era a mesma atriz que fez Adria em SG1. É que eu a achei tão ruinzinha que pesquisei pra saber de onde ela tinha surgido.

    Sandra apesar de eu já ter assistido CONAN (faz um tempão), não me ocorreu que este pudesse ter sido inspiração para Harmony. Fiquei até curiosa para ver de novo.

  10. Sandra W. - 20/07/2008

    Regina, é o Conan 2, ele tem que levar uma pretensa princesa e ela acaba se apaixonando por ele… claro que não tem os “zangões”, tem coisa pior. Mas a base é a mesma. Inclusive da irmã má, que no filme, se não me engano, é a tia.

  11. sandra - 27/07/2008

    po favor deêm uma informação a samantha carter morre ou ficapara a quarta temporada sou de portugal ..e a série stargate sg1 já está no fim acaba este mês e o stragate atlantis estr??eou na fox … a samantha morre ou fica para a quinta temporada ? obrigada

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