Review: Stargate Atlantis – Doppelganger


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Stargate Atlantis - Doppelganger
Série: Stargate Atlantis
Episódio: Doppelganger
Temporada:
Número do Episódio: 64 (4×04)
Data de Exibição nos EUA: 19/10/2007
Data de Exibição no Brasil: 1/5/2008
Emissora no Brasil: FX

Confirmado que o código reativado por Mckay restabeleceu nos replicadores a diretriz de ataque aos Wraiths iniciando uma guerra entre eles, a equipe de Atlantis está livre, ao menos momentaneamente, para explorar alguns planetas que se encontram na base de dados dos antigos e ainda não foram visitados por eles.

Em Doppelganger encontramos Sheppard, Teyla, Ronon e Mckay em um desses planetas, à procura da fonte de um sinal intermitente de energia captado por Rodney. Em meio à floresta densa, encontram um cristal que brota nas árvores e se ilumina com a proximidade da equipe.

Sheppard:

Parece um daqueles brinquedos que nos dão quando somos crianças.

Rodney:

Commodore 64?

Ronon:

Espingarda de dois canos?

Sheppard:

Caleidoscópio….

Sheppard é irresistivelmente atraído pelo cristal e ao tocá-lo a energia é liberada, ele sofre o impacto e o cristal se apaga. A equipe volta para Atlantis sob os protestos de Rodney, que quer explorar a descoberta, e sem saber que a energia que se encontrava latente no cristal era uma forma alienígena que se transferiu para Sheppard.

O tema do episódio não é novidade. A equipe de Atlantis já teve problemas com seres que eventualmente conseguem entrar na cidade, tornando-se uma ameaça à segurança da equipe, como em Hide and Seek ou The Long Goodbye. São episódios pontuais sem grandes implicações para o desenvolvimento da história: a trama não estabelece relação com eventos passados e dificilmente trará alguma implicação no futuro, a não ser pontualmente.

Diferentemente desses episódios, no entanto, o que torna Dolpperganger único é que o conflito presente na trama é apenas um artifício para que seja exposto um lado dos personagens que nós somente vislumbramos até então. A entidade alienígena presa em Sheppard trafega, através do toque, de um para outro membro da equipe, alimentando-se de seus medos. Não aquele medo comum (medo da morte, da perda) ou o medo que nasce em determinadas situações (dos wraiths, dos replicadores, de uma falha de energia ao se acionar o hyperdrive), mas seus medos intangíveis, aqueles que delimitam e moldam a personalidade e as ações de cada um.

Ao chegar em Atlantis, Sheppard é submetido a uma série de exames que não apontam nada fora do comum. Ao despedir-se de Teyla, que o acompanhou até a enfermaria, a entidade transfere-se para ela. Em seus sonhos Teyla vê-se questionada por Sheppard (a entidade assume sua forma). A equipe perdera a confiança nela. Desconfiam que a porção Wraith em seu DNA está agindo sobre sua vontade desde que entrara na mente da rainha Wraith (Submersion). Confiança e lealdade. Desses pilares vem sua força. Perdê-los é seu maior medo.

Depois de uma noite sem dormir, Teyla procura a Dra. Keller que lhe receita alguns sedativos. Ao despedir-se, a entidade é transferida para a médica. Em seus sonhos ela vê-se chamada com urgência à enfermaria onde encontra Teyla, amparada por Sheppard, debatendo-se de dor. Ao tentar examiná-la, a médica fica paralisada, sem ação, vendo um inseto Iratus saltar, sob o olhar extasiado de Sheppard, do ventre da paciente, menção explícita a Alien, o 8º Passageiro. Embora Keller tenha pesadelos horríveis com o filme, fruto de uma brincadeira feita por um colega na faculdade, seu maior medo reside na insegurança em relação à sua capacidade para ocupar o cargo em Atlantis.

Sem conseguir dormir ela vai até a enfermaria à procura de um sonífero. Lá encontra Ronon que, atingido em um treino com Sheppard, precisa de alguns pontos. Keller começa a costurar o corte e Ronon adormece. Ele vê-se, então, em uma Atlantis deserta. Corre em desespero pelos corredores chamando, mas não há resposta. Ao abrir uma das portas encontra-se em uma floresta e vê-se imediatamente sob ataque. Ele é novamente um fugitivo e Sheppard é seu algoz. Seu maior medo? Ver-se sozinho novamente. Entendemos então a gratidão que ele sente por Elizabeth Weir: ela o deixou ficar. Ficar para Ronon significou deixar de fugir, mas sobretudo, significou deixar de estar sozinho.

A essa altura já sabem, ou desconfiam, que o problema começou quando Sheppard tocou o cristal. Os casos vão se repetindo… major Lorne, em um ataque de sonambulismo acredita que Sheppard é um replicador… e se agravando, Kate Heghtmeyer morre durante o sono.

Mckay e Carter conseguem determinar que, sendo uma forma de energia, a entidade pode deslocar-se pelos condutores. Zelenka, através dos sensores da cidade a localiza em Mckay e eles tem que correr contra o tempo antes que ele se torne uma vítima fatal. Como em Hide and Seek, a alternativa é dar à entidade uma chance de voltar ao seu planeta. Então, com um aparelho descoberto pelo SG-1, Sheppard entra nos sonhos de Mckay, para ajuda-lo.

Rodney está em um barco no meio do mar e tenta desesperadamente remar até Atlantis. Uma baleia ronda o barco. Ele tem pesadelos com elas desde que seu pai leu “Moby Dick” para ele. Há mais duas presenças em seu sonho: Sheppard personificado pela entidade e Sheppard seu amigo. Os dois discutem, mas o pavor de Mckay é superior à sua capacidade de raciocinar. Ele não ouve o amigo e perde a batalha.

De volta ao quarto de isolamento, Sheppard acorda para descobrir que Mckay teve um ataque cardíaco e Keller não conseguiu reanimá-lo. Ele está morto. Então Sheppard vaga sem rumo pelos corredores de Atlantis, e a equipe passa a culpá-lo pela morte de Rodney. Mas todas as hostilidades não superam o seu próprio sentimento de culpa. Ele falhou com um amigo. Falhou como responsável por uma missão. Falhou com aqueles que precisavam dele. Esse seu maior medo. Era a sua vez de sonhar.

Voltamos a sala de isolamento para perceber que as cargas do desfibrilador funcionaram com Rodney e são uma arma contra o invasor. Sheppard está entrando em choque e é a vez de Mckay ir até ele. Rodney entra nos sonhos de Sheppard e enfrenta a entidade, que é atingida pelas cargas elétricas do desfibrilador. Mckay e Sheppard voltam para a realidade e a entidade para o cristal. Estão livres.

Stargate Atlantis - DoppelgangerO medo intangível de Mckay? Deparar-se com uma situação crítica onde a salvação não se encontra ao alcance de sua racionalidade. O que o desagrega não é o perigo em si, mas a impossibilidade de racionalmente lidar com ele. Enquanto Sheppard, Ronon e Teyla tomam a coragem em grandes tragos, a de Rodney vem em pequenos goles.

No final, todos compartilham de uma noite de insônia.

E deixamos Atlantis com a imagem da nova equipe – Sheppard, Teyla, Rodney, Ronon, Keller e Carter – conversando em um deck sob a luz do luar.

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  1. Thiago - 10/05/2008

    lendo o seu review ficou mais interessante de qnd eu vi o episódio em si. rs

  2. Mica - 10/05/2008

    Também adorei o review. Me fez pensar um monte de coisas que eu não tinha pensado quando vi o episódio, mas que fazem total sentido.
    Foi um episódio muito bom, mas um review ainda melhor ^_^.

  3. João da Silva - 10/05/2008

    Gostei do review, embora nem tanto do episódio.

    Foi bom ver os roteiristas usarem um aparelho que havia aparecido antes em SG-1, mas por outro lado achei gratuita e desnecessária a morte da Kate Heghtmeyer, que já havia aparecido em vários episódios da série.

    Gosto da Keller, especialmente porque a Jewel Staite, que a interpreta, participou da saudosa série Firefly.

  4. Mica - 10/05/2008

    Pois é, e a personagem dela em Atlantis está COMPLETAMENTE diferente. Se bem que com o tempo ela deve dar uma ‘endurecida’, como aconteceu com o próprio Becket ou o McKay.

  5. Marcos Almeida - 11/05/2008

    “lendo o seu review ficou mais interessante de qnd eu vi o episódio em si.” [3]

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