TeleSéries
Review: Roma – Deus Impeditio Esuritori Nullus e De Patre Vostro
24/06/2007, 12:29.
Laura Gomes
Reviews
Roma
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Série: Roma
Episódio: Deus Impeditio Esuritori Nullus e De Patre Vostro
Temporada: 2ª
Número do Episódio: 21 e 22
Data de Exibição nos EUA: 18/3/2007 e 25/3/2007
Data de Exibição no Brasil: 10/6/2007 e 10/6/2007
Emissora no Brasil: HBO
Antes de mais nada gostaria de justificar minha opção por reunir em um só texto as resenhas dos dois episódios finais de Roma. Primeiramente, achei que eles constituem uma unidade à parte, em termos estéticos e de roteiro. Em segundo lugar, achei que nos vinte episódios, tanto roteiros e cenas misturaram de forma mais equilibrada a informação histórica com a licença poética do que nos dois episódios finais, que penderam mais para a segunda opção.
Para não dizer que tudo foi perfeito, achei também que os roteiristas escolheram o caminho mais fácil para dar cabo de Marco Antônio: enlouquecê-lo. De certo modo, foi um fim injusto para um personagem inesquecível, com muitas arestas e magnificamente interpretado pelo ator James Purefoy. Com certeza, ele merece levar todos os prêmios por este papel.
O episódio 21 tem início com um “amanhecer” no Egito. Vemos Lucius Vorenus deitado na cama ao lado de uma mulher. A câmera se aproxima e do ponto de vista dele, esta mulher é Níobe, sua falecida esposa. Ela se vira para ele e a saudade fala mais alto. Convencido de que é Níobe que ali está, Vorenus abraça e beija a mulher ternamente. Mas logo, logo a visão de Vorenus é substituída pela realidade. Uma voz rouca falando uma língua ininteligível dá lugar ao rosto de uma mulher careca.
Junto com Vorenus, o telespectador é assim despertado, para ser jogado abruptamente em um mundo estranho e bizarro. Temos uma mudança importante no fluxo da série nos dois episódios finais. O drama elizabetano dá lugar ao teatro do absurdo.
Mas o que isto quer dizer? Nada que não saibamos. Ou seja, na eterna batalha entre “nós” e os “outros”, “civilizados” e “bárbaros”, ou entre os “bons” e os “maus”, o triste papel dos segundos coube ao Egito e à sua rainha.
Sim, leitor, no Egito, as mulheres são carecas, ensandecidas, drogadas e ninfomaníacas. O lugar é horroroso, um calor insuportável, além do que eles costumam cultuar cachorros, gatos e répteis (cuja única função nobre parece ser alimentar as águias…).
Ou seja, se em algum momento houve uma grande civilização no Egito, esqueça, pois a única coisa que o país possui de bom neste momento é um solo fértil que dá a ele condições de ser o principal celeiro dos romanos, mas que, teimosamente, seus soberanos se recusam a entregar. Assim, tendo reduzido o conflito político a esses termos, os roteiristas tornaram o fim das duas personagens muito previsível.
Mas afora esses deslizes, o telespectador teve diante de si cenas emocionantes e desempenhos memoráveis de Kevin McKidd (Vorenus) e Ray Stevenson (Titus Pullo). Realmente, em vários momentos, é graças a eles que as atenções dos telespectadores se mantêm firmes.
Ao contrário de Marco Antônio, Vorenus continuou sendo um “autêntico romano”, assistindo estoicamente à decadência de seu mestre e comandante, sendo-lhe fiel até o fim. Este contraponto entre o bravo estoicismo de Vorenus e a luxúria de Marco Antônio foi, sem dúvida, uma estratégia muito bem usada para dar um alto grau de dramaticidade ao encaminhamento final das duas personagens.
O mesmo pode ser dito de Pullo. Mantém-se fiel ao amigo distante, permanecendo no Aventino tomando conta de seus filhos, ao mesmo tempo em que continua leal a Otávio. O fato de Marco Antônio e Cleópatra se recusarem a enviar alimentos para Roma, finalmente dá a chance para Otávio liquidá-lo. Temos assim, finalmente o confronto final com Marco Antônio, seu grande antagonista.
A fim de ganhar tempo, e sabendo de antemão que a missão está fadada ao fracasso, Otávio manda Átia e Otávia ao Egito para tentarem um acordo. Como previsto, elas não são recebidas e retornam humilhadas, apesar de saberem que tudo não passou de um estratagema de Otávio para comprometer Marco Antônio diante do povo e, dessa forma, obter legitimidade para declarar uma guerra contra ele.
Com a guerra declarada, Pullo novamente é envolvido nos acontecimentos políticos do Império. Sabendo da amizade que une Pullo a Vorenus e conhecendo a fidelidade do segundo a Marco Antônio, Otávio convoca Pullo para ir à guerra consigo de forma a resgatar Vorenus e trazê-lo de volta, são e salvo. Pullo começa a fazer os preparativos para partir, quando mais uma vez o destino o surpreende.
Gaia, sua atual mulher é atacada por Mêmmio e fica mortalmente ferida. Diante da morte iminente, ela decide revelar seu terrível segredo sobre o envenenamento de Irene. Mas ao fazê-lo, não tem a mesma sorte daquela, de morrer nos braços do amado e ser chorada por ele. Tomado pela ira, Pullo estrangula Gaia para, em seguida, abandonar seu corpo em um pântano antes de seguir viagem.
O episódio final inicia com a fala de Marco Antônio para Vorenus no barco, após a derrota para as tropas de Otávio em Alexandria.
Eu estava bem distante. Toda minha vida eu tive medo da nossa derrota. E agora que ela veio, ela é de longe menos terrível do que eu esperava. O sol ainda brilha. A água ainda tem um gosto bom. Glória é plena e boa, mas a vida é o suficiente, certo?
Essas palavras são importantes porque nos dão uma medida do que sempre se passou na cabeça dividida de Marco Antônio. No fundo, como muitos de nós, ele gostaria de ter uma outra vida, mais comum e mais livre das circunstâncias que fizeram dele um homem poderoso, o braço direito de César, um governante e, finalmente, o principal antagonista do herdeiro de César, Otávio.
É com essa idéia em mente que ele reconhece a derrota e entrega o seu posto de comando no Egito: quer uma segunda chance. Quer viver como um homem comum no Egito. Contudo, Otávio é um tirano, e sabendo que este sempre fora o desejo secreto de Marco Antônio, nega. Na condição de Imperador, ele quer uma rendição total e incondicional. Otávio agora é o senhor da vida de Marco Antônio. Quer vê-lo a seus pés.
Através de um mensageiro, Otávio envia os termos de rendição e pede para que Vorenus seja avisado da presença de Pullo. Marco Antônio recusa os tais termos de rendição e, por sua vez, desafia Otávio para um duelo que também é recusado. Enquanto isso, Cleópatra – e novamente temos os clichês – faz um acordo secreto de última hora com o inimigo. Marco Antônio vai ter com ela. Ele sabe que Otávio mandará incendiar o palácio real no dia seguinte, pela manhã. É preciso decidirem o que fazer. Cleópatra diz que não podem morrer à noite, na escuridão, e é melhor aguardarem o amanhecer.
Marco Antônio concorda e volta a beber com Vorenus. Passam a noite conversando, relembrando antigas batalhas. Ao amanhacer, Marco Antônio recebe a notícia da morte de Cleópatra. Está bêbado, mas entende também que morrer é a sua única saída. Segue-se então a cena emocionante, porém contida que nos dá uma medida da maestria desses dois atores, McKidd e Purefoy.
Vorenus entrega uma espada romana a Marco Antônio que, após algumas breves palavras, deixa-se trespassar por ela enquanto abraça o amigo fiel. A amizade e o luto de Vorenus podem ser observados na forma como logo após a morte de Marco Antônio, ele veste o corpo trajando-o novamente como o bravo soldado romano que Marco Antônio sempre fora, e sentando-o ao lado do trono de Cleópatra.
Os acontecimentos se precipitam. Cleópatra reaparece viva para espanto de Vorenus. Ambos discutem e Vorenus já sabendo da presença de Pullo e das intenções de Otávio sobre Cesárion, convence Cleópatra a deixá-lo fugir com o menino para o sul do Egito. Disfarçados, Vorenus e Cesárion saem do palácio real que agora está sob o controle das tropas de Otávio e seguem rumo ao deserto, onde são surpreendidos por Pullo. Finalmente Pullo conhece seu filho, gerado em Cleópatra há muitos anos atrás quando lá estiveram com César, em sua campanha no Egito (1ª temporada).
Enquanto isso, Cleópatra arrependida de sua traição decide também por fim a sua vida. Segue-se a famosa cena da serpente, seguida da morte da rainha, testemunhada por Otávio que fora informado a tempo da tentativa de suicídio de Cleópatra.
Infelizmente as estradas estão todas bloqueadas pelas tropas romanas. Para escapar delas e salvar o menino, Pullo e Vorenus têm de enfrentar os soldados romanos. Vorenus é gravemente ferido. Tudo o que ele deseja agora é voltar a Roma, morrer em paz ladeado pelos filhos em sua velha cidade.
Chegamos assim ao grande momento, às cenas do triunfo de Otávio Augusto, título que doravante Otávio portará como o primeiro Imperador da longa história do Império Romano. A cidade e o povo romano estão se preparando para receber e festejar o seu Imperador que está chegando do Egito. Por coincidência, Pullo também está retornando a Roma. Apesar das dificuldades, conseguiu realizar o último desejo do amigo trazendo-o de volta, juntamente com Cesárion.
Vorenus morre, após obter o perdão dos filhos, justamente no momento em que Otávio é aclamado Imperador. A cena da aclamação ainda nos reserva uma outra surpresa. Lembram-se de Átia? Apesar de derrotada no amor, no seu orgulho e nos seus projetos de felicidade pessoal, ela continua a mesma. Seu confronto com Lívia nos dá uma medida de sua vontade de viver e de seu poder pessoal, apesar de todas as perdas e danos.
Nas cenas do desfile propriamente dito, outra seqüência de takes maravilhosos, especialmente de mãe e filho se olhando e se medindo. Temos também Otávia, finalmente reconciliada com a mãe e com a sua condição de matrona. Enfim, a família novamente está re-unida apesar de tudo.
Finalmente, Pullo consegue convencer Otávio de que Cesárion foi morto no Egito e receber sua recompensa. De volta às ruas populosas do Aventino, o menino recebe a notícia com alegria e jura por Osíris que um dia irá retomar o seu lugar, vingar sua mãe e seu pai, o grande César. É chegada então a hora da verdade, e um pouco de Freud não faz mal a ninguém. Pullo o interrompe, com as palavras
Listen, about your father…
Mas essa é uma outra história.
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Eu lembro que me peguei condenando Marco Antônio e Cleopatra logo no começo do episódio 21, e foi suficiente pra eu fazer uma reavaliação. Quando eu mais nova, se tinha uma história que eu amava, era a da Cleopatra. A maneira como tirou seu irmão do trono, como governou o Egito, ela era uma baita mulher. E em Roma, foi tudo um pouco distorcido, manipulado mesmo. Normal, considerando os responsáveis pela série, mas decepcionante. Não seria muito melhor se nós tivessemos que decidir de que lado ficar sem maquineísmo?
pra quem acompanhou a série desde o primeiro ep. como eu, o final não poderia ter sido melhor……apesar do final melancólico de Marco Antônio, o melhor personagem da série junto com Átia…….pena que os EMMYS só levem em consideração o aspecto técnico da série, como aconteceu na primeira temporada, levando vários premios técnicos (maquiagem, figurino, etc.). Agora só falta um texto “Eu quero uma indicação ao Emmy para roma”…
Não achei que a mote de Vorenus tenha ficado clara… seria uma bela surpresa a continuação da série com ele e o Pullo. Excelentes atores e bem bolada a forma como foram inseridos na estória …
A única coisa que me incomodou um pouco foi a “viagem” do Otávio levar os filhos de Cleópatra para serem criados em Roma, quando na verdade ele os matou…
Concordo com você Thais em relação a forma maniqueísta como foi tratada Cleópatra.
E justo na semana que o Discovery Channel apresentou um especial totalmente contrário a essa versão…
Laura: em relação aos textos, acho que perdeu muito a qualidade por juntá-los, mas…
Eu acho que eu já vi esse documentário, Babi. Se for o mesmo, é muito bom.
segundo o site da hbo, Vorenus morreu sim……logo após se reconciliar com a filha….
http://www.hbo.com/rome/episode/season2/episode22.html
Vai ter terceira temporada????vai rolar novos imperadores????
Lógico que tem muita ficção em Rome, mas mesmo assim eles conseguiram ser bastante honestos com a versão original.
“Listen, about your father”, a série conseguiu ser boa até na ultima fala…
A melhor da temporada, sem dúvidas. Merece o emmy!!
Não, Prue. Não vai ter terceira temporada. Foi cancelada a sére. Os custos eram muito altos, mesmo pra HBO.
* série
Cesarion foi morto, e Lívia foi a terceira esposa de Otavio(ao que me consta), e teve grande responsabilidade nas decisões futuras de Otavio, sempre manipulando em favor de seus filhos com o primeiro marido. A propósito, após a morte dos netos de Otavio, quem efetivamente assume o poder e é o novo imperador romano após ele, é Tibério, filho apenas de Lívia.
Não gostei da sua crítica… apenas um resumo do episódio, sem sua opinião…
E Polly Walker foi o melhor de Roma, e merece ao menos uma indicação ao Emmy…
amei seu review como todos os anteriores, vc escreve mto bem!!!
gostei do finale apesar das liberdades que os autores tomaram…
triste a morte do Vorenus…as outras mortes já eram meio que esperadas…
agora é guardar saudades dessa série maravilhosa!!
Babi,
Na verdade, os filhos de Cleópatra com Marco Antônio foram levados a Roma e criados por Otávia, isso na história real. O único que foi perseguido e morto foi Cesárion, que era a verdadeira e única ameaça a Otaviano.
ROMA é a melhor série da HBO junto com CARNIVALE e FARSCAPE.
Farscape era muito bom mesmo. Infelizmente eu não vi Carnivale, coloca na lista que eu coloquei lá em cima de séries da Hbo que eu espero que um dia reprise desde o inicio, que eu gostaria muito de ver certinho.
Este parece ser o único site em que encontramos comentários sobre Roma, os outros blogs especializados em séries simplesmente ignoraram essa que foi um verdadeiro acontecimento na televisão.
Quanto ao review, faltou dizer que Gaia foi ferida defendo Pullo e salvando-o da morte, o que tornou a atitude de Pullo ainda mais dramática, pois ele simplesmente ignorou que Gaia salvara sua vida e estrangulou-a quando soube que ela envenenara sua amada Irene, ou seja, em Roma não havia espaço para redenções.
E Cleopátra simplesmente não se arrependou de sua traição, como consta no review, mas quando viu que a intenção de Otávio era humilhá-la e levá-la presa a Roma, foi que resolveu sucidar-se.
Francisco, a minha crítica é a minha opinião. Acho que Roma pecou no momento em que apresentou o Egito como uma sociedade bizarra e um mero celeiro de alimentos. Não achei que era para me estender sobre isso.
Ivonete, realmente Gaia morreu defendendo Pullo de Mêmmio. Aliás, ficou faltando dizer que Mêmmio desde aquele ataque ficara como uma espécie de prisioneiro do grupo de Vorenus e Pullo.
Quanto a Cleópatra, concordo que ela decidiu se suicidar no momento em que percebeu as intenções de Otávio de levá-la presa. Mas acho também que nesse momento ela se deu conta de que Marco Antônio estava certo a respeito das avaliações que fizera de Otávio e o que ele pretendia fazer com ambos. Finalmente, ela entendeu porque Marco Antonio havia sido o grande antagonista de Otávio. Aliás, poucos ali sabiam tão bem quanto ele o que Otávio pretendia realmente.
Então ao se decidir pelo suicídio, ela o fez, sem dúvida, para escapar de uma morte desonrosa, mas também para firmar uma posição política contra o atual Imperador e permanecer ao lado daquele que fora o seu maior antagonista e adversário, Marco Antônio.
Acho que até Otávio entendeu isso, que Cleópatra morreu fazendo política e escolheu ficar do outro lado.
Aliás, Marco Antônio continuou sendo uma personagem importante na História de Roma pq de alguma forma aliou-se à descendente dos Ptolomeus, opondo-se aos interesses imperialistas de Roma.
Bem lembrado pelo Sérgio. Em minha opinião, as melhores séries da HBO foram FARSCAPE, EPITÁFIOS e ROMA.
Não me conformo até hoje com o cancelamento de FARSCAPE. Pelo menos o Hallmark apresentou, em forma de minisérie, um desfecho para a série. Isto é melhor do que outrs séries que são canceladas e ficam sem conclusão.
Laura, seu summary de ROMA foi muito bom. Parabéns.
Como não sou especialista em história não saberia dizer se tudo foi fiel, mas achei o final brilhante, como sempre a serie se concentra nos personagens, nas palavras, talvez até devido ao custo, ignorando a ação e deu a seus personagens um final digno.
Laura me permita discordar um pouco de você, na minha opinião o Egito não foi retratado de forma bizarra, o Egito naquela época, talvez eu esteja errado, não era nem sombra dos tempos passados, a serie só reflete o ponto de vista dos romanos sobre certas coisas, eu também ficaria meio chocado, eu consigo achar alguns costumes romanos mais normais que o dos egípcios, como a religião, onde os romanos adoram deuses de forma humana e os egípcios animais, o excesso de pinturas e a maneira diferente de vestir-se, com pouco roupa, as orgias eram normais de ambos os lados e foi mostrado na serie as orgias na corte egípcia naquele momento, não sabemos o que aconteceu nos dois anos de convivência entre o Marco Antonio e a Cleópatra, ou como era a relação entre as pessoas comuns, o Marco Antonio e a Cleópatra não devia ser um casal puritano baseado no que vimos durante a serie.
O Otavio estava corretissimo em querer acabar com o Marco Antonio de vez, deixar um cara com a ambição dele solto é pedir pra tomar no futuro e expor a Cleópatra à humilhação publica pelo jeito era algo bem romano, pois o Cesar vez a mesma coisa com o rei Gales.
Achei muito simbólico aquele final soberbo do Otavio no trono e atrás dele bem distribuídas às mulheres romanas, a mãe, a esposa, a irmã e a sogra, e a Atia destruída por dentro também é algo a se pensar, pois ela em vários momentos impôs a seus filhos sua vontade e agora a coisa se inverteu.
oi pessoal adorei encontrar essa discurssão sobre roma,pois queria saber de vcs,será q Atia existiu?ou era um personagem ficticio?e na serie Marco Antonio chegou a ama-la?
É uma pena que uma série de tamanha qualidade encerre assim de modo melancólico mesmo havendo tantos desfechos possíveis, tanta hostória para ser contada.
Falamos de violência mas adoramos ver 24hs em detrimento de outras informações com conteúdo como foi Roma.
Pena…