TeleSéries
Review: One Tree Hill – Searching for a Former Clarity e Letting Go
07/02/2010, 11:58. Paulo Fiaes
Reviews
One Tree Hill
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Série: One Tree Hill
Episódio: Searching For a Former Clarity e Letting Go
Temporada: 6ª
Número do Episódio: 124 (6×18) e 125 (6×19)
Data de Exibição nos EUA: 23/3 e 30/3/2009
Data de Exibição no Brasil: 20 e 27/1/2010
Emissora no Brasil: Fox
Faz um bom tempo que venho pensando em fazer um texto “Ode ao Dan Scott”, tamanha é minha adimiração por este personagem, e Searching For a Former Clarity caiu como uma luva para eu escrever linhas e mais linhas sobre o pai de Nathan e Lucas.
É curioso que quando falamos de One Tree Hill, geralmente falamos que é uma série sobre relacionamentos, sobre valores, e geralmente deixamos por último pra falar sobre a primeira grande caracteristica da série, suas reviravoltas. Não há personagem que personifique melhor está caracteristica da série do que Dan Scott.
A história de Dan pode ser vista de diversas formas, há quem diga que ele foi um pai autoritário e exigente para Nathan, e há quem diga que ele foi um pai ausente pra Lucas. Dan teve um problema no joelho que o fez abandonar sua chance de disputar a NBA, e de certa forma forçou que seu sonho fosse realizado por seu filho. Dan humilhou Karen, Keith e Lucas por anos, Dan matou Keith. Tudo isso faz parte da história do personagem, mas ele é muito mais do que isso.
Sempre disse que o personagem representava pra mim aquilo que poderíamos nos tornar se perdessemos nossos sonhos e não tivessemos uma boa referência. A bem da verdade que Dan tinha Keith, Karen, todos e tudo, mas nunca foi tão verdade aquele ditado popular de que só damos valor ao que temos quando perdemos. E foi na morte de Keith que Dan começou a renascer.
Dan também sempre representou pra mim aquele lado nosso que temos vergonha de admitir, o lado que se incomoda com alguém que é melhor do que a gente, e Keith era quase um santo na cidade, e apesar de Dan ser o irmão mais velho, ele sempre foi ofuscado por Keith. Ele também representa nossa perda de fé, que é quando nos escapa pelas mãos aquilo que sempre sonhamos e o tempo que se perde até encontrar outros caminhos. E Dan demorou tempo demais.
Mas tudo isso relatado acima é só pra dizer que o que mais admiro nesta nova faceta do personagem é que ele nunca negou o que fez. E é aí que ele se redime ao menos comigo. A ironia que Mark fez nas duas vezes que Dan perdeu a chance de ter um coração novo foi que ele só perdeu porque fez uma boa ação, primeiro ajudando o casal de velhinhos e dessa vez acariciando um cachorro.
Alguns acharam a cena esdrúxula, eu a achei genial, porque logo depois ele questiona Deus, mas ele não nega seu passado e mais do que isso, mesmo passando por todas essas coisas, ele aprendeu a valorizar aquilo que ele sempre teve, mas não deu valor, e com isso pede desculpas mais uma vez aos seus filhos e elogia os homens que eles se tornaram, faz com que Debie não se culpe pela morte de Keith, porque mesmo ela tendo carregado a arma, foi ele quem atirou, foi ele o culpado. Principalmente, foi sincero com seu único amigo, mesmo correndo o risco de perdê-lo.
Agora lembrem-se de quem era Dan Scott quando essa série começou e vejam neste episódio o homem que ele se tornou, se merece ser ou não perdoado pela familia, é uma outra história, mas é de longe o melhor personagem trabalhado na série.
Eu já desperdicei várias reviews elogiando o desenvolvimento dos personagens nesta série e eu que assisto muitas série ainda considero One Tree Hill como uma das poucas que sabe aproveitar TUDO que aconteceu na série, e faz desse “TUDO” uma escada para seus personagens.
O outro grande destaque deste episódio foi o goodbye de James Van Der Beek. Lembro que na primeira vez que vi a participação dele na série achava que ele pudesse se tornar regular, achava que era capaz de um dia ele virar pra lucas e dizer “na verdade, eu nasci em Capeside, meu nome verdadeiro é Dawson Leery, e perdi minha alma gêmea pra meu melhor amigo..” e não estou brincando, acreditava realmente que isto pudesse acontecer e tenho minhas teorias que Mark queria sim fazer isto.
Teorias a parte, o personagem dele não teve muita importância na trama, apenas uma homenagem a série que até hoje faz sombra pra One Tree Hill. Uma vez o Paulo Serpa Antunes me disse que One Tree Hill tem dificuldade em criar personagens tridimensionais, e concordo em parte com ele, Mark não conseguiu acertar a mão ao tentar trazer um personagem que incomodasse e ao mesmo tempo fosse cativante, e isto vem de muito tempo atrás, com Chris Keller, Felix, Rachel, Quentin, e agora com o personagem de Der Beek. E com isso os personagens da série acabam se tornando similares o que de fato é uma falha da série. Mas que ao mesmo tempo não concorco que os demais personagens que acompanhamos ano após ano não sejam tridimensionais.
E o episódio Letting Go serviu pra eu exemplificar um pouco mais as facetas de alguns personagens.
Brooke mais uma vez fechou uma porta pra ela, Julian tentou, mas o medo dela falou mais forte. É uma situação muito dificil de julgar, porque eles se conhecem há pouco tempo, ele foi pra cidade pra tentar reconquistar a Peyton, que por sinal, foi quem acabou conquistando seu ex-namorado. Mas ao mesmo tempo, teve Owen nesse meio termo, e sim, ele foi infantil ao fugir dela por causa do papo de adoção, mas ela vem fugindo de abrir seu coração há um bom tempo. E Julian é do tipo “carpe-diem” e de fato, não podemos culpá-lo por isso, mas colocar alguém contra parede nunca foi a melhor solução pra nada. Se fosse assim a serie 24 Horas se chamaria “2 minutos de interrogatório com Jack”. Ok, essa foi podre, me desculpem.
Mouth e Skills são os personagens com mais potencial na série e também os mais maus aproveitados na série. Uma pena, Mark nunca lidou com racismo na série, pegou leve com homosexualidade, e foi genial ao mostrar as dificuldades de um garoto normal se enturmar com os populares. Mouth era assim, e talvez até por isso tenha conquistado todos. E acho que esse é um dos motivos de não gostar do relacionamento dele com Millicent. Veja bem, o personagem tem seos anos na série, e qual o tema que resolveram trabalhar com ele na temporada passada e esta? A virgindade de sua namorada, tema este que foi muito recorrente com ele nas quatros primeiras temporadas.
E Skills caiu no clichê que mais me incomodo em filmes e séries americanas. Do negro ser a piada da turma, ou neste caso, aquele que nos faz rir. Sim, porque sabemos que ninguém o trata como uma piada na turma, mas a série nunca soube dá um plot interessante pra ele, e assim se desperdiça dois ótimos personagens.
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Seria interessante se o Jaime perguntasse pro Dan “Por que? ” no momento que o Dan cofessou ter matado o Keith
Acho que o Mark nunca abordou racismo na serie pra nao cair no cliche , como foi na Homossexualidade da Tagarro , ele até abordou no episodio que o Skills iria conhecer os pais da Deb , mas foi por um episódio, melhor assim ..
E Skills caiu no clichê que mais me incomodo em filmes e séries americanas. Do negro ser a piada da turma, ou neste caso, aquele que nos faz rir.
Lembrei de ” Nao é mais um beteirol americano ” 😀
Parabéns, Paulo. Mais um review genial.
Assistir a um episódio de OTH sem ler o review do Paulo Fiaes depois é como deixar o dever de casa incompleto… rssss (essa foi mais podre do que a sua, heim, Fiaes!)
Ótimo review,gostei muito dos dois episódio,só um detalhe,Dan não abandonou o basquete por causa do joelho,lembra na 1ªtemporada,quando os pais dele vão a cidade,a mãe revela que ajudou ele a mentir para largar o basquete,porque ele não aguentava a pressão do pai…ou seja,ele foi um covarde,e tiranizou o Nathan por causa do bastaque idealizando o que ele poderia ter sido,e não foi por suas próprias escolhas.
Na boa, foi hilária a cena do cachorro comendo o coração… Até meu marido, que não acompanha a série muito bem, disse “bem-feito”…
acho q Dan não era o irmão mais velho não…..
Aham, Dan era o irmão mais velho. 🙂
Tenho muito pena da Brooke… Ela sempre foi minha personagem favorita, mesmo quando era doida e devassa (rs), e ela se tornou alguém que realmente tem potencial pra “mudar o mundo algum dia”, como diz Lucas. Mas ela nunca conseguiu realmente se ver, enxergar seu potencial, por causa da carência de afeto que sempre a rodeou (morte à Victoria!). E pra completar, ela também não consegue desenvolver um senso de confiança, porque simplesmente nunca teve ninguém que em que se apoiar; invariavemente todos a magoam.
Eu também sou do time dos que acham que a eovlução de Dan foi impressionante. Mas ainda vou demorar um pouco pra confiar nele totalmente, rs. Afinal, é Dan, nunca se sabe…
Uma pergunta: a review foi feita com base na exibição do episódio na Fox? Porque a série está no 15º episódio da 7ª nos EUA. I’m just curious 🙂
Comentando sobre o episódio 6X18. Eu li em alguns comentários que a grandeza do Dan na quinta e na sexta temporada residia no fato dele ñ tentar justificar o assassinato do Keith. Simplesmente aconteceu.
E toda a inveja que ele sentia do irmão, eu a relaciono com o fato dele não saber lidar com a rejeição do Karen e do Lucas, e do “não-amor” da Karen e do Nathan. Não soube aceitar que a anos atrás ele fez a escolha errada, e que o seu irmão passou a ser o querido dos filhos e das mulheres de sua vida.
Dan é irmão mais novo,e não mais velho.
adorei o review.
😉