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Review: One Tree Hill – Screenwriter’s Blues e You And Me And The Bottle Makes Three Tonight
20/01/2010, 10:35. Paulo Fiaes
Reviews
One Tree Hill
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Série: One Tree Hill
Episódio: Screenwriter’s Blues e You And Me And The Bottle
Makes Three Tonight
Temporada: 6ª
Número do Episódio: 122 (6×16) e 123 (6×17)
Data de Exibição nos EUA: 2/3 e 16/3/2009
Data de Exibição no Brasil: 6 e 13/1/2010
Emissora no Brasil: Fox
Andei sumido das reviews de One Tree Hill e com isso acabei não comentando o início das participações de James Van Der Beek na série e a prisão do último psicopata da cidade (até então). Isto porque me recusei a voltar assistir episódios que insistem aparecer com psicopatas, ladrões, assassinos e pra dizer que eu tenho que ao menos comentar um pouco sobre essa série de participações do eterno Dawson Leery.
Em Screenwriter’s Blues temos mais uma vez a presença de Van Der Beek. É até curioso falar isso, mas daqui a três anos fará uma década que a série que o lançou ao estrelato, Dawson’s Creek, terminou. Para muitos, inclusive este que vos escreve, foi a melhor série teen já produzida.
Com erros e acertos iguais a maioria das séries que acompanhamos, Dawson’s Creek retratava o início e o fim da adolescência e o começo da vida adulta de um grupo de jovens. Mark Schwahn sem duvida alguma bebeu dessa fonte para escrever One Tree Hill. Há varias semelhanças entre as séries, entre eles os valores da amizade, dos laços familiares e amorosos na vida dos jovens. Em ambas as séries, após assistir determinados episódios, eu ficava sentado e pensativo, tamanha é a forma como eles me afetam.
Neste episódio tivemos mais algo em comum dentro da série: o filme dentro da série. Em Dawson’s Creek, em duas oportunidades tivemos Dawson (personagem de Van Der Beek) fazendo primeiro um filme e depois uma série sobre a adolescencia dele e seus amigos. Aqui tivemos Lucas roteirizando e co-produzindo o livro dele que conta sua história.
Posso dizer que nisso One Tree Hill tem levado a melhor em relação a Dawson’s Creek. Lembro que estava assistindo o episódio com minha namorada quando disse que deveria ser estranho ver sua vida sendo filmada, e outras pessoas te interpretando. Aqui Mark trabalha bem com o fato de que como em qualquer filme, nem tudo pode ser contado. Aqui dois amigos de infância de Lucas não aparecem no filme e, como já disse em outros textos, é legal quando Schwahn nos faz pensar sob um novo ponto de vista um assunto já foi visto antes.
Ao imaginar que como qualquer filme baseado em uma vida real, nem tudo é contado e nem todo mundo aparece, deve ser estranho para aqueles que ficaram de lado. Foi uma cena curta, mas que indiretamente remete ao estado de depressão que se encontrava Jimmy Edwards por ter sido deixado para trás pelo seus amigos de infância.
Outro ponto que a série tem desenvolvido melhor que Dawson’s Creek é se aproveitar do filme contando a adolescência dos personagens para nos mostrar o quanto eles mudaram. Talvez este seja o grande mérito da série, o desenvolvimento de todos os seus personagens. Chega a ser repetitivo falar isto, mas não há como fugir deste tema quando a própria série de tempos em tempos nos lembra disso.
Brooke é uma dessas personagens que ao longo do tempo foi mudando, mas ainda mantém sua essência. E colocá-la de frente com o que foi antes foi demais até pra ela. É curioso que ao pensarmos em Brooke como uma garota que tornou o sexo popular nos faz achar que ela era vulgar, e é lógico que ela sempre foi mais do que uma garota moderna, por assim dizer, mas tentem levar suas memórias para os primeiros episódios da série, o que atraia muita atenção para Brooke era o fato dela ser… moderna.
É estranho que essa palavra “moderna” soe ultrapassada hoje em dia, mas ainda assim, como a série retratou bem, se uma garota é popular por gostar de sexo, nos faz parecer algo vulgar. Por isso ao mesmo tempo que gosto de ver essa evolução em Brooke, acho que a série falha em ela tentar se desculpar por algo. Em alguma review que já publiquei no site (estou escrevendo desde a segunda temporada, então dêem um desconto se não lembrar detalhadamente de tudo que escrevi) eu falei que Brooke era a garota que todos gostariam de ter ao lado, e não pelo sexo fácil (imagem está que ela realmente tinha), mas por tudo que ela era. Se Joey Potter (personagem de Dawson’s Creek) era o modelo de uma mulher ideal pra mim, Brooke Davis é a versão 2.0 deste modelo ideal.
E o episódio You And Me And The Bottle Makes Three Tonight nos mostrou exatamente o quanto a série entrelaça suas historias novas com as antigas tornando assimseus personagens multifacetados. Se Brooke é mulher ideal versão 2.0 pelo fato dela ser autêntica, tanto com questões relacionadas a sexo, como em questões em relacionada aos valores dela e tudo que ela conseguiu, nesse episódio vimos claramente que por mais forte que seja a pessoa, ela também tem seu calcanhar de Aquiles.
O de Brooke se chama Lucas, e apesar de saber que nem todo mundo gosta desse plot (demorado) dela de ter medo de se relacionar por ter quebrado a cara com Lucas, eu acho compreensível a atidude dela. A já imortal frase de Bernard Shaw citada na série “há duas grande tragédias na vida…” exemplificam bem o que a personagem teme, algo que qualquer pessoa teme ao ter o coração quebrado.
Claro que vivemos hoje em dia na epoca da “fila anda”, e Brooke até por ser independente não deveria ficar sofrendo por um cara que está com sua melhor amiga, mas sejamos sinceros, quantas vezes já nos contradizemos? E quantas vezes iremos nos contradizer?
E agora posso falar mais de Julian, bom personagem e principalmente introduzido de forma certa na série. E interessante o dilema deles, se ele quer arriscar, já que viver é basicamente isto, ela prefere se preservar, esperar mais pra se abrir, e quem pode julgá-los? E sinceramente, julgar é fácil, nós sabemos o quão complicado é lidar com questões que envolvem nossos sentimentos. Ela por medo fugiu, e ele por receio de ser rejeitado preferiu terminar antes. É o clichê mais real que existe (e isto é um grande elogio pra série).
E os roteiristas estão de parabéns por encontrarem o tom para o casal Peyton e Lucas, e com um tema extremamente complicado: aborto. Peyton pode morrer se levar a gravidez adiante, e Lucas prefere tê-la viva e adotar uma criança do que perdê-la, e se isso já não é complicado o bastante, como ele conviverá com alguem que levou embora sua esposa? O melhor de tudo foi vê-los resolvendo isto de forma adulta, sem essa de sair de casa, terminar, dormir com outra, nada disso, apenas conversando.
E por falar em conversa, tivemos a lavagem de roupa entre Dan e Debbie. E se Dan é um dos melhores personagens da série, Debbie infelizmente não tem funcão. Mas, não é que de repente ela ganha uma grande importância?
Eu posso ter atirado em meu irmão, mas foi você que carregou a arma.
Eu sempre gostei de Dan pelo fato dele poder ser um de nós que se perdeu. A série desde a primeira temporada tenta nos mostra isso (apesar de escorregar algumas vezes) e gosto de Dan depois da morte de Keith pelo fato dele não tentar se fazer de coitado, aceitar seu crime e tentar se redimir. Se merece perdão é uma outra historia, mas prefiro um condenado aceitando seu passado tentando se redimir do que uma hipócrita tentando dar lições de moral. E veja que eu costumo elogiar a série pelo desenvolvimento dos seus personagens e acima citei o fato de Lucas questionar Peyton sobre como ele irá amar o filho dele se ele a perdê-la. E de certo modo não foi isso que aconteceu com Dan? Perdeu seu sonho e descontou em tudo e todos?
E por fim tivemos Nathan e Haley comemorando o aniversário de casamento deles. Quando vejo um casal por tanto tempo junto fico me perguntando porque tantas pessoas falam que é tão dificil manter casais juntos em uma série? Nathan e Haley são um dos casais favoritos dos fãs da série, se não forem “O” casal favorito, e isto tem haver com o fato de que todos nós queremos um relacionamento saudável como o deles (e nesse momentos esquecemos que existiu uma certa babá). Claro que todo relacionamento tem momentos pouco faceis, mas se um apoia o outro, isso é facil de ser contornado.
E One Tree Hill, assim como Dawson’s Creek, nos mostra que a vida é muito mais do que relacionamentos, mas mesmo assim, é disto que nossa vida é feita. Sejam eles laços de amizade, familiares ou amorosos. E cá estou eu refletindo sobre minha vida…
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Paulo,
Eu gosto muito desta série, mas realmente detesto assistir ela dublada…rs
E neste roteiro tem mta coisa que faz a gente refletir sobre a vida. O Mark mais acerta do que erra, isto é o mais importante:)
Graaaande Paulo Fiaes.
Estava sentindo falta dos seus comentários sempre oportunos sobre OTH. E com uma pitada de Dawson’s Creek, então…
Seja bem-vindo de volta!
Eu não acho OTH e Dawson’s nada semelhantes. DC sempre foi uma série declaradamente nerd e OTH sempre se mostrou como um show mais descolado.
Mas sei que Dawson’s Creek foi sempre uma pedra no sapato do Mark Schwann. Elas foram/são gravadas na mesma cidade (Wilmington) e disto deve gerar uma série de problemas – desde comparações até a busca por locações que não remetam a outra série. Fora a pressão dos ratings, já que OTH nunca teve a audiência de DC.