TeleSéries
Review: Mothern na corrida pelo Emmy
10/10/2007, 09:30. Antenadíssimo
Opinião, Reviews
Mothern
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/single.php on line 28
O Brasil emplacou como nunca atrações indicadas ao Emmy Internacional. Uma delas, porém, chama a (minha) atenção. É Mothern, exibida pelo GNT.
A atração é baseada no blog de sucesso de duas mães “modernas”, que contam seu cotidiano, sentimentos e as mais diversas situações com uma certa dose de bom humor. Na televisão a adaptação escolheu dividir as cenas entre quatro personagens. A opção, porém, parece muito mais diluir a dramaturgia do que multiplicar as possibilidades. O elenco é bem defendido por atrizes vindas do teatro paulistano, e rostos desconhecidos, mas de igual talento, também surgem nos personagens coadjuvantes. Na média geral, se não se destacam também não constrangem.
É justamente na passagem do blog para a TV que a série encontra seu principal problema: ela perde a graça. Se é esmerada tecnicamente, exibindo cenas tão cuidadosas que lembram comerciais (e muitas vezes são, já que é amparada por quatro anunciantes que fazer merchandising nos episódios), o mesmo talento não encontra amparo na redação. A transposição das idéias do texto original para a dramaturgia é quase nula e não encontrou solução criativa. Aliás, nem solução alguma: é como se as personagens não conversassem, e mesmo em cenas com diálogos, falam através de citações, como em micro-monólogos.
O resultado, se é bonito de se ver, não tem a menor graça. Principalmente porque Mothern é apresentado como uma comédia, e, francamente, é bem difícil rir. Mães todos nós temos, e não falta identificação – falta sim, um redator mais talentoso pra explorar a comicidade que até se rascunha no roteiro. A prova maior disso está na própria indicação ao Emmy, que identificou a série como drama.
Com grande potencial visual e artístico, pode ser que um bom tradutor tenha produzido versão melhor nas legendas do que o nós somos obrigados a ver, no som original. Sorte deles.
Nuvem de Séries
24 30 Rock 90210 American Horror Story American Idol Arrested Development Arrow Battlestar Galactica Bones Breaking Bad Brothers and Sisters Castle Chicago Fire Chuck Community Criminal Minds CSI CSI:Miami CSI:NY Damages Desperate Housewives Dexter Doctor Who Downton Abbey Elementary ER Friday Night Lights Friends Fringe Game Of Thrones Ghost Whisperer Gilmore Girls Glee Gossip Girl Grey's Anatomy Grimm Hart of Dixie Heroes Homeland House How I Met Your Mother Law & Order Law & Order: Special Victims Unit Lost Mad Men Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D. Medium Modern Family NCIS New Girl Once Upon a Time One Tree Hill Parenthood Parks and Recreation Pretty Little Liars Prison Break Private Practice Psych Pushing Daisies Revenge Samantha Who? Saturday Night Live Scandal Scrubs Smallville Smash Supernatural Terminator: The Sarah Connor Chronicles The Big Bang Theory The Following The Good Wife The Mentalist The New Adventures of Old Christine The O.C. The Office The Simpsons The Sopranos The Vampire Diaries The Walking Dead The X Files True Blood Two and a Half Men Ugly Betty Veronica Mars White CollarCategorias
- 15 Razões (24)
- Audiência (70)
- Biblioteca de Séries (1)
- Borracharia (21)
- Colírio (5)
- Conexão (14)
- Entreatos (16)
- Estilo (31)
- Ficção (séries virtuais) (29)
- Gastronomia (67)
- Ligado no Streaming (30)
- Memória (26)
- Opinião (558)
- Séries & Eu (6)
- Sintonia (11)
- Sobre o TeleSéries (72)
- Spoilers (578)
- TeleRatings (314)
- TV Brasil (2,638)
- Comic Con (84)
- Novos Pilotos e Séries (1,403)
- Participações Especiais (991)
- Programação EUA (571)
- Upfronts (44)
Não concordo com você. O texto da série é muito bom. São situações reais vividas de uma forma bem humorada. Eu acho graça. O problema não é o redator. A série tem uma relação com o teatro mesmo. É um pouco teatral e talvez isso te incomode. Eu acho diferente, interessante.
Antenadissimo,
Eu já havia escrito aqui e volto a repetir: Mothern tem público alvo meio exclusivo, formado por mães e um ou outro pai que tenha vivenciado aquelas situações. Para estas pessoas o seriado tem muita graça sim!
Eu não sou lá muito fã das produções nacionais, e mesmo Mothern eu descobri totalmente por acaso na semana passada, mas graças a maratona de episódios que o canal está exibindo consegui assistir vários e adorei.
Absolutamente não tem um episódio com o qual eu não me identifique com as situações vividas pelas personagens.
Alm disso, como o Mauro mesmo falou, o fato de ser teatral faz com que seja bem diferente do que nos acostumamos a ver nas novelas nacionais.
Eu vire fã e acabei de encomendar a caixa de dvds com 10 dos episódios da primeira temporada.
Si
A defesa dos dois comentários é bonitinha, mas ordinária. Ignorou e desmereceu o grande argumento da crítica, a maior prova da falta de graça da série: a indicação ao Emmy foi na categoria DRAMA.
E aí?
É porque só é engraçada em portugues?
Lembrando que no Emmy até Desperate Housewives é comédia, hein…
Mothern está concorrendo na mesma categoria que Life on Mars ganhou no ano passado!!!
Este Emmy Internacional não dá pra ser levado a sério.
Não tem categoria Série de Comédia no International Emmy!
Só drama. Não tenho certeza, mas acho que qualquer série entra como drama nessa premiação. Alguém confirma? (o link: http://www.iemmys.tv/awards_nominees.aspx)
Eu gosto de Mothern. Não sou pai nem nada, nem sou target da série, mas consigo rir com ela. Gosto do texto, das atuações, de tudo. É claro, não é nenhuma obra-prima, mas também não faz feio.
Acho merecida a indicação.
Não concordo com você..
Mothern é engraçada sim…e eu gosto das atuações…mas sei lá..gosto é gosto…
Mothern é horrível. concordo com tudo que você falou. Mothern apela demais no sentido de ser uma série “feminina”, o que a caba segmentando a série(o que nunca é bom). E as situações engraçadas que serviriam para o público se identificar, se transformam em estereótipos e acaba transformando Mothern, em mais uma daquelas séries recheadas de lugares comuns, como tantas outras filhas de Sex and the city(essa sim consegue pegar situações comuns a todos, fazer uma série feminina sem necessariamente ser só para mulheres, e sem criação tipos e sim personagens).
.É duro dar valor para uma serie Brasileira e vc
deve ser antenadissimo pela sua mulher “isto se vc gostar da fruta” e o caio também já deve ter caído do cavalo e vai cair de novo se torcer contra pois esta nos vamos levar seus babacas frustrados.
Coisa boa produzida no Brasil são as mini-series da Globo, aquilo sim merecia muitos premios, Grandes Sertões, O Tempo e o vento, Riacho doce (que musica inesquecivel), A muralha…
Gosto muito de Mothern. Acho que é uma das melhores, senão “a” de todas as poucas séries brasileiras. Mas indicação ao Emmy Internacional já é outra coisa…
Eu me pergunto. Alguem viu as outras séries que estão concorrendo? Alguém pode dizer se a qualidade destas séries são tão superiores assim? Mothern foi indicada porque agradou alguém lá. E a questão de ser ou não drama é um pouco subjetiva. Mothern aborda temas com humor, mas não é humor escrachado e nem situações absurdas (como acontece em Desperate Housewives). São acontecimentos rotineiros, que poderiam estar acontecendo neste momento, com qualquer pessoa. Talvez por isso tenha sido considerada drama, por ser algo real. As situações de Desperate H. simplesmente não acontecem.
“Na televisão a adaptação escolheu dividir as cenas entre quatro personagens. A opção, porém, parece muito mais diluir a dramaturgia do que multiplicar as possibilidades”.
Discordo, “in totum”. A série aumenta a dimensão dramatúrgica do texto sem, contudo, perder aquele dinamismo presente na linguagem do blog. A produção, apesar dos jabás chatos, tem bastante esmero. Basta dar uma conferida nas locações sofisticadas da segunda temporada (nada na série é rodado em estúdio). A sintonia entre as quatro personagens é patente, remetendo à fórmula de sucesso consagrada em Sex And the City.
E pra quem acha que não há dramaticidade na série, acompanhem o episódio onde é tratada a problemática (segunda) gravidez de Luíza ou mesmo a crise conjugal vivida pelas personagens Juliana e Zé. Muito, mas muito interessante!!!
A paternidade/maternidade possui magia em cores vivas, recheada por sorrisos e lágrimas, captada com muita propriedade na série.
Abraços.
ps: Pra quem curte Mothern, “Notes from the Underbelly” merece uma conferida às sextas, na Warner. 😉
Eu adoro Mothern.
Não tenho filhos.
Não tenho preconceito.
A serie é muito boa e quebramitos sobre relacionamentos entre casais, filhos, ex , carreiras e eas meninas dão show.
Deve concorrer sim .
Se os puristas não concordam , problema deles.
Preconceito fecha mente. Limita o ser humano.
Viva Mothern que mostra de forma ludica e divertida a cotidiano desta galera para lá de interessante e real.
Bolas para os puristas.
Toca o barco pois tem quem goste.
Caraca, Maria. Muito bem dito. Escrita perfeita. Não tiro um ponto.
MOTHERN é sensacional. É uma pequena jóia, e justamente seu maior talento é o texto.
O problema é: o “antenadíssimo” deve estar com a antena desligada, pois a série não tem nenhuma relação com o texto do blog, ou com as situações do blog. Não existe “transposição de idéias do texto original”. Simplesmete não. As idéias vêm de reuniões com mães. Li isso já em várias matérias sobre o seriado. O resenhista não deve ler o blog, não deve ter lido o livro, nem tampouco acompanhado o seriado!! Mas pelo menos, deveria ler jornais, antes de se aventurar a escrever.
E como o Skinner lembrou, vários episódios da segunda temporada mostraram o lado “drama series” de Mothern: a perda da gravidez, separações, conflitos diversos. Muito além do selo “comédia”.
Uma dica, então da seção de Classificados: conserte sua “antena” na “Antenalândia”: Leia o livro, visite o blog, acompanhe o seriado sem preconceitos tolos, leia os jornais, e nos poupe de bobagens.
Descubra teu talento, antena!
gente, quanta besteira junta nessa resenha!!
amigo, se ligue: “nós somos obrigados a ver, no som original”!!?? quem é “obrigado”, cara pálida?
vc tem dezenas de canais na tua tv. quem te obriga a ver o seriado? vá zapear, procure algo que goste.
e o rapaz aqui em cima disse bem: ache teu talento, pois “redator” vc não é, com essa pobreza vocabular e de idéias. como quer emitir opinião qualificada sobre o trabalho alheio?
acho o seriado muito bom, tem méritos, funciona bem. mas não é brilhante. “Sopranos” é brilhante. mas esta é outra discussão.
o que me preocupa mesmo é um site sobre séries publicar um artigo tão fraco e sem substância como este.
já temos poucos sites decentes sobre o tema. precisamos de reflexões mais consistentes.
Sex and the City quando comecou tambem nao era tao boa quanto da segunda temporada para frente. Mothern tem problemas, sim, mas que sao cada vez menores a medida em que o elenco vai se afinando, como alias acontece em toda serie nova. Nacional ou nao.
Concordo que as situacoes sao reais e frequentes na vida de um jovem casal (sou mais um pai de filho pequeno). Eu e minha mulher assistimos juntos a quase todos os episodios, mas nao ha como negar que o texto fica muito “publicitario” em varias situacoes, esperando pela inevitavel piadinha. E os merchadisings entram bem duros, sem muita naturalidade.
A serie esta muito melhor hoje do que quando estreou, mas ainda precisa melhorar bastante para se igualar as boas series americanas.
“é como se as personagens não conversassem, e mesmo em cenas com diálogos, falam através de citações, como em micro-monólogos.”
Acho que você não assistiu muitos episódios de Mothern. A série não tem quase nada a ver com o blog. Na última temporada, não teve uma única, mísera citação.
Abs
Mothern é constrangedora. Atrizes e atores da Escola Decoreba de Artificialismo Dramático; direção desimaginativa; todo aquele peleguismo do product-placement; aquele visual asséptico de anúncio. Horrível. Só continua porque é “amparada” por anunciantes. E candidata ao Emmy? Faz-me rir. Nunca na vida vai ganhar uma série que recebe “elogios” do tipo “não é nenhuma obra-prima, mas também não faz feio” e “tem méritos, funciona bem”. Se tem gente que gosta, é porque não sabe o que é bom. Agência de propaganda tem q ficar fora da tele-dramaturgia. Tem que ouvir aquele ator no Shakespeare Apaixonado: “Ah, é você que está financiando? Então cale a boca e aprenda.”
Perto de muita produçaõ nacional… onde o bandito é heroi, todo mundo é classe média e Rio de Janeior é Brasil, até que se safa. Bom pra quem tem referencia tematica.
Perto de muita produção nacional… onde o bandido é herói, todo mundo é classe média e Rio de Janeiro é Brasil, até que se safa. Bom pra quem tem referencia temática.