TeleSéries
Review: Lost – The Substitute
20/02/2010, 11:04. Thais Afonso
Reviews
Lost
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Série: Lost
Episódio: The Substitute
Temporada: 6ª
Número do Episódio: 106 (6×04)
Data de Exibição nos EUA: 16/2/2010 na ABC
Data Prevista de Exibição no Brasil: 2/3/2010 no AXN
John Locke era um… Um crente. Um homem de fé. Ele era um homem muito melhor do que eu jamais serei. E sinto muito por tê-lo matado.
É irônico que a beira do túmulo de John, Ben o descreveria como sendo um homem de fé. Irônico não porque foi essa característica de Locke que o levou a ser brutalmente assassinado justamente por Ben, em um momento de ingenuidade mal calculada. Irônico pois frente a uma realidade totalmente diferente daquela do qual o Locke original foi fruto, ele parece não ter se tornado nem de longe um crente, mesmo que as circunstâncias se repitam em parte na sua timeline alternativa. Porém, esse novo caráter de Locke não é em nada como suas crises de fé, em que eu sentia profundamente por ele estar perdendo sua essência. O outro Locke, o que tem Helen em sua vida e aparentemente mantém uma relação saudável e até mesmo próxima com seu pai, transcende a necessidade da fé que o outro Locke tinha. Esse Locke tem aquilo que o original mataria para ter, apesar do desvio causado pela bomba tê-lo afastado da Ilha que lhe devolveria suas pernas: ele está em paz consigo mesmo.
E de certa maneira, os outros personagens essenciais desse The Substitute, Hurley, Sawyer, Rose e o próprio Benjamin encontram-se em situação similar, e por que não, duplamente irônica. Eu sempre defendi (ainda defendo em relação a certos personagens) que a Ilha foi o que de melhor aconteceu na vida dos sobreviventes. Sem a Ilha, eles eram sujeitos perdidos, indo em direção ao nada, ou pior, ao pesadelo que suas existências haviam se tornado. Porém, constatar que Hugo, Locke e Rose poderiam sim ter vivido vidas perfeitamente funcionais apenas torna a revelação final do episódio mais trágica e me faz crer que talvez o Monstro da Fumaça tenha um pouco de razão.
Ele pode ser manipulador e perigoso, mas mesmo com toda aquela ligação com o branco, com a luz, não consigo engolir Jacob como uma entidade benévola. E o Monstro pode ter sido extremamente malicioso ao inferir que a Ilha não precisa ser protegida, quando mesmo sem saber de todos os segredos é possível concluir que sim, essa proteção é necessária, mas com as aparições de Jacob na vida de Losties selecionados e seu monólogo macabro em The Incident (ainda não estou comprando sua boa intenção ali também) é difícil advogar a favor dele quando ele de fato parece um mestre de fantoches vagando a Terra em busca daqueles merecedores de sei lá o quê.
No caso, serem ‘Candidatos’, de acordo com o Monstro, se você quiser acreditar nele. Eu acredito, não no Monstro em si, mas acho que é contraproducente os roteiristas começarem a plantar mentiras a essa altura do campeonato. Tem gente que ainda está tentando entender as viagens no tempo (e apesar de série ser complexa demais às vezes, acho que nem o fan mais lento precisava daqueles flashbacks do Jacob encontrando cada Lostie, né?). Portanto, vamos tomar a estória de que os números são relacionados a cada candidato a ser o futuro Jacob. Ficam duas dúvidas: porque o nome de Kate, que também recebeu a visita de Jacó, estava ausente e porque aqueles números específicos? Eu sei que tecnicamente os números são relacionados à Equação de Valenzetti.
Para quem não jogou The Lost Experience, a equação é uma fórmula matemática destinada a prever o fim da humanidade, e os números são os fatores ambientais e humanos que levariam a esse fim. O que torna ainda mais macabro que esses sejam os números dos candidatos destinados a proteger a Ilha, mas talvez seja apenas mais uma ironia, já que a Dharma achava que ela aquele pedaço de terra tão especial que os levaria a uma solução para mudar um dos fatores da equação, salvando a humanidade. Talvez seja por isso que a Ilha seja tão especial que deva ser protegida.
Contudo, com a aparição do estranho garoto louro que relembrou ao Monstro as regras sobre ele e Jacob (culminando na ótima passagem em que o Monstro faz uso da famosa frase de Locke: “Não me diga o que não posso fazer”) é mais uma evidência de que as respostas que devemos ter provavelmente serão de uma natureza mais mística.
De qualquer forma, elas são o suficiente para Sawyer, que ignora Richard e segue com o Monstro e seu plano de sair da Ilha. E eu entendo o Sawyer, porque o Richard não foi muito convincente e naquele momento, a Ilha deve estar parecendo meio claustrofóbica. Não é só a morte de Juliet. Não importa o quanto seja possível gostar dos Losties, a verdade é que James viveu três anos como um homem da Dharma. Assim como a vida de Locke no flash-sideway, não era tudo perfeito, mas era bom o suficiente. Ele era feliz. O que existe para ele em 2007? Proteger a Ilha? Sawyer seria o candidato perfeito, mas no momento, seria inacreditável.
E como a vida de Locke sempre foi um pouco interligada com a de Sawyer, podemos imaginar que se Anthony Copper não desgraçou a vida de filho, também arruinou a do pequeno James e por isso ele parecia tão feliz no vôo. É uma pena que ele sequer apareça, mas eu me contento com Hurley trazendo um de seus pequenos momentos cômicos e Ben criando um de seus grandes momentos cômicos. Acho que Carlton Cuse e Damon Lindelof deveriam investir em um spin-off com Ben como Professor de História Européia.
Michael Emerson estava maravilhoso nesse pouquinho que apareceu, mas com o perigo de estar sendo repetitiva, esse começo de temporada é mesmo de Terry O’Quinn e Josh Holloway, e não sei quem inventou de colocá-los juntos novamente, mas foi idéia de gênio.
Somando tudo, The Substitute foi o melhor episódio até agora, mas ainda é bastante cedo para dizer e o episódio não foi tão melhor que a estréia que eu ache que é o marco do começo desse ano.
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Excelente review. A forma como foi escrito foi contundente. Sim, é verdade: ToQ e JH fazem talvez as melhores performances de Lost desde o seu início em 2004. Ainda – não sei porque – fico impressionado com a qualidade de texto de Lost. Muito bem repassada, mesmo em frases curtas. Saliento ainda que Matthew Fox, em minha opinião, desde a 4ª temporada, parece o mais desmotivado dos atores. Sua personagem merecia a complexidade dos fatos fictícios ali empreendidos. De qualquer forma, já é histórica a sexta temporada de Lost.
Thaís, também não estou convencida ainda que o MiB é uma entidade malígna enquanto o Jacob é benigna, como parece que a maioria dos fãs acredita. O caso é que, mais do que as ações de cada um, nós não conhecemos suas verdadeiras motivações. Não sabemos ainda se a ilha deve mesmo ser protegida ou não.
Sim, o MiB tem destruído algumas pessoas no passar dos anos (séculos, milênios?), mas Jacob também. A grande pergunta é por quê?
Sem dúvida nenhuma aquele que escolhe um dos lados dessa briga acaba em pé de guerra com o lado oposto,mas qual deles tem a razão?
Enquanto eu não souber as motivações verdadeiras (não apenas ‘quero ser livre’) das duas pedras neste tabuleiro, todo episódio eu fico sem certeza se me alegro ou entristeço com as decisões dos losties.
Quanto as vidas na outra realidades….bom, de fato a ilha foi o que melhor aconteceu na vida da maioria desses personagens. Se na outra realidade eles tem uma vida bem diferente e até com esperança no presente e futuro, não é apenas porque aquele avião não caiu, mas sim porque suas vidas tem sido diferentes desde o princípio, construindo um caráter e expectativas diferentes em cada um. Se isso foi porque a ilha não teve quaisquer influências na vida deles e de seus antepassados eu não sei, mas o que sei é que todas as circunstâncias mudaram e por isso mesmo é que para aquelas pessoas dessa outra realidade a ilha não seria o melhor. Mas para os nossos losties é sim.
Gostei mesmo da review =T
Durante muito tempo, já entrei no acordo de que Lost é uma série excelente na construção de mistérios e na ansiedade que nos provoca para o que está por vir. Infelizmente, a produção muitas vez não consegue resultar todo o hype com boas cenas do que ante antes ansiávamos ou mesmo na elaboração de respostas…
Não tenho problema com quase nada criado na mitologia da série (até mesmo a viagem no tempo), mas colocar todos esses eventos como o resultado de um jogo entre duas entidades espirituais? Parece uma saída fácil, não?
Adoro a série, gostei muito desse episódio e não vejo a hora de assistir o final da série, mas… Nhá. As vezes, ela desaponta muito, como na semana passada, e um pouco, como nessa.
Locke é dos melhores personagens da série. Mas ele morreu, coitado. Assim como muita gente, mas depois de tudo o que ele fez, não merecia morrer sem saber as respostas do que queria. Pelo menos, temo os flash-sideways (pessoalmente, gosto de chamar de flash-if) com o Locke ainda vivo.
Mas se ele está de bem com o pai, como ficou paralítico? E custava um pouco mais de fé nesse cara? É demitido e é ajudado pelo dono da empresa. Procurando emprego, recebe a lição de uma mulher com câncer. Custava ligar pro cirurgião que ele encontrou no LA X? Me frustrei com isso… O Alt-Lock (alt é do mundo paralelo, certo?) praticamente não tem fé nenhuma… Pelo menos está feliz com a noiva (yey! Katey Sagal!)
No mais, Ben Linus como professor me pareceu muito forçado, mas legal de acompanhar. Só que sou mais ele na ilha, provocando momentos como as palavras no funeral de Lock.
Enquanto isso, o MIB joga fora a pedra de Jacob (quer dizer que ele ganhou? a balança cedeu pro seu lado) e mostra uma rocha recheada de nomes. Mm… Eu não sei… Essa parede me foi estranha demais. Mas ao mesmo tempo muito legal. Esse é o ‘problema’ de Lost: estou aqui pela viagem e tô aceitando tudo, por mais aburda que seja a explicaçao.
E pra encerrar, pq já me alonguei demais.. a criança vista por MIB e Swayer não seria uma versão mais jovem do Jacob?
Ow, esqueci: MIB e Jacob não seriam a visão simples e maquiavélica do ‘bem’ e do ‘mal’. Apesar dos pesares, no fundo o MIB deve ter suas boas intenções, enquanto que Jacob teve algumas atitudes bastante discutíveis. Mas aí já começariamos a falar de Deus e religião, então xá pra lá
Se partirmos do princípio de que a Ilha afundou quando a bomba explodiu, como explicar a presença do Ben adulto nessa realidade paralela? Ele teria morrido na Ilha, juntamente com todos os demais, já que ele se encontrava junto com os Outros e não teria partido no submarino.
Ou será que a Ilha não afundou quando a bomba explodiu e sim em uma época mais pra a frente?
É engraçado como todo mundo diz que esse foi o melhor episódio desta temporada quando não apareceram Jack e os caçadores da arca perdida.(a turma do templo).
Como sempre sua review está fantástica. E como sempre tenho que concordar que o trio Terry, Michael e Josh arrazam, não é a toa que eles têm os melhores personagens.
Mas o que mais me intrigou nesse episódio foi a ausência do nome da Kate.
Sei lá mais para mim lost ta cada vez mais confuso, não tenho gostado do que eu tenho visto até agora, mais nessa altura do campionato irei até o fim heheheh
e a historia do monstro dizer que ja foi um homem tal qual sawyer? que tinha sentimentos, e que estava preso?
Não sou uma fã muito fiel de Lost, acompanho a série por diversão, afinal quem chegou até aqui, desistir agora que falta pouco… Só que eu acho, que aquela ilha é tão cheia de coisa, de lugares misteriosos, etc e tal, que na minha opinião, já não chega a ser uma ilha, está mais para um continente gigante. Minha filha de 7 anos adora a série só que é difícil explicar para ela as teorias, que são muitas. E até eu tenho dificuldade em entender. Mas seguirei até o final…
O The Lost Experience não é canônico, os Darlton não o assumem como oficial. Esse lance da Equação Valenzetti não deverá acontecer na série, a própria 5a. temporada contradizeu muita coisa sobre a Dharma relacionada à equação.
O flash sideway do Locke foi deveras interessante justamente por apoiar o que o Monstro disse. Com a ilha afundada, Jacob não tinha porquê manipular os sobreviventes. Com isso, Locke se tornou uma pessoa muito melhor. E, como parece que seu pai se dava com ele, é provável que Sawyer tenha um destino igualmente diferente.
Mas leoff, quando perguntado em uma entrevista pro E! em 2009 sobre os números, o Damon deu essa explicação:
“Here’s the story with numbers. The Hanso Foundation that started the Dharma Initiative hired this guy Valenzetti to basically work on this equation to determine what was the probability of the world ending in the wake of the Cuban Missile Crisis. Valenzetti basically deduced that it was 100 percent within the next 27 years, so the Hanso Foundation started the Dharma Initiative in an effort to try to change the variables in the equation so that mankind wouldn’t wipe it itself out”.
Então eu não acho que a resposta final a respeito dos números será muito diferente do que vimos no The Lost Experience.
Terry O’Quinn é um dos melhores atores dessa geração. É incrível como tanto ele quanto o editor Mark Goldman conseguem criar transições tão naturais de um personagem para o outro. Ele fez de Dark Jacob um vilão carismático e ao mesmo tempo realista em sua raiva e obsessão.
É interessante como essa sexta temporada pode ser comparada a primeira em termos de ritmo e estrutura dramática. Sem dúvida, essa sempre foi a intenção de Damon Lindelof e Carlton Cuse.
Mas também acho que a mão da produtora Elizabeth Sarnoff deu uma boa guiada no paralelismo das histórias pessoais.
Acho que todos que morreram em Lost voltaram de alguma forma mais tarde. Helen é o exemplo mais recente. Adoraria se trouxessem Anthony Cooper pra mais uma aparição.
Outro que me impressiona a cada semana é Hiroyuki Sanada como Dogen. Lindelof e Cuse sempre mencionaram que eles criam papéis para atores com os quais desejam trabalhar. É evidente que Sanada é mais um desses. Ele cria clima e presença apenas com seu olhar. O fato dele economizar no inglês é um detalhe intrigante pro personagem.
Nunca ficou claro o destino do jovem Ben em 1977, apesar dele se recuperar do tiro de Sayid. Mas faz sentido que ele tenha criado uma vida fora da ilha assim como os demais Dharmas. Sempre achei que Michael Emerson poderia passar como um professor de ginásio, assim como Daniel Roebuck, em seu papel de Leslie Arzt.
Se Ben está bem fora da ilha, Faraday e Charlotte também devem estar.
Queria entender porque Stephen Williams não está mais envolvido na produção. Ele era tão bom diretor quanto Jack Bender e Paul Edwards. De qualquer forma, Tucker Gates fez um belo trabalho com O’Quinn. Nunca achava que fosse ter um episódio centrado em Dark Jacob dessa forma.
Minha especulação: Sawyer só aceitou a proposta dele para enganá-lo mais pra frente. É exatamente o que um con-man como ele faria.
Um último detalhe: Michael Emerson foi fenomenal no enterro de Locke. Esse sem dúvida foi quem mais evoluiu desde o segundo ano. Você sente pena do Ben. Dá pra sentir o remorso dele em ter matado Locke, ao ponto dele confessar o crime dessa forma em pleno funeral.
Se existe alguém com potencial para redenção e tornar-se um verdadeiro herói é Benjamin Linus. Assim como aconteceu com Sawyer, ele tem de ter essa chance mais a frente.
Pena, o c***lho. O Ben tem que receber tudo de ruim e ir pro inferno. Ter uma morte cruel sendo torturado pelo Sayid. Ponto.
Thais: “Mas leoff, quando perguntado em uma entrevista pro E! em 2009 sobre os números, o Damon deu essa explicação (…)”
Thais, os Darlton vem prometendo responder ainda sobre os números. Logo, a equação Valenzetti não deve ser “A” explicação oficial. Eu pessoalmente ignoro essa equação. Aquele vídeo do Alvar Hanso falava da Dharma já ter vindo à ilha com a intenção de alterar os números da equação, salvar o mundo, etc… Não vimos nada disso na 5a. temporada. A Dharma só queria fazer experiências na ilha, os números na escotilha eram só um número de série e etc.
Se isso não for abordado nessa 6a. temporada, pra mim não vale.
De todas as séries que eu assisto (e são muitas :D), os reviews e os diversos comentários dos episódios de Lost são para mim os melhores de se ler.
Encontro sempre muitos detalhes e pontos de vistas que enriquecem e fazem prolongar o gosto pelo episódio.
Terry e Josh sempre com seus personagens proporcionam as melhores histórias e impressionantes perfomaces.
Michael Emerson me impressiona com o Ben, que delicias as cenas dele neste episódio.
Parabéns a todos.
Eu achava que a batalha entre Jacob e o outro personagem era uma espécie de xadrez, no qual um rei não pode matar o outro rei. Daí o Jacob incluir outros peões no jogo. Mas isso não explica porque o jogo não acabou quando o Jacob morreu. Ou será que ele não morreu e “possuiu” o Sayid? Ou será que o peão do Jacob não poderia matar o próprio rei? Também não explica por que esse peão, o Ben, invocou o outro rei naquele episódio em que os soldados enviados por Widmore invadem a vila de Dharma. Aliás, como a fumaça assumiu a forma da Alex no templo? E por que a fumaça ficou presa na forma de Locke, mas não de Christian nem de Alex?
Falando em Ben, considerando-se que ele é o maior mentiroso da paróquia, não boto a mão no fogo pela conversão dele na beira da cova do verdadeiro Locke. Falando em mentiroso, é evidente que falso Locke mentiu quando disse que a ilha era só uma ilha. É a prisão dele. Por que ele foi preso? O falso Locke oferecendo suas razões ao Sawyer me lembrou muito uma mistura de Satanás tentando Jesus no deserto e da cobra tentado Eva. Não que Sawyer represente Jesus, naturalmente, mas a tetação acenada e a oferta de partilha do conhecimento, há uma semelhança forte. A negação peremptória do Richard só confirma isso. Richard é um apóstolo.
Se a Kate não era uma candidata, por que a mãe do Faraday insistiu tanto que era importante que todos os Ocean Six voltassem para a ilha? A Ilana não disse certa vez que o Lapidus era um candidato? Onde estava o nome dele?
Por fim, me pareceu claro que o James não se alinhou ao falso Locke coisa nenhuma. Se teve alguém naquela ilha que não nasceu ontem foi o Sawyer. O falso Locke está jogando com ele, e ele, como bom golpista que é, está jogando com o falso Locke.
Herdeiros, candidatos, sucessores… é algo comum na História. Já foi visto antes, algumas vezes a sucessão é como uma libertação. Não para o sucessor, mas sim para o sucedido.
Deixar de ser o monstro de fumaça, deixar de ser o curador da ilha; seria necessário passar a bola.
A música que o James Ford (Sawyer) está ouvindo curtindo sua fossa é Iggy Pop e The Stooges – Search and Destroy do filme Apocalipse Now.