TeleSéries
Review: House – Meaning
16/03/2007, 07:00. Anderson Vidoni
Reviews
House
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Série: House
Episódio: Significado (Meaning)
Temporada: 3ª
Número do Episódio: 47
Data de Exibição nos EUA: 5/9/2006
Data de Exibição no Brasil: 15/3/2007
Emissora no Brasil: Universal
Finalmente House está de volta, após um longo tempo de espera. O bom disso é que nesse meio tempo o Hugh Laurie ganhou mais alguns prêmios pela sua atuação nessa temporada. E desde ontem, começamos a ver o porquê.
O episódio explorou e muito bem todas as nuances que o tiro, alucinação e cirurgia, causaram no doutor. House está bonzinho.
Ao final do episódio, o vemos pegar o receituário do Wilson e prescrever Vincodin para si mesmo. O que é uma indicação de que algo vem pela frente. House voltará a tomar o remédio? Seria uma indicação do vicio? Voltará a sentir dores em sua perna? Voltará a velha forma e esculachará tudo e todos?
Pra começar, a primeira cena que aparece o House, ele correndo, é de abrir um sorriso no rosto. Ele está ótimo e aproveitando e bem essa sua nova condição. Está tão bem que até alongou seu período de afastamento para ir ao trabalho correndo. Novo lema do House, não gostou da conversa? Sai correndo. A pessoa ta enrolando demais pra dar a informação? Sai correndo. Foi pego brincando? Sai correndo e deixa o Wilson levar a culpa. E sim, ele também começou a andar de Skate, a cena apesar de meio bizarra é bem divertida, principalmente com as garotas olhando pra ele.
Sobre o que aconteceu no último episódio, na finale. House claramente não toca no assunto, não interessa isso, só interessa a ele. Cameron cita que o cara nunca foi pego e é só o que sabemos. Além disso, o que parece que chamou a atenção dele, que o levou a relembrar o caso, foi a mancha de seu sangue no tapete, que ainda estava lá. Quando é falado que já pediram pra tirar o tapete, ele diz que não precisa tirar, porque ele gosta do tapete.
House está tão bem que resolve pegar dois pacientes de uma vez em sua volta e a cena do Wilson com a Cuddy no inicio mostram o tamanho da preocupação que os dois tem para com ele.
O primeiro e mais importante paciente do episódio, o da abertura. Antes tenho que falar que a fotografia está excepcional em todo o episódio. Mas aqui ela está mais evidenciada. É uma verdadeira pintura.
Vemos um cara numa cadeira de rodas e meio que do nada ele simplesmente vai em direção da piscina e cai nela. Não foi uma tentativa de suicídio: sua temperatura estava tão alta e sem poder se comunicar essa foi sua única alternativa. Mas o que não saiu da minha cabeça foi como o cara dentro da piscina parecia o Russell Crowe no filme O Informante. Incrível a semelhança.
Como esse caso que moveu todas as idéias do episódio. Falarei dele daqui a pouco. Agora a garota da ioga. Um caso mais light, mas foi esse que conseguiu encontrar uma explicação plausível de House. A garota não consegue mexer suas pernas, mas reage a estímulos. Bom, aqui o velho House entrou em ação e um isqueiro aceso foi parar na sola dos pés da bela moça.
Depois de quase entrar numa delicada cirurgia pra verificação do que ela tinha, ela é interrompida por House. Motivo? Sua unha do pé estava bem danificada. House ainda fala para o cirurgião:
Isso não é um dedão sexy. Você nunca colocaria isso em sua boca.
Doença: Escorbuto. Dieta feita de modo errada e sem supervisão médica. Tratamento: ingestão de vitamina C. Comendo alimentos ricos em Vitamina C. Ou como no caso, ingestão de líquidos ricos dela.
E os pupilos do House, como andam? Chase está mais puxa-saco do que nunca. Depois de tudo que já fez, sempre tenta ficar na dele. Mas foi protagonista de uma cena bem engraçada. Quando House chega a sua sala depois do seu afastamento e ele da um tapa em suas costas. Foreman continua sério. Focado no trabalho. E Cameron, já mostrou mais confiança aqui.
Alias, tivemos o House testando sua teoria pra cima dela. Ele a convida pra saírem juntos e ela recusa. Falando que trabalham juntos e etc. Fala ainda que ele não é mais o mesmo. E House diz:
Você não tem interesse em sair comigo. Talvez tivesse quando eu não podia andar, quando era um cachorrinho doente que você podia curar. Agora que estou saudável não há nada que possa fazer por mim.
Cameron responde que ele não está saudável. Bom, foi um belo duelo, a Cameron balançou, mas não caiu. E pra terminar com a Cameron. Outra das cenas engraçadas do episódio: ela vê a mulher do paciente agradecendo o House e faz uma cara de quem não acredita. E quando ela pergunta porque ela estava agradecendo e porque ele estava com vergonha, House meio sem jeito, responde:
Estou com vergonha por você. Ela te viu vindo e pensou que você era uma garoto de 14 anos. Eu a corrigi.
Vimos o House buscando incessantemente um sentido, um significado. Ele passou por toda a experiência de quase morte e escolheu o tratamento, escolheu a vida. Está tentando ser mais tolerante, pegou o caso do cara da cadeira de rodas, justamente por ser um caso mais tranqüilo que qualquer médico poderia cuidar. E surpreendentemente, ele busca o conforto do paciente, chegando até a uma hora no episódio onde a mulher do paciente fala que os outros médicos não se preocuparam com o paciente e que só o House que sim. Era impensável ouvir isso de um parente de um paciente tempos atrás.
Mas ele escuta os “obrigados” e não sente nada. Segundo o Wilson, é que ele está atrofiado, precisa exercitar mais isso. Mas será que sem a dor o House é diferente? Ele se importa com o paciente, o transforma em seu quebra cabeças, mas nesse caso, como se importa demais, ele não junta as peças e sim tenta criá-las. Torna-se um exercício de adivinhação, de palpites.
O que isso quer dizer então? House só é o House porque não se importa com os pacientes? A resposta é não. Ele sempre se importou com os pacientes, mas o empecilho aqui é a tentativa desesperada de escutar um obrigado dos familiares, de querer agradá-los, de mostrar que se importa.
A tentativa desesperada de querer ajudar o paciente, o levou a ter uma intuição sobre o caso. Todos os testes e todo o histórico médico, em nenhum lugar havia indicio de qualquer doença nova. Como ele tem todo um background. Ele pensa numa solução para o caso, mas sem evidências, só em possibilidades, só intuição. Uma tentativa desesperada. E o final é ainda mais forte, devido a atitude corajosa e que pode gerar graves conseqüências, do Wilson.
Ao final vemos que a Cameron tinha razão, ele ainda não está saudável. A busca por um sentido em sua vida, obstruiu um julgamento melhor do caso. As conseqüências do último episódio são sentidas aqui. Mas sim, o velho House ainda está lá. Na hora que ele pensa na solução ao entrar no chafariz, quando vai à noite da casa da Cuddy (que estava bem bonita) e ela dizendo não ao seu palpite. Ao final vemos a cena dele entrando na sala do Wilson.
Por falar na Cuddy, a Lisa deu um show na cena final, quando o paciente se recupera. Ela arriscou, já que não faria mal algum dar a injeção. A emoção que ela sentiu na hora e depois querendo contar que o House estava certo, foi emocionante. Mas Wilson a impede de contar, já que não foi indícios médicos que a levou a dar a injeção, foi um palpite do House e ele não é Deus (há controvérsias). Ao final, Wilson define bem sua atitude:
Ele teve sorte, foi só isso que aconteceu. Dizer não a ele foi uma coisa boa. Porque da próxima vez ele não terá sorte e matará alguém. Só porque ele estava certo, não quer dizer que ele não estava errado.
E quando a Cuddy parece hesitar em esconder, Wilson repete a frase dita por House a exaustão no piloto da série:
Everybody lies.
E nos despedimos do episódio som da música, também tocada ao final do piloto (só que diferente do piloto quando foi cantada por um coral, ouvimos aqui no original) You Can’t Always Get What You Want, dos The Rolling Stones.
Na finale pudemos ver um pouco mais da mente do House, em suas alucinações, num mundo imaginado por ele. Aqui vimos isso, mas na realidade. Com conseqüências que também o afetarão e muito.
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Belíssimo review!
“House” voltou melhor do que foi. É interessante como uma série esquemática, baseada no personagem principal, tem a capacidade de explorar todasa s nuances possíveis envolvendo este universo de certa forma limitado. Ponto para todos.
E, baseado neste episódio, a temporada promete!
Muito bom o Review o episódio com certeza está entre os melhores que eu já vi na série.
Bom review.
O episódio foi excelente, sem dúvida. Quanto ao Wilson, embora eu saiba que ele está certo, bem que me deu uma raiva dele ao convencer a Cuddy ao não contar nada.
Por outro lado, triste imaginar que o cara passou OITO ANOS preso à uma cadeira de rodas semfalar nem andar e tudo o que ele precisave era uma simples injeção…
Parabéns Anderson!
O texto está ótimo. Conseguiu, sem descrever quase nenhuma cena, passar todo espiríto do episódio.
Só não gostei muito do final. O cara melhorar eu até encarava, mas sair andando é demais.
Anderson, eu chorei tanto ontem vendo esse episódio! e nem foi tanto pela história em si, eu acho, mas mais porque ele tinha voltado 🙂
sabe que eu ainda não sei o que pensar do que eu vi? acho que vou pegar a reprise, porque foram várias emoções, algumas contraditórias inclusive.
ah, só uma coisa: na verdade, a música dos Stones é a mesma versão nos dois episódios, é q ela começa com coral, e depois tem o Mick cantando. vou te mandar ela por email agora.
beijo!
ah, sim, outra coisa: sabe que eu não só entendi a atitude do Wilson, como provavelmente teria feito a mesma coisa no lugar dele?
Magistral o seu comentário, Anderson. Passei todos esses meses sonhando com o início da 3ª temporada e o epsódio inaugural não decepcionou: foi um dos melhores! Em primeiro lugar, cá entre nós mulheres: a imagem de Hugh Laurie de calção, correndo, foi de tirar o fôlego (não dele, mas da gente). Quanto ao epsódio em si, talvez não tenha tido um enredo convincente, mas todos os atores deram um show e mantiveram a incógnita sobre o real estado de consciência de House durante os tiros que levou – realmente, as únicas marcas do ataque foram a mancha no tapete e a marca no pescoço do House. Não acho que essa busca por um significado além da Medicina atrapalhe o desempenho dele: House sempre será um excelente médico, seja mantendo à distância seus paciente ou seja tentando experimentar algum tipo de sentimento em relação a eles. Também não concordei com a decisão de Wilson, que aconselhou Cuddy a não contar ao House que seu palpite estava certo: ele sempre trabalhou assim, por eliminação, e os grandes “insights” que teve sempre foram motivados por coisas bobas, rotineiras (mas não pela sorte, porque House é o personagem mais racional que eu conheço e duvido que ele aposte na sorte pra salvar a vida de alguém). De qualquer forma, reafirmo que adorei a performance dos artistas e a trilha sonora.Demais!!!
Ótimo review, fez com que revivesse cada minuto do episódio e mais alguns detalhes não percebidos por mim.
Só sinto por uma coisa: é uma pena que House é uma personagem de ficção, deveria haver médicos assim na vida real.
Eu sou suspeita para defender meu Grilo Falante predileto, mas concordo com a atitude do Wilson. House acertou com a injeção do Cortisol, mas depois de um baita baile, motivado talvez pela falta de hábito em se envolver com essa entrega, em querer agradar. O risco é grande sim, já que envolve vidas, e dos outros.
E é coerente com o que vejo do Wilson desde o “House vs. God” e a ótima sequência do jogo de pôquer: o Wilson não é só a consciência do House, ele pensa bem, e sozinho, com seus próprios segredos e sem estar 100% sob o jugo do House, pois só mesmo assim para essa amizade funcionar. Pelo menos, até agora…
Amei esse episódio e seu review foi perfeito!!
Eu gostei do episódio. Confesso que essa novo House me deixou com um incomodado, mas nada tirou o brilho da premiere. Uma coisa que amei foi asa atitudes da Cameron!! Nossa, como ela está melhor assim com mais atitude. Enfim, foi uma ótimo episódio. E um ótimo texto do Vidoni também, parabéns.
Achei sacanagem não contarem para o House no final sobre o efeito da injeção de cortisol… Sacanagem !
Eu acho que vai demorar ainda um pouco pra eu me adaptar ao novo House, mas se todo episódio for o deleite visual que esse foi… Ótimo episódio, os personagens ficam cada vez melhores, e as atuações também (se é que isso é possível).
achei que tinha postado aqui já mas pelo visto não…eu aprovei a decisão do Wilson…e a Cuddy mandando bem em acreditar no House afinal não faria mal algum…mas se fizesse acho que ela (corretamente) não teria aplicado nada no paciente!
pessoal, gostaria de saber quem sabe qual o nome da musica naquele episodio da primeira temporada, quando house está teclando uma musica e chega o novo diretor do hospital e para a música, aquele grandalhao moreno careca? pois essa musica tambem tocou no seriado miami vice-segunda temporada, é coisa antiga. será que já tem cd da trilha sonora?
pela atençao obrigado
Salvador, deve ser uma dessas duas músicas: The Who “Baba O’Riley” ou Traditional Jewish Melodies “Hava Nagila”.
Obrigado a todos os comentários.
Fer, quero saber o que achou do episódio, depois que reviu.
Vera, de volta aos comentário sobre House 😉 Bom, pode ser que ao se envolver mais com o paciente não atrapalhe e sim a novidade, já que ele não estava acostumado com essa abordagem. Talvez ele não consiga aliar sua obssessão pela solução do quebra cabeça e a cura do paciente, quando se envolve demais. Ele tenta ir além do que pode.
Concordo que foi meio forçado o paciente sair andando, logo após a injeção… Tudo bem ele melhorar, mas aí teve exagero.
Fiquei impressionada com o Wilson, ele sempre foi mesmo a consciência do House, mas também ficava um pouco à sombra dele, parecia que tinha receio de enfrentá-lo duramente. Achei que ele amadureceu bastante, está não só enfrentando como escondendo coisas do House, o que me parceia impensável antes. A Cameron também o está enfrentando, contradizendo-o na frente a mulher so paciente, isso é inédito! Adorei!
obrigado anderson.
mas esse traditional é fácil de achar?
Tem no emule, mas se não souber usar, me manda um email (ao lado do meu nome, lá em cima – o desenho no formato de carta), que te passo.
Anderson,
pedi informação e esqueci de registrar que esse espaço para comentar sobre o seriado é excelente.
Vincodin é o memo que morfina ?
Obrigada!