TeleSéries
Review: House – Broken
26/10/2009, 09:26. Anderson Vidoni
Reviews
House
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Série: House
Episódio: Broken
Temporada: 6ª
Número do Episódio: 111 (6×01 e 6×02)
Data de Exibição nos EUA: 21/9/2009
Data de Exibição no Brasil: 22/10/2009
Emissora no Brasil: Universal
Tivemos nessa última quinta-feira a estreia da sexta temporada de House no Brasil. E todos agradecemos ao Universal Channel por esta pouca diferença entre a exibição lá fora e a daqui. Falando da estreia lá fora, tivemos um ótimo texto do Thiago Sampaio, sobre o episódio (leia aqui). Recomendo a leitura do texto, pois não irei abordar alguns assuntos já contidos no texto dele.
O episódio foi um dos melhores da série, dos mais bem dirigidos e roteirizados e produzidos. Mas uma das coisas que mais chama a atenção, apesar de meio óbvia, é que a série se sustenta apenas com o House. O único personagem regular que apareceu, foi o Wilson e não foi mais que alguns segundos. E não senti falta de nenhum deles durante todo o capítulo. E eu adoro a Cuddy, o próprio Wilson e a equipe antiga de pupilos. Ou seja? A série pode fazer qualquer coisa que queira, se se mantiver centrada no doutor. E este foi um dos problemas da última temporada, quando tentaram dar mais importância para alguns coadjuvantes e deixaram o House de lado.
Mas a quinta temporada já passou e em seu término, o doutor resolveu se internar voluntariamente em uma clínica psiquiátrica, numa espécie de pedido de ajuda. E assim começa Broken. Apesar de funcionar como apenas um capítulo, na verdade são dois e eu escolhi por dividí-lo na review.
Parte 1
Tudo começa sem a abertura típica da série, apenas com seu logo e os nomes da produção aparecendo aqui e ali em meio a uma bela montagem com as cenas da desintoxicação do doutor. E a música do Radiohead pode não ter funcionado para alguns, li até gente que achou uma apelação. Comigo funcionou. E a principal cena dessa “colagem” inicial, foi a do House preso a cama e se debatendo. E quando finalmente se rende, as marcas do suor dessa luta impressionam. E um novo dia nasce…
Livre do vício do Vicodin, com a perna doendo, mas de uma maneira suportável. O que fazer? Arrumar as malas e voltar para a rotina, qualquer coisa ele volta ali no ano que vem e fica tudo certo. Mas no meio do caminho tinha uma pessoa: O doutor Nolan – Andre Braugher, genial no episódio. Ele não quer soltar um paciente no mundo no meio do tratamento e faz de tudo para continuar a cura do doutor. No fim House fica sem escolha e terá que continuar o tratamento.
Mas nada é tão fácil assim. Então nos deparamos com o House no pior dele (ou melhor, só depende de como você encara). Aquela velha criança tão odiada por muitos. Basicamente, nesta primeira parte do episódio assistimos ao doutor aplicar diversas estratégias para escapulir da clínica:
1 – Ir contra todos: Ele começa atirando para todo lado, pacientes, médicos, funcionários e etc. Tenta transformar a vida de todos em um inferno e pretende fazer isso até ninguém o aguentar por perto e o mandarem embora. E sua primeira tática falha miseravelmente, até porque, ele não é o primeiro rebelde a pisar ali.
2 – Escolher um alvo: Este foi o que falhou mais rápido. Ele tenta se juntar aos pacientes e incitá-los contra a equipe médica, jogar eles contra o “sistema”. Mais uma vez ele fica chupando o dedo e pensando em qual será a próxima estratégia.
3 – Fraquezas do inimigo: Está é clássica do House, ele tenta observar e analisar o comportamento do Dr. Nolan e achar um ponto fraco para depois chantageá-lo. Descobre que ele se encontra com uma mulher e pega até a placa do carro dela. Mas ele só não contava que o Wilson não colaboraria e jogaria seu plano por água abaixo. Apesar de que todos sabiam que essa seria a reação de seu amigo, acredito que até ele mesmo.
4 – Se não pode vencê-los… : Não sobraram muitas alternativas, então ele resolve “colaborar” com os médicos. Fica bonzinho, participa de tudo e toma os medicamentos tudo conforme a cartilha. Tudo menos a parte de tomar os comprimidos, já que ele jogava-os fora. Mas ele não é o primeiro paciente a tentar enganar os médicos da clinica e acabam o pegando na mentira. E não restando mais alternativa, temos a mudança final. O item número cinco que definirá o episódio a partir de então.
5 – Aceitar a derrota: Ele percebe que não vai adiantar ficar revoltado, lutar contra tudo e todos e acaba cedendo. Se após tanto tempo em um mesmo lugar ele acabou tendo cada vez mais liberdade para suas criancices, viu que essa sua atitude não o levará a lugar algum aqui.
Uma coisa bem legal é como o House foi se afeiçoando aos seus colegas de ala psiquiátrica com o passar do tempo. Chegando até a levar o Freedom Master para dar um passeio, onde tentará alegrar um pouco mais a vida dele. E vocês imaginariam o Gregory House fazendo isso por alguém, com um sorriso enorme do rosto?
E aqui também temos a introdução da bela e adorável Lydia. E tivemos uma química incrível entre Franka Potente e o Hugh Laurie. Eles meio ao acaso acabam se conectando, vai crescendo uma relação de confiança e carinho que nunca vimos antes acontecer com o doutor.
E finalizando esta parte, escolhi uma frase bem apropriada. O companheiro de quarto de House o ajudou em toda essa jornada do caos, com ele tentando quebrar o sistema. Mas quando o doutor começa a seguir último plano, seu companheiro de quarto não entende e diz:
Eles quebraram você.
Não me quebraram, já sou quebrado.
Parte 2
Aqui temos o doutor enfrentando o desconhecido. Situações e sentimentos que nunca antes ousou sentir ou pelo menos, sentir novamente. Conseguimos ver seus medos e suas inseguranças. Além de finalmente o ver admitindo que ele quer o que todos nós queremos: ser feliz. Uma parte que ilustra bem tudo isso, é quando o doutor está se culpando pelo que aconteceu ao Freedom Master. Então o Dr. Nolan diz:
Você o machucou. Se o mundo é justo, você precisa sofrer igualmente? Você não é Deus, House. É apenas outro ser humano problemático que precisa tocar a vida.
E o que vimos daí em diante foi isso, ele tentando tocar a vida. Ele tentou se socializar em uma festa. Abriu seu coração para uma outra pessoa. Deixou de ter o controle sobre tudo. Foi uma espécie de crescimento e amadurecimento pessoal. O House que terminou o episódio é uma pessoa totalmente diferente da que começou ele.
Provavelmente esta foi a primeira vez que ele se entregou de verdade para uma mulher e foi ótima a cena de sexo entre os dois. E foi incrível ver as inseguranças do House, se perguntando o que significava o primeiro beijo que ela deu nele ou para onde iria este relacionamento. No término, quando seu coração é partido, poderia ser o fim de todo tratamento, mas na verdade foi o golpe final para a libertação do doutor.
E o que falar de o House indo ao palco cantar rap, ajudando seu companheiro de quarto na apresentação de talentos? Foi incrível ele subir lá e não pensar em nada, apenas curtir o momento e se divertir. Parecia que ao longo do episódio o doutor foi perdendo todo um peso que tinha em suas costas. Coisas acumuladas por anos. E que agora ele se permitiu tirá-los, viu que realmente não é Deus e nem tem mais responsabilidades que qualquer outra pessoa.
Sua festa de despedida também foi emblemática nisso, se antes ele mantinha uma barreira entre ele e o resto das pessoas, vimos o quanto ele tocou e se deixou ser tocado pelas pessoas. Não vou entrar no detalhe das cura da garota que não falava e do Freedom Master, pois é algo pequeno diante de tudo de bom que aconteceu durante o episódio.
Eu sinto que não falei o suficiente sobre o Dr. Nolan e a Lydia. O quão os personagens e atores foram ótimos. Na enorme diferença que eles fizeram na vida do doutor. Mas se eu fosse falar de tudo, o review ficaria absurdamente enorme. Então vamos deixá-la assim, apenas moderadamente enorme.
Finalizando, o House mudou, porém, ao mesmo tempo, ele é a mesma pessoa. Só um pouco mais madura e conhecendo um pouco melhor a si mesmo. E por isso mesmo, não temo pelo futuro da série. Eu sinceramente espero que tudo o que vimos aqui permaneça para o resto da série. Este evento foi um marco para o seriado em si e seria decepcionante se tudo fosse jogado fora. Por isso mesmo, não vejo a hora de ver o próximo episódio.
No fim, House vai embora da clínica em um ônibus, vestindo uma camiseta com um smiley. Sua vida mudou ali e isso é um prenúncio de boas perspectivas a frente. E eu acabo com uma tristeza de saber que nunca mais verei estes personagens novamente. Um feito e tanto para a série.
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Anderson,
Perfeito.
Ao acabar de ler o seu review dei um profundo e aliviado suspiro.
Como House, aprendemos que somos todos seres humanos problematicos que temos que tocar a vida.
Libertador.
Adorei o episodio…e achei uma forma espetacular de começar a nova temporada….e com certeza a série focada em House é o melhor!!!!
Já sinto saudades dos “novos” personagens, e adoraria que alguns aparecessem pra dar um Oi!
Otima Review!
coisa interessante de dizer é a cena da briga entre o House e o Alvie, na tv passa uma briga que no Brasil (e tb na Espanha) foi mudada, no original que passou nos EUA foi o Stewie x Brian
a cena original =>http://i251.photobucket.com/albums/gg317/maest72/stewie.jpg?t=1255777473
e a cena que passou no Brasil =>http://i251.photobucket.com/albums/gg317/maest72/Dibujotv.jpg?t=1255777212
tem coisas que não entendo o porque :/
Resposta do Editor: Cleide, não foi nenhuma destas cenas que passou no Brasil!!! Se não me falha a memória a cena que passa na TV é do Looney Tunes, com o Yosemite Sam (Eufrazino Puxa-Briga)!
Adorei a review. Fiquei de queixo caído com o episódio, acho que é o melhor da série.
Mas, será que House realmente mudou??
Não acredito, afinal, sua personalidade é o que dá o tom/sucesso à série.
Abraços
foi sim !!!
eu Re-assisti ontem e foi essa cena mesma que passou, fiquei muito supresa pela troca mas me desculpe foi essa mesma cena, a mesma que passou na Espanha
Melhor episódio da série. Mostrou que House, por si só, é o que interessa.
Primeiramente, excelente review! As experiências de ler e ver o episódios se fundiram em uma sensação libertadora, parabéns!
O episódio foi magnífico. Um dos melhores episódios, não só da série mas (porque não?) da temporada de séries 2009. Tocante, bem produzida, ótima fotografia, atuações marcantes e personagens inesquecíveis. Abrangeu uma série de aspectos das vivências, experiências e traços da personalidade de House de forma coerente. Fez crescer uma expectativa enorme em relação a esta temporada da série que, espero, não se perca no meio a enfoques equivocados para coadjuvantes inexpressivos (leia-se Thriteen e Taub).
Só assisto House uma vez ou outra, não sou muito entendido na Série, mas quando li que o grande ator
Andre Braugher,iria participar resolvi dar uma conferida.Realmente não me decepcionei, foi um grande começo de temporada, só nos resta aguardar o andar da carruagem.Para quem não conhece muito bem o trabalho do Andre no Brasil,basta dar uma conferida na série:HOMICIDE, o cara dava um show quando levava um meliante para a CAIXA (sala de interrogatório.
Excelente, Smithers.
Ao editor: Há uma cena com o eufrazino no primeiro episódio da nova temporada de supernatural. Talvez daí venha a confusão.
Quanto ao episódio : Sem palavras. House é House
Era evidente que iriam levar Andre Braugher pra House eventualmente. Homicide era produzida por Paul Attanasio, um dos produtores de House.
Um bom roteiro em si já é um grande ponto de partida pra qualquer episódio de qualidade, mas a atuação e principalmente direção levaram esse pra outro nível. Não achava que dava pra fazer um episódio de House parecer tão cinematográfico assim.
Anderson!!! q bom q vc voltou e em grande estilo!
House simplesmente arrasou, eu acompanho a serie pela net, mas nunca me canso de assisti esse episódio. Era isso q eu queria…a prova de que House é de “House” e não de outros!!
Foi perfeito e vc relatou a essência…sou mto fã de House e Cuddy, mas juro q a forma como foi colocada a Lydia (Franka Potente, como sempre arrasando!!!) na historia e a relação dos dois, foi perfeito! e claro, mesmo q havendo a separação foi extremamente compreensível, dentro do contexto da série. Eu adorei o Alvie e fiquei com saudades dele!! Assim como o Anderson, eu sou uma fã muito critica e a 5 temporada quase me fez abandonar a série (meus pensamentos são mt parecidos com o do Anderson…principalmente em relação a 13…). Mas a verdade é que foi uma renovação da série, uma nova chance pro House e pra série!!!
Eu voltei a ficar empolgada com as segundas e quintas!!!!!
House é impressionante!!! A série se reinventou em si mesma e começou esta temporada em tom altíssimo. Me perdoem os puristas, mas a Lydia de Franka Potente fez mais em um episódio do que Cuddy, Wilson e cia. o fizeram em cinco temporadas… aliás, Franka Potente é uma delícia para os olhos…
vamos esperar agora para ver se House leva esta experiência com ele para o Plaisnboro e ainda continua a ser brilhante, como o House de outrora…
Essa temporada tem sido um primor para mim. House voltou a ser aquele das primeiras temporadas, sem o Vincodin.
Bah, gente, não acredito que vão perder tempo e espaço com reviews de “House”!!! Tão de brincadeira???? Eca!!!
Claudemir, não acredito que vc perdeu tempo em acessar o post de House para fazer este comentário… arfffff.
Greg Yaitanes (ele é o produtor e diretor em House md)mesmo afirmou que existe outra imagem que substitui a “family guy” no episódio 1, ele mencionou isto em seu twitter =>http://brizzly.com/pic/BSQ
Anderson, excelente revew! Episódio de House simplesmente sensacional! Cinematográfico! A série se revigora com esse início incrível, esperemos que continue assim.
Amo House, e ver o personagem assim sem máscara, inteiro e íntegro, me deixou emocionada e ví esse episódio três vezes e não me canso de ver.
Com um roteiro e fotografia excelente, destaco também a direção de arte que recriou o hospital Mayfield, pois não podiam gravar no local devido as condições.
Espero também que House, continue sendo House, com menos remédio e consciente de seus erros e acertos.
Eu só me pergunto, o porquê dessa série brilhante não ter um Emmy, e Hugh Laurie o premio de melhor ator drama, apesar de muitos gostarem de Mad Men, não seria hora de House ter a sua glória.
O episódio foi muito bem produzido, parecia ser o piloto de uma nova série…
Aliás, bem que poderiam fazer um spin-off com o sanatório, aproveitando alguns personagens (o Dr. Nolan, o Alvie) – e não seria difícil criar outros…
Não sei se mais alguém reparou, mas a camiseta com o smiley que o House veste no final era do Alvie… Ele a usa em uma outra cena anteriormente (acho que é na do basquete…)
eai